Sendo o FMM o mais universal dos festivais que se realizam no nosso país, é normal que nele estejam representados os vários continentes. Agora é a vez de se anunciarem dois nomes oriundos da Oceania. São eles Gurrumul (da Austrália) e os Narasirato, que vêm das Ilhas Salomão. O cantautor Geoffrey Gurrumul Yunupingu, que nasceu cego, canta a identidade aborígene e é considerado o maior fenómeno da música australiana dos últimos anos, tendo feito capa na Rolling Stone, que o classificou como “a voz mais importante da Austrália�. O grupo Narasirato, por sua vez, é formado por um grupo de pescadores e agricultores originários do povo Are´are de Malaita, uma ilha do arquipélago de Salomão. As suas canções, de grande poder rítmico e festivo – como se pode confirmar pelo vídeo aí em baixo –, têm como temas a natureza e a memória dos antepassados, mas também preocupações contemporâneas, como a subida dos oceanos, consequência do aquecimento global, que está a pôr em causa a sobrevivência de comunidades e países inteiros no Pacífico. Vão, assim, ajudar a celebrar a diversidade cultural, que é imagem de marca do Festival Músicas do Mundo.



Este ano o FMM decorre em dois fins-de-semana (de 19 a 21 e de 26 a 28) de Julho e já tem as seguintes confirmações no cartaz:

19 de Julho: Narasirato (Ilhas Salomão)
20 de Julho: Bombino (Níger)
21 de Julho: Oumou Sangaré & Béla Fleck (Mali / EUA)
26 de Julho: Gurrumul (Austrália); Fatoumata Diawara (Mali)
27 de Julho: Mari Boine (Noruega); Juju (Gâmbia / Reino Unido)
28 de Julho: Hugh Masekela (�frica do Sul); Jupiter & Okwess International (R.D.Congo)

O passado dia 22 de Março foi jornada de greve em Portugal. A data foi também marcada por manifestações. E por uma carga policial, na zona do Chiado, que chocou quem assistiu às imagens de violência indiscriminada: novos e velhos, jornalistas e turistas foram varridos por um turbilhão de bastonadas. Entre os presentes, estava o músico Pedro Sousa – saxofonista de vários projectos, como EITR, Pão, ACRE ou Canzana –, que também não escapou ileso a uma intervenção que muitos apelidaram de desproporcionada e desprovida de justificação. Pedimos ao Pedro que nos contasse a sua versão dos factos ocorridos naquela tarde e aproveitámos para lhe colocar mais um par de perguntas, sobre ameaças à ordem pública e a forma como estes tempos de crise social e acontecimentos tão perturbantes podem influenciar quem faz da música (e da arte em geral) o seu ofício.



Podes contar-nos o que se passou no passado dia 22 de Março, no teu caso particular? Estás bem?

Na passada quinta-feira, 22 de Março, dia da greve geral, fui uma das pessoas agredidas durante a investida da polícia na Rua Garrett. Este acontecimento, digno de qualquer Estado repressivo, resultou de um crescendo de acções que se manifestaram durante toda a tarde. Uma composição de manifestantes que partiu do Saldanha pela 13h da tarde com intenção de integrar a que partia pelas 16h do Rossio, foi assediada duas vezes a caminho. Uma primeira vez, na Avenida Almirante Reis, por agentes vestidos à civil que tentaram levar consigo um manifestante, e por uma segunda vez, no Martim Moniz, em que um polícia fardado tentou agarrar um manifestante que apertava um sapato. Em ambos os casos as tentativas de detenção foram impedidas e os agentes afastados sem mais incidentes.

Eu integrei a manifestação que partiu às 16h do Rossio, sendo que quando cheguei esta estava já a preparar-se para subir o Chiado em direcção a S.Bento. Durante os primeiros minutos da subida é rebentado um petardo (sendo que já tinham sido rebentado outros no Rossio) alegadamente por estivadores ou por agentes infiltrados (este facto ainda está por confirmar), mas foi aqui que os eventos deram uma curva e mudaram de tom.

Livraria Sá da Costa, pouco depois do início da marcha. Um dos supostos indivíduos que rebentou petardos é detido subitamente por agentes da PSP e arrastado para trás de um cordão policial. As pessoas que estavam próximas e contestaram este facto foram de imediato agredidas à bastonada. Era aqui que me encontrava e saquei imediatamente da máquina fotográfica para fotografar os incidentes. Os manifestantes, incrédulos com tal agressão aproximaram-se novamente da polícia, reclamando, obviamente, por terem sido agredidos, o que levou um dos agentes a usar spray pimenta e a recorrer outra vez às bastonadas. Visto que não havia qualquer diálogo possível, alguns dos manifestantes que assistiam atiraram chávenas e um par de cadeiras aos agentes que agrediam. Eu encontrava-me a metros da livraria a fotografar estes incidentes quando subitamente sou surpreendido pela presença do corpo policial, que obviamente aguardava numa rua paralela para entrar, e que meros segundos após se posicionar de modo a fechar a rua começou imediatamente a distribuir bastonadas de forma aleatória e indiscriminada. Imediatamente abrem-me a cabeça à bastonada (tive de levar pontos no hospital) sem que nada tivesse feito para o incitar, logo de seguida levo com outra bastonada na mão que segurava a máquina fotográfica (e que conseguiram partir), num acto claramente dirigido. Enquanto isto, os mesmos polícias começam a bater-me nas costas e consigo reparar que o mesmo acontece às pessoas em meu redor, as quais tendo sido apanhadas de surpresa são espancadas já no chão. Apenas saí desta situação porque uma rapariga estrangeira me puxou e arrastou-me dali para fora, até à entrada do metro. Foi neste momento que percebi a extensão dos danos e do que me tinha acontecido, mas logo segundos a seguir houve uma segunda carga e toda a gente começou a fugir para o Largo Camões e de seguida para São Bento. Pretendo apresentar queixa contra o sucedido, o que não serve de muito, pois segundo informação de advogados o Corpo de Intervenção quando está em "missão" não pode ser feito responsável. O que me tem preocupado é como provar que as incitações à violência não vieram de mim ou de qualquer outro manifestante mas sim de uma acção concertada ou simplesmente descontrolada da polícia. Houve até polícias que se recusaram a chamar ambulâncias quando lhes foi pedido.

A generalidade da comunicação social, televisão e jornais como o Expresso, por exemplo, têm feito uma cobertura verdadeiramente vergonhosa e de cariz tendencioso dos factos testemunhados por mim e por outros na manifestação. Alterando a temporalidade dos factos gravados, de forma a se coadunarem com uma qualquer verdade apresentada pelas forças de autoridade. Veja-se, por exemplo, os vídeos que mostram os manifestantes a empurrarem mesas e cadeiras para o chão com o intuito de formar uma barricada e que no entanto são apresentados e interpretados como ataques à polícia. Ou note-se de estar a ser ignorado o facto de terem sido primeiramente agredido cidadãos e isto sim ter sido o catalisador para todos os acontecimentos seguintes.

Na sexta-feira seguinte, dia 23, marquei presença em frente do Ministério da Administração Interna e confrontei dois jornalistas da TVI, que rejeitaram sumariamente responsabilidade da forma como transmitiram os factos do dia anterior ou de não investigarem as várias fontes de informação que existiam em relação às agressões. O jornalismo pode não estar morto, mas que cheira mal, isso de certeza.

Entre as pessoas que foram alvo da carga policial, havia pessoas de idade, jornalistas e pelo menos um músico - pensas que são estas as grandes ameaças à ordem pública?

A manifestação seguia pacificamente. Contestatária, mas perfeitamente dentro da normalidade. Integrava, apartidariamente vários grupos de pessoas que não estavam unidas por nenhuma plataforma em particular, fosse ela o 15 de Outubro ou os Precários Inflexíveis. Eram apenas pessoas (na sua maioria jovens) que estavam a manifestar a sua presença num evento que pretende contestar as várias políticas sócio-económicas do Governo. À minha volta vi estudantes, activistas de direitos civis, cineastas, músicos, artistas, escritores, trabalhadores e desempregados. Turistas e idosos. Como é possível que tal massa de gente justificasse um "varrimento" do Corpo de Intervenção a ponto de deixar apenas em pé a estátua de Fernando Pessoa é algo que teremos de arrancar à paranóia de como agem as forças policiais.

A presente conjuntura (marcada pela crise económico-social) e acontecimentos como os de 22 de Março podem influenciar quem cria arte, no geral, e música, em particular?

No Domingo, dia 25, ao assistir a um concerto num festival em Oeiras, pude testemunhar outra vez a presença da polícia e do Corpo de Intervenção. Eram cerca de onze e vinte da noite quando apareceram, e apesar da organização do festival ter garantido uma licença para fazer ruído até mais tarde, o concerto foi mesmo assim interrompido, o que originou contestação por parte do público, que tinha pago um bilhete para assistir ao concerto. Logo de seguida o Corpo de Intervenção começa a posicionar-se para "varrer o recinto", como o pôs um dos seguranças do festival, visivelmente assustado, e que nos pedia para sairmos o mais depressa possível. Cerca de meia hora depois, os mesmos polícias achincalhavam as últimas pessoas que saiam e aproveitaram para começar a mandar parar carros e revistá-los.

Da minha parte, continuarei a fazer o que faço: a tocar música da melhor maneira que conseguir. Situações de merda de facto existem e as frustrações que as acompanham ventilarão sempre através dos nossos actos. Se estes eventos dos últimos dias me influenciaram de alguma forma? É inevitável dizer que sim, para bem e para mal. Mas mais do que isso, tornou-se para mim assustador e absolutamente inequívoco a confirmação de que a austeridade reforçou as defesas com um discurso e uma maneira de agir de cariz altamente agressivo e repressivo, digna do Estado Novo. E que não pode ser ignorado, pois não deixa margem para dúvidas quanto à mensagem que pretende transmitir: Vai trabalhar e cala-te, é a tua opção.

Passando à frente a piadinha idiota, cabe-nos informar que os indie poppers londrinos Tigercats deslocam-se ao Porto para um concerto no O Meu Mercedes é Maior que o teu, no Porto, no dia 7 de Abril. Até prova em contrário, esta é data única em Portugal. Os britânicos lançam novo disco no dia 2 de Abril. Chama-se Isle of Dogs.

Tudo a tirar a roupa?

Era inevitável: mais tarde ou mais cedo tinha de acontecer. Em ano de celebração dos 10 anos da sua existência, o Bodyspace assenta arraiais no Passos Manuel (Porto) durante um fim-de-semana inteiro e apresenta Abril, Passos Mil, um evento para toda a família. Durante dois dias acontece tudo e mais alguma coisa: no dia 20 de Abril os Nice Weather For Ducks vão explicar porque é que são uma das sensações da nova música portuguesa e porque é que Quack tem andado nos bicos do mundo; RA, que é como quem diz Ricardo Remédio, vai continuar a mostrar as cores da sua electrónica e as suas explorações densas e complexas; Memória de Peixe, ou seja Miguel Nicolau e Nuno Oliveira, promete ser a explosão de loops e groove que conhecemos dos singles, dos vídeos e dos concertos ao vivo. No dia 21 de Abril, os Osso Vaidoso mostram o esqueleto das canções indomáveis de Animal, editado na Optimus Discos; Dreams apresenta o novo EP Dark Memories e abre a porta do seu disco de estreia; os Hipnótica vão esclarecer os mistérios da constante metamorfose e camuflagem num percurso fundamental para a música portuguesa. Os DJs Bodyspace, a convite nosso e do Passos Manuel, levam a festa até horas indecentes pela noite dentro. Bilhetes: quem quiser ir a um dos dias larga cinco euros: se quiserem ir aos dois deixam apenas mais três euros. Podendo, é ir.

20 de Abril | 22:00
Nice Weather For Ducks
RA
Memória de Peixe
DJs Bodyspace

21 de Abril | 22:00

Osso Vaidoso
Dreams
Hipnótica
DJs Bodyspace

O Milhões de Festa, o festival organizado pelas pessoas mais lindas do mundo, anunciou hoje um novo nome: os Moon Duo, uma das bandas mais fritas dos últimos tempos, que regressam ao país para tocar na famigerada piscina e para fazer com que toda Barcelos sinta o poder do fuzz. O concerto está marcado para o último dia do festival - 22 de Julho - e esperam-se mergulhos de chapa ao som de Mazes, último disco da banda. Ou, podendo, de "Motorcycle, I Love You". Malhão.

Entre 30 de Setembro e 2 de Novembro, a Big Apple vai receber um grande leque de activistas da indústria, lendas vivas da história musical, mentes inovadoras e jovens talentos. Se aspiras ser produtor, instrumentista ou cantor e queres usufruir desta experiência única (e completas mais de 21 anos de idade antes de 30 de setembro de 2012), ainda vais a tempo de submeter a tua candidatura com uma selecção das tuas melhores faixas para poder integrar os 60 eleitos.

O pack de candidatura (que deverá ser enviado para Red Bull Music Academy Applications New York 2012, Boisseréestr. 9 – 11, 50674 Cologne, Germany) deverá conter o preenchimento completo do questionário (podes descarregar o formulário aqui), audio cd com track-list e fotos. A data-limite para o envio (carimbo dos Ctt) é o dia 2 de Abril 2012. Se tiveres dúvidas, podes contactar a organização através do seguinte e-mail: portugal@redbullmusicacademy.

Ainda não ficaram convencidos?! Tomem um cheirinho da última edição, realizada no ano passado, em Madrid.

Estão por aí em casa ou no trabalho sem nada para fazer? Ia mesmo bem agora um disco para ouvir do início ao fim sem pagar um tostão? O hip-hop e a música negra são coisas que vos agradam? Já ouviram falar de THEESatisfaction (Stasia Irons e Catherine Harris-White) e ficaram curiosos? Nunca ouviram mas não se importavam nada de experimentar Então isto é para vocês. Com o patrocínio da Sub Pop.

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
Há dois: Wayne Shorter - Footprints Live e Rancid - Indestructible.

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
Vinil ou CD.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
Faith No More no Alive.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
Pergunta difícil. Há muitas músicas boas. Criava uma espécie de medley das melhores e fazia passar por uma. Pode ser??

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
Utilizar a Crise como desculpa para tudo, principalmente quando esse não é problema.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
Há vários: Big Weird Box, Trisonte e Boca Doce. De momento são os que estão mais no activo. Big Weird Box: CD lançado e concertos a caminho. Trisonte: para gravar e concertos a caminho. Boca Doce: vocalista novo, CD para gravar e concertos a caminho.

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
Saúde para alguns familiares.

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
Lista dos dez discos da minha vida. Sempre é mais fácil de responder do que "a canção em loop para todo o sempre".

Afinal Matana Roberts também se apresenta no Porto, para além do concerto na Galeria Zé dos Bois em Lisboa. Pelas mãos da Amplificasom e do Oporto Gallery Hostel, a saxofonista trará Coin Coin Chapter One: Gens de couleur libres até ao mesmo Oporto Gallery Hostel no dia 29 de Abril, Domingo, pelas 18 horas. A entrada, imagine-se, é livre. Se precisam de motivos para rumar a este concerto, cliquem ali no play.

O Centro Cultural Vila Flor continua a marcar pontos em ano de Capital Europeia da Cultura. No dia 19 de Maio os YACHT têm data marcada para um concerto que servirá para apresentar Shangri-La, o disco editado em Junho do ano passado com selo da DFA. Serve também para perder uns quilos, andar entre a Utopia e a Dystopia. E discutir as possíveis formas de dizer Yacht. Podendo, claro.

Lee Ranaldo tem novo vídeo para uma das canções do seu primeiro disco de banda inteira, Between the Tides and the Times, editado há poucos dias com selo da Matador. A canção é "Angles". Lembramos que este novo disco tem a colaboração de Nels Cline, Alan Licht, John Medeski, o baixista Irwin Menken e o colega Steve Shelley (assim como de Jim O’Rourke e Bob Bert). O vídeo de "Angles" foi realizado por Leah Singer.

