Setembro 2010
Playlist de Ricardo Guimarães | Programa de rádio Indiefrente
· POR · 30 Set 2010 · 20:34 ·
Godspeed You! Black Emperor - Rockets Fall On, Rocket Falls
Este tema faz-me pensar que ainda existe a busca pelo tema perfeito.
Não há aqui uma nota que falhe, um som, um ruÃdo fora de sÃtio.
Ouvir este tema é praticar a concentração.
Urfaust - In Den Weiten Oden Räumen
Chapada na cara a todos os true-black metales que pensam que a vida é todas nas cavernas ou nas florestas. Esta banda faz nascer todo um novo conceito nesta corrente mais fechada.
A Place To Bury Strangers - Half Awake
Pediram aos My Bloody Valentine para engravidarem os New Order. Filho de peixe sabe nadar.
Black Bombaim - O Lado B do Saturdays And Space Travels
Epah, ouço estes gajos e o dia todo corre-me bem. Melhor Banda Portuguesa.
Os solos do galo de Barcelos entram e saem todos os dias do Olimpo.
Perguntem ao Hércules o que ele traz no iPod e sabem logo a resposta.
Add N To X - Metal Fingers In My Body
Ãcidos é a primeira palavra que me ocorre para descrever esta banda. Ao vivo, não há corpinho que não se excite.
Stevie Wonder - As
Um cego que sabe ver como o amor verdadeiramente é. Puro e ingénuo, como devia ser em todos os casos. Mas depois, mete-se o ser humano ao barulho e estraga tudo.
Kayo Dot - Clelia Walking
A verdadeira banda avant-garde, a banda que pega no que quiser e fico sempre boquiaberto. É ouvir agora e muitas vezes.
Sunn O))) - Alice
Imagino uma sala na Casa de Música com estes monstros de robe negro.
Imagino também um foco de luz branco no palco que progressivamente vai aumentando a intensidade. Até o Jarmusch gosta.
At The Drive In - One Armed Scissor
Em vez de Nirvana, eu digo At The Drive In para definir toda uma época dos anos 90. Desde que os cérebros desta banda decidiram mudar de ares e ir para Marte, lixaram tudo.
She And Him - Take Me Back
A voz mais doce do cinema e música indie. Tema que tem tanto de ingénuo como de pés assentes na terra. A ouvir quando temos frio e a manta não existe.
Moritz Von Oswald - Pattern 4
O Mozart do campo do electrónica. Bastante cinematográfico e com o q.b. perfeito de orquestrado. Se tiver filhos, quando forem pequeninos, começam logo a ouvir isto.
Dez músicas que escolhi agora e para sempre, pois levaria as mesmas cá dentro, para ali e também para acolá.
Apesar de terem sido estas as eleitas, poderiam ser outras,mas para qualquer que fizesse parte, eu olharia nelas para a criatividade,o engenho, a arte, o êxtase, a catarse e o perfeccionismo que são atingidos em termos musicais e outros estados por consequência quase inata.
Não olho a géneros,datas ou tendências.
Olho para aquilo que gosto de ouvir e que me faz sentir bem.
Prontos, é isso.
Este tema faz-me pensar que ainda existe a busca pelo tema perfeito.
Não há aqui uma nota que falhe, um som, um ruÃdo fora de sÃtio.
Ouvir este tema é praticar a concentração.
Urfaust - In Den Weiten Oden Räumen
Chapada na cara a todos os true-black metales que pensam que a vida é todas nas cavernas ou nas florestas. Esta banda faz nascer todo um novo conceito nesta corrente mais fechada.
A Place To Bury Strangers - Half Awake
Pediram aos My Bloody Valentine para engravidarem os New Order. Filho de peixe sabe nadar.
Black Bombaim - O Lado B do Saturdays And Space Travels
Epah, ouço estes gajos e o dia todo corre-me bem. Melhor Banda Portuguesa.
Os solos do galo de Barcelos entram e saem todos os dias do Olimpo.
Perguntem ao Hércules o que ele traz no iPod e sabem logo a resposta.
Add N To X - Metal Fingers In My Body
Ãcidos é a primeira palavra que me ocorre para descrever esta banda. Ao vivo, não há corpinho que não se excite.
Stevie Wonder - As
Um cego que sabe ver como o amor verdadeiramente é. Puro e ingénuo, como devia ser em todos os casos. Mas depois, mete-se o ser humano ao barulho e estraga tudo.
Kayo Dot - Clelia Walking
A verdadeira banda avant-garde, a banda que pega no que quiser e fico sempre boquiaberto. É ouvir agora e muitas vezes.
Sunn O))) - Alice
Imagino uma sala na Casa de Música com estes monstros de robe negro.
Imagino também um foco de luz branco no palco que progressivamente vai aumentando a intensidade. Até o Jarmusch gosta.
At The Drive In - One Armed Scissor
Em vez de Nirvana, eu digo At The Drive In para definir toda uma época dos anos 90. Desde que os cérebros desta banda decidiram mudar de ares e ir para Marte, lixaram tudo.
She And Him - Take Me Back
A voz mais doce do cinema e música indie. Tema que tem tanto de ingénuo como de pés assentes na terra. A ouvir quando temos frio e a manta não existe.
Moritz Von Oswald - Pattern 4
O Mozart do campo do electrónica. Bastante cinematográfico e com o q.b. perfeito de orquestrado. Se tiver filhos, quando forem pequeninos, começam logo a ouvir isto.
Dez músicas que escolhi agora e para sempre, pois levaria as mesmas cá dentro, para ali e também para acolá.
Apesar de terem sido estas as eleitas, poderiam ser outras,mas para qualquer que fizesse parte, eu olharia nelas para a criatividade,o engenho, a arte, o êxtase, a catarse e o perfeccionismo que são atingidos em termos musicais e outros estados por consequência quase inata.
Não olho a géneros,datas ou tendências.
Olho para aquilo que gosto de ouvir e que me faz sentir bem.
Prontos, é isso.
Playlist de Sérgio Hydalgo | Programador musical da Galeria Zé dos Bois
· POR · 30 Set 2010 · 20:00 ·
Totalmente imerso na produção de concertos - com músicos a chegar, betoneiras e bidões faustianos resgatados por entre ferros-velhos em subúrbios perdidos -, na gestão de egos, e por entre despedidas, estreias e regressos, revisito o tratado monumental de Elizabeth Harris enquanto Grouper. Numa das suas visitas a Lisboa, Liz falou-me do seu fascÃnio pela memória, pelos seus intrincados jogos, pelo modo como esta transforma o belo, celebrando e pesando, simultaneamente, a sua iminente perda. Tanto a sua música, como as suas ilustrações e filmes, transportam-me para o exacto momento antes de adormecer, num limbo entre o cá e o lá. Sublimando a desintegração do som, a sua música sugere e potencia movimento. É um privilégio voltar a trabalhar com ela.
Grouper: Divide
William Basinski - The Disintegration Loops
Catherine Christer Hennix - The Electric Harpsichord
Frank Sinatra : It's A Lonesome Old Town
Hype Williams - Untitled
Grouper: Divide
William Basinski - The Disintegration Loops
Catherine Christer Hennix - The Electric Harpsichord
Frank Sinatra : It's A Lonesome Old Town
Hype Williams - Untitled
Playlist de Mariana Duarte | Time Out Porto
· POR · 30 Set 2010 · 17:58 ·
Fui ao Facebook ver alguns dos meus últimos posts. E é isto.
1 - Drake: "Over"
2 - Ariel Pink: "Can't Hear My Eyes"
3 - Crocodiles: "Hearts of Love"
4 - Causa Sui: "El Paraiso"
5 - Papa Topo: "Oso Panda"
6 - Sleep: "Dragonaut"
7 - Big Boi: "Shutterbugg"
8 - Branches: "Cool Kids"
9 - Summer Camp: "Round The Moon"
10 - Candy Claws: "Silent Time Of Earth"
1 - Drake: "Over"
2 - Ariel Pink: "Can't Hear My Eyes"
3 - Crocodiles: "Hearts of Love"
4 - Causa Sui: "El Paraiso"
5 - Papa Topo: "Oso Panda"
6 - Sleep: "Dragonaut"
7 - Big Boi: "Shutterbugg"
8 - Branches: "Cool Kids"
9 - Summer Camp: "Round The Moon"
10 - Candy Claws: "Silent Time Of Earth"
Playlist de Rodrigo Amado | Músico / CrÃtico do Público
· POR · 30 Set 2010 · 16:20 ·
Leslie Winer, "He Was"
Liquid Liquid, "Cavern"
Psyco On Da Bus, "Never Satisfied"
The Meters, "Just Kissed My Baby"
Dirty Projectors, "Stilness Is In The Move"
Brian Eno, "No One Receiving"
Bill Callahan, "Diamond Dancer"
Bat for Lashes, "Trophy"
Gary Higgins, "It Didn't Take Too Long"
Joe Henry, "Richard Pryor Addresses A Tearful Nation"
Petra Haden, "I Can See For Miles"
Staple Singers, "Uncloudy Day"
The Residents, "Walrus Hunt"
Blues Control, "Tangier"
Julius Hemphill, "Dogon A.D."
Liquid Liquid, "Cavern"
Psyco On Da Bus, "Never Satisfied"
The Meters, "Just Kissed My Baby"
Dirty Projectors, "Stilness Is In The Move"
Brian Eno, "No One Receiving"
Bill Callahan, "Diamond Dancer"
Bat for Lashes, "Trophy"
Gary Higgins, "It Didn't Take Too Long"
Joe Henry, "Richard Pryor Addresses A Tearful Nation"
Petra Haden, "I Can See For Miles"
Staple Singers, "Uncloudy Day"
The Residents, "Walrus Hunt"
Blues Control, "Tangier"
Julius Hemphill, "Dogon A.D."
Playlist de Rui Pité | DJ Riot / Buraka Som Sistema
· POR · 30 Set 2010 · 11:48 ·
01 - Noisia - My World
02 - Sub Focus - Time Warp
03 - Foamo - Jookie
04 - Deftones - Rocket Skates
05 - Macacos do Chinês - Dái-me forças
06 - Riot - Mermaid Dub
07 - Ego - Requiem for violence
08 - Joker - Tron
09 - Count & Sinden - After dark (Buraka remix)
10 - Chase and Status - Street life
11 - Goldie - Inner city life
12 - Pearl Jam - Satan's bed
13 - Orelha Negra - We´re Superfly (Riot's Ovelha negra mix)
15 - Skream - Raw Dogz
15 - Chase and Status feat. Jenna G - In love
02 - Sub Focus - Time Warp
03 - Foamo - Jookie
04 - Deftones - Rocket Skates
05 - Macacos do Chinês - Dái-me forças
06 - Riot - Mermaid Dub
07 - Ego - Requiem for violence
08 - Joker - Tron
09 - Count & Sinden - After dark (Buraka remix)
10 - Chase and Status - Street life
11 - Goldie - Inner city life
12 - Pearl Jam - Satan's bed
13 - Orelha Negra - We´re Superfly (Riot's Ovelha negra mix)
15 - Skream - Raw Dogz
15 - Chase and Status feat. Jenna G - In love
Playlist de Pedro Gomes | Filho Único
· POR · 30 Set 2010 · 11:48 ·
Sun Ra "Space Loneliness" (Interstellar Low Ways, 1960)
Descoberta recente de uma das mais bonitas e mágicas peças do Sr. Ra. Todo um groove brutalmente mellow, cabisbaixo, alterado, e como tal perfeito para momentos de sintonização ao fim dos dias mais longos.
John Coltrane & Johnny Hartman "Lush Life" (s/t, 1963)
Das minhas canções favoritas que redescobri em toda a sua glória numa interpretação para guardar até ao fim dos dias do Dave Burrell, no concerto que organizámos dele na Culturgest da Av. dos Aliados. Aqui uma outra versão de mestre, com o quarteto clássico do Coltrane e a voz magnÃfica do senhor Hartman.
Abner Jay "I'm So Depressed" (The True Story of Abner Jay, Mississipi Records, 2009)
Rei tardio dos últimos minstrel shows norte-americanos (já entrou nesse jogo nos anos 30) reapareceu no ano passado numa edição - mais uma - maravilhosa da Mississipi Records. Esta canção é um berro celeste na cara de tudo o que não é verdade - que quando dói é bom que se saiba que vai fogo na alma.
SRC "Black Sheep" (s/t, 1968)
Hoje em dia já dei para o peditório da maior parte do garage psicadélico americano dos anos 60. Mas apesar das letras estúpidas de todo o disco e dos tiques que tantas vezes foram repetidos naquela época, este som tem um fuzz (de que normalmente também já estou farto) demasiado atrofiante, e um trabalho de melodia e encaixe harmónico demasiado aparte para não ficar encantando - como vocês também vão ficar.
Nicodemus "Me and Suzie" (What For?, 1980)
Disco bastante estúpido de biker rock pseudo-profético/apocalÃptico com dois bons instrumentais e este boogie sulista heroinómano na espantosa linhagem dos Stackwaddy e dos melhores momentos pós-jug bands dos 13th Floor Elevators. Perfeito para momentos Bonnie & Clyde no vosso Mercedes de 1990 em 2ª mão.
Peter Green, Mick Green & mais gente "Rosy" (The Enemy Within, 1986)
Depois de dar a volta ao catálogo caótico e infinitamente fascinante do Peter Green (criador dos Fleetwood Mac e de muitas outras coisas no que à história da guitarra eléctrica concerne) encontrei este disco com o Mick Green e mais uns quantos gajos. A capa tem um mânfio com um casaco comprido de cabedal e uma cabeça de raposa a fumar um cigarro. Penso que isto pode explicar muita coisa. A maior parte do álbum é sonicamente fascinante e perde por ter uns Beefheartismos demasiado fetichistas/armados ao pingarelho na voz. Mas na última faixa, a "Rosy" leva com toda a perversão de guitarras desta banda digital nos dias mais cocaÃnados da alta fidelidade. Bastante incrÃvel.
Rigo Star & Josky Kaimbukuta "Jatongo" (Jatongo, 1986)
A única coisa boa de todos os Vampire Weekends deste mundo foi que puseram o mundo blogger ainda mais histérico com as pérolas da música eléctrica africana dos anos 50 até à década de 80. Recentemente apanhei esta que vem com o brilho pós-colonialista do reverb digital utilizado de forma subsariana e monocromática, e que me ajudou a lidar novamente com o facto de que todo o Verão tem que ter um fim.
James 'Blood' Ulmer "Where Did All The Girls Come From?" (Free Lancing, 1981)
Um disco que sempre me tinha escapado de um dos grandes mestres de sempre e que me foi fortemente recomendado pelo meu guitarrista favorito dos últimos anos, Bill Orcutt. Este som afectou-me particularmente no seu harmolodismo discordante (que já é mais Ulmer que o que o Ornette Coleman lhe havia dado), e é um poema épico amador e desconcertado, centrado na inexplicável, gloriosa, imparável torrente de mulheres que andam por aÃ.
Cecil Taylor "Abyss - Petals & Filaments" (Silent Tongues, 1974)
Outra recomendação do Bill Orcutt. Não consigo imaginar nenhum músico mais impressionante e intocável do que o Taylor neste solo (de piano, claro). Nem consigo pensar em nada para dizer.
Lightnin' Hopkins "Goin' to Louisiana" (Lightnin' Hopkins, 1966)
A última vez que fui ter com o VÃtor à Discolecção levei uma catrefada de música incrÃvel para casa, mas o que me bateu mais foi este álbum tardio do Lightnin' Hopkins, que ouvimos juntos de uma ponta a outra a despachar cerveja num dia irrespirável de Agosto. Para os padrões do blues eléctrico ele quase que nem toca, mas cada nota é um mundo de sentimento e realidade sem filtros. Um trio seco e sem tempo para brincadeiras. O homem e a sua guitarra - dois dos bens mais preciosos da história do blues.
Descoberta recente de uma das mais bonitas e mágicas peças do Sr. Ra. Todo um groove brutalmente mellow, cabisbaixo, alterado, e como tal perfeito para momentos de sintonização ao fim dos dias mais longos.
John Coltrane & Johnny Hartman "Lush Life" (s/t, 1963)
Das minhas canções favoritas que redescobri em toda a sua glória numa interpretação para guardar até ao fim dos dias do Dave Burrell, no concerto que organizámos dele na Culturgest da Av. dos Aliados. Aqui uma outra versão de mestre, com o quarteto clássico do Coltrane e a voz magnÃfica do senhor Hartman.
Abner Jay "I'm So Depressed" (The True Story of Abner Jay, Mississipi Records, 2009)
Rei tardio dos últimos minstrel shows norte-americanos (já entrou nesse jogo nos anos 30) reapareceu no ano passado numa edição - mais uma - maravilhosa da Mississipi Records. Esta canção é um berro celeste na cara de tudo o que não é verdade - que quando dói é bom que se saiba que vai fogo na alma.
SRC "Black Sheep" (s/t, 1968)
Hoje em dia já dei para o peditório da maior parte do garage psicadélico americano dos anos 60. Mas apesar das letras estúpidas de todo o disco e dos tiques que tantas vezes foram repetidos naquela época, este som tem um fuzz (de que normalmente também já estou farto) demasiado atrofiante, e um trabalho de melodia e encaixe harmónico demasiado aparte para não ficar encantando - como vocês também vão ficar.
Nicodemus "Me and Suzie" (What For?, 1980)
Disco bastante estúpido de biker rock pseudo-profético/apocalÃptico com dois bons instrumentais e este boogie sulista heroinómano na espantosa linhagem dos Stackwaddy e dos melhores momentos pós-jug bands dos 13th Floor Elevators. Perfeito para momentos Bonnie & Clyde no vosso Mercedes de 1990 em 2ª mão.
Peter Green, Mick Green & mais gente "Rosy" (The Enemy Within, 1986)
Depois de dar a volta ao catálogo caótico e infinitamente fascinante do Peter Green (criador dos Fleetwood Mac e de muitas outras coisas no que à história da guitarra eléctrica concerne) encontrei este disco com o Mick Green e mais uns quantos gajos. A capa tem um mânfio com um casaco comprido de cabedal e uma cabeça de raposa a fumar um cigarro. Penso que isto pode explicar muita coisa. A maior parte do álbum é sonicamente fascinante e perde por ter uns Beefheartismos demasiado fetichistas/armados ao pingarelho na voz. Mas na última faixa, a "Rosy" leva com toda a perversão de guitarras desta banda digital nos dias mais cocaÃnados da alta fidelidade. Bastante incrÃvel.
Rigo Star & Josky Kaimbukuta "Jatongo" (Jatongo, 1986)
A única coisa boa de todos os Vampire Weekends deste mundo foi que puseram o mundo blogger ainda mais histérico com as pérolas da música eléctrica africana dos anos 50 até à década de 80. Recentemente apanhei esta que vem com o brilho pós-colonialista do reverb digital utilizado de forma subsariana e monocromática, e que me ajudou a lidar novamente com o facto de que todo o Verão tem que ter um fim.
James 'Blood' Ulmer "Where Did All The Girls Come From?" (Free Lancing, 1981)
Um disco que sempre me tinha escapado de um dos grandes mestres de sempre e que me foi fortemente recomendado pelo meu guitarrista favorito dos últimos anos, Bill Orcutt. Este som afectou-me particularmente no seu harmolodismo discordante (que já é mais Ulmer que o que o Ornette Coleman lhe havia dado), e é um poema épico amador e desconcertado, centrado na inexplicável, gloriosa, imparável torrente de mulheres que andam por aÃ.
Cecil Taylor "Abyss - Petals & Filaments" (Silent Tongues, 1974)
Outra recomendação do Bill Orcutt. Não consigo imaginar nenhum músico mais impressionante e intocável do que o Taylor neste solo (de piano, claro). Nem consigo pensar em nada para dizer.
Lightnin' Hopkins "Goin' to Louisiana" (Lightnin' Hopkins, 1966)
A última vez que fui ter com o VÃtor à Discolecção levei uma catrefada de música incrÃvel para casa, mas o que me bateu mais foi este álbum tardio do Lightnin' Hopkins, que ouvimos juntos de uma ponta a outra a despachar cerveja num dia irrespirável de Agosto. Para os padrões do blues eléctrico ele quase que nem toca, mas cada nota é um mundo de sentimento e realidade sem filtros. Um trio seco e sem tempo para brincadeiras. O homem e a sua guitarra - dois dos bens mais preciosos da história do blues.
Playlist de Joaquim Durães | Lovers & Lollypops
· POR · 30 Set 2010 · 10:09 ·
Sleepy Sun - Marina
Black Mountain - Rollercoaster
Joyless - Divine
Shining - Låt Oss Ta Allt Från Varandra
Ulver - Kapitel I: Troldskog Faren Vild
Dead Meadow - That Old Temple
The Sword - Iron Swamp
The Black Keys - Tighten Up
Fucked Up - David Comes to Life
The Black Lips - Not a problem
High On Fire - Snakes for the divine
Crosby, Stills, Nash & Young - Carry On
Moon Duo - Motorcycle i love you
Bo Ningen - Koroshitai Kimoshi
ZA! - Doble Cobra
Neil Young - Harvest Moon
Infeliz ou felizmente as minhas bandas sonoras dizem sempre respeito aos concertos que já passaram, aos que aà vêm, a uma wishlist infindável e ao Neil Young...
Black Mountain - Rollercoaster
Joyless - Divine
Shining - Låt Oss Ta Allt Från Varandra
Ulver - Kapitel I: Troldskog Faren Vild
Dead Meadow - That Old Temple
The Sword - Iron Swamp
The Black Keys - Tighten Up
Fucked Up - David Comes to Life
The Black Lips - Not a problem
High On Fire - Snakes for the divine
Crosby, Stills, Nash & Young - Carry On
Moon Duo - Motorcycle i love you
Bo Ningen - Koroshitai Kimoshi
ZA! - Doble Cobra
Neil Young - Harvest Moon
Infeliz ou felizmente as minhas bandas sonoras dizem sempre respeito aos concertos que já passaram, aos que aà vêm, a uma wishlist infindável e ao Neil Young...
Playlist de Tojo | Black Bombaim
· POR · 30 Set 2010 · 10:08 ·
Estou doente. Quando estou doente desligo-me um pouco do "rock do mal", que por hábito é a banda sonora do meu dia-a-dia, e viro-me para os clássicos. Não sei porquê, talvez porque me reconfortam, ou porque despertam nostalgia de uma época que não vivi. Não sei.
Esta é portanto a minha playlist de enfermo Outono de 2010:
Beatles - I'm Only Sleeping
Gosto muito de dormir. Às vezes, acordo de manhã, levanto a cabeça e ainda bocejo. Chamam-me de preguiçoso, mas não quero saber.
Fleetwood Mac - Like It This Way
O Peter Green é um génio. Eu já o sabia, mas o Parker dos Radio Moscow fez questão de me relembrar, entre Vodkas Red Bull e passeios descalços pelas estradas nacionais do meu belo Minho. A sincronia/duelo que o senhor Green tem com o Danny Kirwan neste tema é qualquer coisa. E eu gosto disto, assim, desta maneira.
Quicksilver Messenger Service - Pride of Man
"To understand this song, first, take a few thousand mics of LSD-25. Then, go to the mid-western Church you were raised in and really try to understand those people.. Next, decide to avoid your Selective Service call-up and take a bus to the West Coast. Grow pot. Have sex whenever possible. It all will begin to become clear..."
Neu! - Hallo Gallo
Quando soube que o Michael Rother se ia reunir com amigos para tocar Neu! no Supersonic Festival que se avizinha, fiquei pior que estragado, porque não podia ir. Este foi o tema que me fez render a esta banda. O tema inicial de um disco. Adoro quando isso acontece.
Sleepy Sun - Marina
Não é um clássico, mas predestina-se a isso. Uma banda que esteve para acabar, repescada pela enorme ATP Recordings foi capaz de criar um disco - Fever - que hoje soa a mega álbum de inÃcios de setentas. E este tema, com a reviravolta que dá aos 3:48 <3.
Santana - Evil Ways
Não comento, quem não conhece esta música merece tortura por não ser feliz.
Led Zeppelin - Since I've Been Loving You
O tema mais bonito de todo o sempre. Os agudos larilas do Robbie no final quase me fazem chorar. Tão lindo.
E é assim, são poucas músicas, mas boas. Agora tenho que ir tomar a medicação. Beijinhos.
Esta é portanto a minha playlist de enfermo Outono de 2010:
Beatles - I'm Only Sleeping
Gosto muito de dormir. Às vezes, acordo de manhã, levanto a cabeça e ainda bocejo. Chamam-me de preguiçoso, mas não quero saber.
Fleetwood Mac - Like It This Way
O Peter Green é um génio. Eu já o sabia, mas o Parker dos Radio Moscow fez questão de me relembrar, entre Vodkas Red Bull e passeios descalços pelas estradas nacionais do meu belo Minho. A sincronia/duelo que o senhor Green tem com o Danny Kirwan neste tema é qualquer coisa. E eu gosto disto, assim, desta maneira.
Quicksilver Messenger Service - Pride of Man
"To understand this song, first, take a few thousand mics of LSD-25. Then, go to the mid-western Church you were raised in and really try to understand those people.. Next, decide to avoid your Selective Service call-up and take a bus to the West Coast. Grow pot. Have sex whenever possible. It all will begin to become clear..."
Neu! - Hallo Gallo
Quando soube que o Michael Rother se ia reunir com amigos para tocar Neu! no Supersonic Festival que se avizinha, fiquei pior que estragado, porque não podia ir. Este foi o tema que me fez render a esta banda. O tema inicial de um disco. Adoro quando isso acontece.
Sleepy Sun - Marina
Não é um clássico, mas predestina-se a isso. Uma banda que esteve para acabar, repescada pela enorme ATP Recordings foi capaz de criar um disco - Fever - que hoje soa a mega álbum de inÃcios de setentas. E este tema, com a reviravolta que dá aos 3:48 <3.
Santana - Evil Ways
Não comento, quem não conhece esta música merece tortura por não ser feliz.
Led Zeppelin - Since I've Been Loving You
O tema mais bonito de todo o sempre. Os agudos larilas do Robbie no final quase me fazem chorar. Tão lindo.
E é assim, são poucas músicas, mas boas. Agora tenho que ir tomar a medicação. Beijinhos.
Playlist de Vitor Joaquim | Criador sonoro e visual / Investigador / Professor Universitário
· POR · 29 Set 2010 · 19:42 ·
Como sempre, na feitura de uma lista selectiva, coloca-se sempre a questão: que critério utilizar? Os discos da nossa vida? Com selecções estranhÃssimas de temas que demorarÃamos dois parágrafos a explicar cada um deles? Os últimos discos que andamos a ouvir? E se não ouvimos nada de novo há muito? Também pode acontecer que as ultimas coisa até nem são tão interessantes quanto o desejarÃamos, e nem são merecedoras de uma playlist... Só essa viagem de procura de critérios e selecção, já é um delÃrio!
Pois bem, tendo que o fazer (e estas coisas fazem-se sempre com um gosto especial) o meu delÃrio incide sobre uma grelha muito simples. Escolhi temas de criadores que convidei para concertos programados ao longo dos últimos 10 anos no meu festival EME (www.emefestival.pt).
E porque uma das razões que sempre me motivou a fazer o festival, foi o dar a conhecer criadores portugueses e colocá-los em igualdade de circunstâncias com criadores estrangeiros (mesmo palco, mesmo som, mesmo tamanho de fonte no cartaz) vou seguir o mesmo critério, e fazer uma lista com 14 portugueses e um estrangeiro. Felizmente ou infelizmente, não estão todos, mas os que estão na lista, estiveram nos EME. Uma lista com a consciência de que o momento se adequa, e com um gozo especial em contrariar esta tendência de que em Portugal não há, e de que o que há, não tem dimensão internacional. Uma playlists Top de um paÃs On, em estado Off.
autor | edição | tema
(ordem aleatória)
The Beautiful Schizophonic | Erotikon | Aysha
@c | Mus*****c | 68
Carlos ZÃngaro | Cage of Sand | The Cities And The Dead
NNY | Oº | 01
Micro Audio Waves | Zoetrope | Speeding Ball
Osso Exótico | Osso Exótico V | Ciclo #1
Nuno Rebelo | Sábado 2 – Minimal Show | Deixou-se Beijar (E Sabia Coisas)
Vitriol | Sul - dedicated to Chris Marker | Sulipsism
Mosaique | Filare | Vitral
OCP - Operador de Cabine Polivalente | Rejects | Ejects
Emidio Buchinho | Toltech | Devotion
Draftank | Orange | 04
Manuel Mota | I Wish I’d Never Met You | Let me bring you down
Pedro Carneiro | Iannis Kenakis | Psappha pour "set" de percussions
Hauschka | Ferndorf | Schönes Mädchen
(a excepção estrangeira. Pretexto: brevemente no Maria Matos, valerá a pena espreitar :) )
Pois bem, tendo que o fazer (e estas coisas fazem-se sempre com um gosto especial) o meu delÃrio incide sobre uma grelha muito simples. Escolhi temas de criadores que convidei para concertos programados ao longo dos últimos 10 anos no meu festival EME (www.emefestival.pt).
E porque uma das razões que sempre me motivou a fazer o festival, foi o dar a conhecer criadores portugueses e colocá-los em igualdade de circunstâncias com criadores estrangeiros (mesmo palco, mesmo som, mesmo tamanho de fonte no cartaz) vou seguir o mesmo critério, e fazer uma lista com 14 portugueses e um estrangeiro. Felizmente ou infelizmente, não estão todos, mas os que estão na lista, estiveram nos EME. Uma lista com a consciência de que o momento se adequa, e com um gozo especial em contrariar esta tendência de que em Portugal não há, e de que o que há, não tem dimensão internacional. Uma playlists Top de um paÃs On, em estado Off.
autor | edição | tema
(ordem aleatória)
The Beautiful Schizophonic | Erotikon | Aysha
@c | Mus*****c | 68
Carlos ZÃngaro | Cage of Sand | The Cities And The Dead
NNY | Oº | 01
Micro Audio Waves | Zoetrope | Speeding Ball
Osso Exótico | Osso Exótico V | Ciclo #1
Nuno Rebelo | Sábado 2 – Minimal Show | Deixou-se Beijar (E Sabia Coisas)
Vitriol | Sul - dedicated to Chris Marker | Sulipsism
Mosaique | Filare | Vitral
OCP - Operador de Cabine Polivalente | Rejects | Ejects
Emidio Buchinho | Toltech | Devotion
Draftank | Orange | 04
Manuel Mota | I Wish I’d Never Met You | Let me bring you down
Pedro Carneiro | Iannis Kenakis | Psappha pour "set" de percussions
Hauschka | Ferndorf | Schönes Mädchen
(a excepção estrangeira. Pretexto: brevemente no Maria Matos, valerá a pena espreitar :) )
Playlist de LuÃs Fernandes | peixe : avião / The Astroboy / Old Jerusalem
· POR · 29 Set 2010 · 19:31 ·
Nós últimos tempos tenho dividido as minhas audições entre recordações, música que me tinha escapado até hoje e algumas novidades. Em relação às escolhas: 1) foi bom descobrir (com atraso) os Electric Prunes e os Roxy Music (menos superficialmente é claro); 2) os últimos discos de Emeralds, Zs, MGMT e Jon Hopkins (géniozinho?) encheram-me as medidas; 3) para atenuar a ansiedade de ouvir os seus novos trabalhos tenho recordado o Another Green World do Brian Eno e muita coisa do Sufjan Stevens. Para finalizar, em qualquer lista minha tenho de colocar os Sterolab e curto os The Alps para caraças. Abraços para o André. Aqui vai:
Brian Eno - I'll come running
Stereolab - Baby lulu
Jon Hopkins - Vessel
Sufjan Stevens - Holland
MGMT - Siberian breaks / It's working
Zs - Concert black
Emeralds - Candy Shoppe
Roxy Music - Chance meeting
The Alps - A manha na praia
The Electric Prunes - I had too much too dream last night
Brian Eno - I'll come running
Stereolab - Baby lulu
Jon Hopkins - Vessel
Sufjan Stevens - Holland
MGMT - Siberian breaks / It's working
Zs - Concert black
Emeralds - Candy Shoppe
Roxy Music - Chance meeting
The Alps - A manha na praia
The Electric Prunes - I had too much too dream last night
Playlist de Tiago Sousa | Músico
· POR · 29 Set 2010 · 19:21 ·
Alinhei esta playlist com intenção de retratar o que me tem passado pelos ouvidos com mais insistência.
Tigrala – Djadja
John Coltrane – India
Morton Feldman – Durations
Arvo Pärt – Summa
Maurice Ravel – Un Barque sur l'ocean
Olivier Messiaen – Louange a l'Eternite de Jesus
Federico Mompou – Pour inspirer L'amour
Grizzly Bear – foreground
Nina Nastasia – Daytrip
Lopes-Graça – Acordai!
Igor Stravinsky (Le Sacre du Printemps) - Rondes Printanieres
Richard Skelton - Green Withins Brook
Frédéric Chopin – Nocturne no.7 in c#, Op.27 no.2
Charles Ives - Quarter-Tone Pieces for 2 pianos
Wadada Leo Smith – Tastalun
Pharoah Sanders - The Creator Has a Master Plan
Don Cherry - Bra Joe From Kilimanjaro
Tigrala – Djadja
John Coltrane – India
Morton Feldman – Durations
Arvo Pärt – Summa
Maurice Ravel – Un Barque sur l'ocean
Olivier Messiaen – Louange a l'Eternite de Jesus
Federico Mompou – Pour inspirer L'amour
Grizzly Bear – foreground
Nina Nastasia – Daytrip
Lopes-Graça – Acordai!
Igor Stravinsky (Le Sacre du Printemps) - Rondes Printanieres
Richard Skelton - Green Withins Brook
Frédéric Chopin – Nocturne no.7 in c#, Op.27 no.2
Charles Ives - Quarter-Tone Pieces for 2 pianos
Wadada Leo Smith – Tastalun
Pharoah Sanders - The Creator Has a Master Plan
Don Cherry - Bra Joe From Kilimanjaro
Playlist de hugo alfredo gomes | wools / os yeah! / MPD
· POR · 29 Set 2010 · 19:14 ·
escolhi estas 15 músicas porque representam bem o que me encanta na música. fascina-me a experiência que é ouvi-las. não há aqui sonic youth, nem my bloody, nem stereolab, nem o elliott smith (o maior de sempre) nem outros assim que me educaram melhor do que qualquer professor que tenha tido.
escolhi-as porque me rebentam todo, porque me fazem sentir pequenino, porque me fazem chorar, porque me deixam num estado que às vezes nem consigo perceber muito bem, porque quando as ouço sinto espuma a subir-me pelas costas e nevoeiro na barriga. tenho a certeza que estas fizeram com que fosse uma pessoa um bocado melhor. não são "aquelas 15 que…coiso", nem as 15 músicas da minha vida, nem as do ano nem tão pouco as melhores 15 músicas para comer uma travessa de leitão. são estas 15 e são uma amostra fiel de quem as escolheu.
fennesz - made in hong kong (endless summer)
grouper - a cover over (dragging a dead deer up a hill)
ducktails - dancing with the one you love (ducktails)
julian lynch - ruth, my sister (mare)
ariel pink's haunted graffiti - among dreams (the doldrums)
kurt vile - breathing out (constant hitmaker)
panda bear - i'm not (person pitch)
belong - late night (colorloss record)
tim hecker - sea of pulses (an imaginary country)
gold panda - i'm with you but i'm lonely (lucky shiner)
fuck buttons - the lisbon maru (tarot sport)
deerhunter - spring hall convert (cryptograms)
mount eerie - cold mountain (dawn)
otis redding - ole man trouble (otis blue)
arvo part - fur alina (alina)
escolhi-as porque me rebentam todo, porque me fazem sentir pequenino, porque me fazem chorar, porque me deixam num estado que às vezes nem consigo perceber muito bem, porque quando as ouço sinto espuma a subir-me pelas costas e nevoeiro na barriga. tenho a certeza que estas fizeram com que fosse uma pessoa um bocado melhor. não são "aquelas 15 que…coiso", nem as 15 músicas da minha vida, nem as do ano nem tão pouco as melhores 15 músicas para comer uma travessa de leitão. são estas 15 e são uma amostra fiel de quem as escolheu.
fennesz - made in hong kong (endless summer)
grouper - a cover over (dragging a dead deer up a hill)
ducktails - dancing with the one you love (ducktails)
julian lynch - ruth, my sister (mare)
ariel pink's haunted graffiti - among dreams (the doldrums)
kurt vile - breathing out (constant hitmaker)
panda bear - i'm not (person pitch)
belong - late night (colorloss record)
tim hecker - sea of pulses (an imaginary country)
gold panda - i'm with you but i'm lonely (lucky shiner)
fuck buttons - the lisbon maru (tarot sport)
deerhunter - spring hall convert (cryptograms)
mount eerie - cold mountain (dawn)
otis redding - ole man trouble (otis blue)
arvo part - fur alina (alina)
Playlist de Lia Pereira | Blitz / Boa Noite e um Queijo (Rádio Zero)
· POR · 29 Set 2010 · 19:14 ·
Nem de propósito, quando recebi este convite do Bodyspace fizera, há poucos dias, uma daquelas compilações que pomposamente pretendemos que espelhem o «espÃrito dos tempos» (neste caso, o do Outono), acima de tudo servindo para partilharmos com os amigos algumas das músicas que mais aconchego ou desassossego nos têm trazido na presente temporada. E assim cheguei a uma playlist de 15 cançonetas, quase tudo fruta deste ano, polvilhada por um regresso aos anos 90 que é, em simultâneo, antecipação de um dos mais apetecÃveis concertos que aà vêm (Greg Dulli, ex-Afghan Whigs, em Lisboa e Porto no mês de Novembro). Soa assim:
Caribou - Odessa
Ed Harcourt - Do As I Say Not As I Do
Department of Eagles - Brightest Minds
Horse Feathers - Belly of June
Laura Veirs - Wide-Eyed, Legless
Sun Kil Moon - You Are My Sun
The Walkmen - Stranded
Interpol - Try It On
The Afghan Whigs - Debonair
Sparklehorse com Julian Casablancas - Little Girl
Adrian Crowley - The Wishing Seat
Laura Marling - Devil's Spoke
Lloyd Cole - Like a Broken Record
The National - Walk-off
Alela e Alina - Matty Groves
Caribou - Odessa
Ed Harcourt - Do As I Say Not As I Do
Department of Eagles - Brightest Minds
Horse Feathers - Belly of June
Laura Veirs - Wide-Eyed, Legless
Sun Kil Moon - You Are My Sun
The Walkmen - Stranded
Interpol - Try It On
The Afghan Whigs - Debonair
Sparklehorse com Julian Casablancas - Little Girl
Adrian Crowley - The Wishing Seat
Laura Marling - Devil's Spoke
Lloyd Cole - Like a Broken Record
The National - Walk-off
Alela e Alina - Matty Groves
Atenção: já só falta uma semana para os Faust aterrarem em Lisboa
· POR Paulo CecÃlio · 29 Set 2010 · 19:10 ·
© Elena Golovnia
Não querendo de todo perturbar a leitura das playlists alusivas ao dia mundial da música (e algumas são mesmo muito boas), há que lembrar que os Faust, o grupo que nos anos 70 vendeu a alma ao diabo e fez da música mais interessante e estimulante com que já se etiquetou com a angustiante noção krautrock vem a Lisboa já na próxima semana para uma sessão dupla: concerto no Maria Matos a dia 6 (15€, metade para menores de 30) e workshop na Zé Dos Bois no dia seguinte (15€ de inscrição). Se o primeiro pautará pela provável incursão pelo disco Faust Is Last editado este ano, o segundo consistirá numa saudável convivência entre banda e público, o qual será convidado a participar numa sessão de improvisação. Como aquecimento poderão eventualmente dar uma vista de olhos à entrevista que deram ao Bodyspace no ano passado.
Playlist de Pedro Maia | p.ma
· POR · 29 Set 2010 · 18:45 ·
Não gosto muito de fazer listas nem de escrever sobre música, mas aqui está uma possÃvel lista do que me vem de momento à cabeça. Sobre as músicas: elas falam por si e tudo o que poderia dizer não seria 1% do que elas representam para mim.
Evols - White (Evols, 2010)
Jacaszek - Lament (Treny, 2008)
Harmonia Eno '76 - Sometimes In Autumn (Shackleton Remix) (Harmonia & Eno '76 Remixes, 2009)
Thee Oh Sees - I Was Denied (Warm Slime, 2010)
Wooden Shjips - Motorbike (Dos, 2009)
Spectrum - We ask you to ride (War Sucks EP, 2009)
Karen O and the Kids - Igloo (Where the Wild Things Are, 2009)
Arthur Russell - The Platform on the Ocean (Calling Out of Context, 2004)
Pantha du Prince - Behind the Stars (Black Noise, 2010)
Felipe Venegas & Francisco Allendes - Llovizna (Llovina EP, 2009)
Guy Gerber & Luciano - Arcenciel (Versus, 2009)
Four Tet - Wing Body Wing (Ringer, 2008)
Hot Chip - One Life Stand (Carl Craig Remix) (2010)
Jacaszek - Resident Advisor Podcast (RA.192, 2010)
Terre Thaemlitz - Resident Advisor Podcast (RA.188, 2010)
Evols - White (Evols, 2010)
Jacaszek - Lament (Treny, 2008)
Harmonia Eno '76 - Sometimes In Autumn (Shackleton Remix) (Harmonia & Eno '76 Remixes, 2009)
Thee Oh Sees - I Was Denied (Warm Slime, 2010)
Wooden Shjips - Motorbike (Dos, 2009)
Spectrum - We ask you to ride (War Sucks EP, 2009)
Karen O and the Kids - Igloo (Where the Wild Things Are, 2009)
Arthur Russell - The Platform on the Ocean (Calling Out of Context, 2004)
Pantha du Prince - Behind the Stars (Black Noise, 2010)
Felipe Venegas & Francisco Allendes - Llovizna (Llovina EP, 2009)
Guy Gerber & Luciano - Arcenciel (Versus, 2009)
Four Tet - Wing Body Wing (Ringer, 2008)
Hot Chip - One Life Stand (Carl Craig Remix) (2010)
Jacaszek - Resident Advisor Podcast (RA.192, 2010)
Terre Thaemlitz - Resident Advisor Podcast (RA.188, 2010)
Playlist de Nelson Gomes | Filho Único / Gala Drop
· POR · 29 Set 2010 · 18:44 ·
Ariel Pink - Revolution's a Lie
Ouvir
C Cat Trance - I Looked For You
(Obrigado Zé)
Dunkelziffer - I Pinched Myself
Moussa Doumbia - Mokholou
Niagara - Onda Blue
Ouvir (ver video)
Ray Barreto - O elefante
Ouvir
Hype Williams - get choong and look at the sky
Ouvir
Excepter "Presidence" (não consigo enumerar uma música, o disco tem de ser ouvido de enfiada)
Ouvir
Podem encontrar o disco à venda na Flur
Jorge Ben - Amor de Carnaval
Ouvir
J Dilla - Crushin' (Yeeeeaah!)
Ouvir
Desculpem a pornografia.
Ouvir
C Cat Trance - I Looked For You
(Obrigado Zé)
Dunkelziffer - I Pinched Myself
Moussa Doumbia - Mokholou
Niagara - Onda Blue
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Ray Barreto - O elefante
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Hype Williams - get choong and look at the sky
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Excepter "Presidence" (não consigo enumerar uma música, o disco tem de ser ouvido de enfiada)
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Podem encontrar o disco à venda na Flur
Jorge Ben - Amor de Carnaval
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J Dilla - Crushin' (Yeeeeaah!)
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Desculpem a pornografia.
Playlist de Nicolai Sarbib | DJ, assina como CVLT
· POR · 29 Set 2010 · 18:23 ·
Este exercÃcio serviu para me aperceber de algumas das minhas tendências e também confirmar a suspeita que tinha, que tenho tido muito pouco interesse pela maioria das coisas recentes que têm surgido. Provavelmente dos poucos lançamentos recentes que tenho ouvido, a "Sun" é um exemplo perfeito da criatividade fantástica de Daniel Snaith. Isto dito vivemos há muito tempo numa era de reciclagem, o Sr. Luke que faz os "young edits" fez um belo trabalho a re-apropriar esta música linda do Arthur Russell e falando em re-apropriações o re-edit da "Get to my baby" dos TBD, que acaba monstruosamente com um riff que me soa muito a algo saÃdo da "Could you be loved" do Bob Marley, foi a música ao som da qual mais dancei estes últimos tempos e que teria de constar nesta lista.
Jazz é um termo abrangente, provavelmente dos géneros musicais mais ouvidos nesta casa, em tempos tive um professor que dizia que não trabalhava com ninguém que não soubesse reconhecer Miles Davis ou Coltrane, o Coltrane Jazz tem estado em constante rotação e nesta música ouvem-se bem os dedos de Wynton Kelly.
Bill Evans é um nome com o qual cresci e um que me há de acompanhar. Juntamente com o Koln Concert do Keith Jarrett diria que este é o disco que mais ouvi nos últimos anos, é provavelmente um dos principais exemplos do que me faz gostar tanto de música. "We will meet again" é uma música que Bill Evans dedica ao seu irmão, num dos seus últimos e mais incrÃveis discos.
Uma das maravilhas de se passar muito tempo em lojas de discos é o facto de estarmos constantemente a descobrir um sem fim de música que nunca julgámos existir, ao contrário de apenas olhar para um top 10 do iTunes ou algum site. Neste caso Phantomband foi algo que um amigo me mostrou há uns meses e que tive dificuldade em acreditar que não fosse algo esquecido do passado em vez de uma banda formada há uns anos por Jaki Liebezeit, baterista dos Can. Uns meses adiante descubro um novo release na Golf Channel records de um tal Domink Von Senger, um tipo curioso, que por coincidência, ou não, também fez parte dos Phantomband. A "No name" é um namoro psicadélico embalado num groove do além, tudo dito. Indispensável sempre, Map of Africa é a mancha de suor que é deixada numa cama após "o amor", de Thomas Bullock e Harvey Bassett só poderiam existir coisas boas.
Porque uma grande parte da minha vida se passa em locais com música pulsante e alta, e por vezes sou eu o responsável, esta música de Neurotic Drum Band é o apogeu de um revival do house do passado e a mistura perfeita de piano e uma espiral de acid house em crescendo tal como a "Can you feel it" dos Slight Delay é outro exemplo de como uma batida simples, um bom piano e uns sons do mar são tudo o que é preciso.