Villa Nazca são Filipe Miranda (The Partisan Seed) e Lisete Santos. O EP de estreia da dupla, intitulado Nós, é resultado de gravações caseiras feitas na Villa Nazca (Barcelos) em 2010 recuperadas depois em 2012 e misturadas na Casa del Sol em Esposende. Produzido pelos próprios, o EP conta com a participação vocal de Tomás no tema "Kikku". Podem ouvir o resultado aqui em baixo.

Excursão indie a Coura: Stephen Malkmus, senhor Pavement, e os seus The Jicks de agora são o mais recente nome confirmado para o Festival Paredes de Coura, que acontece na Praia Fluvial do Tabuão entre os dias 13 a 16 de Agosto. Stephen Malkmus, que tem novo disco a sair no dia 23 de Agosto (chama-se Mirror Traffic), apresenta-se no dia 14 de Agosto, segundo a Antena 3. Stephen Malkmus junta-se a Ornatos Violeta, Midlake, Kasabian, of Montreal e Anna Calvi no cartaz.

Vai ser um Verão quente. Os nomes para os festivais da épocao não param de chegar. E a coisa ainda não fica por aqui. Agora são os The Rapture, Bloc Party e Capitão Fausto que se confirmam para o Super Bock Super Rock, o festival que se realiza entre os dias 5 e 7 de Julho no Meco. Revisão da matéria dada: Hot Chip, Bat For Lashes, Alabama Shakes, Azealia Banks, Flying Lotus, Dam-funk, Incubus, Battles, Apparat, Pete Doherty, The Horrors, Wraygunn, Friendly Fires, Lana Del Rey, Little Dragon e Regina Spektor. E agora mais estes três.

Os Death Grips voltam à carga, eles que têm não um, mas dois discos a sair este ano. "The Fever" pode não samplar rock vintage, mas não deixa de ser uma grande malha por isso. Disponibilizaram-na ontem, para download, e podem ouvi-la aí em baixo e ir até ao site deles depois para a guardarem no PC como uma bomba-relógio. Falta pouco menos de dois meses para os vermos por cá.

O Sónar 2012 Barcelona, que acontece nos dias 14, 15 e 16 de Junho, tinha já confirmados nomes como The Roots, Lana Del Rey, Deadmau5, Hot Chip, Modeselektor, James Blake (em DJ Set), Fatboy Slim, Richie Hawtin, Amon Tobin (ISAM), Squarepusher, Nicolas Jaar, Luciano, Azari & III, Jacques Lu Cont, Friendly Fires, Metronomy, John Talabot, Mouse On Mars, BBC Radio 1 presents Annie Mac & guests e showcases da Hyperdub, Brainfeeder e 100% Silk, entre outros.

Mas agora há mais: entre outros, New Order, Die Antwoord, James Murphy, The 2 Bears, Totally Enormous Extinct Dinosaurs, Untold, Daniel Miller, DJ Harvey e Daedelus. Um cartaz de luxo para quem quiser gastar umas massas no país vizinho.

Chegam-nos notícias que os Mind da Gap regressam com disco novo no final do mês de Maio. O sexto álbum do grupo terá de novo selo da Meifumado e conta com a colaboração de Berna, Dealema, Dj Slimcutz, Rey, Sam the Kid, Sérgio Freitas e Zé Lima. O primeiro tema de avanço - "Este Beat" - está disponível para download gratuito em WAV e MP3 neste link.

A mais recente confirmação para o 16º SWtmn são os The Roots, que se apresentam na Herdade da Casa Branca, dm Zambujeira do Mar, no dia 4 de Agosto. Os The Roots regressam a Portugal para apresentar Undun, editado em 2011. O festival que acontece entre os dias 1 e 5 de Agosto tem também confirmados nomes como Fat Freddy's Drop, Eddie Vedder, The Ting Tings ou Two Door Cinema Club.

Single a rodar, disco a fervilhar. Os Killing Joke, nome grande do pós-punk surgido no tão longínquo quanto carismático ano de 1978, preparam-se para editar álbum novo no início do próximo mês de Abril. E, enquanto MMXII não chega, pode ouvir-se o single de avanço, “In Cythera�, uma malha poderosa e dançável. MMXII significa, obviamente 2012, que é, de acordo com diversas profecias, o último ano das nossas vidas; e Cythera é uma ilha grega. O vídeo mistura imagens que ligam bem com a caloraça que esteve hoje (e que nos fez suspirar por férias, talvez numa ilha paradisíaca) com outras mais perturbantes, talvez para nos fazer pensar que o mundo pode mesmo acabar como uma anedota mortal.

Depois de lançarem “Crazy for You�, que figurou o top dos 50 melhores álbuns de 2010 da Pitchfork, os californianos Best Coast regressam passados dois anos com “The Only Place� a sair no próximo mês de maio pela Mexican Summer. Para dar um cheirinho, adianta-se a faixa homónima, disponível para download.

Julia Holter, que se apresenta a 20 de Junho na Galeria Zé dos Bois em Lisboa e a 21 no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, tem novo vídeo para uma das canções de Ekstasis, disco editado no dia 2 de Março com selo da Rvng Intl. A canção em causa é "Moni Mon Amie" e o vídeo não podia fazer mais justiça à doçura misteriosa da canção.

Sabíamos que a lista completa de convidados deixava água na boca: Steve Mackay (The Stooges), Isaiah Mitchell (Earthless/Howlin Rain), Noel V. Harmonson (Comets on Fire), Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta), Jorge Coelho (ZEN/Torto), Shela (PAUS), Guilherme Canhão (Lobster/Sunflare), Tiago Jónatas (Surya Exp Duo), Ghuna X, HHY e Tiago Pereira (Aspen). Até já conhecíamos a capa. E agora podemos ouvir o disco antes de chegar o vinil. Aproveitem.

Começando pelos Mission of Burma, que irão ter um disco novo em Julho: Unsound será o quinto disco da mítica banda do pós-punk norte-americano e segue-se a The Sound the Speed the Light, de 2009. Para ouvir está "Dust Devil", retirada desse mesmo disco e constatação clara de que velhos são os trapos:





Pós-punk esse que terá igualmente inspirado os Japandroids, que também se preparam para um novo LP. "The House that Heaven Built" é um tema retirado de "Celebration Rock", o 2º disco de originais do duo de Vancouver. Sai em Junho. Ouçam estas guitarras!

No próximo dia 30 o bar do Cais do Sodré recebe os britânicos Oh! Gunquit, banda surf/punk dançável com influências óbvias de gente porreira como os B-52's, e que se estreiam pela primeira vez em território nacional. Para quem não conhecer e quiser experimentar, o concerto começa às 22h30 e o quarteto tem o seal of approval de Andrew Weatherall, um dos grandes. Deixamos aqui "Facebook Killer", para irem picando:

Foi deles alguma da pop mais perfeita da última década, lado a lado com os discos de Saint Etienne - que eram, aliás, uma das suas grandes influências. Com apenas dois EPs colocados no mundo, a dupla sueca anunciou hoje o fim das actividades, uma machadada nos corações de todos aqueles que suspiravam por um longa-duração desde que "June Evenings", "Collapsing At Your Doorstep" e "Karibien" começaram a tocar incessantemente nos seus leitores de mp3 sempre que o sol convidava a um passeio junto à praia (poucas coisas farão uma melhor banda-sonora para estes momentos que No Way Down, pérola imensa e subvalorizada da pop electrónica). Tão perfeita era a sua música que foi precisamente isso que, segundo Joel Karlsson e Henrik Markstedt, levou ao colapso. Para trás deixam um legado incomum: talvez das melhores bandas que nunca lançou um disco. Da década dos zeros será certamente a número um nesse campo. Até sempre.

As celebrações do 10º aniversário do Bodyspace não param. Temos o prazer e orgulho de anunciar que em Outubro terá edição na Optimus Discos a primeira compilação com o selo do Bodyspace, resultado de convites lançados a artistas da nossa praça. Mas ninguém melhor do que o próprio Henrique Amaro para colocar tudo em perspeciva ou deixar ainda mais mistério pelo caminho: "os 10 Anos do Bodyspace exigem mais do que um bolo e um sopro colectivo de parabéns. Com a mesma precisão editorial que marca este sitio diariamente, será produzido um disco que fixe o momento. Pouco sei sobre o que lhes vai na cabeça e quem irá gravar o quê, mas estou à vontade para afirmar um dos lugares comuns mais repetido na história da música popular - vai ser um grande disco!". Assim esperamos.

O novo disco dos Sigur Rós, Valtari, chega no próximo dia 28 de Maio mas já se pode ouvir uma das faixas do mesmo. Chama-se "Ekki Múkk", pode ser ouvida ali em baixo e revela uns Sigur Rós bastante diferentes do que podemos ouvir no disco impronunciável Með suð í eyrum við spilum endalaust, editado em 2008. Resta esperar até Maio para ver em que forma está a banda islandesa nesta temporada.

Deve ter sido farejada por muitos ao longo dos últimos tempos mas acabou por ser confirmada para o 18º Super Bock Super Rock: a miúda de que todos falam, Lana Del Rey, actuará no festival do Meco no dia 6 de Julho. Oportunidade certa para confirmar se os rumores das actuações ao vivo sofríveis não passam de rumores. Pode ser que até lá a coisa melhore.

Já tínhamos anunciado que os La La La Ressonance se preparam para lançar um novo disco em Abril. Um disco que chega "depois de um ano de composição com The Astroboy, um mês de gravação com o José Arantes, uma semana de mistura e produção com o Paulo Miranda no AMP studio, uns dias na mão do Roger Seibel no SAE Mastering". O disco chama-se Faust e terá selo da bracarense PAD.

André Simão apresenta o disco: "decidimos tornar o mundo extremado e hiperbólico de Faust no mote do 3º álbum de originais de La la la ressonance. Revisitamos o nosso universo procurando um balanço entre os ingredientes do jazz, a música erudita e as arestas do rock, assumindo neste trabalho uma vocação mais expressionista, progressiva e electrónica (fruto da colaboração com Luís Fernandes - The Astroboy)".

Acontece que nos coube a estreia em primeiríssima mão do primeiro tema - e vídeo respectivo - deste disco que inaugura a relação com a PAD. O tema chama-se "Go back and fetch it". Ouçam, vejam e fiquem à espera por mais.

Leonard Cohen regressa a Portugal e ao Pavilhão Atlântico, em Lisboa, para nos mostrar o 12º disco da sua carreira, Old Ideas, editado muito recentemente. O concerto acontece no dia 7 de Outubro, no Pavilhão Atlântico. Os bilhetes serão colocados à venda sexta-feira, 30 de Março. Custam entre 30 a 85 euros, dependendo de uma data de motivos (sobretudo os de ordem financeira). Se calhar é um lugar comum dizê-lo mas pode ser a última vez de apanhar o senhor de Songs of Love and Hate ao vivo.

A organização do Festival Paredes de Coura acabou de confirmar mais dois nomes para o cartaz de 2012: são eles os of Montreal e Anna Calvi. Confirmaram ainda o concerto dos Midlake que tinha sido já anunciado pela própria banda no seu Facebook. Os bilhetes para o festival já estão à venda e custam 80 euros (4 dias, com direito a campismo).

O festival Rescaldo realiza-se entre os dias 17 e 21 de Abril e promete apresentar ao vivo, na Culturgest e na Trem Azul, um conjunto de propostas entusiasmantes vindas de diferentes geografias estilísticas. Fomos falar com o programador Travassos, que nos apresentou o festival, na primeira pessoa.

Podes fazer uma apresentação do Rescaldo, para quem ainda não o conhece?

O Rescaldo aterrou na capital em 2007, um ano depois de eu ter chegado a Lisboa, vindo de Barcelona. Estando longe existe sempre uma vontade diferente de estar atento ao que se vai passando no nosso país e a particularidade é que observas as movimentações de cima como um todo, analisando obviamente as suas diversas vertentes. Quando cheguei fui procurar essas referências que me entusiasmavam, e o que encontrei foi uma série de grupos e tribos, cada uma encerrada na sua redoma com aversão ou fobia pelo seu diferente. Pensei que isto não fazia sentido, pois estas pessoas tinham tantos pontos em comum que deviam cruzar e partilhar os seus conhecimentos e as suas vontades. Como já tinha alguma experiência em direcção artística e produção decidi criar um festival onde conseguisse apresentar projectos de áreas diferentes em confronto para o mesmo público - ou seja misturar o público da electroacústica com o indie ou o jazz com a electrónica, quase que obrigando-os a assistir a um concerto diferente que, noutras condições, não optariam por ver. E foi isso que aconteceu desde as primeiras edições tendo como conceito ou motivo de fundo de fazer um rescaldo (ainda que superficial e tendo em conta a visão do programador) do que se tinha passado de mais relevante, nessas diferentes correntes, no decorrer do ano anterior.

Que balanço tens feito das últimas edições?

As últimas edições têm sido uma surpresa absoluta. Desde o momento em que optámos pelo espaço da Barraca para acolher a maior parte do evento, as condições começaram a melhorar aos poucos e conseguimos alguns simbólicos apoios que ajudaram o festival a crescer e a solidificar-se. Nomeadamente as duas últimas edições tiveram um especial encorajamento por parte do público e da imprensa, que começou a reconhecer o festival como algo com pertinência e valor. Na última edição a coisa rebentou: salas cheias, concertos memoráveis, alto ambiente e muita partilha. Os objectivos estavam cumpridos.

Quais são as novidades desta edição 2012?

A grande novidade desta edição é a chegada do festival à Culturgest, é o maior passo que alguma vez podiamos ter dado. As condições melhoram exponencialmente em todos os aspectos. Principalmente para os artistas, a produção e a promoção. E isso é extraordinário. A outra boa novidade é que vamos aventurar-nos numa nova editora, que tem como objectivo registar este fervilhar de boa música que brota por todas as partes deste pequeno país. E, mais uma vez, ajudar os músicos a mostrar o seu trabalho de uma forma coordenada e expansiva. É um projecto que está sob a alçada da Clean Feed. Vamos aproveitar o "know-how" que acumulámos no trabalho desta grande editora para o aplicar a este novo modelo com uma grande finalidade: internacionalizar estes artistas.

Quais são os destaques da programação deste ano?

Os destaques da programação recaem para dois inéditos encontros que nos deixam com água na boca: o dueto de dois grandes da nossa música, Norberto Lobo e Carlos Bica, e o confronto benigno de 2/3 dos Sunflare com o duo Gabriel Ferrandini / Pedro Sousa. Não menos importante: o primeiro grande concerto do João Alegria Pécurto, que nos presenteou recentemente a sua belíssima música; os Cangarra em grande período criativo; os Olive Troops SOS, pela sua originalidade; os Calhau, que são sempre uma caixinha de surpresas; ou o nosso ilustre André Gonçalves, detentor de muitos e surpreendentes talentos.
Motivos não faltam para assistir aos concertos – ainda por cima os bilhetes são muito acessíveis.

Há planos continuar o festival em 2013 e nos próximos anos?

A Culturgest já mostrou interesse em dar continuidade ao festival (aos quais deixo aqui um enorme agradecimento). Contudo o futuro anda movediço e imprevisível. Mas nós continuaremos por cá preparados para contornar todas as adversidades e fazer o Rescaldo acontecer.

Em 2009 a Orchestre National de Jazz, dirigida por Daniel Yvinec, apresentou uma curiosa e original revisão jazzística da música de Rober Wyatt. O álbum Around Robert Wyatt não só convenceu os fãs do génio inglês, como levou a música de Wyatt a outros públicos. Agora os portugueses têm oportunidade de assistir a esta intrigante proposta ao vivo, no próximo dia 29 de Março. A orquestra francesa apresenta-se no Centro Cultural de Belém e vai contar com dois convidados especialissimos: o trompetista Erik Truffaz e o cantor Perry Blake. Oportunidade rara para ouvir Wyatt como nunca o se viu.