Não podia terminar sem deixar uma música do álbum de Gala Drop e citar algo que alguém disse recentemente em relação a este grupo: "um paÃs de génios, o nosso".
1. Arthur Russell – "How We Walk On The Moon (Youth Return to Base Edit)"
2. TBD - "Get to my baby" (Try to find me)
3. Caribou - "Sun" (Odessa)
4. The O'Jays - "Back stabbers" (Back Stabbers)
5. Bill Evans - "We will meet again" (You Must Believe in Spring)
6. John Coltrane - "My shinning hour" (Coltrane Jazz)
7. Can - "I'm so green" (Ege Bamyasi)
8. Map of Africa - "Bone" (Map of Africa)
9. Phantomband - "I'm the one" (Freedom Speech)
10. Dominik Von Senger - "No Name"
11. Lia Ices - "(Un)chosen one" (Necima)
12. Neurotic Drum Band - "Robotic Hypnotic Adventure"
13. Slight Delay - "Can you feel it" (Cosmic Balearic Beats Vol. 2)
14. Gala Drop - "Parson" (Gala Drop)
Jazz é um termo abrangente, provavelmente dos géneros musicais mais ouvidos nesta casa, em tempos tive um professor que dizia que não trabalhava com ninguém que não soubesse reconhecer Miles Davis ou Coltrane, o Coltrane Jazz tem estado em constante rotação e nesta música ouvem-se bem os dedos de Wynton Kelly.
Bill Evans é um nome com o qual cresci e um que me há de acompanhar. Juntamente com o Koln Concert do Keith Jarrett diria que este é o disco que mais ouvi nos últimos anos, é provavelmente um dos principais exemplos do que me faz gostar tanto de música. "We will meet again" é uma música que Bill Evans dedica ao seu irmão, num dos seus últimos e mais incrÃveis discos.
Uma das maravilhas de se passar muito tempo em lojas de discos é o facto de estarmos constantemente a descobrir um sem fim de música que nunca julgámos existir, ao contrário de apenas olhar para um top 10 do iTunes ou algum site. Neste caso Phantomband foi algo que um amigo me mostrou há uns meses e que tive dificuldade em acreditar que não fosse algo esquecido do passado em vez de uma banda formada há uns anos por Jaki Liebezeit, baterista dos Can. Uns meses adiante descubro um novo release na Golf Channel records de um tal Domink Von Senger, um tipo curioso, que por coincidência, ou não, também fez parte dos Phantomband. A "No name" é um namoro psicadélico embalado num groove do além, tudo dito. Indispensável sempre, Map of Africa é a mancha de suor que é deixada numa cama após "o amor", de Thomas Bullock e Harvey Bassett só poderiam existir coisas boas.
Porque uma grande parte da minha vida se passa em locais com música pulsante e alta, e por vezes sou eu o responsável, esta música de Neurotic Drum Band é o apogeu de um revival do house do passado e a mistura perfeita de piano e uma espiral de acid house em crescendo tal como a "Can you feel it" dos Slight Delay é outro exemplo de como uma batida simples, um bom piano e uns sons do mar são tudo o que é preciso.
Não podia terminar sem deixar uma música do álbum de Gala Drop e citar algo que alguém disse recentemente em relação a este grupo: "um paÃs de génios, o nosso".
1. Arthur Russell – "How We Walk On The Moon (Youth Return to Base Edit)"
2. TBD - "Get to my baby" (Try to find me)
3. Caribou - "Sun" (Odessa)
4. The O'Jays - "Back stabbers" (Back Stabbers)
5. Bill Evans - "We will meet again" (You Must Believe in Spring)
6. John Coltrane - "My shinning hour" (Coltrane Jazz)
7. Can - "I'm so green" (Ege Bamyasi)
8. Map of Africa - "Bone" (Map of Africa)
9. Phantomband - "I'm the one" (Freedom Speech)
10. Dominik Von Senger - "No Name"
11. Lia Ices - "(Un)chosen one" (Necima)
12. Neurotic Drum Band - "Robotic Hypnotic Adventure"
13. Slight Delay - "Can you feel it" (Cosmic Balearic Beats Vol. 2)
14. Gala Drop - "Parson" (Gala Drop)
Playlist de André Tentugal | Realizador / Músico
· POR · 29 Set 2010 · 18:20 ·
1 - Brad Mehldau – Don’t be sad
2 - David Axelrod – The Smile
3 - Philip glass – The Secret Agent (soundtrack)
4 - The national – So Far Around the Bend
5 - Rotary Connection – We’re Going Wrong
6 - Serge Gainsbourg – Ah! Melody
7 – Avi Buffalo – Remember Last Time
8 - Sebastien Tellier – Kissed by You
9 - Toro Y Moi – You Hid
10 - Someone Still Loves You Boris Yeltsin –Anna Lee
11 - El Perro Del Mar – Change of Heart
12 - Girls – Hellhole Ratrace
13 - Softlightes – Heart made of Sound
14 - Jackson C. Frank – Milk and Honey
15 – Elliott Smith – The White Lady Loves You More
Quando me pedes para fazer uma playlist do que tenho andado a ouvir recentemente o meu primeiro sentimento é extremamente egocêntrico porque realmente ultimamente não tenho ouvido muito mais do que as canções que ando a preparar para gravar. Fora essas há sempre canções que povoam ora o meu carro ora o meu mp3 portátil. Situam-se entre dois grupos principais: coisas já bem antigas e coisas mais ou menos recentes (que cheiram a velhinho) e que sobretudo me têm ajudado a ir buscar alguma inspiração para o que ando a fazer. Se quiser rotulá-las diria que estarão entre o soul, funk, pop e folk. Coisas calmas e bem melódicas que me criem conforto. É o que tenho procurado. E depois há o Elliott Smith, sempre claro.
2 - David Axelrod – The Smile
3 - Philip glass – The Secret Agent (soundtrack)
4 - The national – So Far Around the Bend
5 - Rotary Connection – We’re Going Wrong
6 - Serge Gainsbourg – Ah! Melody
7 – Avi Buffalo – Remember Last Time
8 - Sebastien Tellier – Kissed by You
9 - Toro Y Moi – You Hid
10 - Someone Still Loves You Boris Yeltsin –Anna Lee
11 - El Perro Del Mar – Change of Heart
12 - Girls – Hellhole Ratrace
13 - Softlightes – Heart made of Sound
14 - Jackson C. Frank – Milk and Honey
15 – Elliott Smith – The White Lady Loves You More
Quando me pedes para fazer uma playlist do que tenho andado a ouvir recentemente o meu primeiro sentimento é extremamente egocêntrico porque realmente ultimamente não tenho ouvido muito mais do que as canções que ando a preparar para gravar. Fora essas há sempre canções que povoam ora o meu carro ora o meu mp3 portátil. Situam-se entre dois grupos principais: coisas já bem antigas e coisas mais ou menos recentes (que cheiram a velhinho) e que sobretudo me têm ajudado a ir buscar alguma inspiração para o que ando a fazer. Se quiser rotulá-las diria que estarão entre o soul, funk, pop e folk. Coisas calmas e bem melódicas que me criem conforto. É o que tenho procurado. E depois há o Elliott Smith, sempre claro.
Playlist de VÃtor Belanciano | Jornalista / CrÃtico Ãpsilon / Público
· POR · 29 Set 2010 · 12:58 ·
Wyatt/Atzmon/Stephen – "At last i am free"
Teengirl Fantasy – "Cheaters"
Balam Acab – "See birds (Moon)"
Zola Jesus – "Sea talk"
Spoek Mathambo – "Tonite"
Bill Callahan – "Faith/void"
Glasser – "Home"
Salem – "King night"
How To Dress Well – "Lover’s start"
U2 – "Where the streets have no name"
É isto. É a minha lista deste momento. Porque nunca existiu tanta boa música e tantas formas de a viver, o que nem sempre significa saber fazê-lo. Sinto-me bem nestes tempos. O Robert Wyatt está aà porque é daqueles que está sempre, mesmo acompanhado. Bill Callahan porque andei a ouvir o seu último álbum, do ano passado salvo erro, este Verão. Gosto de descobrir discos a que não liguei nenhuma quando saÃram. O Spoek Mathambo porque continuo a acreditar que a música tem muito a ver com dimensão fÃsica. Infelizmente Portugal é um pais de cultura e ditadura rock. É pena. Não pelas guitarras, dessas gosto, apesar de gostar mais do baixo, mas porque a história do rock é preguiçosa e mal contada. Os Teengirl, Balam, Zola, Glasser, Salem ou How To Dress Well porque, para mim, a música continua a valer pela surpresa, pela descoberta, pelo momento, mesmo que para a semana seja outro o momento, e qual é o problema? Os U2 porque vou vê-los no fim de semana e porque gosto da forma assumida e descomplexada como Bono está na música e porque ninguém aguenta ‘gourmet’ todos os dias. Há momentos em que uma pizza ou um Mac é que é.
Teengirl Fantasy – "Cheaters"
Balam Acab – "See birds (Moon)"
Zola Jesus – "Sea talk"
Spoek Mathambo – "Tonite"
Bill Callahan – "Faith/void"
Glasser – "Home"
Salem – "King night"
How To Dress Well – "Lover’s start"
U2 – "Where the streets have no name"
É isto. É a minha lista deste momento. Porque nunca existiu tanta boa música e tantas formas de a viver, o que nem sempre significa saber fazê-lo. Sinto-me bem nestes tempos. O Robert Wyatt está aà porque é daqueles que está sempre, mesmo acompanhado. Bill Callahan porque andei a ouvir o seu último álbum, do ano passado salvo erro, este Verão. Gosto de descobrir discos a que não liguei nenhuma quando saÃram. O Spoek Mathambo porque continuo a acreditar que a música tem muito a ver com dimensão fÃsica. Infelizmente Portugal é um pais de cultura e ditadura rock. É pena. Não pelas guitarras, dessas gosto, apesar de gostar mais do baixo, mas porque a história do rock é preguiçosa e mal contada. Os Teengirl, Balam, Zola, Glasser, Salem ou How To Dress Well porque, para mim, a música continua a valer pela surpresa, pela descoberta, pelo momento, mesmo que para a semana seja outro o momento, e qual é o problema? Os U2 porque vou vê-los no fim de semana e porque gosto da forma assumida e descomplexada como Bono está na música e porque ninguém aguenta ‘gourmet’ todos os dias. Há momentos em que uma pizza ou um Mac é que é.
Playlist de Cláudia Duarte | Radar
· POR · 29 Set 2010 · 12:27 ·
Depois ter enviado uns 10 desenhos para o programa de televisão tendo todos eles sido ignorados na altura - o que é profundamente lamentável e até traumatizante - finalmente tenho o meu momento 'Agora Escolha'. Yeah!!
Guns and Roses - Garden of Eden
Como estou em estágio para o concerto, tenho ouvido este tema durante aquele perÃodo demonÃaco depois da hora de almoço em que nem com dois Ristrettos lá vou. Lifesaver!
The Roots & John Legend - Hard Times
Os The Roots têm álbum novo logo são dos mais ouvidos, ponto final parágrafo.
Monarchy - Gold in The Fire + Miami Horror - Sometimes + Metronomy - Heartbreaker (Kris Menace Remix)
Só posso dizer que estas três músicas me fazem profundamente feliz. Há já vários meses que chego ao ponto de estar uma hora a ouvi-las non stop. Os sintetizadores lambuzados são como os gelados da Santini, as pastilhas da Droste ou as faláfeis do meu Conde Barão, e sem a chatice óbvia que estas delÃcias provocam. São temas 'Incha, desincha e passa' mas, agora, OBRIGADO Monarchy, Miami Horror e Metronomy.
Gonzales - Bottom of The Pops
Há uma semana um amigo mostrou-me como se podia alterar o som do final dos renders no After Effects. Desde então que é esta a minha escolha. Não há nada como um render sem erros ao som de Mr. Gonzo, acreditem (mesmo os que não partilham a geekiness).
B Fachada - Kit de Prestigitação
Custou mas foi, estou rendida a ele. Acho as letras totalmente desarmantes. O equilÃbrio entre o humor e a total ausência de cinismo transmite uma honestidade que já não achava possÃvel nas letras em português. Lindo! JP Simões do meu coração finalmente tens 'concorrência' e que bom para todos nós.
Queen - Bohemian Rapsody
Este tema está na lista não porque o ouça muito mas porque é a música que todos os dias, involuntariamente, tenho cantado ao volante do meu carro desde que o meu auto radio foi indevidamente levado por um anónimo.
Ute Lemper - Stranger Here Myself + Momus - "I Want You but I Don't Need You"
Nos últimos tempos ando a recuperar alguns dos álbuns que mais ouvia durante o tempo de faculdade e que, consequentemente, passava na ruC. O primeiro, hoje como há 10 anos, continua a ser um preferido para pôr o eyeliner de manhã e para me fazer sentir uma movie star. O segundo continua um dos meus mais amados temas reversÃveis, ou seja, aperta-me o coração quando presto atenção à letra e dá-me aquele feeling 'shalala', que tanto gosto, quando me só me concentro na melodia. Acho que devia ser um hino ás relações urbano-qualquer coisa.
Grum - Through the Night (The Swiss Menergy Remix)
Este tema foi uma sugestão do meu querido amigo Hugo Moutinho, my own private musical Marcelo Rebelo de Sousa. São 46 segundos até ao rebentar da música (e que 46 segundos). O que vem a seguir faz-me dançar que nem louca. Mr. Mitsuhirato nunca falha.
Guns and Roses - Garden of Eden
Como estou em estágio para o concerto, tenho ouvido este tema durante aquele perÃodo demonÃaco depois da hora de almoço em que nem com dois Ristrettos lá vou. Lifesaver!
The Roots & John Legend - Hard Times
Os The Roots têm álbum novo logo são dos mais ouvidos, ponto final parágrafo.
Monarchy - Gold in The Fire + Miami Horror - Sometimes + Metronomy - Heartbreaker (Kris Menace Remix)
Só posso dizer que estas três músicas me fazem profundamente feliz. Há já vários meses que chego ao ponto de estar uma hora a ouvi-las non stop. Os sintetizadores lambuzados são como os gelados da Santini, as pastilhas da Droste ou as faláfeis do meu Conde Barão, e sem a chatice óbvia que estas delÃcias provocam. São temas 'Incha, desincha e passa' mas, agora, OBRIGADO Monarchy, Miami Horror e Metronomy.
Gonzales - Bottom of The Pops
Há uma semana um amigo mostrou-me como se podia alterar o som do final dos renders no After Effects. Desde então que é esta a minha escolha. Não há nada como um render sem erros ao som de Mr. Gonzo, acreditem (mesmo os que não partilham a geekiness).
B Fachada - Kit de Prestigitação
Custou mas foi, estou rendida a ele. Acho as letras totalmente desarmantes. O equilÃbrio entre o humor e a total ausência de cinismo transmite uma honestidade que já não achava possÃvel nas letras em português. Lindo! JP Simões do meu coração finalmente tens 'concorrência' e que bom para todos nós.
Queen - Bohemian Rapsody
Este tema está na lista não porque o ouça muito mas porque é a música que todos os dias, involuntariamente, tenho cantado ao volante do meu carro desde que o meu auto radio foi indevidamente levado por um anónimo.
Ute Lemper - Stranger Here Myself + Momus - "I Want You but I Don't Need You"
Nos últimos tempos ando a recuperar alguns dos álbuns que mais ouvia durante o tempo de faculdade e que, consequentemente, passava na ruC. O primeiro, hoje como há 10 anos, continua a ser um preferido para pôr o eyeliner de manhã e para me fazer sentir uma movie star. O segundo continua um dos meus mais amados temas reversÃveis, ou seja, aperta-me o coração quando presto atenção à letra e dá-me aquele feeling 'shalala', que tanto gosto, quando me só me concentro na melodia. Acho que devia ser um hino ás relações urbano-qualquer coisa.
Grum - Through the Night (The Swiss Menergy Remix)
Este tema foi uma sugestão do meu querido amigo Hugo Moutinho, my own private musical Marcelo Rebelo de Sousa. São 46 segundos até ao rebentar da música (e que 46 segundos). O que vem a seguir faz-me dançar que nem louca. Mr. Mitsuhirato nunca falha.
Playlist de Henrique Amaro | Radialista da Antena 3 / Director ArtÃstico da Optimus Discos
· POR · 29 Set 2010 · 10:47 ·
Antes da música, um gigante Salvé para os donos deste espaço que tal como os melhores tatuadores ajudam Portugal a ficar mais bonito.
Vamos lá.
The Black Keys "Everlasting Light"
Conhecia as capas dos discos mas nunca lhes tinha dado atenção. Um destes dias apanhei o meu colega Nuno Calado a tocar esta canção na rádio e acho um discaço.
Linda Martini "Juventude Sónica"
Estes meus amigos sabem o quanto gosto deles e deram-me uma cópia “legalizada†do novo disco. Esta canção é isso mesmo “Sonic Youth†by Linda Martini. Oba oba.
The Grasspoppers "Complicação Dub" Produzir um disco de dub enquanto a televisão transmite o campeonato do mundo de futebol é só por si uma ideia inusitada. Resultou num belo disco de dub tuga.
Wavves "Linus Spacehead"
Mais um nome que apareceu em conversa nos corredores da radio e que me tem dado muito prazer em ouvir.
Mendes & João Só "Sofia por Ela Própria"
Poderá parecer sacrilégio nestas paragens mas estes rapazes conhecem melhor os Beatles que o próprio McCartney. E é tão fácil adivinhar o acorde que vem a seguir.
Seu Jorge and Almaz “Cirandarâ€
Voltei a reconciliar-me com o Seu Jorge com este disco e esta nova banda que inclui dois dos meus músicos favoritos, o guitarrista Lúcio Maia e o baterista Pupilo.
Dub tropical semi-tóxico.
The Cure “Untitledâ€
Este Verão comprei a edição especial do Disintegration e voltei a ter 20 anos. Primeiro pingo nostálgico.
Tiago Guillul “Praia Verdeâ€
Fiz da nostalgia do Tiago Guillul a minha nostalgia.
Quando a escuto só me lembro de álcool , sexo, drogas e do “Sunday Bloody Sunday†dos U2 que tocavam na discoteca da Praia Verde.
Acho que depois disto o Guillul vai excomungar esta canção da sua discografia.
Segundo e último pingo nostálgico.
Sol Hoopii “Kings Serenadeâ€
Gosto muito de stell guitar na sua vertente havaiana. Andei anos à procura de discos dentro do estilo e este ano encontrei o Sol Hoopii uma autoridade na material. A gravação é de 1933. Valeu a procura.
Maximum Ballon “Apartment wrestlingâ€
Acho que estamos a passar por um perÃodo de descrédito em relação ao papel do produtor talvez devido ao controle individual que cada músico pensa ter sobre a sua música. Eu continuo a ser um fan de produtores e o David Sitek está no pódio. Este seu disco não é grande coisa mas adquiri-lo era o mÃnimo que podia fazer por tudo o que me tem dado. Viva Sitek.
Salto “Por ti demaisâ€
Um baixo, uma guitarra e “umas†programações. A promissora receita dada por dois putos (sem ofensa) para construir a nova pop portuguesa. Estarei cá para ouvir.
Gal Costa “Divino Maravilhosoâ€
Este Verão andei a ler a história da Tropicália e dobrei o meu respeito pelo Caetano Veloso e pelo Gilberto Gil.
À Gal Costa apresento as minhas desculpas por nunca ter reparado na sua voz fatal. Esta canção tem quase 50 anos mas cabe nesta lista como uma luva.
Está na minha lista de hoje, agora, já.
Vamos lá.
The Black Keys "Everlasting Light"
Conhecia as capas dos discos mas nunca lhes tinha dado atenção. Um destes dias apanhei o meu colega Nuno Calado a tocar esta canção na rádio e acho um discaço.
Linda Martini "Juventude Sónica"
Estes meus amigos sabem o quanto gosto deles e deram-me uma cópia “legalizada†do novo disco. Esta canção é isso mesmo “Sonic Youth†by Linda Martini. Oba oba.
The Grasspoppers "Complicação Dub" Produzir um disco de dub enquanto a televisão transmite o campeonato do mundo de futebol é só por si uma ideia inusitada. Resultou num belo disco de dub tuga.
Wavves "Linus Spacehead"
Mais um nome que apareceu em conversa nos corredores da radio e que me tem dado muito prazer em ouvir.
Mendes & João Só "Sofia por Ela Própria"
Poderá parecer sacrilégio nestas paragens mas estes rapazes conhecem melhor os Beatles que o próprio McCartney. E é tão fácil adivinhar o acorde que vem a seguir.
Seu Jorge and Almaz “Cirandarâ€
Voltei a reconciliar-me com o Seu Jorge com este disco e esta nova banda que inclui dois dos meus músicos favoritos, o guitarrista Lúcio Maia e o baterista Pupilo.
Dub tropical semi-tóxico.
The Cure “Untitledâ€
Este Verão comprei a edição especial do Disintegration e voltei a ter 20 anos. Primeiro pingo nostálgico.
Tiago Guillul “Praia Verdeâ€
Fiz da nostalgia do Tiago Guillul a minha nostalgia.
Quando a escuto só me lembro de álcool , sexo, drogas e do “Sunday Bloody Sunday†dos U2 que tocavam na discoteca da Praia Verde.
Acho que depois disto o Guillul vai excomungar esta canção da sua discografia.
Segundo e último pingo nostálgico.
Sol Hoopii “Kings Serenadeâ€
Gosto muito de stell guitar na sua vertente havaiana. Andei anos à procura de discos dentro do estilo e este ano encontrei o Sol Hoopii uma autoridade na material. A gravação é de 1933. Valeu a procura.
Maximum Ballon “Apartment wrestlingâ€
Acho que estamos a passar por um perÃodo de descrédito em relação ao papel do produtor talvez devido ao controle individual que cada músico pensa ter sobre a sua música. Eu continuo a ser um fan de produtores e o David Sitek está no pódio. Este seu disco não é grande coisa mas adquiri-lo era o mÃnimo que podia fazer por tudo o que me tem dado. Viva Sitek.
Salto “Por ti demaisâ€
Um baixo, uma guitarra e “umas†programações. A promissora receita dada por dois putos (sem ofensa) para construir a nova pop portuguesa. Estarei cá para ouvir.
Gal Costa “Divino Maravilhosoâ€
Este Verão andei a ler a história da Tropicália e dobrei o meu respeito pelo Caetano Veloso e pelo Gilberto Gil.
À Gal Costa apresento as minhas desculpas por nunca ter reparado na sua voz fatal. Esta canção tem quase 50 anos mas cabe nesta lista como uma luva.
Está na minha lista de hoje, agora, já.
Playlist de Francisco Silva | Old Jerusalem
· POR · 29 Set 2010 · 10:13 ·
Ora bom, a playlist é um bocadito limitada, e o contexto é mesmo este: estou em Madrid e a Ryanair tem um limite de 15 kg para as malas, pelo que a discografia é limitada. Ora então, 2 preferidas de cada um dos únicos 5 discos que trouxe esta semana:
- Sun Kil Moon "Blue Orchids"
- Sun Kil Moon "Moorestown"
ambas do April
- Van Morrison "Warm love"
- Van Morrison "Wild children"
ambas do Hard nose the highway
- Grand Salvo "Needles"
- Grand Salvo "Sea"
ambas do Soil creatures
- Kevin Devine "Haircut"
- Kevin Devine "Probably"
ambas do Split the country, split the street
- Van Morrison "Fair play"
- Van Morrison "Bulbs"
ambas do Veedon fleece
- Sun Kil Moon "Blue Orchids"
- Sun Kil Moon "Moorestown"
ambas do April
- Van Morrison "Warm love"
- Van Morrison "Wild children"
ambas do Hard nose the highway
- Grand Salvo "Needles"
- Grand Salvo "Sea"
ambas do Soil creatures
- Kevin Devine "Haircut"
- Kevin Devine "Probably"
ambas do Split the country, split the street
- Van Morrison "Fair play"
- Van Morrison "Bulbs"
ambas do Veedon fleece
Playlist de Pedro Guimarães | Mr. Cookie
· POR · 29 Set 2010 · 10:13 ·
Chris Rea - Josephine (Groove Armada remix)
Dusty Springfield - Baby Blue (Horse Meat Disco edit)
Glasser - Apply
Jonathan Jeremiah - Happiness (Quiet Village remix)
Juan Maclean - Feel So Good
Little Dragon - Twice
Moderat - Rusty Nails
Nice Nice - See Waves
Solid Gold - Armoured Cars
The Bird Day - Thirsty
The Count & The Sinden feat. The Mystery Jets - After Dark
Violens - Spectator & Pupil (RAC Remix)
Washed Out - New Theory
Wave Machines - I Go, I Go, I Go
Yeasayer - Wait For The Summer
Fazer listas era algo habitual em mim noutras vidas, mas com o passar dos anos (e dos discos) desabituei-me de tal prática/vÃcio/hábito/tique (riscar com veemência o que não interessa) chegando mesmo ao ponto de passar deliberadamente ao lado de quase todas as listas que veja publicadas.
Porquê então estas linhas...? Porque o pessoal do Bodyspace é porreiro e porque com isto já quase que cheguei aos caracteres que me pediram!
A música? Há aqui para muitos estados de espÃrito, conceitos de como passar o tempo e praticamente todas elas já foram tocadas em DJ Sets meus. Ah e pasme-se, uma ou outra até merece uma escutadela!
Dusty Springfield - Baby Blue (Horse Meat Disco edit)
Glasser - Apply
Jonathan Jeremiah - Happiness (Quiet Village remix)
Juan Maclean - Feel So Good
Little Dragon - Twice
Moderat - Rusty Nails
Nice Nice - See Waves
Solid Gold - Armoured Cars
The Bird Day - Thirsty
The Count & The Sinden feat. The Mystery Jets - After Dark
Violens - Spectator & Pupil (RAC Remix)
Washed Out - New Theory
Wave Machines - I Go, I Go, I Go
Yeasayer - Wait For The Summer
Fazer listas era algo habitual em mim noutras vidas, mas com o passar dos anos (e dos discos) desabituei-me de tal prática/vÃcio/hábito/tique (riscar com veemência o que não interessa) chegando mesmo ao ponto de passar deliberadamente ao lado de quase todas as listas que veja publicadas.
Porquê então estas linhas...? Porque o pessoal do Bodyspace é porreiro e porque com isto já quase que cheguei aos caracteres que me pediram!
A música? Há aqui para muitos estados de espÃrito, conceitos de como passar o tempo e praticamente todas elas já foram tocadas em DJ Sets meus. Ah e pasme-se, uma ou outra até merece uma escutadela!
Playlist de José Alberto Gomes | Nimai
· POR · 29 Set 2010 · 10:13 ·
1 - Caribou - Jamelia
2 - LCD Soundsystem - Someone Great
3 - Nathan Fake - Charlie's House
4 - Apparat – Fractales
5 - Animal Collective – Fireworks
6 - Alva Noto + Ryuichi Sakamoto – Berlin
7 - The Knife - One For You
8 - Death from above 1979 - Blood on our hands
9 - The Books -Thirty Incoming
10 - M83 - Highway of Endless Dreams -
11 - Fuck Buttons – Surf Solar
12 - Delia Gonzalez & Gavin Russom – Relevee
13 - Efterklang - Step aside
14 - Dan Deacon - Wham City
15 - Alice Coltrane - Ptah, the El Daoud
Ora aqui vai a playlist do momento! (se fosse daqui a uma semana podia ser outra)! Claro está que é impossÃvel escolher 15, ainda para mais quando dizem para privilegiar música recente mas que na verdade posso escolher o que quiser! Para agravar considero-me um velho do Restelo que gosta de ouvir sempre os mesmo discos (obrigado Sara e Nuno por me fazerem a triagem do que está a sair). A partir daqui escolhi dois tipos de música: aquelas que me fazem sair para dançar que nem um louco, aquelas que me fazem não sair porque sou um tipo lamechas, e uma para não ficar a ideia de que não se fazia boa música antes de 2003. Acho que faltam um milhão de músicas aqui. Todas elas têm muito que se diga, umas por serem geniais ou por serem a representação sonora de um momento, mas tenho que distinguir o melhor fim de álbum que me lembre com a "Jamelia" de Caribou, a "Wham City", quem ficar parado ao som desta música não pode ser boa gente, e a "One for You" que ainda não compreendi como é que um álbum de 2003 pode continuar a ser surpreendente.
2 - LCD Soundsystem - Someone Great
3 - Nathan Fake - Charlie's House
4 - Apparat – Fractales
5 - Animal Collective – Fireworks
6 - Alva Noto + Ryuichi Sakamoto – Berlin
7 - The Knife - One For You
8 - Death from above 1979 - Blood on our hands
9 - The Books -Thirty Incoming
10 - M83 - Highway of Endless Dreams -
11 - Fuck Buttons – Surf Solar
12 - Delia Gonzalez & Gavin Russom – Relevee
13 - Efterklang - Step aside
14 - Dan Deacon - Wham City
15 - Alice Coltrane - Ptah, the El Daoud
Ora aqui vai a playlist do momento! (se fosse daqui a uma semana podia ser outra)! Claro está que é impossÃvel escolher 15, ainda para mais quando dizem para privilegiar música recente mas que na verdade posso escolher o que quiser! Para agravar considero-me um velho do Restelo que gosta de ouvir sempre os mesmo discos (obrigado Sara e Nuno por me fazerem a triagem do que está a sair). A partir daqui escolhi dois tipos de música: aquelas que me fazem sair para dançar que nem um louco, aquelas que me fazem não sair porque sou um tipo lamechas, e uma para não ficar a ideia de que não se fazia boa música antes de 2003. Acho que faltam um milhão de músicas aqui. Todas elas têm muito que se diga, umas por serem geniais ou por serem a representação sonora de um momento, mas tenho que distinguir o melhor fim de álbum que me lembre com a "Jamelia" de Caribou, a "Wham City", quem ficar parado ao som desta música não pode ser boa gente, e a "One for You" que ainda não compreendi como é que um álbum de 2003 pode continuar a ser surpreendente.
Playlist de Gil Oliveira | Long Way to Alaska
· POR · 28 Set 2010 · 19:34 ·
"On and Ever Onward" Dirty Projectors + Bjork - Mount Wittenberg Orca (2010)
Caguei para a Björk, o coro das meninas é a cena e ponto final.
Recomendo para despertador, bom para começar o dia.
"Cast Into Unknown" Torche - Songs for Singles (2010)
No carro, semp'abrir, janela aberta, brisa a bater na cara, siga!
"Novias" El Guincho - Pop Negro (2010)
Por estranho que pareça fico deprimido a pensar no bombanço que podiam ter sido as minhas férias se o Pop Negro tivesse chegado às minhas mãos mais cedo.
"Maybe so, maybe no" Mayer Hawthorne - A Strange Arrangement (2009)
Passear a pé por aà com groove.
"The Underground In America" Pantera (The Great Southern Trendkill - 1996)
"Gesso" como diria o Cavalheiro.
Daquelas fases que um tipo volta e meia tem em ouvir malhas antigas, mas desta vez acaba a colar no álbum que menos gostava e dá nisto...
"Radar Detector" Darwin Deez - Darwin Deez (2009)
Excelente banda sonora para quem arranja uma namorada.
"Carne Picada" Mikado Lab - Coração Pneumático (2009)
Bom para quem tem empregos de escritório e pode ouvir música no trabalho, ou para montar mobÃlia do IKEA.
"Marathon" Tennis - Baltimore EP (2010)
Desta vaga lo-fi de verão que já começa a saturar, destaco este belÃssimo tema.
"Sleep Tight" Rollerskaters (2010)
Não há muito para dizer e pouco se sabe acerca deste moço.
Bonito e nostálgico.
"Armistice" Phoenix - Wolfgang Amadeus Phoenix (2009)
Passado um ano volto a pegar neste disco e acabo por descobrir o meu tema preferido.
A música consegue ter a introdução mais pirosa e desinteressante de sempre mas quando entra o refrão... é amor.
"Aminals" Baths - Cerulean (2010)
Adoro sidechain em exagero.
Bom para ouvir no carro ao final do dia no regresso a casa.
"The Gaudy Side of Town" Gayngs - Relayted (2010)
Foi o balde de água fria que toda a gente levou nas férias.
"Milk White Air" J. Tillman - Cancer and Delirium (2008)
Deixei o melhor para o fim.
Na busca de algo mais para além de Vacilando Territory Blues e do mais recente Year In the Kingdom, vi-me obrigado a ouvir o Cancer and Delirium que me passava completamente ao lado.
Acabo por descobrir um álbum cheio de mel.
Caguei para a Björk, o coro das meninas é a cena e ponto final.
Recomendo para despertador, bom para começar o dia.
"Cast Into Unknown" Torche - Songs for Singles (2010)
No carro, semp'abrir, janela aberta, brisa a bater na cara, siga!
"Novias" El Guincho - Pop Negro (2010)
Por estranho que pareça fico deprimido a pensar no bombanço que podiam ter sido as minhas férias se o Pop Negro tivesse chegado às minhas mãos mais cedo.
"Maybe so, maybe no" Mayer Hawthorne - A Strange Arrangement (2009)
Passear a pé por aà com groove.
"The Underground In America" Pantera (The Great Southern Trendkill - 1996)
"Gesso" como diria o Cavalheiro.
Daquelas fases que um tipo volta e meia tem em ouvir malhas antigas, mas desta vez acaba a colar no álbum que menos gostava e dá nisto...
"Radar Detector" Darwin Deez - Darwin Deez (2009)
Excelente banda sonora para quem arranja uma namorada.
"Carne Picada" Mikado Lab - Coração Pneumático (2009)
Bom para quem tem empregos de escritório e pode ouvir música no trabalho, ou para montar mobÃlia do IKEA.
"Marathon" Tennis - Baltimore EP (2010)
Desta vaga lo-fi de verão que já começa a saturar, destaco este belÃssimo tema.
"Sleep Tight" Rollerskaters (2010)
Não há muito para dizer e pouco se sabe acerca deste moço.
Bonito e nostálgico.
"Armistice" Phoenix - Wolfgang Amadeus Phoenix (2009)
Passado um ano volto a pegar neste disco e acabo por descobrir o meu tema preferido.
A música consegue ter a introdução mais pirosa e desinteressante de sempre mas quando entra o refrão... é amor.
"Aminals" Baths - Cerulean (2010)
Adoro sidechain em exagero.
Bom para ouvir no carro ao final do dia no regresso a casa.
"The Gaudy Side of Town" Gayngs - Relayted (2010)
Foi o balde de água fria que toda a gente levou nas férias.
"Milk White Air" J. Tillman - Cancer and Delirium (2008)
Deixei o melhor para o fim.
Na busca de algo mais para além de Vacilando Territory Blues e do mais recente Year In the Kingdom, vi-me obrigado a ouvir o Cancer and Delirium que me passava completamente ao lado.
Acabo por descobrir um álbum cheio de mel.
Playlist de Pedro Ramos | Radar
· POR · 28 Set 2010 · 19:31 ·
Aloe Blacc "Take Me Back": Grande revelação da Stones Throw, editora que não dá passos em falso, com Mayer Hawthorne e Dâm-Funk no currÃculo recente.
Arthur Russell "The Platform On The Ocean": O meu carro decidiu ouvi-lo numa noite de condução por Lisboa, vazia. E eu sigo sempre os conselhos do meu bólide.
Associates "Party Fears Two": Ninguém cantou ou cantará como o Billy Mackenzie. E nesta canção, em particular… Assombroso.
Chromeo & Ezra Koenig "I Could Be Wrong": São das minhas bandas pastilha-elástica preferidas. Ninguém soa como eles e depois, crucial factor de amor para a vida: não se levam demasiado a sério.
Clinic "Lion Tamer": Banda que no final dos anos 90 me entusiasmou muito e depois editou desilusão atrás de desilusão. O novo disco ainda está à prova, mas para já, esta canção recupera aquele rosnar da fase "Internal Wrangler" / "Walking With Thee".
Deerhunter "Helicopter": O Bradford Cox é um dos tipos mais neuróticos que já conheci e por isso mesmo entendemo-nos às mil maravilhas. A dele é a mais infinita das adolescências. Está a chegar a uma fase mais interessante, porque está a dizer adeus aos complexos e a esconder-se cada vez menos.
Iggy Pop "Nightclubbing": Iggy é muito pouco valorizado como letrista e eu defendo sempre o seu sentido de canção. Poucos fizeram tanto com tão pouco. São peças, as letras dele, obras-primas de Repetição. Tenho aliás, a letra do "No Fun" emoldurada numa parede lá de casa, para que saibam que falo a sério.
Linda Martini "Mulher A Dias": Estamos a viver uma das mais estimulantes fases da canção em português. E esta banda é essencial para que este Portugal evolua ainda mais. Esta canção, juntamente com "Belarmino" colocaram-nos já no topo da pirâmide. E ainda falta o resto do disco…
Sufjan Stevens "I Walked": Entusiasma-me muito este abraçar das electrónicas dele. Poderia aproximar-se perigosamente de um exercÃcio sem rumo, mas assim, com canções como esta, consegue o mais difÃcil: a reinvenção.
Wolf Parade "Cave-O-Sapien": É a última canção de um dos meus discos preferidos deste ano. Quase que faz lembrar Variações, no inÃcio... Estão em estado de graça e são a banda que mais quero ver ao vivo nesta altura.
Arthur Russell "The Platform On The Ocean": O meu carro decidiu ouvi-lo numa noite de condução por Lisboa, vazia. E eu sigo sempre os conselhos do meu bólide.
Associates "Party Fears Two": Ninguém cantou ou cantará como o Billy Mackenzie. E nesta canção, em particular… Assombroso.
Chromeo & Ezra Koenig "I Could Be Wrong": São das minhas bandas pastilha-elástica preferidas. Ninguém soa como eles e depois, crucial factor de amor para a vida: não se levam demasiado a sério.
Clinic "Lion Tamer": Banda que no final dos anos 90 me entusiasmou muito e depois editou desilusão atrás de desilusão. O novo disco ainda está à prova, mas para já, esta canção recupera aquele rosnar da fase "Internal Wrangler" / "Walking With Thee".
Deerhunter "Helicopter": O Bradford Cox é um dos tipos mais neuróticos que já conheci e por isso mesmo entendemo-nos às mil maravilhas. A dele é a mais infinita das adolescências. Está a chegar a uma fase mais interessante, porque está a dizer adeus aos complexos e a esconder-se cada vez menos.
Iggy Pop "Nightclubbing": Iggy é muito pouco valorizado como letrista e eu defendo sempre o seu sentido de canção. Poucos fizeram tanto com tão pouco. São peças, as letras dele, obras-primas de Repetição. Tenho aliás, a letra do "No Fun" emoldurada numa parede lá de casa, para que saibam que falo a sério.
Linda Martini "Mulher A Dias": Estamos a viver uma das mais estimulantes fases da canção em português. E esta banda é essencial para que este Portugal evolua ainda mais. Esta canção, juntamente com "Belarmino" colocaram-nos já no topo da pirâmide. E ainda falta o resto do disco…
Sufjan Stevens "I Walked": Entusiasma-me muito este abraçar das electrónicas dele. Poderia aproximar-se perigosamente de um exercÃcio sem rumo, mas assim, com canções como esta, consegue o mais difÃcil: a reinvenção.
Wolf Parade "Cave-O-Sapien": É a última canção de um dos meus discos preferidos deste ano. Quase que faz lembrar Variações, no inÃcio... Estão em estado de graça e são a banda que mais quero ver ao vivo nesta altura.
Playlist de LuÃs Filipe Rodrigues | Time Out Lisboa
· POR · 28 Set 2010 · 19:30 ·
É suposto estas dez cantigas documentarem o meu “agoraâ€, não é? Aquilo que tenho andado a ouvir, ou uma merda parecida, mesmo que daqui a uma semana não me lembre sequer das pessoas que as fizeram. Foi assim que me venderam a coisa, e é assim que eu a reproduzo. Faço anos dia 1 de Outubro e tenho saudades da escola primária.
1. Superchunk – Learned To Surf
Sim, a “Learned To Surf†chegou aos blogues há um ano ou coisa que valha, mas também está no Majesty Shredding que é o novo disco dos Superchunk (power-pop-punk sem grandes merdas, com tudo no sÃtio e um milhão de vezes melhor do que os Arcade Fire). Sublinhe-se que, passado um ano, continua a ser uma canção do caralho.
2. Pavement – Unseen Power of The Picket Fence
Aqui há uns tempos tive de escrever sobre os três primeiros álbuns dos R.E.M. (que aprecio). Curiosamente, quando o artigo saiu já os tinha voltado a arrumar no disco externo. O que é ainda mais curioso é que, passadas sete semanas, há uma semana ainda não tinha parado de ouvir esta canção dos Pavement sobre esses R.E.M. Ele há coisas.
3. Ducktails – Art Vandelay
Há quem, só pelo nome, vá logo dizer que é uma das canções do ano. Que é uma merda bué literata e pertinente, cenas. Ninguém quer saber. Como, espero eu, ninguém vai querer saber do facto de eu, bêbedo, achar que é uma das canções do ano e abusar das vÃrgulas. Reparem: isto não é incrÃvel por causa da referência ao Seinfeld (just google it), mas à custa daquela base instrumental, da voz do Matt, a cantar como quem cantarola à beira-mar com os pés enterrados na areia, ou daquela tarde no Primavera, com os Real Estate e com esta malha a fazer-me pensar nos Promise Ring. Com um sorriso nos lábios.
4. Deerhunter – Helicopter
O Bradford Cox é um gajo porreiro. E sabe fazer canções do caralho.
5. Papa Topo – Oso Panda
Os Papa Topo são a melhor coisa que aconteceu ao twee espanhol desde que o Guille Milkyway foi ao festival da canção. Acho que os podia ter visto ao vivo e não o fiz.
6. Summer Camp – Was It Worth It
Posso ser o único, mas ainda não me fartei desta vaga de indie-pop revisionista com cheiro a praia, e muito menos destes Summer Camp. Conheço pelo menos uma pessoa que vai dizer que “dentro do péssimo até se ouveâ€. Eu acho só que é uma óptima canção pop.
7. Lil B – Im Burning
Confesso que durante uns bons cinco minutos achei que era boa ideia fazer uma playlist só com canções do Lil B. Entretanto achei que era uma ideia um bocado parva, mas agora começo a arrepender-me de não o ter feito, e se não tivesse despachado já sete textos sobre outras cantigas ainda voltava atrás. Mas não.
8. Branches – Cool Kids
Quero acreditar que toda a gente conhece a versão original dos Screeching Weasel, por isso não vou perder tempo a explicar o quão fiche aquilo é. Vou isso sim, recomendar o sacanço desta versão de Branches (projecto solitário do colega e amigo Pedro Rios, que é um fofo apesar de não gostar de brunches) mal ela saia numa compilação de versões chill de hinos punk da nossa juventude, ou lá o que é. Imaginem o original, troquem o tom ressabiado por uma dose valente de nostalgia, e juntem-lhe uma voz doce, enterrada em nuvens de feedback. Menor que três.
9. Yoñlu – Humiliation
Yoñlu é o nom de plume de VinÃcius Gageiro Marques, um puto brasileiro que se suicidou em 2006. Tinha 16 anos. Porém não é por isso que veio aqui parar, até porque todos os dias se suicidam uns quantos putos (brasileiros, portugueses, japoneses, é escolher). Nada disso: está aqui porque fazia canções do caraças, com um computador, samples (quando a dada altura se ouve aquele discurso do Caetano é difÃcil não sentir coisas), voz e um par de instrumentos. Canções como esta, mais chonas do que dois Elliott Smiths, mais pegadiça do que um daqueles caramelos espanhóis e mais fácil do que a tua mãe.
10. Atom and His Package – Hats Off To Halford
E acabo com um clássico. Porque apesar disto ter passado ao lado de quase todo o mundo, o Adam era (e espero que continue a ser, algures naquele liceu onde dá aulas a putos parvos que certamente desconhecem o seu passado secretamente épico) um dos grandes. Porque com um sequenciador podre, uma voz fanhosa e umas quantas prateleiras cheias de clássicos do punk/hardcore fazia maravilhas destas, enquanto citava Screeching Weasel e dava os parabéns ao Rob Halford por assumir a sua mariquice no sempre homofóbico meio metaleiro.
1. Superchunk – Learned To Surf
Sim, a “Learned To Surf†chegou aos blogues há um ano ou coisa que valha, mas também está no Majesty Shredding que é o novo disco dos Superchunk (power-pop-punk sem grandes merdas, com tudo no sÃtio e um milhão de vezes melhor do que os Arcade Fire). Sublinhe-se que, passado um ano, continua a ser uma canção do caralho.
2. Pavement – Unseen Power of The Picket Fence
Aqui há uns tempos tive de escrever sobre os três primeiros álbuns dos R.E.M. (que aprecio). Curiosamente, quando o artigo saiu já os tinha voltado a arrumar no disco externo. O que é ainda mais curioso é que, passadas sete semanas, há uma semana ainda não tinha parado de ouvir esta canção dos Pavement sobre esses R.E.M. Ele há coisas.
3. Ducktails – Art Vandelay
Há quem, só pelo nome, vá logo dizer que é uma das canções do ano. Que é uma merda bué literata e pertinente, cenas. Ninguém quer saber. Como, espero eu, ninguém vai querer saber do facto de eu, bêbedo, achar que é uma das canções do ano e abusar das vÃrgulas. Reparem: isto não é incrÃvel por causa da referência ao Seinfeld (just google it), mas à custa daquela base instrumental, da voz do Matt, a cantar como quem cantarola à beira-mar com os pés enterrados na areia, ou daquela tarde no Primavera, com os Real Estate e com esta malha a fazer-me pensar nos Promise Ring. Com um sorriso nos lábios.
4. Deerhunter – Helicopter
O Bradford Cox é um gajo porreiro. E sabe fazer canções do caralho.
5. Papa Topo – Oso Panda
Os Papa Topo são a melhor coisa que aconteceu ao twee espanhol desde que o Guille Milkyway foi ao festival da canção. Acho que os podia ter visto ao vivo e não o fiz.
6. Summer Camp – Was It Worth It
Posso ser o único, mas ainda não me fartei desta vaga de indie-pop revisionista com cheiro a praia, e muito menos destes Summer Camp. Conheço pelo menos uma pessoa que vai dizer que “dentro do péssimo até se ouveâ€. Eu acho só que é uma óptima canção pop.
7. Lil B – Im Burning
Confesso que durante uns bons cinco minutos achei que era boa ideia fazer uma playlist só com canções do Lil B. Entretanto achei que era uma ideia um bocado parva, mas agora começo a arrepender-me de não o ter feito, e se não tivesse despachado já sete textos sobre outras cantigas ainda voltava atrás. Mas não.