Naquela que terá sido uma das noites mais épicas que o Music Box terá tido em tempos recentes, a primeira das Noites Príncipe foi um daqueles momentos de dança naquilo que tem de mais comunal e profundamente livre. Com o kuduro do DJ Marfox a galvanizar branquelas em movimentos de anca tão tentativos quanto autênticos, antes do onslaught rítmico dos Photonz. Esta segunda noite a acontecer no próximo sábado (dia 24) é de novo, motivo para celebrar. Desta feita Marfox aparece na companhia do Dj Nervoso - também do colectivo Dj's Di Gueto e responsável por malhas tão infecciosas como "Tipo Samba" ou "Só Kadera" - para um duelo que será uma win-win situation. Depois, novamente os Photonz a calcorrearem mundos de dança, com o muito recente Love Spectre EP a tomar um lugar de destaque no que respeita aos melhores lançamentos dançáveis deste ano. A aquecer a noite, as escolhas criteriosas dos Dj's da Príncipe. A entrada é de 8 euros, com direito a duas bebidas. Em baixo podem ver o vídeo para a veraneante "Spectre":

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
Thundercat, The Golden Age of Apocalypse.

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
MP3 e junk food.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
Swans, Casa da Música. Sem fôlego e sem funções no aparelho auditivo.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
B. Fleischmann, "Take Your Time".

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
A falta de tempo para me queixar da crise.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
O longa-duração dos Dear Telephone, claro. E depois de algumas semanas de ensaio com alguns históricos da praça para uma apresentação única no aniversário da Compact Records, preparo uma participação no concerto de Um Zero Amarelo em Guimarães a 19 de Maio.

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
Ficar em 13º lugar no Festival da Canção com um tema escrito pelo Robert Wyatt com letra do Stephin Merritt.

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
Que três bandas, onde toquem amigos teus, mandavas incinerar?

Já tínhamos aqui anunciado que Tiago Sousa andava por aí a desvendar o seu novo disco, Samsara. Já pudemos ouvir uma amostra ao vivo e podemos garantir que vem aí um grande álbum (piano solo, sob influência do pensamento oriental). Agora podem vocês também picar uma amostra daquilo que aí vem - é só clicar no player ali em baixo. Depois de se ter apresentado no Porto (Vodafone Mexefest) e Figueira da Foz (CAE), Tiago Sousa apresenta-se esta sexta-feira em Lisboa. O espectáculo está marcado para o auditório do Museu do Oriente, começa pelas 21h30 e vale 12€.

Um dos maiores vocalistas O maior vocalista rock nacional irá encontrar-se com um dos maiores poetas nacionais no palco do Teatro São Luiz, em Lisboa no dia 13 de Abril. O mote será Estilhaços e Césariny, cruzamento entre textos de ALC e poemas do falecido Mário, com António Rafael a providenciar o lado musical, como o tinha feito no disco de 2006 do bracarense. Também existe um livro à venda com textos de ambos em todas as FNACs e livrarias tradicionais que poderão consultar em jeito de preparação. Amando como a estrada começa.

O Teatro Maria Matos acaba de desvendar a próxima temporada musical e as novidades são muitas e são boas. No dia 4 de Abril actuam os suecos Roll The Dice; a 24 de Maio é a vez do guitarrista Rui Carvalho, AKA Filho da Mãe; no dia 22 de Junho actua o texano Josh T. Pearson, que regressa a Lisboa após uma recente passagem pelo Mexefest, para apresentar o álbum Last of the Country Gentlemen - no dia seguinte T. Pearson vai à Casa das Artes, em Famalicão. A 20 de Junho o Maria Matos acolhe o mini-festival METASONIC opensound, programado pela Granular, que vai apresentar o projecto "Transience" da dupla Pedro Carneiro & Ricardo Guerreiro e ainda Robert Henke. Um dos mais aguardados projectos desta temporada será o "Coro das Vontades", promovido por Tiago Sousa. Este espectáculo, que vai reflectir sobre a relação entre a arte e a política, acontece no dia 14 Julho e a entrada é livre (sujeita à lotação da sala). Lembramos ainda que os bilhetes para o concerto de The Magnetic Fields, 2 de Maio, estão quase a desaparecer, por isso é melhor que se despachem (atenção: não se aceitam reservas para este concerto).

Enquanto não chega o propalado terceiro disco da mítica banda irlandesa, os fãs - entre os quais nos incluímos, ou não tívessemos nós feito 300km há dois anos e meio para os ver em Portimão no meio de um cartaz errado no lugar errado como o atestam os poucos vídeos - terão de se contentar com as reedições dos dois LPs e de quatro dos seus EPs, ficando de fora, infelizmente, jóias como Sunny Sunday Smile ou Strawberry Wine, mas havendo You Made Me Realise e Glider para nos alegrar juntamente com a dor-de-corno do imortal Loveless. As novas masterizações estiveram a cargo de Deus Shields e contarão igualmente com faixas nunca antes editadas, o que já é suficiente para nos deixar com água na boca. Data de lançamento: sete de Maio.

DJ Ride tem assegurado a programação de um conjunto de noites no Musicbox, pensadas para divulgar artistas que merecem destaque na cena clubbing nacional e internacional. Estas sessões, baptizadas de Rock It, conhecem o seu sétimo tomo no próximo dia 6 de Abril, sexta-feira em que Taylor McFerrin (filho de Bobby “Don’t worry be happy� McFerrin) desce até ao Cais do Sodré. O músico norte-americano, que no ano passado tocou no Clube Ferroviário e conversou connosco, vem apresentar o seu álbum de estreia, Early Riser, num concerto que deve pisar os terrenos do hip hop, da soul e da electrónica. Não se preocupem, sejam felizes; e guardem um espaço no vosso coração.

Conhecemos recentemente a capa do novo disco de Black Bombaim, Titans. um disco que estará cá fora em vinil duplo em Maio e, promete a banda, será apresentado um pouco por todo o lado. O disco estará em pre-order digital no Bandcamp na próxima semana, antes dos Black Bombaim rumarem a Inglaterra e França para alguns concertos. Resta dizer que a capa é resultado de um trabalho fotográfico de André Cepeda.

Acabam de nos chegar novidades interessantes para o cartaz do Super Bock Super Rock: diz que os Hot Chip, Friendly Fires e os Wraygunn vão marcar presença no festival que acontece na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, entre os dias 5 e 7 de Julho. Os bilhetes para o festival custam 45 euros para um dia e 80 euros para os três dias. Nomes confirmados até agora: Alabama Shakes, Apparat, Azaelia Banks, Bat For Lashes, Battles, Dâm-Funk, Flying Lotus (live), Friendly Fires, Hot Chip, Incubus, Little Dragon, Pete Doherty, Regina Spektor, The Horrors e Wraygunn.

Os nomes que vão agitar o Passeio Marítimo de Algés entre 13 e 15 de Julho continuam a pingar. Desta vez chega uma confirmação que vai manter o pessoal acordado toda a noite, fazer Ba Ba Ba como se não houvesse amanhã e, muito provavelmente, acordar com uma bruta ressaca no dia seguinte. Ou seja – como se fosse preciso ser mais explícito –, Buraka Som Sistema no Optimus Alive. Dia 13 de Julho, a agitar o Palco Heineken como só a trupe de Kalaf, J-Wow, Riot, Blaya e Conductor sabe.

Os Buraka juntam-se, assim a um cartaz de luxo: AWOLNATION, Big Deal, Caribou, Death in Vegas, Dum Dum Girls, Florence + The Machine, Here We Go Magic, Justice (Live), Katy B, Lisa Hannigan, LMFAO, Lostprophets, Mazzy Star, Metronomy, Miles Kane, MIUDA, Mumford & Sons, PAUS, Radiohead, Refused, SBTRKT, SebastiAn (Live), Snow Patrol, The Antlers, The Cure, The Kills, The Kooks, The Maccabees, The Stone Roses e Warpaint. Por enquanto são estes os nomes confirmado. Mas ainda devem continuar a haver boas surpresas.

Mais uma edição do festival intermunicipal de músicas do mundo (Festim), mais grandes nomes do género em Portugal. Entre os dias 1 de Junho a 26 de Julho passam por cá nomes como Riccardo Tesi e Banditaliana, o enorme Kimmo Pohjonen e Blowzabella. O festival passará por �gueda, Albergaria-a-Velha, Estarreja, Ovar e Sever do Vouga e é uma iniciativa da associação cultural d Orfeu que entra na 4ª edição.

Depois de uma passagem pelo Milhões de Festa, que foi indubitavelmente um dos momentos altos do festival, Bob Log III regressa em Junho. Dois concertos, a treze no Porto e no dia seguinte em Coimbra, onde a anca, essa maravilha do corpo feminino, voltará a estar em destaque: primeiro, abanada pelo blues infeccioso que sai da guitarra do ET norte-americano; de seguida, sentada ao colo dele, porque de certeza que não vai faltar "I Want Your Shit On My Leg", canção que em 2011 tornou momentaneamente famosas a Sónia e a Daniela. O que se espera é que desta vez haja "Boob Scotch" a sério. E alguém com uma câmara de filmar decente por perto. E uma conta no Youtube.

...mesmo que digam que não. Desta feita a noite será de Atomizador, punk madrileno que deixou momentaneamente de o ser e deixou para livre download Pop Radical, disco estranho que conheceriam melhor se fossem nossos amigos no Facebook e o tivessem ouvido quando lá o colocámos. O resto está nas mãos do compatriota DJ Lynce e do Som Sistema dos Haters de Pega Monstro. Ah, e também haverá t-shirts. Dia cinco de Abril, no Lounge, em Lisboa, de borla, como costume, apareçam, sejam felizes.

No próximo dia 17 deAabril será publicado um novo livro de Rui Eduardo Paes. Chama-se Bestiário ilustríssimo e terá apresenta apresentação pública inserida no Festival Rescaldo e que incluirá uma actuação musical com Maria radich, João Camões e Carlos Santos em que será dito e cantado um texto do autor. O livro tem edição da Chili com carne e conta com ilustrações de Joana Pires. Quisemos saber mais acerca do livro que aí vem e lançamos a pergunta a Rui Eduardo Paes. E tivemos muito mais do que uma resposta. De tal forma que publicamos o texto na íntegra:

“O livro funciona para mim como o fechar de uma elipse. Fui buscar o mesmo título de uma série de textos que publiquei no então jornal Blitz, se não erro entre finais da década de 1980 e inícios da de 90, e que tinham um pendor enciclopédico. Se são outros agora os conteúdos, o espírito é o mesmo: trata-se de prosas sobre músicos que considero importantes. Deste modo, como que dou ao meu percurso de quase 30 anos de escrita sobre música um sentido de work-in-progress. O que tenho feito está sempre em continuidade.

Trata-se de adaptações de 50 textos que escrevi na última dúzia de anos, talvez mais num ou noutro caso, para várias finalidades, entre folhas de sala de concertos e festivais, liner notes de discos, guiões de conferências, artigos de revista e até uma ou outra recuperação de prosas por mim publicadas anteriormente em livro – isso porque, no seguimento da falência da minha antiga editora, a Hugin, os livros que tinha em circulação desapareceram das lojas, hoje só sendo encontráveis em feiras do livro e leilões da Internet.

Há dois deles, como descobri recentemente, que foram digitalizados na íntegra e colocados na Rede. Os meus parabéns pela paciência de quem o fez, scaneando-os página a página... Ganharam uma nova vida quando os julgava mortos, o que me parece positivo apesar da “piratagem�. Peço é que não façam isso com este novo livro, para a editora poder recuperar o seu investimento. Afinal, estive nove anos sem ter um novo título publicado, pois nenhuma editora quis arriscar...

No Bestiário Ilustríssimo, há partes desses textos que foram profundamente alteradas e até alguns títulos são diferentes. O livro não é dividido em capítulos, e isso porque há nexos temáticos entre todos eles, à volta de questões como o nomadismo dos músicos e das músicas, o cosmopolitismo cultural, os usos da tecnologia, os paradoxos da improvisação.

O Bestiário Ilustríssimo é enriquecido pelas ilustrações de Joana Pires e pelo grafismo de João Cunha, numa edição da Chili Com Carne, designadamente na colecção THISCovery CCChannel, fruto de uma parceria desta editora com a associação de músicos Thisco.

Se o mundo não acabar em 2012, e tudo indica que sim, ou pelo menos que Portugal vai pelo cano, talvez daqui a dois ou três anos haja um segundo volume do Bestiário Ilustríssimo. Se afundarmos, verei se a minha terra, Moçambique, ainda existe e irei para lá, largando a escrita e a música. Tenho um amigo no Maputo que vende retretes. Merda por merda, optarei pela propriamente dita, ajudando-o nesse trabalho�.

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
Disco: Bobby Champs - Moonlight [PICT011] (2012).

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
MP3 com todos.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
LCD SOUNDSYSTEM no Optimus Alive.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
Marion Black "Who Knows".

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
A falta de massa crítica em geral, e a falta de massa em particular.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
O novo projecto chama-se Motel Tropicália... é uma cena transversal com um potencial bestial. boy meets girl vs madd nigga plus nerd na FUZZ?

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
Era entrar directamente para o 2º lugar da lista da Forbes.

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
Preferes o Burt Reynolds com bigode ou sem bigode? Porquê?

O 20º aniversário do Festival EDP Paredes de Coura acaba de ter mais uma vela para soprar: no dia dia 16 de Agosto os britânicos Kasabian fazem a apresentação em Portugal do mais recente Velociraptor!. Os bilhetes para o festival que decorre entre os dias 13, 14, 15 e 16 de Agosto na Praia do Taboão já estão à venda: o Passe Campismo 4 Dias com campismo gratuito custa 80 euros.

Abril é mês de electrónica em Espanha. Em 2012 celebra-se o décimo aniversário do festival em Madrid (entre 12 a 15 do referido mês, La Casa Encendida, Ronda de Valencia, 2) e em grande: com um concerto de Manuel Göttsching, que apresenta pela primeira vez na cidade o clássico E2-E4. Isso e mais uma porrada de nomes que podem consultar ali em baixo.

Em Barcelona (entre 19 e 21 de Abril, Espai Cultural Obra Social Cajamadrid & Music Hall) o festival vai na sua terceira edição e conta com nomes como Keith Fullerton Whitman, Blues Control, Koreless e Nate Young.

Madrid

12 de Abril
21.00 Manuel Göttsching

13 de Abril
20.00 Thomas Köner
21.00 Blues Control, Laraaji & Arji
22.00 Hype Williams

14 de Abril
12.00 Keith Fullerton Whitman (kids show)
20.00 Roly Porter & Flicker
21.00 Nate Young
22.00 Raime

15 de Abril
12.00 Floris Vanhoof
20.00 Keith Fullerton Whitman
21.00 THEESatisfaction
22.00 Koreless

Barcelona

19 de Abril
20.00 Keith Fullerton Whitman
21.00 Blues Control, Laraaji & Arji
22.00 Koreless

20 de Abril
20.00 Ekoclef
21.00 Heatsick & André Vida
22.00 Dj Rashad & Dj Spinn

21 de Abril
20.00 Roly Porter
21.00 Nate Young
22.00 Pete Swanson

Chega-nos a notícia que o CLUB OFFBEATZ chega ao Porto esta Primavera. REsumindo e concluindo, todas as quintas-feiras, no Plano B, 2 vídeos e 2 concertos ao vivo de bandas portuguesas com entrada gratuita. As inscrições para as sessões Club Offbeatz Porto estão abertas e podem ser feitas através do email offbeatz.porto@offbeatznetwork.com.

O evento do Porto terá a programação de José Reis, responsável pelo programa Português Suave da Rádio Universitária do Minho (RUM). Fomos falar com ele e ele disse-nos isto acerca das suas expectativas para o CLUB OFFBEATZ Porto: "A ideia é que o Offbeatz Porto seja um palco aberto a todas as bandas. Que sintam que este é um lugar onde não são discriminados pelo som ou pelo anonimato. O Offbeatz tem já um registo nas noites de Lisboa e a ideia é que o Offbeatz faça o mesmo no Porto, sendo o ponto de encontro dos músicos, dos realizadores dos videoclipes que lá serão exibidos e do público generalista que gosta de música. A entrada gratuita demonstra, de resto, esse espírito de abertura que temos para com as bandas e os seus seguidores. É um evento para todos, a pensar em todos".