8. Branches – Cool Kids
Quero acreditar que toda a gente conhece a versão original dos Screeching Weasel, por isso não vou perder tempo a explicar o quão fiche aquilo é. Vou isso sim, recomendar o sacanço desta versão de Branches (projecto solitário do colega e amigo Pedro Rios, que é um fofo apesar de não gostar de brunches) mal ela saia numa compilação de versões chill de hinos punk da nossa juventude, ou lá o que é. Imaginem o original, troquem o tom ressabiado por uma dose valente de nostalgia, e juntem-lhe uma voz doce, enterrada em nuvens de feedback. Menor que três.
9. Yoñlu – Humiliation
Yoñlu é o nom de plume de VinÃcius Gageiro Marques, um puto brasileiro que se suicidou em 2006. Tinha 16 anos. Porém não é por isso que veio aqui parar, até porque todos os dias se suicidam uns quantos putos (brasileiros, portugueses, japoneses, é escolher). Nada disso: está aqui porque fazia canções do caraças, com um computador, samples (quando a dada altura se ouve aquele discurso do Caetano é difÃcil não sentir coisas), voz e um par de instrumentos. Canções como esta, mais chonas do que dois Elliott Smiths, mais pegadiça do que um daqueles caramelos espanhóis e mais fácil do que a tua mãe.
10. Atom and His Package – Hats Off To Halford
E acabo com um clássico. Porque apesar disto ter passado ao lado de quase todo o mundo, o Adam era (e espero que continue a ser, algures naquele liceu onde dá aulas a putos parvos que certamente desconhecem o seu passado secretamente épico) um dos grandes. Porque com um sequenciador podre, uma voz fanhosa e umas quantas prateleiras cheias de clássicos do punk/hardcore fazia maravilhas destas, enquanto citava Screeching Weasel e dava os parabéns ao Rob Halford por assumir a sua mariquice no sempre homofóbico meio metaleiro.
Playlist de Hélio Morais | Linda Martini / If Lucy Fell / PAUS
· POR · 28 Set 2010 · 19:30 ·
Odeio fazer playlists!
Não tenho por hábito ouvir músicas soltas. Gosto de discos completos.
Mas gosto do André, e por isso mesmo, vou escolher algumas músicas dos discos que tenho ouvido nos últimos dias. “Vampiria†dos Moonspel, é a única excepção desta lista. A música é linda de terrÃvel que é e proporcionou-me umas valentes gargalhadas nos últimos dias. Tem lá todos os clichés. Adoro! Experimentem cantá-la à noite a descer a Serra de Sintra…
Estou fodido com o fim do Verão, por isso tenho ouvido maioritariamente música de anúncio da Super Bock.
Tenho ouvido também bastante gente que me irrita, mas à qual tenho que tirar o chapéu por fazer boa música.
Quem mais tem tocado por aqui, é o B Fachada. Decidi deixar-me de merdas e ouvir a música pela música. Gosto dele! É para mim dos melhores letristas que por aà temos nos dias que correm. E eu ainda ligo a essas coisas menores; as letras.
Outro que não me sai da cabeça é o FILHO DA MÃE. Tenho todas as razões para lhe chamar isso. Essencialmente porque a sua música me angustia. Vá-se lá perceber porque a oiço em repeat.
Entretanto descobri também que tenho ciúmes dos Los Hermanos. Tenho ouvido o disco ao vivo e é no mÃnimo arrepiante ouvir aquele público. Quero aquilo para mim!
E é isto que tenho ouvido, a par das restantes músicas da lista que se segue:
HEALTH – “USA boysâ€
Baths – “Hallâ€
FILHO DA MÃE – “Não sei desenhar barcosâ€
Los Hermanos – “Além do que se vꆖ ao vivo
B Fachada – “Há festa na moradiaâ€
Suckers – “Save your love for meâ€
Pedro the lion – “Second bestâ€
Portugal: the man – “The dead dogâ€
Les mystères des voix Bulgares – “Pilentze peeâ€
Moonspel – “Vampiriaâ€
Não tenho por hábito ouvir músicas soltas. Gosto de discos completos.
Mas gosto do André, e por isso mesmo, vou escolher algumas músicas dos discos que tenho ouvido nos últimos dias. “Vampiria†dos Moonspel, é a única excepção desta lista. A música é linda de terrÃvel que é e proporcionou-me umas valentes gargalhadas nos últimos dias. Tem lá todos os clichés. Adoro! Experimentem cantá-la à noite a descer a Serra de Sintra…
Estou fodido com o fim do Verão, por isso tenho ouvido maioritariamente música de anúncio da Super Bock.
Tenho ouvido também bastante gente que me irrita, mas à qual tenho que tirar o chapéu por fazer boa música.
Quem mais tem tocado por aqui, é o B Fachada. Decidi deixar-me de merdas e ouvir a música pela música. Gosto dele! É para mim dos melhores letristas que por aà temos nos dias que correm. E eu ainda ligo a essas coisas menores; as letras.
Outro que não me sai da cabeça é o FILHO DA MÃE. Tenho todas as razões para lhe chamar isso. Essencialmente porque a sua música me angustia. Vá-se lá perceber porque a oiço em repeat.
Entretanto descobri também que tenho ciúmes dos Los Hermanos. Tenho ouvido o disco ao vivo e é no mÃnimo arrepiante ouvir aquele público. Quero aquilo para mim!
E é isto que tenho ouvido, a par das restantes músicas da lista que se segue:
HEALTH – “USA boysâ€
Baths – “Hallâ€
FILHO DA MÃE – “Não sei desenhar barcosâ€
Los Hermanos – “Além do que se vꆖ ao vivo
B Fachada – “Há festa na moradiaâ€
Suckers – “Save your love for meâ€
Pedro the lion – “Second bestâ€
Portugal: the man – “The dead dogâ€
Les mystères des voix Bulgares – “Pilentze peeâ€
Moonspel – “Vampiriaâ€
O sol quando nasce é para todos
· POR Paulo CecÃlio · 28 Set 2010 · 19:29 ·
Depois de M.I.A. nos ter mostrado que ouvir Suicide em 2010 ainda é relevante, uma recôndita banda do cada vez menos recôndito Canadá vem torná-lo facto; falamos dos SUUNS, quatro rapazes de Montreal com um pé nos sintetizadores (e na voz assustadoramente semelhante) de Alan Vega e Martin Rev e o outro no que de mais cáustico uma guitarra eléctrica pode oferecer. Após terem disponibilizado para download o EP de estreia no website da Secretly Canadian - nunca uma editora se adequou tanto a uma banda, estes tipos são um segredo bem guardado - preparam o lançamento de Zeroes QC para o próximo dia 12 de Outubro, com duas faixas já disponÃveis para um gole do que aà vem: a estupidamente dançável "Arena" e a sibilante "Up Past The Nursery", esta com direito ao primeiro videoclip em stream no local que toda a gente adora mas não admite, pelo menos não em frente aos amigos: a famigerada Pitchfork. É confirmar.
Playlist de João Moço | Diário de NotÃcias
· POR · 28 Set 2010 · 10:48 ·
1. Kanye West – Runaway Love (Remix feat. Justin Bieber, Raekwon)
2. Lil Silva – Seasons
3. Illmana – Kiss You (feat. Tazmin)
4. Redlight – Stupid (feat. Roses Gabor)
5. James Blake – I Only Know (What I Know Now)
6. Lil B – I Am
7. How to Dress Well – Suicide Dream 2
8. Cassie - Skydiver
9. Hurts- Wonderful Life
10. Kanye West – Monster
11. Ariel Pink – Mistaken Wedding
12. Sleigh Bells – Run the Heart
13. Matthew Dear - Slowdance
14. The-Dream – Yamaha
15. (Smog) – Dress Sexy At My Funeral
Não perceber que Justin Bieber é uma das grandes potências pop de 2010 é sinal de preconceito, mas também de surdez. Kanye West percebeu que "Runaway Love" era uma verdadeira pérola e ao juntar-lhe Raekwon só tornou a canção ainda maior. O funky house tem sido outro dos meus vÃcios nas últimas semanas. Talvez porque é das poucas coisas que ainda me conseguem surpreender verdadeiramente sem se definir por regras indie. E porque o drama e a desolação fazem parte dos meus fascÃnios, seria impossÃvel de não referir How to Dress Well e os Hurts (que são mesmo os tipos mais bem vestidos do ano). Claro que não podia deixar de lado os rappers do ano: Lil B e Nicki Minaj, que arrebenta com tudo no "Monster" de Kanye West. Já Ariel Pink até a cantar sobre casamentos acerta em cheio. Um pequeno génio, é o que ele é. Ah, e devia ser um crime não ter um disco de Cassie há já quatro anos, esse verdadeiro Prince de saias. Já The-Dream é o autêntico sucedâneo do Artista. (Smog) no final porque "Dress Sexy At My Funeral" é muito mais que uma mera canção, já está cravada na pele e de lá não sai nunca mais. É o que nos salva.
2. Lil Silva – Seasons
3. Illmana – Kiss You (feat. Tazmin)
4. Redlight – Stupid (feat. Roses Gabor)
5. James Blake – I Only Know (What I Know Now)
6. Lil B – I Am
7. How to Dress Well – Suicide Dream 2
8. Cassie - Skydiver
9. Hurts- Wonderful Life
10. Kanye West – Monster
11. Ariel Pink – Mistaken Wedding
12. Sleigh Bells – Run the Heart
13. Matthew Dear - Slowdance
14. The-Dream – Yamaha
15. (Smog) – Dress Sexy At My Funeral
Não perceber que Justin Bieber é uma das grandes potências pop de 2010 é sinal de preconceito, mas também de surdez. Kanye West percebeu que "Runaway Love" era uma verdadeira pérola e ao juntar-lhe Raekwon só tornou a canção ainda maior. O funky house tem sido outro dos meus vÃcios nas últimas semanas. Talvez porque é das poucas coisas que ainda me conseguem surpreender verdadeiramente sem se definir por regras indie. E porque o drama e a desolação fazem parte dos meus fascÃnios, seria impossÃvel de não referir How to Dress Well e os Hurts (que são mesmo os tipos mais bem vestidos do ano). Claro que não podia deixar de lado os rappers do ano: Lil B e Nicki Minaj, que arrebenta com tudo no "Monster" de Kanye West. Já Ariel Pink até a cantar sobre casamentos acerta em cheio. Um pequeno génio, é o que ele é. Ah, e devia ser um crime não ter um disco de Cassie há já quatro anos, esse verdadeiro Prince de saias. Já The-Dream é o autêntico sucedâneo do Artista. (Smog) no final porque "Dress Sexy At My Funeral" é muito mais que uma mera canção, já está cravada na pele e de lá não sai nunca mais. É o que nos salva.
Playlist de Inês Meneses | Radar
· POR · 28 Set 2010 · 10:46 ·
Avi Buffalo – What’s in it for
Paus - Mudo e Surdo
Janelle Monáe – Tightrope
Wolf Parade – What did my lover say (it always had to go this way)
Arcade Fire – We used to wait
Vampire Weekend – Oxford Comma
Sufjan Stevens – I walked
Black Keys – Never gonna give you up
Style Council – Shout to the top
Wire – Kidney Bingos
T-Rex – Children of Revolution
Paul Simon – 50 ways to leave your lover
Beck – The Golden Age
Rufus Wainwright – Dinner at eight
Beach House – Lover of mine
Entre recentes e mais antigas, estão aqui músicas que alguns convidados do Fala com Ela levaram para a conversa e que depois disso ficaram associadas a eles e a esse momento de contágio: o "Oxford Comma" dos Vampire Weekend, ou o Paul Simon e o "50 ways to leave your lover" (Simon tão inspirador para os Vampire Weekend).
Depois músicas que vamos buscar sem querer. Uma viagem de carro e Nuno Galopim a falar de Beck. Andava há anos sem que que me apetecesse ouvi-lo e sou apanhada na curva com o "Golden Age". A vulnerabilidade pode fintar-nos.
Depois há valores seguros, coisas que vou buscar para passar na rádio em dias felizes: o "Shout to the Top" dos Style Council (uma das canções mais Prozac de que há memória), ou em pose Gioconda (feliz mas sem extravasar demasiado), o "Kidney Bingos" dos Wire ou o "Children of the Revolution" dos T-Rex.
Recentes outra vez – duas canções dos meus discos de perdição do ano, Black Keys, "Never Gonna give you up" e o "Lover of Mine" dos Beach House – embora pudesse ser qualquer uma do Teen Dream (permanecerá intocável à passagem do tempo). E há também Sufjan Stevens, que vem de mansinho e fica em loop. "I walked". Avi Buffalo, uma das minhas revelações. Paus de primeira água(!) Janelle Monáe (um repeat da minha filha), Wolf Parade, a intensidade que gostava de ver ao vivo, Arcade Fire – a minha desilusão, mas que não deixa de fazer parte desta colheita.
Rufus Wainwright é o nome que mais me acompanhou nestes 10 anos. E tenho-o em qualquer lista, mesmo no ano em que editou um disco menos bom. Fui buscar o "Dinner at eight", um dos momentos ‘lágrima-no-olho’ em Maio.
Paus - Mudo e Surdo
Janelle Monáe – Tightrope
Wolf Parade – What did my lover say (it always had to go this way)
Arcade Fire – We used to wait
Vampire Weekend – Oxford Comma
Sufjan Stevens – I walked
Black Keys – Never gonna give you up
Style Council – Shout to the top
Wire – Kidney Bingos
T-Rex – Children of Revolution
Paul Simon – 50 ways to leave your lover
Beck – The Golden Age
Rufus Wainwright – Dinner at eight
Beach House – Lover of mine
Entre recentes e mais antigas, estão aqui músicas que alguns convidados do Fala com Ela levaram para a conversa e que depois disso ficaram associadas a eles e a esse momento de contágio: o "Oxford Comma" dos Vampire Weekend, ou o Paul Simon e o "50 ways to leave your lover" (Simon tão inspirador para os Vampire Weekend).
Depois músicas que vamos buscar sem querer. Uma viagem de carro e Nuno Galopim a falar de Beck. Andava há anos sem que que me apetecesse ouvi-lo e sou apanhada na curva com o "Golden Age". A vulnerabilidade pode fintar-nos.
Depois há valores seguros, coisas que vou buscar para passar na rádio em dias felizes: o "Shout to the Top" dos Style Council (uma das canções mais Prozac de que há memória), ou em pose Gioconda (feliz mas sem extravasar demasiado), o "Kidney Bingos" dos Wire ou o "Children of the Revolution" dos T-Rex.
Recentes outra vez – duas canções dos meus discos de perdição do ano, Black Keys, "Never Gonna give you up" e o "Lover of Mine" dos Beach House – embora pudesse ser qualquer uma do Teen Dream (permanecerá intocável à passagem do tempo). E há também Sufjan Stevens, que vem de mansinho e fica em loop. "I walked". Avi Buffalo, uma das minhas revelações. Paus de primeira água(!) Janelle Monáe (um repeat da minha filha), Wolf Parade, a intensidade que gostava de ver ao vivo, Arcade Fire – a minha desilusão, mas que não deixa de fazer parte desta colheita.
Rufus Wainwright é o nome que mais me acompanhou nestes 10 anos. E tenho-o em qualquer lista, mesmo no ano em que editou um disco menos bom. Fui buscar o "Dinner at eight", um dos momentos ‘lágrima-no-olho’ em Maio.
Rock a todo o vapor: Feromona no Ferroviário.
· POR Hugo Rocha Pereira · 28 Set 2010 · 10:37 ·
O Power Trio composto por Bernardo Barata (baixo), Diego Armés (voz e guitarra) e Marco Armés (bateria) anda pelo paÃs a apresentar o seu mais recente trabalho, Desoliúde, que tão boas reacções tem colhido por parte da crÃtica.
A banda lisboeta (mas com raÃzes suburbanas – os manos Armés são de Mafra) regressa à capital, mais precisamente ao Clube Ferroviário, para um concerto no dia 1 de Outubro, pelas 23 horas (hora em que será apresentado novo vÃdeo “Selvagem Toscoâ€, realizado por Vasco Viana).
Boa oportunidade para ouvir novamente clássicos da Feromona, como “Mustangâ€, ou descobrir ao vivo novas malhas, como “Film Noir†ou “Selvagem Toscoâ€.
Playlist de João Chaves | Dreams
· POR · 28 Set 2010 · 10:34 ·
Animal Collective - Fireworks
Ariel Pink - For Kate I Wait
Atlas Sound - Sheila
Deerhunter - Helicopter
Ducktails - Roses
The Durutti Column - Sketch For Summer
The Feelies - The Boy With Perpetual Nervousness
Galaxy 500 - Ceremony
Health - In Violet
Memoryhouse - Sleep Patterns
Panda Bear - Mich Mit Einer Mond
Skeletal System - In A Fog
Table - Moth Catchers
Wild Nothing - Drifter
Estas escolhas foram um pouco automáticas, tanto podiam estar aqui estas, como outras, ou como muitas mais. Estas 15 faixas resumem mais ou menos o que eu tenho andado a ouvir e o que me tem influenciado nos últimos tempos. Seria mais justo enumerar álbuns e não músicas, mas no entanto escolhi as que mais me têm influenciado a encontrar uma noção de minimalismo, simplicidade e harmonia.
Ariel Pink - For Kate I Wait
Atlas Sound - Sheila
Deerhunter - Helicopter
Ducktails - Roses
The Durutti Column - Sketch For Summer
The Feelies - The Boy With Perpetual Nervousness
Galaxy 500 - Ceremony
Health - In Violet
Memoryhouse - Sleep Patterns
Panda Bear - Mich Mit Einer Mond
Skeletal System - In A Fog
Table - Moth Catchers
Wild Nothing - Drifter
Estas escolhas foram um pouco automáticas, tanto podiam estar aqui estas, como outras, ou como muitas mais. Estas 15 faixas resumem mais ou menos o que eu tenho andado a ouvir e o que me tem influenciado nos últimos tempos. Seria mais justo enumerar álbuns e não músicas, mas no entanto escolhi as que mais me têm influenciado a encontrar uma noção de minimalismo, simplicidade e harmonia.
Playlist de Jorge Manuel Lopes | Editor executivo da Time Out Porto e colaborador do Expresso
· POR · 28 Set 2010 · 09:47 ·
-A Guerra das Rosas - Camané
-Runaway - Devlin ft. Yasmin
-Like a G6 - Far East Movement
-Club Can't Handle Me - Flo Rida ft. David Guetta
-Wonderful Life - Hurts
-Monster - Kanye West, Jay-Z, Rick Ross, Bon Iver, Nicki Minaj
-Emancipate - Kelis
-Big n Bad - Kid Sister
-Hello World - Lady Antebellum
-Perfect Stranger - Magnetic Man ft. Katy B
-Stay or Go - Monica
-Champagne Life - Ne-Yo
-If I Die Young - The Band Perry
-Yamaha - The-Dream
-Whip My Hair - Willow Smith
Há algumas coisas a ligar estas canções para lá do facto óbvio de serem daquelas que mais tenho gostado de ouvir este ano. Os temas r&b, country, fado e também, cada vez mais, os de hip-hop, exemplificam como há géneros musicais que conseguem ter uma vida extensa e entusiasmante seguindo o método da evolução na continuidade, isto é, mantendo intacta uma parte do seu núcleo ao mesmo tempo que está atenta e absorve as partÃculas que lhe interessam do que de novo ou diferente ou em voga a música popular pode ter no presente. Há também um representante vindo daquela nebulosa fascinante onde estão o dubstep, grime, UK funky, UK garage e house - uma nova estirpe de género musical, mais resistente e imprevisÃvel para outros tempos, ou será demasiado cedo para estas considerações?
-Runaway - Devlin ft. Yasmin
-Like a G6 - Far East Movement
-Club Can't Handle Me - Flo Rida ft. David Guetta
-Wonderful Life - Hurts
-Monster - Kanye West, Jay-Z, Rick Ross, Bon Iver, Nicki Minaj
-Emancipate - Kelis
-Big n Bad - Kid Sister
-Hello World - Lady Antebellum
-Perfect Stranger - Magnetic Man ft. Katy B
-Stay or Go - Monica
-Champagne Life - Ne-Yo
-If I Die Young - The Band Perry
-Yamaha - The-Dream
-Whip My Hair - Willow Smith
Há algumas coisas a ligar estas canções para lá do facto óbvio de serem daquelas que mais tenho gostado de ouvir este ano. Os temas r&b, country, fado e também, cada vez mais, os de hip-hop, exemplificam como há géneros musicais que conseguem ter uma vida extensa e entusiasmante seguindo o método da evolução na continuidade, isto é, mantendo intacta uma parte do seu núcleo ao mesmo tempo que está atenta e absorve as partÃculas que lhe interessam do que de novo ou diferente ou em voga a música popular pode ter no presente. Há também um representante vindo daquela nebulosa fascinante onde estão o dubstep, grime, UK funky, UK garage e house - uma nova estirpe de género musical, mais resistente e imprevisÃvel para outros tempos, ou será demasiado cedo para estas considerações?
Playlist de Alexandre Monteiro | The Weatherman
· POR · 27 Set 2010 · 23:29 ·
Wild Beasts - This Is Our Lot
Charlotte Gainsbourg - IRm
Caribou - Bowls
Panda Bear - Take Pills
Stone Roses - I Am The Resurrection
Jon Brion - Ruin My Day
Thee Oh Sees - I Was Denied
Broken Social Scene - Texico Bitches
The Beach Boys - This Whole World
Paul McCartney "The Back Seat Of My Car"
TAME IMPALA - Sundown Syndrome
Inevitavelmente, a esta lista associo imediatamente dois hobbies recentemente introduzidos no meu quotidiano.
1- "Per(corredor)" matinal das praias da minha cidade de Ipod no bolso
2- "Passador" de música em bares de bom nome
Na primeira categoria incluo por exemplo o Jon Brion, músico pop genial, cujo trabalho descobri há relativamente pouco tempo, com o qual senti desde logo uma grande afinidade. Produziu algumas coisas do Elliott Smith, e como se não bastasse, aquela pérola que foi a banda sonora do Eternal Sunshine Of The Spotless Mind. "You can still ruin my day" lembra-me um John Lennon em pico de forma, com os graus de acidez, dolência e doçura bem doseados.
Na segunda categoria saliento "I Am The Resurrection", dos Stone Roses, uma presença assÃdua nos meus DJ Sets. Para além de ter 11 minutos e como tal dar uma boa margem de manobra para se tratar de outros assuntos enquanto a coisa rola, é sempre muito eficaz para agitar o ambiente numa noite de copos.
De resto, deixo à vossa consideração em que categoria encaixam as restantes. Ou melhor ainda, experimentarem fazer as vossas próprias listas e respectivas actividades associadas. Sugestão: "Banda sonora para uma viagem de balão por cima do rio Nilo".
Charlotte Gainsbourg - IRm
Caribou - Bowls
Panda Bear - Take Pills
Stone Roses - I Am The Resurrection
Jon Brion - Ruin My Day
Thee Oh Sees - I Was Denied
Broken Social Scene - Texico Bitches
The Beach Boys - This Whole World
Paul McCartney "The Back Seat Of My Car"
TAME IMPALA - Sundown Syndrome
Inevitavelmente, a esta lista associo imediatamente dois hobbies recentemente introduzidos no meu quotidiano.