A Hey, Pachuco! Associação Cultural organiza no Barreiro uma espécie de segunda edição do Mi Casa es Tu Casa, celebrado no início do ano na abertura da Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura e pensado por Fernando Alvim. Esta versão, inserida na Quinzena da Juventude do Município do Barreiro, decorre no dia 24 de Março em casas do centro da cidade. Os concertos terão a duração de 20 / 25 minutos.

Eles avisam: "na tarde de 24 de Março o público desta iniciativa terá em mãos a localização das casas (identificadas com um letreiro à porta dos respectivos prédios e previamente anunciadas nas cnossas comunicações), o horário dos concertos nessas mesmas casas, a lotação das salas e uma lista de artistas. No entanto, só a organização saberá onde é que os artistas tocarão".

As casas são as seguintes:

14:25h e 16:55h - Rua Eusébio Leão nº10 - Lotação: 30
14:50h e 18:35h - Rua �lvaro Velho nº7 R/c - Lotação: 15
15:15h - Avenida Alfredo da Silva nº 38 1ºDtº - Lotação: 10
15:40h e 17:20 - Rua José Elias Garcia nº38 2ºEsq - Lotação: 15
16:05 e 17:45h - Largo Luís de Camões, Nº21, 3º - Terraço - Lotação: 25
16:30h - Rua Stara Zagora nº36 1ºEsq - Lotação: 10
18:10h - Avenida Henrique Galvão nº12 3ºDtº - Lotação: 10

As bandas / artistas:

The Raw Sample Project
Nicotine's Orchestra
Fast Eddie Nelson
The Sullens
L'Ocelle Mare
Radikal Satan
Tiago Sousa
Rai (The Poppers)
Killer E "The Snake"
Chicken Birdie Joey
Hell Hound

A Capicua, que nos últimos tempos deu um salto quantitativo - e felizmente qualitativo - no hip hop português, apresenta no próximo sábado, dia 31 de Março, o seu disco de estreia no Plano B, na sua cidade natal. O concerto acontece às 23h e a noite continua logo depois da actuação de Capicua com uma after party de D-One. Quem o diz é a própria: "se puderem chibem-se, cusquem, apregoem e ponham a boca no trombone". Ela faria o mesmo por vocês.

Em 2011 os Death In Vegas - que é como quem diz Richard Fearless - regressaram aos discos sete anos depois de Satan´s Circus com Trans-Love energies e agora surgem confirmados para o Optimus Alive´12. Os britânicos actuam no dia 13 de Julho no Palco Heineken. Portanto: Big Deal, Caribou, Dum Dum Girls, Florence + The Machine, Here We Go Magic, Justice (Live), Katy B, Lisa Hannigan, LMFAO, Lostprophets, Mazzy Star, Metronomy, Miles Kane, MIÚDA, Mumford & Sons, PAUS, Radiohead, Refused, SBTRKT, SebastiAn (Live), Snow Patrol, The Antlers, The Cure, The Kills, The Kooks, The Maccabees, The Stone Roses, Death in Vegas, AWOLNATION e Warpaint.

No final deste mês, o trio de Oxford Trophy Wife estreia-se em Portugal em mais uma noite com curadoria da Musicbox Heineken Series. Após uma digressão com os enfant terribles Crystal Castles, os Trophy Wife apresentam Bruxism (Blessing Force, 2011)em concerto dia 31 de Março. Os bilhetes estão já à venda em blueticket.pt e nos locais habituais: em pré-venda custa 10€ com oferta de uma Heineken, no dia custa 12€ com oferta de uma Heineken.

Dia 31 há disto no Musicbox:

Tomas Barfod é o baterista dos Whomadewho, mas também é o mesmo tipo que tem lançado música na Get Physical, Kompakt, Gomma, Turbo, entre outras editoras. Acaba de ver a luz do dia um tema que terá edição da Friends of Friends incluído no EP Broken Glass, que tem dois originais e remixes de Jacob Korn (Permanent Vacation) e Shlohmo (Friends of Friends).

Ouçam aqui em baixo a novíssima "Broken Glass":

Diz o Guardian que o tio Neil Young se prepara para lançar novo disco com os Crazy Horse em Junho. Chama-se Americana, foi gravado nos estúdios Audio Casa Blanca em Janeiro e será totalmente composto por versões de canções folk americanas como "Clementine", "Gallow's Pole" e "She'll Be Comin' Round The Mountain". Este disco é o primeiro com o line up inteirinho dos Crazy Horse desde Broken Arrow, de 1996. É esperar. E desesperar eventualmente.

Este foi um dos muitos discos que comprei ao longo da vida sem conhecer ou ouvir, apenas porque li ou me disseram algo que me deixou curioso. Arriscar na audição de música nova sempre foi uma das minhas actividades preferidas, arriscar e não desistir à primeira. Insistir e, muitas vezes, descobrir música que dificilmente descobriria sozinho ou música que precisa de tempo e audições repetidas para revelar a sua magia. Claro que as pistas vêm na maior parte das vezes de alguém cuja opinião musical respeito, seja um amigo, um músico ou alguém que escreve sobre música. E claro também que acontecem desilusões e discos dos quais acabo por me desfazer. Mas as descobertas compensam largamente. Este disco foi um desses casos.

Comprei-o na Contraverso do Zé Guedes, no Bairro Alto, numa altura em que eram poucos os sítios para se encontrar música fora do banal e quando o ouvi pela primeira vez estava longe de adivinhar a importância que esta música viria a ter para mim. Na altura soou-me minimal, sem grande história, mas houve algo que me fez guardá-lo. Ao longo dos anos fui voltando a ele regularmente, naquelas alturas em que nos apetece uma energia específica, um tipo de vibração ou sentimento. E fui descobrindo um dos mais extraordinários discos de white dub de sempre. Apesar de ser o baixo de Jah Wobble que mais está em destaque, é a voz hipnótica e a personalidade de Leslie Winer que fazem o disco. Spoken word, pequenas linhas de voz que flutuam na mistura, sintetizadores que por vezes mal se ouvem...há infinitos detalhes sónicos a descobrir em torno da pulsão dub, poderosa, de baixo e percussão que faz a linha da frente de “Witch�. Um som que poderá ter servido de inspiração aos Massive Attack de “Blue Lines� e que evoca referências tão distintas como “Zipless� de Vanessa Daou (pela sexualidade explícita), a vibração dub narcótica dos UB 40 em “Signing Off�, os datalhes sónicos dos Throbbing Gristle em “20 Jazz Funk Greats� ou o relentless rhythm de Sly & Robbie no genial “Aux Armes et Caetera� de Gainsbourg. Música intemporal que poderia ter sido gravada agora ou, imagino, em qualquer outro ano no futuro.

Está aí a Primavera. O que nos lembra que, daqui a nada, centenas, milhares, milhões de meninas tratarão de ir ao armário buscar os vestidinhos coloridos e encher essas ruas de alegria. Vestidos como o de Lourdes Hernández, que é como quem diz Russian Red, que tem vídeo novo para o single "Everyday, everynight", rodado em Veneza. É uma questão de dias e as ruas estarão cheias de vestidos, confiem.

A visita do Daniel Higgs em Novembro de 2010 à ZDB foi um daqueles acontecimentos tão especiais e indefiníveis que qualquer antevisão ao seu regresso iria parecer novamente pejada de banalidades hiperbólicas. Como tal, e para quem ainda não tomou contacto com o magnetismo desta persona única, o melhor será mesmo ler aquilo que se escreveu antes e depois desse mesmo concerto mítico para a contextualização possível. Resta também ressalvar que será a apresentação do novíssimo Beyond & Between. Em dia de greve (22 de Março, para os mais distraídos), é levar a romaria até à Rua da Barroca e aparecer pelas 22 horas à porta da ZDB. A entrada são 8 euros. No dia a seguir a dose repete-se no CCVF, em Guimarães.

O multi-instrumentista Joe McPhee, um dos nomes maiores do jazz contemporâneo, músico com uma história gigante, apresenta-se ao vivo em Lisboa na próxima quarta-feira, dia 21. O autor de clássicos como Nation Time (1971), Pieces of Light (1974) ou Topology (1981) continua hoje em dia a espalhar a sua imensa criatividade, colaborando em projectos como o seu fiel Trio X, o incendiário Chicago Tentet de Brötzmann ou o espalhafato rock dos Two Bands and a Legend. Soprador versátil (saxofones, clarinetes, trompetes, trombones), McPhee actua com o seu trio Survival Unit III, acompanhado por Fred Lonberg-Holm (violoncelo) e Michael Zerang (bateria). Numa programação da Filho Único, o concerto tem lugar na Kolovrat 79 (Rua Dom Pedro V, nº 79), começa às 22h e a entrada vale 8€.

A Optimus Discos prepara-se para apresentar o leque de artistas que vão integrar o portfolio da editora em 2012 com uma noite muito especial. Acontece tudo no dia 12 de Abril, no Cais do Sodré, em Lisboa, a partir das 21h, em cinco salas. Balla Redux, Hello Atlantic, Chullage, Os Pontos Negros, Pedro Cardoso, Souls of Fire e The Poppers, são as novas apostas da Optimus Discos para 2012. Nesta noite, juntam-se a outros já no catálogo da Optimus Discos: Best Youth, Capicua, Lucas Bora Bora, Miúda, Nice Weather for Ducks (na foto) e The Doups.

O acesso aos concertos é totalmente livre, embora sujeito à lotação de cada espaço. Os horários são os seguintes:

Pensão Amor:

21h00 - Lucas Bora Bora
22h00 - The Poppers
23h00 - Miúda

Velha Senhora:
21h30 - Pedro Cardoso
22h30 - Hello Atlantic

Lounge:

23h00 - Nice Weather for Ducks
00h00 -The Doups

Musicbox:
22h45 - Best Youth
23h45 - Souls of Fire
01h00 - Pontos Negros
02h00 - Balla Redux

Europa:
23h30 - Capicua
00h30 - Chullage

Enquanto não chegam notícias acerca de um novo disco de Joanna Newsom, chegam-nos aos ouvidos um instrumental gravado em 1999 - seis minutos de música para harpa - que mostram as raízes da música da norte-americana. A canção chama-se tão simplesmente "Instrumental 1999", está incluída na compilação de beneficência pela Sierra Nevada Memorial Hospital Foundation e pode ser descarregada aqui.

"Blue Jeans", uma das canções de Born to Die, já tem vídeo oficial. É todo a preto e branco e tal. O que nos lembra o que o Nuno Proença disse sobre esta canção e outras do disco de estreia de Lana del Rey: "Há nelas ecos dos anos 60 e 70. Há nelas ecos de uma certa diva, caso esta perdesse o trovão que tinha na voz, mas ganhasse uma sexualidade latente. É que são canções que facilmente poderíamos transportar para a voz de Shirley Bassey nos tempos em que era convocada para fazer músicas para Sean Connery interpretar James Bond.".

Hey Jane,

'Tá tudo? Os Spiritualized têm um novo vídeo para ti. Tem para cima de dez minutos, parece uma curta metragem (até tem créditos no final e tudo), envolve cenas de pancadaria, homens que se vestem de mulheres e vale mesmo a pena ver. É o primeiro single de Sweet Heart, Sweet Light, que é editado a 16 de Abril. Vê aqui em baixo.

Aquele abraço,
André

Mais quatro confirmações para o Palco Heineken do Optimus Alive´12. São elas: Dum Dum Girls (13 Julho), Here We Go Magic, Big Deal e Lisa Hannigan (14 Julho). Entre regressos e estreias, poderemos ver finalmente como se porta a irlandesa Lisa Hannigan em palco - e sem estar a levar com doses industriais de tinta na cara e no ukulele (coitada).

O cabaz continuar a aumentar: Big Deal, Caribou, Dum Dum Girls, Florence + The Machine, Here We Go Magic, Justice (Live), Katy B, Lisa Hannigan, LMFAO, Lostprophets, Mazzy Star, Metronomy, Miles Kane, MIÚDA, Mumford & Sons, PAUS, Radiohead, Refused, SBTRKT, SebastiAn (Live), Snow Patrol, The Antlers, The Cure, The Kills, The Kooks, The Maccabees, The Stone Roses e Warpaint.

O festival da cidade da Mêda, que já vai na sua terceira edição, adicionou novos nomes ao cartaz inteiramente português. Para além dos já confirmados Glockenwise, Doups e Fitacola, os X-Wife e os Mão Morta apresentam-se como cabeças do festival que se realiza entre 27 e 29 de Julho, e agora que já não sofrem a concorrência do Milhões de Festa, não há desculpa para não ir. Até porque a entrada é livre. Leram bem: entrada livre para ir ver 1) os expoentes nacionais do RSM e 2) a melhor banda de sempre. E a zona da Guarda é linda.

SENSIBLE SOCCERS
18 DE MARÇO, DOMINGO
19H

Café au Lait, Porto
Entrada livre

Como o melhor dos pontas-de-lança, diz a gíria, os Sensible Soccers surgiram na área de um momento para o outro e confirmaram o que havia a confirmar: que são um dos novos nomes da música portuguesa a ter mais em conta. Apesar da rapidez no ataque, foram deixando pequenas pistas aqui e ali: quatro canções aqui, uma cassete ali, um concerto mais do que convincente ali ao fundo. E fizeram-no sempre com classe. O que têm para oferecer, ainda que não pareça, são canções: mergulhadas no krautrock, numa relação séria com a electrónica caseirinha, de braço dado com melodias da melhor colheita, mas sempre com um travo quase pop – calculado ou não, pouco importa - que faz de cada canção dos Sensible Soccers um potencial hino a ser assobiado rua fora sem consciência da figura. Já diz o ditado: Março amoroso faz o ano formoso. Este é o contributo do BODYSPACE AU LAIT para a legitimação da sabedoria popular.

Já tínhamos dito aqui algures que os lisboetas Ölga tinha um novo disco; quando apresentaram um novo vídeo para a luminosa e curvilínea "Paul Simon", gravado em Brooklyn, durante a tour da banda por Nova Iorque. E nessa altura já prevíamos mudanças. Confirmem tudo neste teaser:

Será primeiramente um concerto triste, porque estamos a falar de um dos últimos concertos que os Men Eater darão, com a saída de Mike Ghost e o hiato indefinido. Depois será de peso: a seu lado estarão os Riding Pânico, agora com Chris Common na bateria e temas novos (!) a estrear. Início às 23h e bilhetes a 6€, mas, como no Bodyspace gostamos muito de vós, podem ir até à página do Facebook tentar ganhar uma entrada.

Amanhã, na belíssima Tertúlia Castelense, em Castêlo da Maia, os Dealema têm concerto marcado para apresentação oficial do vídeo do tema “Nada Dura Para Sempre� gravado na própria na Tertúlia Castelense. Os Dealema continuam a defender o novo disco, A Grande Tribulação. após o lançamento do EP Arte de Viver em 2010 pela Optimus Discos. O concerto começa às 23 horas, a entrada vale 10 euros (oferta de cortesia, inclui uma bebida). Se querem o CD têm de pagar mais cinco euros.

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
Não tenho ouvido discos ultimamente, é uma daquelas fases...

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
Toda gente responde cozinha tradicional portuguesa, e há uma razão para isso.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
If Lucy Fell no Milhões de Festa mas só por que estava com pouca pratica.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
Uma daquelas do festival da Eurovisão, pode ser aquela do saxofone irritante que existe editada em loops intermináveis no YouTube. Acho que todos fizemos alguma coisa de mal na vida que o justifique.

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
As unhas.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
Ainda não tem nome. É com o João Nogueira, rapaz espadaúdo dos Riding Pânico com tanto jeito para os tappings como para deixar crescer bigodes. Precisamos de mais musicas e de um nome.

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
Uma carta oficial da Segurança Social a dizer que estavam muito arrependidos.

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
Acho que está muito bem assim, os meus parabéns, não ousaria tocar-lhe.

Gostam da Marina Abramović, de seios médio-grandes, de batidas com conta, peso e medida, de ambiências carregadas e vozes mergulhadas em efeitos? Então o novo vídeo de "PURPLE" é bem capaz de ser a melhor coisa que vão ver - e ouvir - nesta sexta-feira nebulosa e misteriosa. Parece que o dia se fez de propósito para isto. O novo lançamento de PURPLE, a.k.a. Luís Dourado, está por um fio.

Na próxima sexta-feira, dia 16 de Março, pelas 22h, o Café au Lait no Porto, recebe os SPiLL, um projecto do guitarrista André Fernandes que começou em 2003 num momento em que o músico “se encontrava entediado de tocar quase exclusivamente a música que mais faz, o jazz, e precisava de uma plataforma para concretizar outros tipos de música de que é igualmente fã�. Desde então tocaram em locais como o Pequeno Auditório do CCB, festivais de jazz, o Festival de Paredes de Coura e “clubes de má fama�. A formação actual conta com André Fernandes na guitarra, voz e absinto, Inês Sousa na voz e martini bianco, Óscar Graça no piano, teclados e imperiais, Miguel AmadoI no baixo eléctrico e sumol, André Sousa Machado na bateria e whisky irlandês, e ainda Marcos Cavaleiro também na bateria e vinho tinto cautelosamente seleccionado. Prometem rock, pop e canções. A primeira parte da fica a cargo dos espanhóis Inerttes, banda de Vigo formada em 2004 que se apresenta pela primeira vez no Porto. A entrada custa cinco euros.

Como já tínhamos dito, os Hot Chip de Joe Goddard, Alexis Taylor, Felix Martin, Al Doyle e Owen Clarke preparam-se para lançar novo disco - o quinto - em Junho. O disco chama-se In Our Heads, foi gravado em Londres pela banda e tem produção extra de Mark Ralph. Agora existe um novo vídeo para o single do disco que vem aí. A canção em questão é "Flutes". Esperamos que o vosso almoço tenha sido leve.

Há novos nomes para o Optimus Primavera Sound, que acontece na cidade do Porto entre os dias 7 e 10 de Junho. A saber: The Weeknd, Linda Martini, The Right Ons, Chairlift, M83, Suede, Stopestra e Ultramagnetic Mcs. A programação do dia 10, Primavera na Cidade, será anunciada até ao final deste mês.

Informação sobre o bilhetes em copy paste: os passes gerais para o Optimus Primavera Sound 2012 podem ser adquiridos por 99€. Os pontos de venda são Ticketline, Ticketmaster, Seetickets UK e PayPal. Também se podem adquirir na página de facebook do festival. Mais informação sobre os pontos de venda no site oficial do Optimus Primavera Sound. Os custos de distribuição não estão incluídos no preços dos bilhetes.

Agora é só esperar três meses para o festival mais esperado - e com o melhor cartaz - do ano. Vai haver disto:

Mas sem violência. A Terrain Ahead, casa de artistas como Ivvvo ou PURPLE, será a anfitriã da festa que se desenrola na próxima sexta-feira a partir das 22h no espaço portuense. Serão precisamente os dois músicos citados que darão concertos no auditório, sendo que PURPLE apresenta mesmo o seu disco de estreia (Violence), havendo depois espaço para a dança pelas mãos de DJ Supa, Solution e Carlos Milhazes + Luís Machado. Entrada? Uns meros 3€.

Como que a dar-nos cada vez mais razão, as Pega Monstro estarão hoje pela sala TMN Ao Vivo a fazer a primeira parte da sempre incrível de se ver Blues Explosion. O concerto começará pelas 21h30 e prolonga-se noite fora até que a sede do rock n´ roll esteja saciada. E que não se duvide que o será. Ainda há bilhetes: 22€. Mero percalço na estrada que se percorre com urgência punk para acabarmos satisfeitos.

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
os dois do tim hecker do ano passado. o ravedeath 1972 e o dropped pianos. muito alto.

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
cassetes e uma francesinha.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
emeralds em serralves no ano passado.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
“desintegration loop IV� do william basinski.

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
uma dor no joelho esquerdo.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
gravar o próximo ep dos sensible soccers que vai sair no inicio do verão (em princípio) pela wasser bassin.

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
dou-me bem com o que tenho mas... levar com um euromilhões nas trombas não me causaria transtorno.

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
como assim? é que me parece perfeito este quiz...

João Chaves prepara-se para lançar um novo EP enquanto Dreams. Chama-se Dark Memories, tem quatro temas mas ninguém melhor que o próprio para o descrever: “este EP poderá ser, ou não, um brainstorming para o álbum que poderá chegar ainda este ano. Toma um rumo diferente em relação aos outros, no que toca ao minimalismo e à etereidade. Dark Memories tem duas partes, as duas primeiras músicas funcionam as duas juntas e são como que um Lado A ou single. As restantes apesar de estarem ligadas ao espírito do EP, não se relacionam directamente com as iniciais e funcionam como possíveis B sides ou propostas para serem exploradas num futuro próximo�.

Para que possam tirar as vossas conclusões, estreamos um dos temas deste novo trabalho. Precisamente a canção que dá título a este EP.

Dreams - Dark Memories [mp3]

Normalmente quando se fala dos Equations é por causa de duas coisas: ou pelo momento pila-ao-léu do Milhões de Festa (que quase ninguém viu e eu fui um dos "felizardos", podendo dizer para sempre que tenho mais cred do que vocês) ou pelo loirinho que lá toca baixo e que às vezes trolla por essa net fora. Mas teremos de começar a falar também da música, porque os Equations são bons. Muito bons, até. O disco está para sair com o selo de qualidade Lovers & Lollypops e a festa de apresentação é no dia 23, juntamente com os Cangarra, no Café Au Lait, com bilhetes a 7€ que dão direito a disco ou a 4€ em que podem entrar apenas para os ver. Entretanto podem ouvir a malha de avanço (tenho-a em modo demo, ou seja, o dobro do cred. Invejam-se aí.):

Ah pois é. A canadiana Leslie Feist vem a Portugal para dois concertos, 18 e 19 de Março nos Coliseus de Lisboa e Porto, respectivamente, mas já só há bilhetes para o concerto na cidade invicta. Ficamos também hoje a saber o nome que assegurará as primeiras partes dos dois concertos: é o do cantautor irlandês Fionn Regan, que editou em 2011 100 Acres of Sycamore. Agora apressem-se.

O novo álbum dos The Shins, Port of Morrow, chega às lojas a 19 de Março mas mesmo antes disso é já possível ouvi-lo integralmente no site da banda. Já conhecíamos "Simple Song" (provavelmente a melhor canção de sempre dos Shins), já conhecíamos "Bait and Switch" e agora vamos poder conhecer tudo. Antes que acabe o sol.

Lembramos que Port of Morrow foi gravado entre Los Angeles e Portland durante o ano de 2011, produzido por Greg Kurstin e misturado por Rich Costey. A belíssima capa do disco – vão vê-la - é da autoria de Jacob Escobedo.

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
Pois que roda The Black keys, El camino.

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
CD, mas só as peúgas, as lendárias, do slogan " Com CD quem ganha é você!": mas também cozido à portuguesa, mas só à quinta-feira aqui no Mariposa em Campolide.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
Toy vestido de Simone na TVI ou deixem cá pensar melhor, Crisis na final do Festival Termómetro, que por acaso eu organizo. Mas só por acaso.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
“Grace� de Jeff Buckley.

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
Emma Stone e sempre Natascha McElhone.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
A speaky.tv que vai ser o melhor canal que alguma vez este país já viu. O Festival Alternativo da Canção que de novo irá provar que é possível fazer melhor que o original. Um jornal desportivo gratuito com nomes na comitiva como José Nunes, Luis Freitas Lobo e Rui Miguel Tovar e finalmente duas publicações, uma mais literária, outra masculina que será liderada pelo Pedro Mexia. Acho que chega, não?

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
Começarem a cair notas de dólares no barreiro. Ou em todo o mundo vá.

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
Qual o número do teu NIB para te depositarmos imediatamente uma enormidade de notas.

A Xuxa Jurássica comemora o seu 15º aniversário este ano. E, para festejar, a promotora organiza no próximo mês de Maio um festival com quinze bandas, distribuídas por três dias. O Jurassic Fest, que tem o intuito de anualmente trazer as melhores bandas de Punk, Rock, Hardcore e Metal de renome internacional a Portugal, assim como oferecer o que de melhor se faz nestes estilos no nosso país, decorre no Santiago Alquimista nos dias 4, 5 e 6 de Maio.

Como atracções principais, o cartaz apresenta os norte-americanos 7 Seconds (uma das maiores referências do HC Straight Edge), os ingleses Napalm Death (quem vai perder a oportunidade de berrar �Nazi Punks Fuck Off!�?) e Dog Eat Dog, vindos também dos EUA para mostrar se a sua fusão de hardcore com hip hop continua afiada. Os bilhetes têm preços variáveis (3 dias = € 35,00; 2 dias = € 30,00; ou 1 dia = € 20,00 – sempre com oferta de duas bebidas) e o cartaz completo é o seguinte:

4 de Maio
7 Seconds / Albert Fish / Godfarts / Step Back / Challenge
5 de Maio
Napalm Death / Holocausto Canibal / Atentado / Adamantine / First Class Tragedy
6 de Maio
Dog Eat Dog / Reality Slap / Vera Cruz / Backflip / The Ydyll´s End

São portugueses, são dois, são um rapaz e uma rapariga, são o Tiago e a Sofia, são rock embebido em garagens e blues, são guitarra e bateria, são um EP homónimo que podem sacar no Bandcamp, são parte do cartaz do 20 Vinte XX, são fãs de air hockey (quem não é?), são apreciadores de piña colada e são algo a descobrir à distância de um clique. É só ir aí acima.

Há dias anunciámos uma nova edição deste festival da Lovers, em colaboração com a Bolos Quentes, a Concorrência e a Revolve. Agora relembramo-lo, só para anunciar o cartaz completo das vinte bandas e vinte DJs que estarão por Guimarães a 24 de Março. Por ordem alfabética: ALTO!, Amazonas, Black Bombaim, Bulota, Cangarra, Crisis, Da Chick, Equations, EVOLS, Fat Freddy, Ghunagangh, Memória de Peixe, Mi(o)lo, Mr. Miyagi, New Kind of Mambo, Panties and Dingos, Salto, Swinging Rabbits, The Glockenwise e The Sticks & Stones & The Broken Bones. E ainda: Carlos Milhazes, Centeno, Cova, DJ Lynce, DJ Sr. Guimarães, Ghuna X, Hang_The_DJ, Hugo Alfredo, Ina, Jam, Jorge Naper, Luís Machado, Mister Teaser, Rita Garizo, Rodrigo Affreixo, Sónia Carvalho, Spark, Supa, Tiago e Vicente. 3€. Podendo.

L´Art Brut, o quarto álbum de originais dos Wraygunn, foi ontem editado. E a banda liderada por Paulo Furtado não perde tempo em mostrá-lo no palco, que é onde a sua arte ganha uma energia intensa, bruta. Nestas primeiras datas, que incluem quatro cidades – Lisboa, Coimbra, Tondela e Porto –, a única forma de acesso aos concertos é a compra do disco. Ou seja, disco no bolso, entrada garantida.

As datas e locais destes concertos são as seguintes:
17 de Março – Lisboa: discoteca LUX
22 de Março – Coimbra: Teatro Académico Gil Vicente;
23 de Março – Tondela: Associação Cultural e Recreativa de Tondela
24 de Março – Porto: Hard Club (Sala 1)

É um dos nomes mais falados dos últimos tempos no reino musical. A norte-americana Julia Holter, fantasista e escritora de canções de quarto, apresenta-se a 20 de Junho na Galeria Zé dos Bois em Lisboa e a 21 no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães. Trará a Portugal o disco Ekstasis (foi editado no dia 2 de Março com selo da Rvng Intl), que tem deixado muita gente a salivar abundantemente. Quem deu a boa nova foi Vitor Belanciano, há coisa de poucos dias, no jornal Público.

Brigitte Fontaine
“Comme a La Radio� (Saravah, 1969)

Reunião improvável da cantora Brigitte Fontaine e do seu habitual colaborador, o argelino Areski Belkacem, com os Art Ensemble of Chicago, Comme a La Radio é uma obra de arte cuja influência me tocou muito para além da música. A voz e os poemas de Fontaine têm um carácter ritualístico que se torna mágico com o acompanhamento orgânico e instintivo dos Art Ensemble. O contrabaixo de Malachi Favors e os sopros de Lester Bowie, Leo Smith, Joseph Jarman e Roscoe Mitchell, evocam mistério e aventura e conferem à música uma dimensão intemporal, simultaneamente vanguardista e ligada à mais pura vibração primordial africana.

Este é talvez o disco que mais me inspirou a juntar fotografias e música no livro que irei lançar este ano, East Coasting or 86 Lost Classics, e que inclui fotografias tiradas em digressão na costa leste dos Estados Unidos e uma selecção pessoal de discos que considero clássicos perdidos. Encontrei Comme a La Radio em São Francisco, há mais de 10 anos, numa das mais incríveis lojas de discos que conheci, a Amoeba Music, e a sua magia acabou por marcar uma viagem de mês e meio pelas estradas dos Estados Unidos, com passagem pelo norte do México, Los Angeles, Santa Fe, Oklahoma e New Orleans. Numa ocasião específica, viajávamos entre Memphis e New Orleans, à noite, na região do Mississippi, e com este disco a tocar, abrimos as janelas e deixámos entrar o som de milhares de insectos nocturnos. A transformação e mistura desses sons com a música foi a coisa mais próxima de uma alquimia a que pude testemunhar. Intimista e celebratório, é um álbum que inspira e ensina a criar.

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
Worn copy, Ariel Pink´s Haunted Graffiti

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
CD só porque não tenho dinheiro para Vinil.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
Putas Bebadas no Kolovrat.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
"Quem me dera ser só da cintura para cima" d'Os Semi.

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
Nada.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
Tenho andado a gravar Putas Bebadas aka Orquestra Sinfónica das Olaias.

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
Confirmarem um concerto de Danny Brown em Lisboa.

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
"Do you rabu?", ao qual a resposta seria "Sim".

Não é preciso dizer mais, pois não? Quer dizer, tirando as datas. Nesta quarta-feira, no Lounge, Éme e Smiley Face apresentar-se-ão juntamente com os DJs da Filho Único, a partir das 22h, entrada livre. Sexta-feira, as Pega Monstro, Kimo Ameba, Éme e Pow! estarão pelo Barreiro, pelas 21h30, no Bar dos Ferroviários, evento igualmente de borla. No sábado deslocam-se ao Musicbox e é a pagar: 5€ para ver Os Passos em Volta, Go Suck a Fuck e 100 Leio a partir da meia-noite. E finalmente, ao mesmo preço, Os Passos em Volta irão tocar no dia 22, pela meia-noite, na sala 2 do São Jorge, concerto inserido na MONSTRA (Festival de Animação de Lisboa) 2012. Com tanta oferta, é caso para dizer: já dominam o mundo.

Perpetuando aquilo que já é uma tradição da primavera lisboeta, o Teatro São Luiz acolhe este ano mais uma edição da Festa do Jazz. Esta décima edição da festa do jazz português tem lugar durante o fim-de-semana de 31 de Março e 1 de Abril. No sábado passam pelos vários palcos do São Luiz nomes como Carlos Bica (com o trio Azul, apresentando o recente Things About), Elisa Rodrigues (na foto, levando ao palco o álbum de estreia Heart Mouth Dialogues) ou Susana Santos Silva (acompanhada pelo seu quinteto e o disco Devil´s Dress). Já no domingo actuam grupos como Tora Tora Big Band, Luis Figueiredo Trio ou o projecto "Cine Qua Non" - trio de João Paulo, Afonso Pais e Paula Sousa. Além dos concertos principais o São Luiz acolhe a habitual exibição dos alunos de escolas de jazz - dúzias de concertos que decorrem durante a tarde e têm entrada livre.