1- "Per(corredor)" matinal das praias da minha cidade de Ipod no bolso
2- "Passador" de música em bares de bom nome
Na primeira categoria incluo por exemplo o Jon Brion, músico pop genial, cujo trabalho descobri há relativamente pouco tempo, com o qual senti desde logo uma grande afinidade. Produziu algumas coisas do Elliott Smith, e como se não bastasse, aquela pérola que foi a banda sonora do Eternal Sunshine Of The Spotless Mind. "You can still ruin my day" lembra-me um John Lennon em pico de forma, com os graus de acidez, dolência e doçura bem doseados.
Na segunda categoria saliento "I Am The Resurrection", dos Stone Roses, uma presença assÃdua nos meus DJ Sets. Para além de ter 11 minutos e como tal dar uma boa margem de manobra para se tratar de outros assuntos enquanto a coisa rola, é sempre muito eficaz para agitar o ambiente numa noite de copos.
De resto, deixo à vossa consideração em que categoria encaixam as restantes. Ou melhor ainda, experimentarem fazer as vossas próprias listas e respectivas actividades associadas. Sugestão: "Banda sonora para uma viagem de balão por cima do rio Nilo".
Playlist de David Santos | noiserv
· POR · 27 Set 2010 · 22:57 ·
...há as músicas do momento, as músicas que duram mais que um momento e as músicas que duram uma vida toda...a vida poucas vezes muda, mas quando muda levamos algumas músicas com ela... Daà vêem as minhas escolhas, são das músicas que oiço neste momento aquelas que, se de um dia para o outro tudo mudar, levo comigo até à próxima paragem, seja ela qual for, e dure o tempo que durar...
Quem? | De Onde? | Qual delas?
Arcade Fire | The Suburbs | "Half Light1"
The Album Leaf | In a Safe Place | "Twenty Two Fourteen"
Jonsi | Go | "Animal Arithmetic"
The National | Cherry Tree EP | "About Today"
Noah And The Whale | The First Days Of Spring | "I Have Nothing"
Foge Foge Bandido | Lado A - O amor dá-me tesão | "Canção da canção triste"
Grizzly Bear | Veckatimest | "Foreground"
Sunset Rubdown | Dragonslayer | "Black Swan"
Patrick Watson | Wooden Arms | "Man Like you"
Yann Tiersen | Good Bye Lenin! Soundtrack | "Summer 78 (instrumental)"
...e uma hora depois chegamos ao meio da história...
Quem? | De Onde? | Qual delas?
Arcade Fire | The Suburbs | "Half Light1"
The Album Leaf | In a Safe Place | "Twenty Two Fourteen"
Jonsi | Go | "Animal Arithmetic"
The National | Cherry Tree EP | "About Today"
Noah And The Whale | The First Days Of Spring | "I Have Nothing"
Foge Foge Bandido | Lado A - O amor dá-me tesão | "Canção da canção triste"
Grizzly Bear | Veckatimest | "Foreground"
Sunset Rubdown | Dragonslayer | "Black Swan"
Patrick Watson | Wooden Arms | "Man Like you"
Yann Tiersen | Good Bye Lenin! Soundtrack | "Summer 78 (instrumental)"
...e uma hora depois chegamos ao meio da história...
Seu Jorge e Almaz trazem surf music nas veias e salgadiço até aos Coliseus
· POR Hugo Rocha Pereira · 27 Set 2010 · 22:46 ·
Seu Jorge é já um velho conhecido dos palcos nacionais, que tem visitado com uma regularidade metronómica. Desta feita regressa aos Coliseus em Outubro próximo – Porto dia 28; Lisboa dia 29. O mote é a apresentação do seu novo projecto Almaz (cuja banda integra dois músicos da Nação Zumbi – Pupillo e Lúcio Maia – e, ainda, António Pinto) e respectivo álbum homónimo, Seu Jorge And Almaz, que nos traz uma sonoridade bem diferente de América Brasil, o seu antecessor.
Oportunidade para (re)ver um dos maiores responsáveis pela renovação do esporte fino do povo brasileiro que é o samba, desta feita também com ocean music e psicadelismo à mistura.
Playlist de Sara Costa | DJ, assina como Fabulosa Marquise
· POR · 27 Set 2010 · 22:42 ·
1 - Arcade Fire – Ready To Start – “The Suburbs†– 2010 – City Slang
2 - Broken Social Scene – Meet Me In The Basement – “Forgiveness Rock Record†- 2010 - Arts & Crafts International
3 - Chemical Brothers – Escape Velocity - “Further†- 2010 – Virgin Records
4 - Chromeo – Don't Turn The Lights On (Aeroplane Remix) – 2010
5 - Deerhunter – Helicopter - “Halcyon Digest†- 2010– 4AD
6 - Drake ft. T.I. & Swizz Beatz – Fancy – “Thank Me Later†– 2010 - Universal Motown
7 - Fool's Gold – Surprise Hotel – “Fool's Gold†- 2009 - I Am Sound Records
8 - Gayngs – Faded High - “Relayted†- 2010 – Jagjaguwar
9 - Gold Panda - Quitter's Raga - “ Quitter's Raga EP†- 2009 – Make Mine
10 - Gonzales – I Am Europe - “Ivory Tower†- 2010 – Gentle Threat
11 - Groove Armada – History - “Black Light†- 2009 – Cooking Vinyl
12 - Hyetal – Phoenix - “Phoenix/Like Silver EP†- 2010 – Orca Recordings
13 - Kylie Minogue – “Get Otta My Way†– Performance - 2010 – Parlophone
14 - Peter Visti – Dolly - “Dolly†- 2007 – Mindless Boogie
15 - The Portugals – "Les aventures des boniface" – Optimus Discos
Numa altura em que sai um disco bom por dia torna-se complicado manter a disciplina de os conseguir ouvir a todos, mesmo que a vontade seja desumanamente muita... Por estar em fase obsessiva de audição de álbuns que saÃram ou estão mesmo a saÃr, a minha lista é mais fresca que o pão quente à s 7h da manhã... Estou a tentar manter a sanidade mental e a tentar com que alguma das músicas dos 1500 álbuns que tenho ouvido, me “marqueâ€... Estas foram as que me marcaram no meio de audições que mereciam o dobro da atenção. Ficaram, marcaram-me e fui obrigada a ouvi-las mais uma ou quinze vezes. Queria muito falar das músicas, uma a uma... a ver se os caracteres/a gerência mo permite. Vou tentar pôr isto por pontos:
1 – Porque me apetece dizer palavrões de boa que é... os teclados... são os teclados...
2 – Porque é um hino inacreditável.
3 – Porque é uma viagem e uma música “daquelas†à Chemical Brothers.
4 – Porque me faz dançar que nem doida.
5 – Porque é incrivelmente bonita e porque continuo a querer que o Bradford Cox seja o meu melhor amigo.
6 – Porque é uma música de hip-hop à antiga, sem auto-tune.
7 – Porque foi a primeira música que passei no Milhões de Festa e porque marca esse momento.
8 – Porque faz parte do álbum mais original que ouvi este ano.
9 – Porque o live dele no Milhões de Festa foi das melhores coisas que tenho visto e porque acho que o álbum dele vai ser um dos melhores deste ano.
10 – Porque Gonzales é Deus e porque a letra é demasiado boa.
11 – Porque esta música foi feita para mim, embora os Groove Armada ainda não o saibam.
12 – Porque fico completamente hipnotizada a ouvi-la.
13 – Porque é a Kylie, e porque quem me conhece já estava a estranhar a falta de algo do género nesta lista.
14 – Porque é com a Dolly e a Dolly é gigante.
15 – Porque são minhas almas gémeas musicais, meus amigos e mal eles sabem o que eu sou insana por esta música.
Logicamente que depois destas 15, podia fazer outra lista com mais outras tantas. Estas saÃram instantaneamente “straight from the heartâ€... acabei de criar uma playlist chamada Bodyspace e vou-me contemplar com o prazer de as ouvir todas mais uma vez. Pela vossa saúde, façam o mesmo.
2 - Broken Social Scene – Meet Me In The Basement – “Forgiveness Rock Record†- 2010 - Arts & Crafts International
3 - Chemical Brothers – Escape Velocity - “Further†- 2010 – Virgin Records
4 - Chromeo – Don't Turn The Lights On (Aeroplane Remix) – 2010
5 - Deerhunter – Helicopter - “Halcyon Digest†- 2010– 4AD
6 - Drake ft. T.I. & Swizz Beatz – Fancy – “Thank Me Later†– 2010 - Universal Motown
7 - Fool's Gold – Surprise Hotel – “Fool's Gold†- 2009 - I Am Sound Records
8 - Gayngs – Faded High - “Relayted†- 2010 – Jagjaguwar
9 - Gold Panda - Quitter's Raga - “ Quitter's Raga EP†- 2009 – Make Mine
10 - Gonzales – I Am Europe - “Ivory Tower†- 2010 – Gentle Threat
11 - Groove Armada – History - “Black Light†- 2009 – Cooking Vinyl
12 - Hyetal – Phoenix - “Phoenix/Like Silver EP†- 2010 – Orca Recordings
13 - Kylie Minogue – “Get Otta My Way†– Performance - 2010 – Parlophone
14 - Peter Visti – Dolly - “Dolly†- 2007 – Mindless Boogie
15 - The Portugals – "Les aventures des boniface" – Optimus Discos
Numa altura em que sai um disco bom por dia torna-se complicado manter a disciplina de os conseguir ouvir a todos, mesmo que a vontade seja desumanamente muita... Por estar em fase obsessiva de audição de álbuns que saÃram ou estão mesmo a saÃr, a minha lista é mais fresca que o pão quente à s 7h da manhã... Estou a tentar manter a sanidade mental e a tentar com que alguma das músicas dos 1500 álbuns que tenho ouvido, me “marqueâ€... Estas foram as que me marcaram no meio de audições que mereciam o dobro da atenção. Ficaram, marcaram-me e fui obrigada a ouvi-las mais uma ou quinze vezes. Queria muito falar das músicas, uma a uma... a ver se os caracteres/a gerência mo permite. Vou tentar pôr isto por pontos:
1 – Porque me apetece dizer palavrões de boa que é... os teclados... são os teclados...
2 – Porque é um hino inacreditável.
3 – Porque é uma viagem e uma música “daquelas†à Chemical Brothers.
4 – Porque me faz dançar que nem doida.
5 – Porque é incrivelmente bonita e porque continuo a querer que o Bradford Cox seja o meu melhor amigo.
6 – Porque é uma música de hip-hop à antiga, sem auto-tune.
7 – Porque foi a primeira música que passei no Milhões de Festa e porque marca esse momento.
8 – Porque faz parte do álbum mais original que ouvi este ano.
9 – Porque o live dele no Milhões de Festa foi das melhores coisas que tenho visto e porque acho que o álbum dele vai ser um dos melhores deste ano.
10 – Porque Gonzales é Deus e porque a letra é demasiado boa.
11 – Porque esta música foi feita para mim, embora os Groove Armada ainda não o saibam.
12 – Porque fico completamente hipnotizada a ouvi-la.
13 – Porque é a Kylie, e porque quem me conhece já estava a estranhar a falta de algo do género nesta lista.
14 – Porque é com a Dolly e a Dolly é gigante.
15 – Porque são minhas almas gémeas musicais, meus amigos e mal eles sabem o que eu sou insana por esta música.
Logicamente que depois destas 15, podia fazer outra lista com mais outras tantas. Estas saÃram instantaneamente “straight from the heartâ€... acabei de criar uma playlist chamada Bodyspace e vou-me contemplar com o prazer de as ouvir todas mais uma vez. Pela vossa saúde, façam o mesmo.
Playlist de Pedro Primo Figueiredo | Jornalista da agência Lusa e editor de música da DIF
· POR · 27 Set 2010 · 22:40 ·
01 Panda Bear – Slow Motion
02 Panda Bear - Drone
03 Broken Social Scene – Meet Me In The Basement
04 Four Tet – Fact Mix 182 (ok, esta é uma pequena batota)
05 The Pains Of Being Pure At Heart – Say No To Love
06 Delorean - Seasun
07 Linda Martini – Mulher-a-Dias
08 Pavement – Gold Soundz
09 Filho da Mãe - Sobretudo
10 John Legend & The Roots – Hang On In There
11 LCD Soundsystem – I Can Change
12 !!! – The Hammer
13 Deerhunter – He Would Have Laughed
14 Miles Davis - Pharaoh's Dance
15 The Divine Comedy - Down In The Street Below
Gosto muito de ler o Bodyspace e raras vezes o disse abertamente aos seus responsáveis. Fica aqui feito o registo – e não, isto não é graxa por se terem lembrado de mim neste dia especial, o Dia Mundial da Música. Sempre gostei de ler aqueles balanços de final do ano, com textos criativos, inventivos, alguns no limite do bom gosto, certo, mas sempre do lado justo da fronteira. Admiro esta malta acima de tudo por saber fazer algo que eu não sei, este estilo de jornalismo livre, criativo, sem regras.
Isto é, e apesar do meu rumo profissional se ter centrado no mundo das letras e da informação, a ousadia ideológica dos escribas (péssimo termo, eu sei) deste espaço fez-me, de há largos anos para cá, “cliente†habitual do estamine.
Sobre as minhas escolhas musicais: foram muito instintivas e não obedeceram a nenhum critério. Acho que são mesmo as 15 músicas que nos últimos tempos mais me têm passado pelos ouvidos, seja por via digital ou pelas famosas rodelas pretas, sejam elas de maior ou menor dimensão. Obrigado ao Bodyspace e aos três marmanjos que se dignaram a ler esta prosa.
02 Panda Bear - Drone
03 Broken Social Scene – Meet Me In The Basement
04 Four Tet – Fact Mix 182 (ok, esta é uma pequena batota)
05 The Pains Of Being Pure At Heart – Say No To Love
06 Delorean - Seasun
07 Linda Martini – Mulher-a-Dias
08 Pavement – Gold Soundz
09 Filho da Mãe - Sobretudo
10 John Legend & The Roots – Hang On In There
11 LCD Soundsystem – I Can Change
12 !!! – The Hammer
13 Deerhunter – He Would Have Laughed
14 Miles Davis - Pharaoh's Dance
15 The Divine Comedy - Down In The Street Below
Gosto muito de ler o Bodyspace e raras vezes o disse abertamente aos seus responsáveis. Fica aqui feito o registo – e não, isto não é graxa por se terem lembrado de mim neste dia especial, o Dia Mundial da Música. Sempre gostei de ler aqueles balanços de final do ano, com textos criativos, inventivos, alguns no limite do bom gosto, certo, mas sempre do lado justo da fronteira. Admiro esta malta acima de tudo por saber fazer algo que eu não sei, este estilo de jornalismo livre, criativo, sem regras.
Isto é, e apesar do meu rumo profissional se ter centrado no mundo das letras e da informação, a ousadia ideológica dos escribas (péssimo termo, eu sei) deste espaço fez-me, de há largos anos para cá, “cliente†habitual do estamine.
Sobre as minhas escolhas musicais: foram muito instintivas e não obedeceram a nenhum critério. Acho que são mesmo as 15 músicas que nos últimos tempos mais me têm passado pelos ouvidos, seja por via digital ou pelas famosas rodelas pretas, sejam elas de maior ou menor dimensão. Obrigado ao Bodyspace e aos três marmanjos que se dignaram a ler esta prosa.
Playlist de Isilda Sanches | Rádio Oxigénio
· POR · 27 Set 2010 · 22:33 ·
Isilda Sanches | Oxigénio
01 Moodyman - It’s 2 late for You And Me
02 Marvin Gaye - Just to keep you satisfied
03 Frank Zappa - Willie the Pimp
04 Mulatu Astatke (Pedro zopelar edit) - A Man of Experience and wisdom
05 Janelle Monáe - The Archandroid
06 Washed out - Life of Leisure
07 Vários do Kyle Hall
08 DJ Nature - Foggy Monday Morning
09 New Mjondallen Disco Swingers (Todd Terje) - Eurodans
10 Aloe Blacc - I Need A Dollar
Música nova e música que não sendo nova, soa como se fosse. Moodyman sempre foi um genuÃno freackymuthafucka, mas Ol’ Dirty Vynil é especial. Fiquei presa à letra de "It’s 2 Late For You And Me", mesmo antes de perceber que afinal as palavras eram de uma das break up songs mais terrÃveis de sempre: "Just To Keep You Satisfied" de Marvin Gaye. Não me canso de ouvir uma e outra. Frank Zappa é uma escolha improvável mas o Superdisco colocou-me o Hot Rats à frente e a canção com Captain Beefheart entrou no meu groove diário. Posso dizer o mesmo de "I Need A Dollar" de Aloe Blacc. Há algo de reconfortante em podermos cantar a falta de dinheiro em coro com o resto do mundo. Kyle Hall é o maior. Ainda nem tem 20 anos e produz a música de dança mais estimulante do momento, com melodias doces, contratempos e efeitos marados. Sem medo. Estes discos e os outros fazem os meus dias melhores. Enquanto for assim, está tudo bem…
01 Moodyman - It’s 2 late for You And Me
02 Marvin Gaye - Just to keep you satisfied
03 Frank Zappa - Willie the Pimp
04 Mulatu Astatke (Pedro zopelar edit) - A Man of Experience and wisdom
05 Janelle Monáe - The Archandroid
06 Washed out - Life of Leisure
07 Vários do Kyle Hall
08 DJ Nature - Foggy Monday Morning
09 New Mjondallen Disco Swingers (Todd Terje) - Eurodans
10 Aloe Blacc - I Need A Dollar
Música nova e música que não sendo nova, soa como se fosse. Moodyman sempre foi um genuÃno freackymuthafucka, mas Ol’ Dirty Vynil é especial. Fiquei presa à letra de "It’s 2 Late For You And Me", mesmo antes de perceber que afinal as palavras eram de uma das break up songs mais terrÃveis de sempre: "Just To Keep You Satisfied" de Marvin Gaye. Não me canso de ouvir uma e outra. Frank Zappa é uma escolha improvável mas o Superdisco colocou-me o Hot Rats à frente e a canção com Captain Beefheart entrou no meu groove diário. Posso dizer o mesmo de "I Need A Dollar" de Aloe Blacc. Há algo de reconfortante em podermos cantar a falta de dinheiro em coro com o resto do mundo. Kyle Hall é o maior. Ainda nem tem 20 anos e produz a música de dança mais estimulante do momento, com melodias doces, contratempos e efeitos marados. Sem medo. Estes discos e os outros fazem os meus dias melhores. Enquanto for assim, está tudo bem…
Playlist de Nuno Dias | Popstock Portugal
· POR · 27 Set 2010 · 22:30 ·
01 Japandroids – Heavenward Grand Prix
02 Wavves - Green Eyes
03 Delorean - Seasun
04 Nite Jewell - Am I Real?
05 Gaygns - The Gaudy Side of Town
06 El-P – Time Won't Tell
07 !!! - The Hammer
08 Teengirl Fantasy - Cheaters
09 Big Boi – Shutterbug
10 El Guincho - Soca del Eclipse
Ponto 1: Não ouço música com mais de 2 anos. É a cena. Antes que os velhos do Restelo comecem a atirar pedras e insultar-me: não quero saber.
Estas escolhas representam os últimos 2/3 meses relativamente a algumas das minhas músicas preferidas. Algumas escolhas são um bocadinho óbvias (El Guincho, !!!), mas outras foram autênticas descobertas (Big Boi, El-P e Gayngs). O maior destaque e em repeat é a nova dos Japandroids. Há qualquer coisa naquela malha. Tal como há algo na Ramona Gonzalez, da mui querida Nite Jewell. Da Green Eyes, porque revela-se música maior no King of the Beach do Nathan e da minha minha paranóia por olhos verdes, à cena cool dos Gaygns, a playlist está mais dançante que outrora (Delorean, Teengirl Fantasy) e muito hispânico-balear (El Guincho).
02 Wavves - Green Eyes
03 Delorean - Seasun
04 Nite Jewell - Am I Real?
05 Gaygns - The Gaudy Side of Town
06 El-P – Time Won't Tell
07 !!! - The Hammer
08 Teengirl Fantasy - Cheaters
09 Big Boi – Shutterbug
10 El Guincho - Soca del Eclipse
Ponto 1: Não ouço música com mais de 2 anos. É a cena. Antes que os velhos do Restelo comecem a atirar pedras e insultar-me: não quero saber.
Estas escolhas representam os últimos 2/3 meses relativamente a algumas das minhas músicas preferidas. Algumas escolhas são um bocadinho óbvias (El Guincho, !!!), mas outras foram autênticas descobertas (Big Boi, El-P e Gayngs). O maior destaque e em repeat é a nova dos Japandroids. Há qualquer coisa naquela malha. Tal como há algo na Ramona Gonzalez, da mui querida Nite Jewell. Da Green Eyes, porque revela-se música maior no King of the Beach do Nathan e da minha minha paranóia por olhos verdes, à cena cool dos Gaygns, a playlist está mais dançante que outrora (Delorean, Teengirl Fantasy) e muito hispânico-balear (El Guincho).
Azevedo Silva anda às voltas no novo carrossel
· POR Nuno Catarino · 27 Set 2010 · 19:49 ·
Os brasileiros chamam-lhe "fado indie" e ele não se importa muito. Os portugueses chamam-lhe "urbano-depressivo" e ele não leva a mal. O songwriter Azevedo Silva está de volta e apresenta um disco novo, fresquinho, chamado Carrossel. Ele diz que este disco é "mais pessoal, mais humano" e lá pelo meio há uma resposta a uma canção dos Foge Foge Bandido. Com o disco novo regressam também os concertos e Azevedo vai levar a sua guitarra acústica às lojas Fnac de todo Portugal: dia 2 de Outubro no Porto (Santa Catarina) e Vila Nova de Gaia (GaiaShopping), no dia 8 é a vez de Coimbra, a 9 vai até Viseu e Leiria e a tour encerra em lisboa, no Chiado, no dia 17. Aqui fica uma primeira pista do novo ábum, a deixar a cabeça a mil com o carrossel. Façam-no girar.
Mais alto do que as estrelas
· POR Paulo CecÃlio · 22 Set 2010 · 16:19 ·
Como se não bastassem nomes como Vampire Weekend, Interpol, !!! ou Arcade Fire, a juntar ao belo cartaz do Barreiro Rocks ou à presença (ainda por confirmar) dos Throbbing Gristle no Porto, o mês de Novembro de 2010 volta a colocar-se na pole position no que toca a alegrias: o Outono do nosso contentamento, portanto. Desta feita os anunciados são os The Pains Of Being Pure At Heart, autores de um dos mais belos discos do ano passado (homónimo), que regressam ao paÃs após um concerto em Paredes de Coura. Os quatro simpáticos jovens adultos nova-iorquinos prometem não fazer esquecer o movimento C86 - gente bonita, melodias bonitas, descargas de fuzz bonitas, e muito amor para dar. O local onde a malta twee as fuck se deverá apresentar em Lisboa a 16 de Novembro é a discoteca Lux, que não foge à qualidade da programação já anunciada (!!!, Drums e TPOBPAT no espaço de uma semana é demasiado bonito). Propõe-se uma bela passeata à beira-rio de mãos dadas com o/a amante após a emoção de "This Love Is Fucking Right!" - se esquecermos, claro, as conotações incestuosas. Já há preço e tudo: uns meros 22€. Adolescentes de todo o mundo, uni-vos!