Noticiamos há dias que SBTRKT se estreará ao vivo em Portugal no Optimus Alive´12, dia 15 de Julho, no Palco Heineken, juntando-se a nomes como Caribou, Justice, Katy B, Metronomy, Radiohead, entre outros. Há coisa de poucas horas Aaron Jerome estreou uma nova faixa - instrumental - no seu SoundCloud. E rende. Chama-se "Surely" e ficou de fora do álbum de estreia do qual muito se ouviu falar em 2011 - e por boas razões.

Não é todos os dias que estreia uma “tragicomédia musical� portuguesa no cinema. Nem que o lendário Victor Gomes (“o mais Negro dos Gatos�) aparece no grande ecrã. É isto (e muito mais) que acontece em Calor e Moscas, filme 100% independente, cuja sinopse tomamos a liberdade de colar aqui:

"1986: Mateus, um musico prodígio de 12 anos, é escolhido para representar Portugal num conceitado concurso de música infantil na Europa, o Barca d'Ouro. Apesar das grandes expectativas que o País tinha em Mateus, ele desilude tudo e todos ao conseguir apenas o segundo lugar. Portugal entra assim na C.E.E. com o pé esquerdo e a carreira de Mateus que só estava a começar entra em queda...
Vinte anos mais tarde, Mateus, agora um vendedor de seguros, apreciador de cannabis e viciado em comprimidos, continua a tocar e a gravar maquetes escondido no seu quarto. Um dia decide enviar uma maquete ao seu ídolo e meses depois descobre que este a roubou. Mateus vai para as ruas em busca de justiça, juntando-se-lhe nessa aventura o seu melhor amigo, Celeste, um músico de rua, viciado em comida de cão...�

Tudo aponta, pois, para um delírio cinematográfico imperdível (cuja antestreia terá lugar na próxima quarta-feira, dia 14, pelas 20:30, no Cineclube de Telheiras – Estrada de Telheiras, nº 114), para mais tendo em conta as várias participações de músicos, como Jorge Cruz (Diabo na Cruz), Fernando Cunha (Delfins; Resistência) ou Gonçalo Prazeres (Freddy Locks), e a banda-sonora, que inclui temas de
Black Bombaim, The Ratazanas, Freddy Locks, Samuel Úria, Phil Mendrix, Daniel Bacelar, Brainwashed by Amalia, entre outros.

Resta acrescentar que o trailer promete. E não é pouco.

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
El Camino dos Black Keys.

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
Cozinha tradicional portuguesa todo o santo dia e música ao vivo em simultâneo se possível.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
Dilated Peoples no Hard Club.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
“Master Blaster� do Stevie Wonder.

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
A campanha do terror que se pratica quotidianamente na (des)informação televisiva.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
Uma mixtape com beats do Kanye West. Capicua Goes West. A sair no fim do ano. Façam figas.

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
Isso quem sabe é a vida, mas era muito bom receber um convite para escrever um fado. E um vale vitalício de gelados do Santini também não era nada mau…

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
A pergunta que não tem mas devia ter não sei, mas sei qual a pergunta que tem e não devia ter.

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
Uma cassete com canções do Mahmoud Guinia, um músico Marroquino. Possível influência para novo álbum de ASQ.

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
Vinil=bochechas de porco bísaro estufadas em sous-vide; CD=folhado de chèvre com pêra rocha; MP3= Petinga frita em óleo Macdonals.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
Sunns, no Musicbox.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
John Cage "4'33"

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
Não conseguir fazer canções que se tornem hits radiofónicos.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
Um duo trash. Eu nos teclados e voz, e a Sara Inglês na bateria. Estamos, neste preciso momento, trancados numa cave bafienta, a ouvir cassetes dos Tangerine Dream, e dos Black Tambourine. Novo Ep de Abztraqt Sir Q, que em breve retoma os concertos,

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
Ser convidado para ir à Gala da SPA, receber o troféu: Honorário ridículo do ano.

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
O que achas da música "Someone like you" da Adele?

Tínhamos anunciado que Os Youthless estavam de volta, que apresentavam o novo single, “Monsta� (fez parte da primeira demo da banda mas nunca tinha sido editado) seria apresentado oficialmente num concerto marcado para o Clube Ferroviário (já aconteceu), que esta nova canção seria distribuída digitalmente a partir de hoje pela Enchufada e teria distribuição mundial a cargo da Rough Trade Distribution, que estaria à venda em lojas digitais como iTunes, Junodownload, Boomkat, Beatport, entre outras. E ainda que o single teria um lado B com o tema “Re-Ed�. Agora mostramos o vídeo. Aqui em baixo.

A ZDB celebra em 2012 o seu 18º aniversário e, mesmo debaixo da tenebrosa crise, vai festejar ao longo de todo o ano. Um destes momentos de celebração está quase aí a chegar: Thurston Moore em dose dupla. No dia 12 de Março (sim, já esta segunda-feira) o membro dos Sonic Youth actua no Teatro da Trindade, acompanhado por uma banda constituída por Samara Lubelski no violino, Keith Wood na guitarra e John Moloney na bateria (bilhetes entre 20€ e 25€). No dia seguinte, terça-feira, Moore repete a dose, mas em moldes diferentes: tem carta branca para fazer o que entender (a solo ou não). Este segundo concerto tem lugar no mítico aquário ZDB e é exclusivo para sócios da casa. Quem quiser aproveitar, pode ainda fazer a sua inscrição - bastará enviar um email (socios@zedosbois.org) e pagar a anuidade de 30€ (direito a assistir a três concertos à escolha + todos aqueles que a ZDB designar + entrada livre nas exposições, ciclos de cinema no terraço, 2 entradas para o negócio). Como diz o programador Sérgio Hydalgo: "é fixe e é uma forma bonita de nos ajudar". "Kool thing", diriam os outros. Fixeza obrigatória, dizemos nós.

O Instituto de Design de Guimarães recebe outra edição deste evento curado pela Lovers & Lollypops: uma reunião entre 20 DJs e 20 designers que irão discutir interesses, pontos de vista diferentes e a possibilidade da noite descambar numa orgia. Este último talvez não, mas se acontecer, esperemos que haja vídeos. Tudo a partir das 22h e com entrada a 3€, informações que estão no cartaz que aqui deixamos, por isso podiam simplesmente ter parado de ler aí. É fixe que tenham continuado, contudo.

Foi a própria banda que confirmou no Facebook há pouco mais de uma hora. Os norte-americanos Midlake, que editaram The Courage of Others em 2010, actuam no 20º Festival Paredes de Coura no dia 15 de Agosto. Este é o segundo nome a ser anunciado esta semana para o festival minhoto depois da confirmação dos Ornatos Violeta há coisa de poucos dias.

O Sudoeste tmn 2012 acaba de confirmar mais dois nomes para o seu cartaz: Nicolas Jaar e The Ting Tings juntam-se a nomes como Ben Harper, Richie Campbell e Two Door Cinema Club no festival que acontece entre os dias 1 e 5 de Agosto na Zambujeira do Mar. E tudo isto é sempre uma boa desculpa para ouvir um dos temas do disco de estreia Space Is Only Noise, editado em 2011.

Jacob Faurholt é Crystal Shipsss. Crystal Shipsss é Jacob Faurholt. Confusos? É simples: uma só pessoa, dois projectos diferentes. Após ter editado, no passado ano, um disco de Crystal Shipsss pela Cakes & Tapes (docemente intitulado Yay), Faurholt andará em digressão um pouco por todo o centro e norte do país, arrancando já hoje com dois concertos, o primeiro na FNAC de Guimarães, pelas 17h30, e o segundo em Viana do Castelo, pelas 22h. Seguem-se Viana, Braga, Aveiro e, claro, a Invicta. Deixamos aqui as datas para os curiosos, e o link para Yay:

09/03 - Guimarães @ FNAC, 17h30 (entrada livre)
09/03 - Viana do Castelo @ Aisca, 22h (entrada livre)
10/03 - Braga @ FNAC, 17h (entrada livre)
15/03 - Aveiro @ Mercado Negro, 22h30 (3€ antecipado, 4€ à porta)
16/03 - Porto @ CDGO, 18h (entrada livre)
16/03 - Porto @ O Meu Mercedes, 23h (6€)

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
Take Care do Drake, só tive coragem de ouvir de verdade agora.

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
Cozinha tradicional portuguesa!!! Quero muito experimentar, nunca fui para Portugal.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
Sky Ferreira em uma festa da Calvin Klein!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
"My Love" do Justin Timberlake.

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
Nada, estou fazendo aquilo de só se concentrar em coisas positivas! Meio Loiuse Hay...

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
SEYMOUR. A única coisa que posso dizer agora é "Britney Spears + D.A.R.K.N.E.S.S.", é segredo ainda. Mas por enquanto tem o blog: http://blog.obeyseymour.com

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
Poder sair dessa aula sem levar falta e ir almoçar com meu melhor amigo!!

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
Hmmmm... "O que te anda a agradar ultimamente?"
Está Verão em São Paulo e todos os dias estão perfeitos e eu nunca gostei tanto de morar aqui <33333333

Bobby Womack prepara-se para lançar um novo disco no dia 11 de Junho com selo da XL Recordings. O disco foi co-produzido por Damon Albarn e Richard Russell, chama-se The Bravest Man In The Universe e foi gravado no estúdio do senhor dos Blur - Studio 13 - em Londres e em Nova Iorque entre Octubro e Dezembro do ano passado. É o primeiro álbum de originais do cantor desde Resurrection, editado em 1994. Promete muito. Para ouvir:

Esta curta frase vinha acompanhada de um link para um Bandcamp num e-mail proveniente da Nova Zelândia, levando à conclusão lógica de que os remetentes leram a crítica ao disco dos compatriotas BnP e não quiseram ficar para trás. Os Grass Cannons, contudo, gingam mais para o lado do shoegaze, num EP de cinco faixas onde o ruído, as vozes imperceptíveis e a melodia são os pontos principais. Já que sim, se gostou do que ouviu, aqui fica a indicação. Quem sabe se não será o início de uma bonita amizade antipodal.

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
Tenho ouvido recentemente o álbum The News Today dos Corizonas, uma banda formada por duas bandas Espanholas. Os Arizona Baby e os Coronas. Muito bom!

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
Vinil, numa Cozinha tradicional portuguesa de preferência. Memórias de infância.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
Bonnie Prince Billy no Teatro Circo em Braga.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
"Avalanche" do Leonard Cohen, do álbum Songs of Love and Hate.

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
Não conseguir encontrar um Fender Rhodes a bom preço.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
O novo projecto é terminar as 12 edições que estão relacionadas com o nosso álbum Drunken Sailors & Happy Pirates. Precisam de saber que vão ser editadas 35 músicas e 35 vídeos até ao final deste ano.

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
Encontrar um Fender Rhodes a bom preço.

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
Ora… Falta obviamente perguntar qual a versão do Fender Rhodes que ando à caça. Ao que eu responderia que poderia ser o Mark I Stage 73 de 1973. Mas um que funcionasse já me agradava.

Os concertos de apresentação do álbum de estreia dos Supernada, Nada É Possível, acontecem já no dia 29 de Março no Lux-Frágil, em Lisboa, e no dia 4 de Abril, no Hard-Club, Porto. Mas a entrada não é tão simples quanto isso: os concertos acontecem na lógica disco-bilhete, ou seja, quem adquirir o álbum antecipadamente terá acesso gratuito ao concerto. Quem não o fizer arrisca-se a bater com a cara na porta, uma vez que o acesso a estes espectáculos é limitado. Os Supernada fazem questão de oferecer estes concertos a quem encomendar o disco já já já.

SENSIBLE SOCCERS
18 DE MARÇO, DOMINGO
19H

Café au Lait, Porto
Entrada livre

Como o melhor dos pontas-de-lança, diz a gíria, os Sensible Soccers surgiram na área de um momento para o outro e confirmaram o que havia a confirmar: que são um dos novos nomes da música portuguesa a ter mais em conta. Apesar da rapidez no ataque, foram deixando pequenas pistas aqui e ali: quatro canções aqui, uma cassete ali, um concerto mais do que convincente ali ao fundo. E fizeram-no sempre com classe. O que têm para oferecer, ainda que não pareça, são canções: mergulhadas no krautrock, numa relação séria com a electrónica caseirinha, de braço dado com melodias da melhor colheita, mas sempre com um travo quase pop – calculado ou não, pouco importa - que faz de cada canção dos Sensible Soccers um potencial hino a ser assobiado rua fora sem consciência da figura. Já diz o ditado: Março amoroso faz o ano formoso. Este é o contributo do BODYSPACE AU LAIT para a legitimação da sabedoria popular.

A Porta-Jazz tem andado imparável na cidade do Porto nos últimos tempos. A parceria com a Casa da Madeira do Norte (no 55 da Rua da Torrinha) arrancou no passado dia 3, com um concerto do trio Carlos Azevedo (em modo de estreia do novo piano de cauda que a associação acaba de adquirir, diz-nos o comunicado) e continua hoje pelas 21h30 com um concerto pelo Matt Renzi Trio (na foto). Ainda em Março seguem-se: sábado dia 10, Project 4 Cats; sábado dia 17, Baba Mongol; domingo 25, Coreto Porta-Jazz e sábado dia 31 o SMaLL Trio.

As últimas semanas têm sido uma verdadeira loucura na confirmação de artistas para festivais de Verão. A última é para o Optimus Alive´12. O DJ francês SebastiAn apresenta-se em formato live no Palco Heineken, dia 14 de Julho, para apresentar o seu primeiro álbum, Total, editado em 2011.

Revisão da matéria dada, que é como quem diz artistas confirmados para o Alive: Caribou, Florence + The Machine, Justice (Live), Katy B, LMFAO, Lostprophets, Mazzy Star, Metronomy, Miles Kane, Mumford & Sons, PAUS, Radiohead, Refused, SBTRKT, SebastiAn (Live), Snow Patrol, The Antlers, The Cure, The Kills, The Kooks, The Maccabees, The Stone Roses e Warpaint.

Apresenta-se como uma produtora/escritora de canções da Virginia que criou a sua própria fórmula de música electrónica de quarto. Afirma que o seu som é inspirado por jazz, minimalismo electrónico, pós-punk e Shibuya-kei, admite que as suas influências são Nina Simone, Cibo Matto, Serge Gainsbourg e Yellow Magic Orchestra. KID A é o pseudónimo de Anni T, e Anni T aprecia o isolamento, que acredita ser uma benção. Sabemos agora que há um disco de estreia na calha BLCKRSECHLL (Black Rose Chill). Deverá chegar este ano. Entretanto, que tal mergulhar na sensualidade de "BB Bleu"?

Rita Redshoes estreia amanhã o espectáculo The Other Women – O mundo nas canções d´Elas no Jardim d´Inverno do São Luiz Teatro Municipal. E mesmo antes disso ofereceu hoje duas das várias versões que vai apresentar neste espectáculo. “Afraid� (versão de Nico, já com vídeo para ver ali em baixo) e “9 to 5� foram disponibilizados online no site de Rita Redshoes.

PJ Harvey, Loretta Lynn, Lhasa de Sela, Joan Jett, Nina Simone, Joni Mitchell, Xana, Patti Smith ou Sheryl Crow são alguns dos nomes que inspiraram Rita Redshoes a criar este espectáculo.

Há pouco perguntou-se a uma conhecida fotógrafa da nossa praça:

Qual é a tua opinião, em forma de frase, palavra ou onomatopeia, acerca da vinda dos Refused ao Alive?

Resposta: "É ultrassom, não se ouve"

De facto, não se consegue exprimir por palavras: banda de culto do hardcore sueco e uma das reuniões mais aguardadas de 2012, os Refused irão estar em Portugal no dia 13 de Julho, para reviver a história ou, quem sabe, reescrevê-la. Claro que nas cabeças de muitos estará essencialmente The Shape of Punk to Come, o álbum que inevitavelmente se ouvirá mais nos meses que antecedem o concerto no palco Optimus, ao lado de Stone Roses e Justice (não, ninguém quer saber de LMFAO). E, como o título da notícia indica, a essencial "New Noise" marcará presença.