Toro Y Moi regressa a Portugal, actua no Porto (noite de Música Pop Desempregada) e em Lisboa
· POR André Gomes · 21 Set 2010 · 00:31 ·
Toro Y Moi, o projecto do chillwaver Chaz Bundick que se estreou em Portugal no Milhões de Festa em Julho passado, está de regresso ao nosso paÃs para dois concertos. O primeiro, no dia 21 de Outubro numa noite temática da Música Pop Desempregada (é seguir por aqui), que inclui também o projecto Wools, Casal Boss (na Cafetaria) e ainda set com Os Yeah! + Lovers & Lollypops Soundsystem. Acontece tudo no Plano B ao preço de 10 euros. Dois dias depois, 23 de Outubro, Chaz Bundick actua no Musicbox em Lisboa.
No Porto o concerto tem o carimbo da Lovers & Lollypops, que reserva ainda outras propostas prometedoras: a 16 de Outubro, Filho da Mãe, o alter-ego na guitarra acústica de Rui Carvalho (dos If Lucy Fell, entre outros), apresenta-se no Café Au Lait, à s 19h, e com entrada Livre. Com mais peso, no dia 17 de Novembro, os Torche apresentam-se com os Men Eater a abrir, no Santiago Alquimista, em Lisboa, com custo de 13€. No dia seguinte, dia 18 de Novembro, repete-se a dose no Porto com os mesmÃssimos nomes e com preço igual. Ambos os concertos acontecem em estreita cooperação entre a Lovers & Lollypops e a SWR Inc.
E não é que o Chaz Bundick anda rockeiro?
No Porto o concerto tem o carimbo da Lovers & Lollypops, que reserva ainda outras propostas prometedoras: a 16 de Outubro, Filho da Mãe, o alter-ego na guitarra acústica de Rui Carvalho (dos If Lucy Fell, entre outros), apresenta-se no Café Au Lait, à s 19h, e com entrada Livre. Com mais peso, no dia 17 de Novembro, os Torche apresentam-se com os Men Eater a abrir, no Santiago Alquimista, em Lisboa, com custo de 13€. No dia seguinte, dia 18 de Novembro, repete-se a dose no Porto com os mesmÃssimos nomes e com preço igual. Ambos os concertos acontecem em estreita cooperação entre a Lovers & Lollypops e a SWR Inc.
E não é que o Chaz Bundick anda rockeiro?
Não é só Panda Bear: Out.Fest 2010 revela cartaz de luxo
· POR Nuno Catarino · 20 Set 2010 · 20:45 ·
Já sabÃamos que Panda Bear ia ao Barreiro, ficámos hoje a conhecer o programa todo. E o Out.Fest revelou um cartaz de absoluto luxo: Alexander Von Schlippenbach, Tetuzi Akyiama, Noël Akchoté, Oneohtrix Point Never, Emeralds, Lol Coxhill, Rodrigo Amado Motion Trio, AJM Collective. E além dos concertos (não são poucos), o Festival Internacional de Música Exploratória do Barreiro apresenta filmes, workshops e instalações, espalhados por diferentes espaços, envolvendo toda a cidade da margem sul to Tejo. Entre luminárias da free improv, génios da manipulação electrónica e talentos em fulgurante ascenção, não faltarão motivos para tomar de assalto o Barreiro durante o mês de Outubro.
Aqui fica o programa completo:
5/Out, Be Jazz Café, 17h30, Música: Alexander von Schilippenbach
6/Out, Teatro Municipal, 21h30, Cinema: Alan Lomax - The land where the blues began + Música: Norberto Lobo
7/Out, Cooperativa Cultural Popular Barreirense, 21h30, Cinema: Alan Lomax - Jazz parades / Cajun country
8/Out, Convento da Madre de Deus da Verderena, 22h: Música: Noël Akchoté
9/Out, Casa da Cultura, 22h, Música: Panda Bear + Oneohtrix Point Never
10 Cooperativa Cultural Popular Barreirense, 17h30, Workshop/concerto/palestra: Calhau! O método do Leopardo
11 Cooperativa Cultural Popular Barreirense 21h30, Cinema: Alan Lomax - Appalachian journey / Dreams and songs of the noble old
12/Out, Clube Naval Barreirense, 21h30, Cinema: Bénarès, Musiques du Gange + Música: Stellar OM Source
13/Out, Cooperativa Cultural Popular Barreirense, 21h30, Cinema: Dor, Low is Better
14/Out, Teatro Municipal, 21h30, Música: Tetuzi Akiyama + Rafael Toral
15/Out, Convento da Madre de Deus da Verderena, 22h, Música: Emeralds + Kosmicdream
16/Out, Auditório Municipal Augusto Cabrita, 22h, Música: Rodrigo Amado Motion Trio + Lol Coxhill + AJM Collective
5-16/Out, Instalação interactiva online: Ouvido Raro: The Caretaker
5-16/Out, Fórum Barreiro, das 10h às 23h, Cinema: Cinecubo
Dana Falconberry e Matt Bauer curam ressacas (e outros males) de borla no Porto daqui a nada
· POR André Gomes · 19 Set 2010 · 16:01 ·
Depois de ontem terem supostamente encantado a noite de Coimbra, os norte-americanos Dana Falconberry e Matt Bauer, pela primeira vez em conjunto na Europa, apresentam-se hoje no Café au Lait, no Porto, para uma cura global de males e vÃcios. O antÃdoto? Folk com propriedades especiais, adocicada com duas vozes melÃfluas como é possÃvel comprovar no vÃdeo que deixamos ali em baixo. É daqui a nada (à s 19), é de borla e é no melhor sÃtio possÃvel, o Café au Lait. Final de tarde, ginger ale e um banjo.
O Barreiro Outras Músicas 2010 é mem’bom!
· POR Miguel Arsénio · 17 Set 2010 · 20:50 ·
Quantidade não é definitivamente qualidade e aà está o Barreiro Outras Músicas 2010 para assegurar um dos mais insuperáveis cartazes do ano com apenas seis presenças: The Hidden Cookie, Lula Pena, Halloween, Anti-pop Consortium, Tigrala e Oval. Ovação de pé. Apostando novamente numa forte combinação de artistas nacionais e internacionais, a quarta edição do BOM confirma o excelente critério cultural do Barreiro ao trazer até à margem sul uma mão cheia de nomes de absoluta pertinência artÃstica actual.
Importa referir também que grande parte dos nomes confirmados no BOM encontram-se neste preciso ano a viver momentos especialmente inspirados e notáveis. É esse o caso de Oval (Markus Popp), que, depois de praticamente ter criado a noção de glitch e a sua pacificação nas ondas de Diskont, volta a reinventar-se num ano que o vê de regresso aos (bons) discos com o mini-álbum Oh e o duplo O. O Bodyspace revelará mais sobre os novos métodos fÃsicos de Oval nos próximos dias, sendo que esta aproximação do músico alemão aos instrumentos garante que, no Barreiro, não assistiremos a um concerto de produtor a mexer num laptop.
De resto, a noite de sábado no BOM promete ser de rap e colhões com a aparição daquele que será muito provavelmente o grande MC da actualidade na tuga: Halloween, pois claro, e as suas rimas sobre a vida louca num bairro de Odivelas (zona de “tirantes†e “drives em viaturas furtadasâ€). Ainda que o novo álbum permaneça ainda envolto num misto de confusão e mito, o clássico underground Projecto Mary Witch explica o porquê de Halloween ser uma referência no hip-hop nacional e um verdadeiro herói em Angola (onde esteve em palco sem ser roubado). Na noite de Halloween actuam também os nova-iorquinos Anti-pop Consortium, que fundiram o hip-hop e a electrónica avançada, com o visionário Arrythmia (lançado em 2002 pela Warp), e que regressaram o ano passado ao activo com um Fluorescent Black, que em nada defrauda o legado edificado por High Priest, Beans e companhia.
O BOM decorre no Auditório Municipal Augusto Cabrita do Barreiro, durante os dias 24, 25 e 26 de Setembro, e o bilhete diário vale sete euros e meio, enquanto que o passe é quase dado ao preço de quinze euros. O cartaz completo é o seguinte:
24 de Setembro
The Hidden Cookie
Lula Pena
25 de Setembro
Halloween
Anti-pop Consortium
26 de Setembro
Tigrala
Oval
Ver e ouvir Yasujiro Ozu (e outros), este sábado no Porto
· POR André Gomes · 17 Set 2010 · 15:35 ·
No próximo sábado, por entre inaugurações nas galerias de Miguel Bombarda, no Porto, o estimado Quintal (a sério, porra, já provaram aquelas sandes de Tofu fumado?) abre portas a um momento tão musical quanto cinematográfico, que vale a pena destacar. Quem organiza é a Kuri Kuri, outro estimável estabelecimento com olhos em bico; a loja japonesa do Porto apresenta o filme-concerto O Vazio em Ozu, uma edição de filmes de Yasujiro Ozu (e outros) realizada por João Araújo (cinemajunkie) e musicado por Kanukanakina.
Ana Cancela, dona da Kuri Kuri, contou-nos um pouco do projecto e deixou o convite para a sessão de amanhã, com inÃcio marcado para as 18:30: «há cerca de três meses foi-me endereçada a proposta do meu amigo Pipa, músico e responsável do projecto kanukanakina, para musicar um filme mudo japonês, filme-concerto esse que seria promovido pela Kuri Kuri, a minha loja de artigos japoneses. Convidei outro amigo, João Araújo, promotor do blog de crÃtica cinematográfica cinemadejunkie para ser ele o responsável da edição dos filmes seleccionados. A projecção será essencialmente direccionada para a carreira de Yasujiro Ozu, nome incontornável do cinema nipónico. O local será o Quintal Bioshop, da amiga e vizinha Mónica Mata. Este é portanto um projecto de amigos que partilham entre si uma paixão pelo Japão», conta.
Minta grava disco ao vivo, e só pode sair coisa boa
· POR André Gomes · 15 Set 2010 · 17:56 ·
Francisca Cortesão, conhecida como Minta, está a preparar a gravação de um disco ao vivo. A data e local estão ainda em fase de confirmação mas o mais certo é que o venham a saber também aqui. Minta deixa ficar desde já três perguntas no ar: que músicas deve incluir, que músicas devem deixar de fora e que músicas de outras pessoas gostariam de os ouvir tocar? Fomos falar com ela para perceber o que vem a ser isto de disco ao vivo e ela disse-nos tudo o que sabia: «a ideia de fazer uma gravação ao vivo partiu da vontade de capturar a energia dos concertos de Minta & The Brook Trout. E da vontade de experimentar tocar com um grupo maior de músicos, aproveitando para trabalhar com algumas das nossas pessoas favoritas. Uma espécie de Minta & The Brook Trout Deluxe Ensemble, a tocar músicas dos dois discos já editados bem como coisas novas e, eventualmente, versões. Em Dezembro e em Lisboa», avança. E remata: «confirmados estão já os convidados João Cabrita (sax), BlackBambi (vozes), Márcia (vozes) e Noiserv (metalofone). A gravação do disco estará a cargo do Nelson Carvalho».
Recordem aqui e agora a videoteca que Minta gravou para o Bodyspace, filmada por André Tentugal:
Recordem aqui e agora a videoteca que Minta gravou para o Bodyspace, filmada por André Tentugal:
A grande sombra volta a rodear-nos
· POR Rafael Santos · 15 Set 2010 · 00:18 ·
DJ Shadow anda desaparecido desde 2006, pelo menos no que a edições discográficas diz respeito. Mas a espera, aparentemente, acabou pois já circulam por aà informações a confirmar que Josh Davis está pronto para editar material novo no próximo ano. Para solidificar essas informações, o próprio Shadow disponibilizou há poucos dias no seu site um download gratuito (disponÃvel durante 24 horas) de dois novos temas: “Def Surrounds Us" e “I’ve Been Tryingâ€. A borla foi coisa de pouca dura e funcionou apenas para atiçar curiosidade dos fãs. Para quem não está com grandes pressas, as mesmas músicas deverão, muito em breve, estar disponiveis para saque pago nas habituais lojas virtuais de música. Desconhece-se se estes temas, óbvios avanços de um disco ainda sem data e sem tÃtulo, serão editados em formato fÃsico para além das promos limitadas aos amigos.
Para "test-drive", o Bodyspace deixa aqui para manobras de curiosidade “Def Surrounds Us":
Panda Bear anuncia ao mundo que vai tocar no Out.Fest
· POR Nuno Catarino · 15 Set 2010 · 00:02 ·
Através da sua conta no Facebook, Panda Bear revelou que vai actuar na edição 2010 do Out.Fest. O festival de música exploratória do Barreiro ainda não avançou com informações oficiais, mas a confiar nesta fonte o membro dos Animal Collective actuará na noite de 9 de Outubro, sábado. Esta actuação surge depois do seu concerto em Nova Iorque, em Governor's Island, onde teve a companhia dos bravos lusos Gala Drop na primeira parte. Enquanto não chegam mais informações sobre o festival do Barreiro, aqui fica o registo da última actuação de Noah Lennox, num medley vÃdeo onde não falta "Benfica" (ali aos 8:20), clássico automático, inevitável na celebração da primeira vitória na Champions League.
Tiago Sousa ruma ao norte
· POR Nuno Catarino · 09 Set 2010 · 17:57 ·
O barreirense Tiago Sousa faz as malas e nos dias 10 e 11 de Setembro ruma ao norte. Na sexta-feira, dia 10, Sousa actua no Arte à Parte, em Coimbra, Mercado Quebra Costas. O brilhante Insónia continua fresco, mas o concerto deverá abordar qualquer coisa de The Walden Pond's Monk - disco novo que deverá sair no inÃcio de 2011. No dia seguinte, sábado 9/11, a Tertúlia Castelense, na Maia, acolhe uma sessão filme-concerto. Desta vez, a convite do Cineclube do Porto, Sousa irá musicar os filmes The New York Hat (D. W. Griffith), Obsessor e Bastão-Piloto (Fernando Ferreira). Em jeito de aquecimento, e porque nunca é demais, aproveitamos para revisitar o contributo de Tiago Sousa para a nossa videoteca.
A UK Funky chega ao granulado trendy
· POR Bruno Silva · 09 Set 2010 · 14:58 ·
Presença assÃdua em tudo o que é programa de rádio que milite pela dança esfuziante made in UK, “It's What You Do (Hottest By Far)†trata-se (a par da “Stupid†de Redlight) da primeira criação nascida no seio da UK Funky a movimentar-se com uma elegância discreta para fora do nicho fértil que a criou. Talvez se tenha aberto o precedente necessário para que, inconscientemente se imiscuam por entre os ouvidos mais ou menos atentos algumas malhas injustamente secretas. Ou não, mas qualquer especulação incorre seriamente numa chamada de atenção lacónica e algo infundada. As estratégias nem sempre contemplam o acaso. Nem vale a pena evocar questões de timing.
Trata-se também do primeiro investimento visual minimamente digno, depois de falhanços como “In The Morningâ€, “Daydreaming†ou “Big Boysâ€, num género que nunca soube aproveitar as temáticas de forma adequada. A ideia até é básica, e basta um filtro granulado, muito final dos anos 80, para que se chegue a uma sobriedade formal bastante satisfatória. De resto, são meras sequências de malta feliz, numa toada multi-cultural, a dançar e a partir discos de um modo idiota, mas não estupidificante. Com os inevitáveis planos da Vanya Taylor e da banda pelo meio, para a comunhão final. Tudo muito bem disposto num no brainer eficaz. Bem vindo, quando a via para o conceito poderia passar por uma transposição forçada da parte lÃrica que facilmente daria origem ao enésimo plano da gaja a dançar num cenário cheesy e micanço generalizado. Nem sempre o sexo vende em condições low cost.
Toda a euforia implicada, acaba por ser reflexo da própria tonalidade da música. Algures entre a sensualidade galvanizadora de “In the Morning†ou “Make It Funky For Me†filtrada por uma prestação mais agreste na linha de algumas remixes de Ill Blu, sem impor qualquer hiperactividade over-the-top. Malha ascendente em direcção a um primeiro refrão, assente numa linha melódica efusiva, que liberta depois o chavão (â€You are the hottest by farâ€) e o inevitável â€oh oh oh oh†como um sopro. Construção minuciosa de uma canção (“Stupid†seguia uma lógica claramente mais estrita), sem perder qualquer apelo à dança. Sensibilidade pop em registo de festa. Memorável.
Trata-se também do primeiro investimento visual minimamente digno, depois de falhanços como “In The Morningâ€, “Daydreaming†ou “Big Boysâ€, num género que nunca soube aproveitar as temáticas de forma adequada. A ideia até é básica, e basta um filtro granulado, muito final dos anos 80, para que se chegue a uma sobriedade formal bastante satisfatória. De resto, são meras sequências de malta feliz, numa toada multi-cultural, a dançar e a partir discos de um modo idiota, mas não estupidificante. Com os inevitáveis planos da Vanya Taylor e da banda pelo meio, para a comunhão final. Tudo muito bem disposto num no brainer eficaz. Bem vindo, quando a via para o conceito poderia passar por uma transposição forçada da parte lÃrica que facilmente daria origem ao enésimo plano da gaja a dançar num cenário cheesy e micanço generalizado. Nem sempre o sexo vende em condições low cost.
Toda a euforia implicada, acaba por ser reflexo da própria tonalidade da música. Algures entre a sensualidade galvanizadora de “In the Morning†ou “Make It Funky For Me†filtrada por uma prestação mais agreste na linha de algumas remixes de Ill Blu, sem impor qualquer hiperactividade over-the-top. Malha ascendente em direcção a um primeiro refrão, assente numa linha melódica efusiva, que liberta depois o chavão (â€You are the hottest by farâ€) e o inevitável â€oh oh oh oh†como um sopro. Construção minuciosa de uma canção (“Stupid†seguia uma lógica claramente mais estrita), sem perder qualquer apelo à dança. Sensibilidade pop em registo de festa. Memorável.
Há festa no Ferroviário com a apresentação do novo disco de B Fachada
· POR Miguel Arsénio · 08 Set 2010 · 00:01 ·
B Fachada, que já entra onde quer, vai entrar também no terraço aberto do Clube Ferroviário, em Santa Apolónia (Lisboa), no próximo dia 19 de Setembro para a apresentação do seu mais recente disco, o canarinho Há Festa na Moradia. A tardinha com B Fachada começa pelas 18 horas e é bem provável que a noite não acabe sem orgia. O certo é que esta representa mais uma excelente oportunidade para assistir in loco ao mais entusiasmante escritor de canções dos nossos dias e ao disparo dos “miminhos†bem guardados entre as analogias e os pseudónimos de Há Festa na Moradia.
Entretanto, “Joana Transmontanaâ€, tema cheio de balanço retirado de Há Festa na Moradia, tem um novo vÃdeo, gravado por Tiago Pereira. O pequeno filme revela a estimada D. Adélia Garcia como a Anna Karina do Alto Trás-os-Montes numa dança que muito recorda o momento antológico do fabuloso Bande à part.
Domingo no quarto é o programa de sábado no Espaço APAV & Cultura
· POR Miguel Arsénio · 07 Set 2010 · 17:37 ·
© Sara Dias Fonseca
O Espaço APAV & Cultura, na Rua José Estêvão (ao Jardim Constantino), em Lisboa, recebe já no próximo sábado, dia 11 de Setembro, pelas 19 horas, os Domingo no Quarto para um concerto que será de entrada gratuita. Os Domingo no Quarto são um duo formado por Mariano Ricardo (a ex-Pinhead Society que tem tocado em nome próprio e nos München e Minta & The Brook Trout, entre outros) e Manuel Dordio (nome associado a Walter Benjamin, Jesus the Misunderstood e João Coração). Juntos recuperam à sua maneira caseirinha clássicos do samba outrora cantados por poetas da verdade como Cartola, Geraldo Pereira ou Paulinho da Viola (e Nélson Cavaquinho, espero eu). O nome do duo revela também um pouco sobre a melancolia e a estranha ternura dos Domingos, que, de alguma forma, têm marcado presença nas canções de Mariana Ricardo (“Sunday is a common day†é disso exemplo) e na música que tem vindo a compor para filmes como o brilhante Aquele Querido Mês de Agosto (porque aquele quarto escuro com astros suspensos tem mesmo qualquer coisa de Domingo).
O Hard Club reabre não tarda nada, agora com vistas para Gaia
· POR André Gomes · 07 Set 2010 · 10:14 ·
Mudou a cidade mas o espÃrito aparentemente continua o mesmo. Aliás, parece redobrado em função das contrariedades que levaram o Hard Club a deixar Gaia e passar a ponte para o outro lado. Dele diziam que detinha a melhor acústica do paÃs; foram muitos anos de concertos e da construção de um espÃrito muito peculiar. Mas porque não parece que o Hard Club tenha muitos desejos de nostalgia, apontamos para o futuro. A abertura ao público do clube que agora ocupa o belÃssimo Mercado Ferreira Borges acontece oficialmente já no próximo dia 17 de Setembro, e contará com um concerto dos Atari Teenage Riot, com data única em Portugal, e um DJ Set dos Zero 7. Assim se inicia a aventura portuense de um clube que irá certamente mudar a cidade, sobretudo a zona da ribeira, tão longe da glória contada dos anos 80.
Para saber melhor o que move esta casa na mudança de cidade, fomos falar com Paulo Ponte, um dos representantes do Hard Club, que traçou objectivos e planos para 2010 e para os anos que se seguem.
Quais são as expectativas para o primeiro trimestre de existência do Hard Club no Porto? Quais são os maiores objectivos por enquanto?
Abrir em força, apresentarmo-nos à cidade e ao mundo, aperfeiçoarmos a nossa missão através da atenção a todos os que nos visitam.
Que destaques fariam da programação dos próximos meses?
A programação é bastante variada, mas além dos grandes nomes de cartaz, o principal destaque deve ir para os programas de Teatro, Cinema e Infantis, esses são sem dúvida as grandes novidades do Hard Club.
Como funcionará em termos de programação o Hard Club? Vão tentar equilibrar uma dose de programação própria com a cedência de espaço ou aluguer a outras promotoras do paÃs?
O mais possÃvel, a oferta e procura é que vão ditar as regras, tendo a esperança que desde promotores a artistas todos queiram trabalhar e apresentar-se nos nossos palcos.
O Hard Club pretende também ser um factor de rejuvenescimento e recuperação da Ribeira, que por motivos vários tem vindo a perder vida e pessoas? Vão procurar estabelecer parcerias com a comunidade, com o bairro?
Não temos a pretensão, mas, sabemos da importância e do impacto que podemos ter na zona. Desde o estudo do projecto que ganhamos imensa força e apoio através do desenvolvimento de parcerias, a começar com os vizinhos aos quais nos apresentamos logo nos primeiros dias.
No que toca à autarquia, tiveram desde logo todo o apoio e interesse para que se instalassem na cidade? Sentem-se bem-vindos?
A CMP tem contribuÃdo de uma forma muito séria, a começar com o concurso público e com o caderno lançado, o qual nos obrigou a estudar muito e a apresentar uma proposta muito sólida e madura e que tem ajudado a ultrapassar os obstáculos que surgem num projecto desta dimensão e com uma equipa muito reduzida.
As outras salas de espectáculos do Porto são concorrentes ou vão procurar estabelecer parcerias e um entendimento entre todos?
Nós não temos nem seremos concorrente, porque o objectivo é estabelecer uma rede de contactos que promovam uma actividade conjunta, beneficiando a Cidade, o Norte e se possÃvel o PaÃs.
Será possÃvel recriar o espÃrito do antigo Hard Club num novo espaço, numa nova cidade? Pensam que o público do antigo Hard Club vai continuar a procurar o novo espaço?
Relativamente à s comparações e ao saudosismo, costumo dizer que, mesmo os mais teimosos no momento em que as luzes se apagarem e os primeiros acordes soarem vão sentir que a essência do Hard Club não é só um espaço, mas um conjunto de condições e caracterÃsticas que só são atingidas quando se trabalha com grande paixão e que facilmente contagiam todos à sua volta.
Neste clima de grande efervescência cultural da cidade, acham que o Hard Club poderá fazer a diferença mesmo situado num bairro que é apenas uma sombra do que foi no passado?
A atitude deve e tem de ser de participar, de fazer mais. Está mal? Como fazer melhor?! O próprio Hard Club é nessa atitude, talvez, um exemplo, a saÃda "forçada" de Gaia fez querer ir mais longe, contrariar os problemas existentes e resolvê-los de uma forma clara e concreta. Claro que agora vamos ter novos "problemas", eles existem sempre, mas temos que ser optimistas e lutarmos por aquilo que acreditamos, o Porto e a Ribeira são algo de único, precioso e que se pararmos a contemplar a vista podemos ver todo o potencial e a sorte que temos de vivermos numa cidade tão rica e maravilhosa e que está a fazer muito para renascer e ser um marco cultural e criativo. E vai ser!
Outubro testemunha a união de facto dos The Orb com David Gilmour
· POR Rafael Santos · 07 Set 2010 · 10:04 ·
À primeira vista são dois nomes que não têm nada em comum.
Engano simples. As afinidades sonoras entre os britânicos The Orb e Pink Floyd são bem conhecidas, especialmente para quem acompanha o percurso de Alex Paterson e companhia desde o inÃcio. Alex, mentor dos The Orb desde os finais de 1980 e um dos precursores da chamada ambient house, desde cedo incluiu os Pink Floyd (entre outros nomes ligados ao rock progressivo dos anos 70) na lista de referências do projecto. Alias, o primeiro álbum dos The Orb, o clássico The Orb's Adventures Beyond the Ultraworld de 1991, estava apinhado de referências aos Pink Floyd, tanto na música como nas imagens que ilustravam o disco.
Não se estranhe, pois, que o tempo tenha agora julgado apropriada a união de facto dos The Orb com o lendário guitarrista dos Pink Floyd, o Sr. David Gilmour. Foi isso mesmo que aconteceu na elaboração do novo disco do mÃtico e pioneiro projecto de música techno-house ambiental. Inicialmente planeado para ser uma colaboração pontual num único tema, a experiência com Gilmour acabou por se arrastar por uma série de temas, culminando, por fim, num registo de longa duração. O novo disco dos The Orb chama-se Metallic Spheres e foi gravado com tecnologia 3D60 (som tri-dimensional). A edição está prevista para o inÃcio de Outubro.
Master Musicians of Bukkake em Lisboa e Porto
· POR Paulo CecÃlio · 06 Set 2010 · 22:25 ·
Já havia sido anunciado para o Porto, mas podem rejubilar os lisboetas (especialmente os pobres sem carta de condução): os Master Musicians of Bukkake, cadáver esquisito do psicadelismo actual, vão estar presentes na ZdB para uma estreia há muito aguardada em palcos portugueses. Após o lançamento do excelente Totem One em 2009 e do seu sucessor Totem Two já este ano, é de esperar que muitos queiram presenciar ao vivo esta gigantesca viagem espiritual ao outro lado de Krishna. Ou transformar uma sessão de bukkake em gokkun. Whatever rocks your boat.
Não aconselhado a fracos de espÃrito. A 17 de Outubro na Galeria Zé dos Bois em Lisboa, a 19 de Outubro no Passos Manuel no Porto.
Festival da revista jazz.pt aponta grandes nomes do jazz europeu
· POR André Gomes · 06 Set 2010 · 22:01 ·
Vai haver concertos, showcases, acções didácticas, mesas redondas, exposições, dj sessions, feira de discos, etc. E vai acontecer numa data de sÃtios. Depois de duas edições no agora encerrado Hot Clube de Portugal, o Festival da Revista jazz.pt – a única revista de jazz editada em Portugal - regressa em Setembro, desta vez com realização em vários espaços culturais e comerciais do Cais da Pedra: Lux Frágil, Loja da Atalaia, Bica do Sapato, Flur, Nord, Casanova, Delidelux e Odessa/FactoLAB. Um fartote de jazz portanto.
Podem marcar na vossa agenda: de 8 a 12 de Setembro. Alguns dos nomes de destaque do jazz europeu estarão por Portugal a apresentar discos com selo de qualidade: da Suécia, a Moserobie; de Itália, a El Gallo Rojo; e, de França, a Quark Records.
O festival abre com os jovens Grünen segue com duas formações lideradas por músicos portugueses (Afonso Pais Trio e Faustino / Roder / Eberhard / Neuser), continua com os noruegueses The Core e os dinamarqueses Hasse Poulsen's Sound of Choice, segue com o quinteto do italiano Zeno de Rossi, Shtik, prossegue com a revelação do saxofone Desidério Lázaro, ao lado de Mário Franco e LuÃs Candeias e encerra com Hugo Carvalhais que aproveita para promover o seu novo disco, Nebulosa.
A organização avisa que para além dos oito concertos e do lançamento dos álbuns correspondentes, a "programação deste ano do Festival jazz.pt inclui showcases nas lojas FNAC Chiado e Sta Catarina, oficinas de jazz para crianças, debates, exposições, sessões de DJing e uma feira de discos".
Para mais informações acerca do festival é favor seguir por aqui.
Kanye West volta à soul acelerada e aos nossos corações
· POR Rodrigo Nogueira · 06 Set 2010 · 20:52 ·
Tu tens imensos idiotas amigos. Não adianta escondê-lo, faz parte da existência. Se evitas ao máximo ter amigos idiotas então és tão ou mais idiota que eles. Afinal, estás a julgar e a invalidar pessoas apenas porque não pensam como tu e isso faz de ti um fascista de merda. O importante é que tens amigos idiotas, como eu ou o teu vizinho têm amigos idiotas. Como tal, todas as semanas vês e ouves idiotas a queixarem-se de que nunca é mais sexta-feira. Há umas semanas que podes partilhar essa preocupação com eles. O Kanye West – que tem o terceiro melhor Twitter de sempre (a sério: ontem ele passou-se em tempo real lá, é grande), a seguir ao do Wayne Coyne e ao do Aziz Ansari – vai estar a lançar malhas novas na net à sexta-feira. E, depois de "See Me Now" ("I'ma let you finish, but I've got Beyoncé on the track", o bounce vintage do Kanye de 2002-04, com piano à John Legend e o Charlie Wilson a fazer o que faz, que é ser bom sem se esforçar), "Power (Remix)" ("When I walk in, everybody do the power-clap, clap, clap, clap") e "Monster" ("I'm a motherfucking monster" e a Nicki Minaj a partir a faixa ao meio de uma maneira monstra, sobrehumana, absolutamente incrÃvel e totalmente inacreditável que já não se ouvia desde que os tempos do Ol' Dirty Bastard ou daquela vez que o Busta Rhymes transformou um posse cut numa demonstração da incredibilidade de uma só pessoa), agora há "Devil in a New Dress". Tem tudo aquilo a que temos direito: vozes soul acereladas, a voltar à chipmunk soul do Blueprint do Jigga, e toda uma aura clássica. Confirma a tendência de que o 'Ye está a olhar para trás, sim, mas, porra, ninguém faz isto como ele. Se quiseres continuar a fazer piadas com a cena da Taylor Swift – já passou um ano, essas piadas deixaram de ter piada exactamente no dia a seguir a essa merda – e ignorar que o Yeezy continua a fazer música brutal, então és, tal como os teus amigos, um idiota.
Podcast-surpresa traz-nos o velho, o novo e o Velhinho com três inéditos dos Aquaparque
· POR Miguel Arsénio · 06 Set 2010 · 15:53 ·
É admirável esta iniciativa que leva a Mana Recordings a prometer material inédito de diferentes nomes num podcast de periodicidade variável. Para já, a auspiciosa estreia sucede-se com três inéditos dos Aquaparque, os “menassos†das canções no chaço, numa sequência de quinze minutos por demais úteis ao compasso de espera que deve separar o apaixonante álbum de estreia É isso aà do prometido número 2. O tal segundo disco foi gravado por André Abel e Pedro Magina, no anterior mês de Agosto em isolamento quase total (só eram avistados pelo homem da mercearia) numa casa em Santo Tirso.
“Venha quem vier†é uma sobra das sessões de É isso aà e, tal como outras canções nesse disco, anda à volta de um sample obscuro, que, neste caso, repesca uma guitarrada um bocado azeiteira. A letra passa a certa altura pelo verso escatológico “Vou cagar na tua mão†(bonito!), que complementa bem os pregões de desprezo e desespero frequentes em É isso aÃ. Logo depois, “Tomar conta de mim†funciona como primeiro adiantamento do próximo disco e surge aqui na versão que escutámos no Lux em Junho. Soa a Aquaparque no preciso momento em que alcançam o topo de toda a intensidade e angústia que andaram a escalar nestes últimos anos. É lindo.
Por fim, “O prometido é devido†marca a estreia dos Aquaparque no terreno das versões com uma apropriação livre do memorável tema co-escrito por Rui Veloso e Carlos Tê - esse que, durante o seu pico de popularidade FM, deve ter ajudado a fazer uns quantos bebés, com um refrão enganoso que muitos acreditavam ser sobre “o pai que ia comprar gásâ€. “O prometido é devido†confirma também o gosto de Pedro Magina pelas versões, depois de “Born Slippyâ€, grandioso hino raver dos Underworld, ter marcado presença nos concertos que tocou a solo com um teclado Casio e a alma situada em Nazca Lines, o belÃssimo EP de estreia em nome próprio.
Maria Matos continua a surpreender: Divine Comedy, William Parker, Sonic Scope e um fim-de-semana imparável
· POR Nuno Catarino · 06 Set 2010 · 10:19 ·
Ainda nem aproveitamos a programação de Setembro e Outubro (Faust, anbb, Jóhann Jóhannsson e Hauschka) e já estão anunciados os nomes para os dois últimos meses de 2010 no Maria Matos. Comemorando dez anos de festival, o Sonic Scope irá decorrer de 23 a 25 de Novembro, sempre à s 22h. Com programação da responsabilidade da Grain of Sound, passam pelo palco A Parte Maldita, Gigantiq com Matteo Uggeri, Sei Miguel, Carlos Santos & Paulo Raposo, Rodrigo Amado Quarteto e @c. Nos dias 29 e 30 de Novembro é a vez dos The Divine Comedy, versão Neil Hannon a solo, que irá certamente apresentar o recente Bang Goes the Knighthood. No fim-de-semana de 3 e 4 de Dezembro o Maria Matos acolhe uma sequência de espectáculos imperdÃveis: Masayoshi Fujita & Jan Jelinek, Radian, Fennesz, Dafeldecker & Brandlmayr e Ben Frost. Mais para meio do mês, a 16 de Dezembro, actua o trio Daniel Carter, William Parker & Federico Ughi, concerto programado em colaboração com a Filho Único, que vai levar improvisação de encontro à s linhas da tradição jazz. Entre sonoridades electrónicas, experimentais, jazzÃsticas, improvisadas ou deliciosamente pop, o Maria Matos não vai parar até ao final do ano.
Rentrée ZDB, Setembro e Outubro: Ayler revisitado e muito mais
· POR Nuno Catarino · 06 Set 2010 · 00:13 ·
Chega Setembro e os filmes continuam na Galeria ZDB. O Ciclo de Cinema no Terraço, agora em Setembro sempre às quintas-feiras, vai ter a companhia de concertos a acompanhar as exibições cinematográficas. No dia 9 será apresentado o excelente documentário "My Name Is Albert Ayler", de Kasper Colin. O filme que retrata a vida de um dos mais geniais saxofonistas de sempre, estreado em Portugal no Jazz Em Agosto 2007, será acompanhado por um concerto de Gabriel Ferrandini & Pedro Sousa com Filipe Felizardo (está prometida freezada à moda antiga, em consenso com o filme). No dia 16 é a vez de "Canção de Amor e Saúde" de João Nicolau, com apresentação do projecto musical de Nicolau, Mariana Ricardo e João Lobo: The Secret Museum of Mankind. No dia 23 é apresentado "All the Notes: Cecil Taylor", com concerto de Sei Miguel acompanhado por Rafael Toral, Pedro Gomes, Fala Mariam e César Burago. O ciclo encerra com o documentário "Musiques de Guinée: Musiques de la forêt et de la Haute-Guinéede", de Yves Billon e Robert Minangoy, no dia 30, com concerto de Dolphins Into the Future. As sessões cinematográficas serão sempre às 22h. As sessões exclusivamente musicais também regressam, com o concerto de Traumático Desmame & Lost Gorbachevs, que terá lugar no dia 25.
Em Outubro regressam em força os concertos. No dia 1 há Nina Nastasia, no dia seguinte há trio nacional na Sociedade de Geografia de Lisboa: o já quase-veterano JP Simões, Lula Pena com o fresquinho Troubador e o nosso bardo barbudo favorito, B Fachada, a apresentar Há Festa na Moradia. Em Outubro a ZDB co-organiza o concerto dos Faust no Maria Matos e apresenta um workshop destes históricos do kraut. Neste mês há ainda concertos de Cave, Filho da Mãe, Steffen Basho-Junghans, Black to Comm, Master Musicians of Bukkake, Josephine Foster e Barn Owl. Muita coisa boa, muita coisa a não perder. Em jeito de sÃntese, deixamos aqui a agenda completa da sala do Bairro Alto para estes dois meses.
9/Set - Gabriel Ferrandini & Pedro Sousa c/ Filipe Felizardo + Filme "My Name is Albert Ayler"
16/Set - The Secret Museum of Mankind + Filme "Canção de Amor e Saudade"
23/Set - Sei Miguel + Filme "Cecil Taylor: All the notes"
25/Set - Lost Gorbachevs + Traumático Desmame
30/Set - Dolphins into the Future + Filme "Musiques de Guinée: Musiques de la foret et de la haute Guinée"
1/Out - Nina Nastasia
2/Out - Lula Pena + B Fachada + JP Simões (na Sociedade de Geografia de Lisboa)
6/Out - Faust (concerto no Teatro Maria Matos)
7/Out - Faust (workshop para músicos e não músicos na ZDB)
8/Out - Cave + Filho da Mãe
15/Out - Steffen Basho-Junghans + Black to Comm
17/Out - Master Musicians of Bukkake
21/Out - Josephine Foster + Barn Owl
Underworld: um filme entre a terra e o céu
· POR Rafael Santos · 06 Set 2010 · 00:04 ·
Os Underworld já não possuem a vitalidade criativa de outros tempos, mas ainda despertam a atenção sempre que se preparam para editar algo. Pois bem, a novidade está pronta para ser apresentada ao mundo. Barking, assim se intitula, é um disco essencialmente feito de parcerias onde gente como Appleblim, Dubfire ou Paul van Dyk foi desafiada a complementar a produção do duo. Não será a ideia mais original, mas esperam-se algumas curiosidades. Com a edição do disco agendada para os meados deste mês, Rick Smith e Karl Hyde vão soltando os primeiros aromas daquele que será o oitavo trabalho de originais. O primeiro single (se ignorarmos o avanço de "Scribble" na Primavera) já tem nome. E vÃdeo promocional também já existe. O tema chama-se "Always Loved a Film" e aqui ficam as imagens que acompanham a música.
Novos movimentos (visuais) de Ride
· POR Rafael Santos · 06 Set 2010 · 00:00 ·
Depois do exclusivo durante o mês de Agosto (mais coisa menos coisa) para a MTV Portugal, chega finalmente à internet, e em especifico ao veÃculo de divulgação multimédia mais popular dos nossos tempos, o novo vÃdeo de (DJ) Ride. ExtraÃdo do último álbum de originais do jovem talento das Caldas da Rainha (Psychedelic Sound Waves), "Move", com a participação do MC Concept, é um eloquente desfile visual do universo idealizado sonoramente por Ride.
Com um artwork (à base de várias montagens de fotos) concebido inicialmente para a capa do disco pelas mãos de Kodap (Carlos Quitério), a concepção do vÃdeo vai mais além na interpretação do som, garantindo movimento contÃnuo entre o presente e o futuro com ondas sonoras psicadélicas capazes de nos levar da realidade fÃsica ao acontecimento virtual, sempre na tentativa da interpretação do prazer que o bom groove induz no espÃrito humano. Este vÃdeo conta ainda com a participação técnica de Gonçalo C. Santos. Da ex-Music (e agora Reallity) TV até ao domÃnio cada vez mais controlado do You Tube, a liberdade criativa ilimitada do "grande das Caldas".
Com um artwork (à base de várias montagens de fotos) concebido inicialmente para a capa do disco pelas mãos de Kodap (Carlos Quitério), a concepção do vÃdeo vai mais além na interpretação do som, garantindo movimento contÃnuo entre o presente e o futuro com ondas sonoras psicadélicas capazes de nos levar da realidade fÃsica ao acontecimento virtual, sempre na tentativa da interpretação do prazer que o bom groove induz no espÃrito humano. Este vÃdeo conta ainda com a participação técnica de Gonçalo C. Santos. Da ex-Music (e agora Reallity) TV até ao domÃnio cada vez mais controlado do You Tube, a liberdade criativa ilimitada do "grande das Caldas".
Lounge e Café Au Lait recebem festa de reabertura do Bodyspace
· POR Rafael Santos · 03 Set 2010 · 00:05 ·
© Teresa Ribeiro
Tornou-se, em definitivo, uma tradição. Rentrée é sinónimo de festa para todo o staff do Bodyspace. É para nós e é, especialmente, para vós. Com dois eventos distintos no espaço mas idênticos no espÃrito, celebramos de forma simples, mas sempre sentida, o regresso à realidade quotidiana. E não será necessariamente mau o retomar da rotina mesmo depois de um Verão escaldante tomado por um sem número de festivais, praia, campo e outras formas de lazer que fazem parte do ideal de férias.
Reflexões à parte, e regressando ao essencial deste texto, o que se pretende é, desde já, lançar o convite para mais um par de festas que o Bodyspace humildemente organiza. Uma vez mais dividido entre Lisboa e o Porto, estes dois eventos têm como simples objectivo assinalar o regresso à actividade diária deste site e retomar o contacto com quem nos acompanha com regularidade. Por isso é para vós que é dirigido este convite formal.
Com o Verão praticamente no fim, e já com outros afazeres em mente, de certo que haverá espaço na vossa agenda para uma escapadela logo à noite (3 de Setembro) até ao Lounge, em Lisboa, e amanhã (4 de Setembro) até Café Au Lait, no Porto. No Lounge temos convidado surpresa. E terão de lá passar para fazer parte dessa surpresa; acreditem que vale a pena. Para o Café Au Lait o "cardápio" não reserva nenhum segredo em particular, mas nem por isso deixará de ter alguns nomes pertinentes para vosso regozijo, entre eles a presença de Cavalheiro. Como é da praxe, a malta cá da casa estará agarrada aos pratos entretida a entreter-vos com os disquinhos que fazem as nossas delÃcias. Ficamos à vossa espera. Podendo, é ir.
ODDSAC, o filme dos Animal Collective exibido em Serralves
· POR André Gomes · 02 Set 2010 · 19:49 ·
Numa co-produção entre a Filho Único e Fundação de Serralves, o Auditório de Serralves apresenta no dia 16 de Setembro, às 21h30, ODDSAC, apresentado como um «filme experimental concebido e realizado pelo grupo Animal Collective (música) e Danny Perez (imagem)». Depois de a Filho Único ter apresentado o filme em Lisboa (em Junho passado), é agora a vez de o mostrar no Porto.
A produção de ODDSAC estendeu-se ao longo de quatro anos, em «perÃodos de intervalo da banda entre discos, sucessivas tours e ascensão a um estatuto Ãmpar e celebrado de estetas pop contemporâneos». O filme teve a sua antestreia mundial no Festival de Sundance deste ano, seguindo-se desde então exibições um pouco por todo o mundo para dar resposta à expectativa criada em torno do resultado final do objecto. Os bilhetes para a exibição na Fundação de Serralves já estão à venda e custam 4 euros.
Recordamos que Danny Perez falou com o Bodyspace acerca do filme numa entrevista que pode ser lida aqui mesmo.
Gala Drop com reedição do disco de estreia, nova edição e concertos em Nova Iorque
· POR André Gomes · 02 Set 2010 · 17:01 ·
A rentrée reserva algumas notÃcias frescas para os Gala Drop. A primeira: acabam de reeditar o primeiro disco em vinil gatefold pela Gala Drop Records. A segunda: no final de Setembro sairá a segunda edição do colectivo, um EP de 4 musicas (12") pela Golf Channel Recordings nos E.U.A. e pela Gala Drop Records em Portugal. Duas das canções estão disponÃveis no myspace dos Gala Drop.
A terceira notÃcia: os Gala Drop vão dar dois concertos em Nova Iorque. Um no dia 10 de Setembro em Chinatown, na festa No Ordinary Monkey (organizada pelo mentor da Golf Channel Recordings, Phil South), e no dia 11 de Setembro na Governors Island, a convite, imagine-se, de Panda Bear. Nesse dia tocam também os Teengirl Fantasy e a noite acaba com um DJ Set do Avey Tare (dos Animal Collective). Em breve serão anunciadas as festas de lançamento do 12" em Lisboa e no Porto.
Victor Gama e Francisco López são os destaques do 12º Ciclo de Música Contemporânea de Cáceres
· POR Miguel Arsénio · 02 Set 2010 · 16:48 ·
O Ciclo de Música Contemporânea de Cáceres inaugura e encerra a sua décima segunda edição com dois nomes de excepção: Victor Gama e Francisco López. A boa forma do primeiro marcou há pouco tempo uma actuação no Teatro Maria Matos, onde o luso-angolano apresentou a peça áudio-visual SOL(t)O. Victor Gama tem vindo ultimamente a colaborar com o Kronos Quartet e é nobre ao ponto de convidar o público a tocar os seus Pangeia Instrumentos no final das suas actuações. Francisco López, por sua vez, mantém um discurso único dentro dos últimos 30 anos da música experimental. Trabalhando num regime de quase reclusão, geralmente avesso a colaborações, o espanhol habituou-nos a uma produção imparável que já semeou discos na Alien8, Mego e Baskaru, além de várias participações em algumas das mais importantes labels europeias (caso da Raster-Noton). O tremor na música de Francisco López chega a ser tão discreto ou tão intenso, que é difÃcil dizer se a sua passagem por Cáceres provocará um sismo sonante ou a falsa sensação de silêncio. Rezemos então pelos nossos hermanos. O Ciclo terá então lugar no Museu Vostell Malpartida, em Cáceres, na região da Extremadura, durante o mês de Setembro.
Eis o programa completo:
- 10 de Setembro - Victor Gama
- 16 de Setembro - David Fenech, Ghédalia Tazartès & Jac Berrocal
- 17 de Setembro - Maggie Nicols & Phil Minton
- 23 de Setembro- Roberto Mallo + Miguel A. GarcÃa
- 24 de Setembro - Francisco López
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