A questão em torno do Milhões de Festa é: conseguirá o festival Barcelense manter-se na posição cimeira no que ao melhor festival de música nacional diz respeito, considerando a concorrência feroz que o Alive! e o Optimus Primavera Sound apresentam a nível de cartaz este ano? A resposta, para uns, será "sim". Para outros, andará pelas linhas de "COMO É POSS�VEL QUE PERGUNTES ISSO SEQUER É CLARO QUE SIM MEU CABRÃO". Enquanto tal não se confirma, podem alterar já as datas na agenda; a organização antecipou o festival em uma semana, passando o mesmo a realizar-se entre 20 e 22 de Julho. E anunciou um nome, Red Fang, banda norte-americana de cariz stoner, para se ouvir o ressoar do riff pelo parque fluvial. As escolhas andam difíceis, mas em caso de dúvidas, é ir pelo óbvio: piscinas, dude.

O novo álbum dos The Shins,Port of Morrow’ chega às lojas a 19 de Março. Já conhecíamos "Simple Song" e agora é altura de ouvir - e ver o vídeo - do segundo tema conhecido deste novo disco, "Bait and Switch". Este novo disco é o sucessor legítimo de Wincing The Night Away, editado em 2007. Lembramos: Port of Morrow foi gravado entre Los Angeles e Portland durante o ano de 2011, produzido por Greg Kurstin e misturado por Rich Costey. A belíssima capa do disco – vão vê-la - é da autoria de Jacob Escobedo.

Ouvem-se as canções das Pega Monstro e é impossível ficar indiferente: ora são objecto da mais pura dedicação, ou alvo de um ódio irracional e abjecto. A bem da verdade, as únicas pessoas que se mantêm indiferentes às Pega Monstro são as próprias, porque o que fazem é apenas seu e de ninguém mais. Mentalidade de gangue, uma postura que a cultura da Internet ensinou, ou apenas antiga, saudável atitude punk, transportada para a década onde o lo-fi controla os nossos ouvidos. As Pega e a Cafetra são tudo aquilo que eles próprios quiserem ser. Escolheram ser grandes.



Posto isto, o próximo fim-de-semana será de celebração; o duo prepara-se para lançar o disco homónimo de estreia, que já pode ser escutado no Bandcamp. Nas últimas semanas canções como "Carocho" ou "Dom Docas" - onde há gajas que gostam de levar na boca - têm feito os sorrisos de quem já era devoto e simultaneamente agregado novos fiéis. Na sexta-feira estarão pelo Plano B, no Porto, a tocar para gajas mais bonitas do que elas (ou não) juntamente com os compatriotas Kimo Ameba, que também editaram disco recentemente. No dia seguinte voltarão à cidade-natal para, no Kolovrat, destilarem feedback, melodias com sabor a um verão narcotizado e cânticos instantâneos ao lado de Putas Bêbedas. Tanto um como outro concerto são, naturalmente, imperdíveis; não só porque estamos a falar de uma banda que conquistou no último ano um lugar cativo na cena indie nacional, mas também de um pedaço de história da música feita por cá. Nós somos fiéis e por isso suspeitos: mas acreditamos, com toda a honestidade possível, que as crianças do futuro quererão ouvir estes discos. Daí que tenhamos ido falar, novamente, com as menin- perdão: elas não querem ser chamadas assim. Já têm vinte anos. E se não gostam, vão levar no a-

Quando e onde foi gravado o disco? O estado de espírito durante as gravações foi necessariamente diferente daquele do disco de Passos em Volta?

Maria: O disco de Passos foi gravado nos estúdios da Interpress, ali no Bairro Alto, e o horário normal de gravação era das 23h até às 5h, com direito a paragens para algumas jolas. Nesse sentido era mais tipo uma festa fixe mas conseguia ser mais esgotante e cansativo. O disco de Pega, pelo contrário, foi gravado em casa do B, num ambiente 5 mil vezes mais calmo e 7 mil vezes mais bonito que o Bairro e com um horário bem mais normal que o de Passos. Foram duas experiências de gravação diferentes mas ambas das melhores cenas que já fizemos.

O B Fachada teve algum input a nível de produção, ou agiu somente como engenheiro de som tipo Steve Albini?

Júlia: Sem dúvida que, de certa forma, participou activamente nas nossas músicas. Se tivesse sido outra pessoa não teria ficado o mesmo álbum.

A “Fetra� é para ser entendida como uma continuação da música com o mesmo nome do álbum de Passos? É para que os haters se calem de vez?

Ambas: Não, todas as bandas da Cafetra, até agora, têm uma música intitulada "Fetra" e nenhuma pretende ser uma continuação de outra. Estão só relacionadas pelo nome e pela editora. É como nos gangs, todos os membros têm uma tatuagem igual para se identificar.

Pode dizer-se que, muito por culpa da “Paredes de Coura�, vocês são a atracção principal da Cafetra. Não direi que sofrem qualquer pressão, mas este entusiasmo das pessoas reflecte-se depois, criativamente, na forma como pensam as canções?

Maria: Não. Não vemos as cenas dessa forma. Fazemos as músicas para nós e depois se o pessoal curtir ainda melhor. Não mudamos nem tentamos mudar a maneira de como pensamos nas canções por causa doutra cena sem ser nós mesmas.

Vão dar agora dois concertos, no Porto e em Lisboa. É a falta de tempo que vos impede de fazer uma tour mais alargada pelo país? Numa altura em que o tenham, é algo que estejam a planear fazer?

Júlia: Não é tanto por falta de tempo, é por falta de oportunidade. Não é algo fácil de planear; não é costume os sítios pagarem despesas tão elevadas como viagens de 100 a 300 Km. Portanto, respondendo à segunda, estamos sempre à espera de fazer uma mais alargada, seja com Os Passos em Volta, Pega Monstro ou outra banda da Cafetra.

Se o Jay Reatard voltasse ao mundo dos vivos e quisesse fazer uma cover de uma canção vossa, qual é que acham que ele escolhia?

Amas: Se ele fizesse da "Dom Docas" era brutal, por estar vivo e por curtir Pega!

Entre 2 Stupid Dogs e Cow & Chicken, que série completa em DVD levavam para uma ilha deserta?

Maria: Cow & Chicken, só pela música do genérico.



Pega Monstro no Plano B, dia 9, c/ Kimo Ameba, pelas 23h, entrada 5€. Dia 10 no Kolovrat 79, c/ Putas Bêbedas, às 22h, mesmo preço.

Os Ornatos Violeta são o primeiro nome confirmado para o 20º Festival Paredes de Coura, que acontece nos dias 13, 14, 15 e 16 de Agosto. Mas não será um concerto qualquer: é o concerto em que Manuel Cruz, Nuno Prata, Kinorm, Elísio Donas e Peixe apresentam a versão integral ao vivo do aclamado álbum O Monstro Precisa de Amigo. O concerto em Paredes de Coura acontece antes do anunciado regresso para concertos nos Coliseus em Outubro.

Victoria Legrand e o não menos enorme Alex Scally estão de regresso às canções. "Myth", que pode ser ouvida ali em baixo, deverá ser uma das canções do novo disco da dupla de Baltimore. Esse registo chamar-se-á Bloom e será editado algures em Maio com selo da Sub Pop. "Myth" é Beach House clássico: algures entre a fantasia e a realidade.

Flausina é uma mulher presumida, vaidosa. "Flausina" é um espaço na Calçada Salvador Correia de Sá, em Lisboa, que no próximo sábado receberá o trio Luís Vicente, Jari Marjamäki e Marcelo Reis, para além da estreia do duo Canzana (Bruno Silva e Pedro Sousa) pela capital. Poder-se-ia entrar aqui em piadas tipicamente masculinas, mas deixemos isso para outras ocasiões. Até lá, riam-se que nem javardos de outras coisas. Concerto às 19h e bilhetes a 3€.

Fomos falar com o saxofonista Rodrigo Amado para saber quais são os seus projectos para 2012 e tivemos uma actualização bastante completa. São cinco discos: Motion Trio + Jeb Bishop com Live at Jazz ao Centro (JACC Records); Rodrigo Amado Wire Quartet, com Manuel Mota, Hernâni Faustino e Gabriel Ferrandini (European Echoes); Rodrigo Amado / Per Zanussi / Gabriel Ferrandini (Clean Feed), Motion Trio + Jeb Bishop Burning Mountain (álbum de estúdio com selo Not Two); e ainda, o terceiro álbum do Humanization Quartet, gravado ao vivo em Madison, nos Estados Unidos (Ayler Records). Entre 18 e 26 de Abril, o Motion Trio vai fazer uma pequena digressão nacional com Jeb Bishop para apresentar o disco da JACC Records. Toca em Viseu (Teatro Viriato), Guarda (Teatro Municipal), Coimbra, Barreiro (Be Jazz Café) e Hot Clube.

Mas há mais: em Novembro (dia 29), o músico inaugura uma exposição de fotografia no Museu da Electricidade / Fundação EDP. Nesse mesmo dia tocam os Lisbon Improvisation Players (já não tocam há cerca de 5 anos) com o convidado Joe McPhee. A formação de luxo é esta: Rodrigo Amado – saxofone, Joe McPhee - saxofone e trompete, Carlos Zíngaro – violino, Rodrigo Pinheiro – piano, Miguel Mira – violoncelo e Gabriel Ferrandini – bateria. Dois dias depois, no CCB (1 de Dezembro), o saxofonista toca pela primeira vez com uma formação que irá também ser gravada em estúdio: Rodrigo Amado – saxofone, Joe McPhee - saxofone e trompete, Kent Kessler - contrabaixo e Chris Corsano – bateria. Também durante o segundo semestre, Rodrigo Amado estreia um novo projecto, Hurricane, num festival que ainda está no segredo dos deuses. O músico conta-nos que é um “trio de improvisação orgânica, electro-acústica, com o DJ Ride e o Gabriel Ferrandini�. Promete.

Todos estes acontecimentos estão inseridos numa série de eventos que comemoram os 30 anos da carreira de Rodrigo Amado. Mas ainda há mais: “para além disso, estou a terminar dois livros de fotografia, um na Assírio & Alvim (Un Certain Malaise), e outro ainda sem editora definida. Este segundo livro, que tem o título East Coasting or 86 Lost Classics, reúne fotografias da série alargada East Coasting, muitas delas inéditas, e também um conjunto de 86 discos que considero clássicos perdidos�. Continua: “na selecção dos discos, que aparecem completamente independentes das imagens, procurei evitar as referências habituais, como o Skip Spence (Oar), Rodriguez (Cold Fact), Monks (Black Monk Time), Bill Fay (Bill Fay) ou Linda Perhacs (Parallelograms). Não foi fácil... São discos que me marcaram e que poderiam ter mudado o mundo�.

Já temos informações acerca do próximo Microvolumes, no dia 11 de Março, próximo Domingo. O Microvolumes 2.6, organizado pela Sonoscopia, vai consistir num concerto duplo de improvisação com a presença do baterista/percussionista italiano Marcello Magliocchi (colaborou com William Parker, Pino Minafra, Carlos Zíngaro e Tim Trevor-Briscoe, entre outros), do violinista Matthias Boss e do baterista João Filipe. Na primeira parte Magliocchi apresenta-se em duo com o violinista Matthias Boss e na segunda parte junta-se a esta formação o baterista João Filipe para uma sessão de improvisação em trio.

Acontece tudo na Sala 307 do CC Stop e a entrada vale 6 euros (Jantar + Bebidas incluído). A entrada limitada a 30 pessoas e por isso as reservas devem ser feitas através do e-mail: sonoscopia@gmail.com.

No próximo dia 16 de Março pelas 22h a editora portuense Terrain Ahead tomará conta do Auditório / Club do Passos Manuel no Porto para a terceira noite oficial do selo. Dois concertos em vista: o de PURPLE, que apresenta o seu primeiro longa duração que dá pelo nome de Violence (já roda por cá na redacção), e o de Ivvvo que também tem novo trabalho a ser publicado este ano. No alinhamento do espaço club, a DJ convidada Supa abrirá a pista apelando ao Grime, Dubstep ou Dub-Techno, seguindo-se Solution (Dj Set). Para fechar o club a etiqueta convida Carlos Milhazes AKA Loup a "explorar o terreno livremente, sempre com os pés na electrónica".

Vale a pena dar um salto aqui:

Os Coliseus de Lisboa e Porto recebem, finalmente, para sossego de muitos corações, Bon Iver. Justin Vernon e companhia actuam em Portugal em Julho, dias 24 e 25, respectivamente, naquela que será certamente uma das mais aguardadas estreias ao vivo em Portugal dos últimos anos. Os bilhetes estarão à venda sexta-feira, 9 de Março, nos locais habituais.

De um lado os Low, os Tindersticks e Thomas Belhom, do outro a armada portuguesa: Aquaparque, a Jigsaw (na foto) e The Telegram. Os dois primeiros juntam-se aos Low no dia 24 de Março e os últimos juntam-se aos Tindersticks e Thomas Belhom no dia seguinte. O festival acontece no Cine-Teatro António Lamoso, em Santa Maria da Feira nos dias referidos. Os bilhetes para um dia custam 22 euros, para os dois dias custam 33.

Já está aí o vídeo para o primeiro single de L´art Brut, dos Wraygunn. Realizado por Paulo Furtado, com direcção de fotografia de Jorge Quintela e cenografia de Ricardo Preto, o vídeo de "Don´t you wanna dance?" é inspirado nos ambientes reproduzidos no design do booklet de L´Art Brut, que conta com retratos da banda assinados pelo conceituado fotógrafo André Cepeda invadidos pelas ilustrações de Artur, um "artista cuja linguagem é a expressão perfeita do movimento criado nos anos 40 por Dubuffet, que teve como principal inspirador o suíço Adolf Wolfli". Ver para crer. O disco, esse, já roda cá na redacção.

Não o fazemos muitas vezes mas também não é todo o dia que temos o making of em vídeo ou que invadimos o Mercado do Bolhão para fazer a festa durante quase três horas. Mas acontece. E nós temos uma espécie de teaser para o episódio que será desvendado na próxima quarta-feira e que desvenda também o primeiro single do disco de estreia de NACO (Nunca Acordo Como Ontem), o projecto idealizado por Miguel Ramos (Torto, Supernada, entre outros). Foi realizado pela Mariana Gomes e pode ser visto aqui em baixo. Uma última mais preciosa explicação: NACO Retimbrado porque a festa toda não se fez sem a preciosa colaboração do grupo de percussão Retimbrar.

O duo norte-americano esteve por cá no ano passado na apresentação de Last Night On Earth, o belo disco que editaram então, e repetem o feito nos próximos 15, 16 e 17 de Março, acompanhados por Pedro e os Lobos. Estarão primeiro por Lisboa, no Musicbox, seguindo depois para o Cine-Teatro de Alcobaça e terminando no de Estarreja, concertos que serão, pelo que deles se conhece, sempre imperdíveis. A organização está a cargo da Luckyman e os bilhetes estão já à venda.

Após um fim-de-semana em que a Invicta não parou à conta do Vodafone Mexefest, eis que chega a Red Bull Music Academy – Porto Hub 2012, uma plataforma para troca de ideias, conhecimento e experiências e que dá aos participantes uma amostra do que podem esperar da prestigiada academia, que este ano se vai instalar em Nova Iorque a partir de 30 de Setembro. A organização avisa que durante esta semana (ou seja, de 5 a 11 de Março) tudo pode acontecer no Porto, que será palco de diversas experiências musicais e culturais, uma espécie de laboratório para vários projectos. Exemplos? Fado no teleférico de Gaia, um estúdio de rádio no Mercado do Bolhão ou dubstep no topo da Torre dos Clérigos. Haverá também palestras, concertos, dj sets, jam sessions, arte visual e instalações sonoras. Entre os nomes encontram-se James Pants, DJ Ride, Plaid, Maze, Black Bombaim, Capicua, Sair, Throes & The Shine, Swinging Rabbits ou o nosso Branches.

A Dona Sara dá (quase) todos os pormenores. Se ainda assim precisarem de mais infos, vão aqui ou checkem o site da Red Bull Music Academy.

Ignorem as galinhas ao início, que 1) são só para rivalizar com o B Fachada na categoria de melhor malha cocorococore, e 2) são para serem ignoradas (não estas, outra categoria, mais não digo). Ignorem também o saudável amadorismo da coisa, gravada numa garagem e masterizada no piso -4 da FCSH - o que me permite concluir, com toda a certeza, que sou o único mono que ainda não pôs os pés nesse mítico espaço - e concentrem-se apenas no facto de que, para primeira canção dos lontra!, projecto que é essencialmente composto por Filhos do Diabo, não está nada mal. Rock de garagem gingão que podem ouvir aqui. Ah, e se me estiveres a ler, Catarina Toscano, desenha mais gatinhos, s.f.f..

Primeiro, respirar fundo: três a dois. Traduzido: que la siguen chupando. Depois, anunciar a ida dos Aquaparque a Bragança, juntamente com os britânicos Khuda, duo instrumental com predilecção pelo pós-rock, num concerto que terá lugar no Clube de Bragança hoje a partir das 22h, com a entrada a 5€. A organização está a cargo da Dedos Biónicos e a noite promete aquecer a cidade habitualmente fria. Finalmente: três a dois. Repetindo, porque foi assim de bom.

É isso mesmo, nem mais nem menos. Os Linda Martini vão ao Primavera Sound em Barcelona, que acontece entre os dias 30 de Maio e 3 de Junho. Hélio Morais contou-nos ao ouvido como tudo aconteceu: "no ano passado a Ritmos disse-nos que gostava de nos ver no Primavera Sound de Barcelona, depois do concerto de Paredes de Coura. Este ano ficámos super contentes com a vinda do Festival até ao Porto. A Ritmos mostrou vídeos nossos aos parceiros espanhóis (inserir aqui agradecimento) e hoje fomos anunciados para Barcelona. Do caralho! Não há mais nada a dizer". Não diríamos melhor.

Los chicos de la juventud sonica:

Era perfeitamente compreensível que os Orthrelm não editassem nada depois do (sem qualquer hipérbole) absolutamente majestoso OV em 2005. Demanda colossal de 45 minutos onde a fúria do metal ia de encontro à disciplina do minimalismo de Steve Reich ou La Monte Young, até um estado onde aqueles dois segundos de um solo de "Ride the Lightning" serviram de veículo para a transcendência mindfuck. Ou o shredding elevado a um patamar zen de hipnose. Disco de natureza única, OV parecia uma obra de tal modo inultrapassável que o duo de Josh Blair (bateria) e Mick Barr (guitarra) passou estes sete anos embrenhado noutros projectos - Krallice, Supersystem ou Ocrillim - sem dar notícias de actividade. Não deixa de ser por isso, com surpresa que descobrimos a existência de um novo EP da banda de Washington D.C.. Disponível no recém-criado Bandcamp do duo, 20012 é constituído por duas faixas gravadas no passado mês de Janeiro. Sem retrocederem até aos tempos da miniaturas ultra-técnicas de Iorxhscimtor ou Asristirveildrioxe, 20012 articula as noções de estrutura aprendidas em OV com as dinâmicas espasmódicas desses tempos, em torno do ataque virtuoso da guitarra de Barr e da bateria tonal de Blair. "96" a fazer bom uso de uma repetição que vai sendo minuciosamente trabalhada numa lógica de partir o pescoço e "Washp (Mine)" em desvarios matemáticos de construção turbulenta. Na calha está também a edição de 20012 em vinil, e talvez uma nova gravação. Nada de concertos, para já.

O festival Rescaldo, que no início de cada ano apresenta uma súmula do melhor que se fez no domínio da música criativa portuguesa no ano anterior, já desvendou a sua programação. O Rescaldo 2012 vai mudar-se d'A Barraca (que acolheu as primeiras edições do festival) para a grande Culturgest (pequeno auditório), apresentando concertos entre os dias 18 e 21 de Abril. Vamos lá ao programa, que é o que interessa: a 18 de Abril a Culturgest acolhe as actuações de Feltro (projecto electrónico de André Gonçalves) e 
Calhau! (o duo imprevisível que editou recentemente Quadrologia Pentatónica); no dia 19 actuam Tó Trips (solo de guitarra acústica) e o trio Olive Troops SOS - Carlos Nascimento, Vitor Lopes e o nosso bodyspacer Bruno Silva que, para nosso orgulho, virou mascote do Rescaldo, como se confirma pela imagem do cartaz ali em cima; no dia 20 a Culturgest apresenta João Alegria Pécurto (surpreendente revelação à volta da guitarra) e a estreia mundial da dupla Norberto Lobo / Carlos Bica (improvável encontro entre dois dos mais brilhantes músicos deste país). Ao seu último dia, 21 de Abril, o festival muda-se para a Trem Azul, que vai receber as actuações de Cangarra (que mostrarão a energia inesgotável). O festival encerra com a actuação de um fabuloso quarteto em estreia universal: Canhão / Sousa / Nogueiro / Ferrandini. Aos poderosos baixo e guitarra dos Sunflare junta-se a dupla incendiária Sousa/Ferrandini (saxofone e bateria em combustão). Nessa mesma noite, que promete ser no mínimo memorável, há ainda dj set de Bobby Brown & Quincy (Sérgio Hydalgo e Filipe Felizardo). O festival é complementado com actividades paralelas aos concertos: lançamento do livro Bestiário Ilustríssimo do grande Rui Eduardo Paes, o lançamento da editora Shhpuma Records e a exposição editora Dromos Records. Já perceberam, o Rescaldo cresceu e esta edição é mesmo obrigatória. Se ainda estão com dúvidas, a informação completa está toda ali no site oficial.

Daqui a nada arrancam os concertos no Vodafone Mexefest Porto. Durante dois dias, a Rua Passos Manuel será transformada numa cidade da música. Há muito por onde escolher. O ideal é darem uma olhadela na agenda para que possam fazer as vossas escolhas. Ainda existem bilhetes - custam 40 euros - para ver nomes como St. Vincent, King Krule, Norberto Lobo, Emika, Josh Rouse, Russian Red, Supernada, Cass McCombs, Twin Shadow, The Dø, Dillon, Fink ou Tiger & Woods. Façam as vossas escolhas.

Acabadinho de confirmar: o Optimus Alive´12 vai receber a visita das Warpaint, meninas exploradoras de Los Angeles. Sobem ao Palco Heineken, juntando-se aos já confirmados Mazzy Star, The Kills, Metronomy, The Maccabees e SBTKRT.

Confirmados para o festival estão já Caribou, Florence + The Machine, Justice, Katy B, LMFAO, Lostprophets, Mazzy Star, Metronomy, Mumford & Sons, PAUS, Radiohead, SBTRKT, Snow Patrol, The Antlers, The Cure, The Kills, The Kooks, The Maccabees, The Stone Roses e Warpaint.

Lembram-se de Rosie Thomas? Pois ela está de volta, e com amor. O seu novo disco, sucessor de A Very Rosie Christmas, de 2008, chama-se With Love e lida com problemas de ansiedade, uma tiróide a dar problemas, mudanças, um casamento e dores decrescimento no geral. As datas para concertos nos Estados Unidos já estão marcadas; resta esperar por concertos pela Europa. Para ver se ela toca aquela canção de Only with Laughter Can You Win que nos ficou na cabeça até hoje.

Para ouvir.

Os Hot Chip de Joe Goddard, Alexis Taylor, Felix Martin, Al Doyle e Owen Clarke acabam de anunciar planos para lançar um novo disco, o quinto, em Junho. Informação prática: o disco chama-se In Our Heads, será editado no Reino Unido no dia 11 de Junho de 2012, foi gravado em Londres pela banda, com produção extra de Mark Ralph. O sucessor de One Life Stand terá o selo da Domino (uma estreia) e tem 11 canções. Aqui podem ler uma entrevista com a banda onde Alexis Taylor já levantava um pouco o véu acerca daquilo que se ia passar. Ali em baixo podem recordar uma das canções mais pegajosas do último disco.

Já tínhamos escrito que os Laia (grupo com garra rock e raízes na música popular portuguesa) vão lançar o segundo disco de originais no próximo dia 19 de Março. Aproveitamos agora para acrescentar que a Sogra - título para o sucessor de Viva Jesus e Mais Alguém - viu a família crescer: Alexandre Bernardo (guitarra eléctrica, adufe, bombo, voz) e Pedro Trigueiro (baixo, bombo, voz) receberam a companhia de Cipriano Mesquita (guitarra portuguesa, bombo, voz), Luis Custódio (guitarra portuguesa, adufe, voz) e Fred Ferreira, na bateria. E que “Lazabila� e “Ninfa�, dois temas do álbum que será editado no próximo mês, têm como ilustre convidado Pedro Gonçalves, dos Dead Combo.

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
B Fachada – “B Fachada 2011�

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
Gosto muito de tudo, não consigo escolher uma. Vinil das bandas/músicos de que gosto e único suporte que compro regularmente. CD das bandas/artistas de que gosto muito e não editaram em vinil. MP3 para sacar os discos e perceber se gosto deles o suficiente para os comprar. Se tocam 3 vezes, compro. Cozinha tradicional portuguesa para a vida!

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
O último de If Lucy Fell na Zé dos Bois; tive uns 3 ataques de asma.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
Deixava de ouvir música.

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
Pessoal que sabes que não te curte a dar palmadinhas nas costas.
A Segurança Social e as Finanças, por basearem o registo de cada contribuinte numa troca de informação que não existe e com isso te obrigarem a deslocares-te vezes sem conta às suas instalações.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
Estou a gravar uma série de músicas de dor de corno que tenho andado a escrever desde há uns anos. Talvez um dia as edite. Estrada com Linda Martini e PAUS.

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?
Já aconteceu, mas ainda não se pode anunciar. Se pela altura da publicação destas palavras já for possível, mete aqui dentro destes parêntesis ().

Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
Queres bilhetes para ir ver At The Drive-In?

Aaron Jerome assinou um dos melhores discos de 2011 com o seu projecto SBTRKT, "um caldeirão a arder que aproxima coisas são boas como o dubstep, o techno, música soul e outras coisas que tais". Agora é a vez de se estrear ao vivo em Portugal no Optimus Alive´12, dia 15 de Julho, no Palco Heineken. Junta-se a Caribou, Florence + The Machine, Justice, Katy B, Mazzy Star, Metronomy, Mumford & Sons, PAUS, Radiohead, The Cure, The Kills, The Kooks e The Stone Roses, entre outros.

Tal como já tínhamos desvendado aqui em Janeiro, os Dead Combo planeiam lançar uma caixa com 3 CDs que inclui os seus 3 primeiros discos , (Vol. I, Vol. 2 - Quando a Alma não é pequena e Lusitânia Playboys). Numa caixa apenas, alguma da melhor música que se editou em Portugal na última década. No dia 3 de Maio, como já tínhamos também anunciado, Tó Trips e Pedro Gonçalves sobem ao palco da Aula Magna para um concerto que conta com a presença de uma “pandilha de amigos�.

Já existem mais novidades para o festival que acontece em Julho, no Meco. Bat For Lashes, Regina Spektor e Alabama Shakes acabam de ser anunciados pela Antena 3 como os próximos nomes de um cartaz onde estão já nomes como Battles, Azealia Banks, Apparat, Dâm-Funk, Flying Lotus ou Little Dragon. Não se esqueçam: 5, 6 e 7 de Julho, Herdade do Cabeço da Flauta, junto à Praia do Meco, Sesimbra. Bilhetes? Um dia custa 45 euros, três dias (campismo incluído a partir de 4 de julho) fica por 80 euros. Nunca é demais recuperar “Daniel�.

Que disco tem rodado mais nos teus ouvidos ultimamente?
O meu, porque está para sair e tenho estado todos os dias a trabalhar nisso. Fora isso tenho ouvido o RA podcast do Synkro em repeat.

Vinil, CD, MP3 ou cozinha tradicional portuguesa?
Cozinha tradicional portuguesa, sem dúvida.

Qual foi o último concerto que te deixou sem fôlego?
Solution + p.ma, Plano B, Porto. Já foi há algum tempo.

Se fosse lei ouvir uma canção em loop para todo o sempre, qual gostarias que fosse?
Não sei, tinha de pensar, mas uma daquelas grandes, tipo 15 minutos, para não me cansar tão rápido de a ouvir.

O que te anda a tirar do sério ultimamente?
Tanta coisa.

Qual é o teu novo projecto em mãos e o que é precisamos de saber acerca dele?
Ultimamente tenho trabalhado quase só em PURPLE, a ser apresentado em breve. É o primeiro álbum a sair pela Terrain Ahead Records, com masterização pela mão do Trikk em Londres.

Qual é a melhor coisa que te podia acontecer neste momento?


Que pergunta é que este Quiz não tem e devia ter?
Big Mac ou Doublecheese?

O Maria Matos vai acolher pela primeira vez uma edição do festival Super Stereo DEMOnstration. Programado pela Variz.org e pelo Pogo Teatro, este festival vai apresentar durante três dias várias performances e concertos. O festival, que teve a sua primeira edição no ano 2002 e tem tido uma periodicidade irregular, arranca no dia 7 de Março, prolongando-se até dia 9. Pelo palco do Maria Matos Teatro Municipal vão passar: Manuel Mota e Christian Fennesz (no dia 8); Rafael Toral, Chris & Cosey (2/4 dos Throbbing Gristle) e Protótipo [432] (instrumento construído com base numa partitura do Schoenberg, em estreia); o festival é complementado com as performances de Luis Elgris & Fernando Fadigas e Carlota Lagido.

A Rádio Universidade de Coimbra, RUC para simplificar, cumpre este ano 26 anos de existência. Numa altura em que o caso Antena 3 ainda promete dar que falar, nada parece mais apropriado do que ter como lema para as celebrações "26 Anos de Rádio Livre", e será esse espírito DIY que irá ser igualmente celebrado com os cinco nomes independentes nesse approach à criação artística que foram convidados pela RUC, aos quais se junta o da vocalista jazz Elisa Rodrigues, que apresentará, juntamente com Júlio Resende e participação especial de António Zambujo, Heart Mouth Dialogues, o seu mais recente trabalho, no palco do Teatro Académico Gil Vicente, a 8 de Março pelas 21h30, com bilhetes entre 8€ (para estudantes) e 10€ (público em geral). Os restantes estão espalhados ao longo do mês em concertos gratuitos no corredor da RUC: no dia 1 estará por Coimbra Pedro Pestana, alias Tren Go! Sound System; no dia 8 será a vez de Pedro Rios, ou Branches, juntamente com o caseiro Hugo Gomes; a 15 o "nosso" Bruno Silva apresenta-se a solo; a 22, o portuense IVVVO porá gente a dançar e finalmente, a 29, será André Tejo, a.k.a. Berea, a dar por encerrada a festa. Da nossa parte resta dar os parabéns a RUC pelo trabalho que têm vindo a desenvolver, e desejar-lhes, claro, outros 26 anos de liberdade.

Durante o mês de Março o barreirense Tiago Sousa irá atravessar o país para dar três concertos. No dia 2 o pianista e compositor actua no Café Majestic, no Porto, integrado no cartaz do Vodafone Mexefest (entrada livre); no dia 9 Sousa vai até à Figueira da Foz, apresentando-se no Centro de Artes e Espectáculos; este ciclo de concertos encerra com um espectáculo no Museu do Oriente, em Lisboa, no dia 23. Na bagagem continua o aplaudido Walden Pond´s Monk (um dos discos do ano para a revista jazz.pt), mas há mais. Tiago Sousa vai aproveitar para desvendar pistas sobre o seu próximo álbum, Samsara - um novo disco de piano solo, sob influência do pensamento oriental (Lao Tse, Chuang Tzu, Bodhidharma, Siddharta). Em paralelo, o músico encontra-se a trabalhar no projecto Coro das Vontades, que terá a sua apresentação pública no Teatro Maria Matos.