Abril 2010
PAUS estreiam-se nos telediscos com kuduro num Onda Parque em ruínas
· POR Pedro Rios · 30 Abr 2010 · 16:24 ·
É uma imagem digna de figurar em Ruínas. Mas onde o documentário de Manuel Mozos é silêncio, o teledisco de "Mudo e Surdo" é todo ele energia a crepitar, aquele tipo de optimismo à flor da pele própria de malta do hardcore e dança, muita dança. O local é o Onda Parque, na Costa da Caparica, que Joaquim Albergaria, um dos dois bateristas dos PAUS, "um monumento ao hedonismo veraneante pré-ASAE e desastre do Aquaparque". Apesar de abandonado, o local é "muito bonito", diz ao Bodyspace.
O vídeo, realizado por Bruno Ferreira, conta com as danças dos Pupilos do Kuduro, em versão slow motion. "O [baixista] Makoto descobriu-os a ensaiar à porta do [estúdio] Black Sheep, no vão de um complexo de garagens, com o som a sair de um telemóvel ou de um discman com colunas de computador", conta.
"Nessa altura estávamos a começar a compor o EP e falou-se logo que era fixe fazer um vídeo com eles", acrescenta. "Depois o Bruno Ferreira, nosso amigo, realizador aí a rebentar, que já tinha realizado o vídeo da 'One Wing Cesna' para os Riding Pânico, disse que queria fazer um vídeo com a nossa música. O universo alinhou-nos. Um 'brainstormezito' depois, estava decidido que íamos para as ruínas do Ondaparque, com os Pupilos do Kuduro enquanto alguns seniores, em toda a sua calma e indiferença, jogavam damas e dominó. Simples."
"A beleza do resultado, para mim, está na 'organicidade' das prestações de todos os participantes: os dançarinos decidiam o que fazer antes de cada take, e aos velhotes não foi dada qualquer direcção", conclui.
"Mudo e Surdo" é o primeiro single do EP de estreia dos lisboetas, agendado para Junho.
Mazgani edita Song of Distance
· POR André Gomes · 28 Abr 2010 · 20:03 ·
Desde a passada segunda-feira, é possível encontrar nas lojas o novo trabalho de Mazgani Song Of Distance (com edição da Vachier & Associados), que se segue a Song of The New Heart editado em 2007, e do EP Tell the People em 2009.
Este disco conta novamente com a produção de Pedro Gonçalves e Hélder Nelson. Diz a história que Mazgani e os seus cúmplices recolheram-se no campo e entre caminhos de cabras e olivais, montaram um estúdio improvisado num dos espaços do CENTA (Centro de Novas Tendências Artísticas), tendo lá gravado 14 canções em cerca de 10 dias. A ambição era, diz-se, encontrar a paixão e a verdade de cada desempenho, a vida de cada canção.
Mazgani prepara-se para apresentar este seu novo trabalho um pouco por todo o país destacando-se as apresentações no Porto (30 de Março) no Passos Manuel e em Lisboa (6 de Maio) no Santiago Alquimista. A entrada para estes concertos é oferecida na compra do disco, que deve ser apresentado com o respectivo talão de compra nas salas dos espectáculos.
Este disco conta novamente com a produção de Pedro Gonçalves e Hélder Nelson. Diz a história que Mazgani e os seus cúmplices recolheram-se no campo e entre caminhos de cabras e olivais, montaram um estúdio improvisado num dos espaços do CENTA (Centro de Novas Tendências Artísticas), tendo lá gravado 14 canções em cerca de 10 dias. A ambição era, diz-se, encontrar a paixão e a verdade de cada desempenho, a vida de cada canção.
Mazgani prepara-se para apresentar este seu novo trabalho um pouco por todo o país destacando-se as apresentações no Porto (30 de Março) no Passos Manuel e em Lisboa (6 de Maio) no Santiago Alquimista. A entrada para estes concertos é oferecida na compra do disco, que deve ser apresentado com o respectivo talão de compra nas salas dos espectáculos.
Exploitation IV com United Scum Soundclash e Steve Mackay (The Stooges) no Maus Hábitos
· POR André Gomes · 28 Abr 2010 · 16:18 ·
Lembram-se de Fun House? Lembram-se daquele saxofone diabólico na fabulosa "1970" dos Stooges? Steve MacKay é o homem por detrás desses solos do demo e hoje estará na 4ª edição do Exploitation, feliz encontro da Lovers & Lollypops e a Soopa, no Maus Hábitos, na cidade do Porto. O concerto acontece com o United Scum Soundclash, a união entre os membros dos colectivos Soopa (Porto, Portugal) e Radon (Estados Unidos/França). Quem sobe ao palco hoje? Jonathan Saldanha, Filipe Silva, Gustavo Costa, Henrique Fernandes, João Filipe, Scott Nydegger (sarilhos) e Henry Barnes. O encontro de titãs está marcado para as 22H30.
Já existem datas para a apresentação do novo disco da Feromona
· POR Miguel Arsénio · 28 Abr 2010 · 11:03 ·
Alfama e Seatlle voltam a trocar postais encardidos de melodia e rock poderoso no prometido segundo álbum do trio lisboeta Feromona. A apresentação do sucessor de Uma Vida a Direito está marcada para o Musicbox, de Lisboa, no dia 15 de Maio, e Plano B, no Porto, no dia 19 de Junho. É provável que o ânimo vivido nas duas cidades seja um pouco diferente por essa altura, mas um concerto da Feromona (e 4 ou 5 cervejas) costuma fazer milagres pelo astral de quem se atreve. Ultimamente, a Feromona retomou a sua actividade com apetitosos teasers do próximo álbum e a participação num meta-filme bastante intrigante. O título Isto não é Hollywood, bebé flutua também por aí e, aos poucos, continuam a surgir fotografias do vocalista e guitarrista Diego Armés levado em braços pelos companheiros de banda. Algo nos diz que as novas canções andam mais próximas da beirinha da piscina.
O vídeo em baixo regista a contratação da Feromona pela Amor Fúria (Campo Grande é quase Alvalade!) numa excelente paródia das reportagens dedicadas a novas contratações futebolísticas (parabéns a quem reproduziu a edição peculiar destas peças). Ainda assim, o desempenho do Almirante Ramos destaca-o desde já como principal candidato a um prémio Razzie em 2011:
O vídeo em baixo regista a contratação da Feromona pela Amor Fúria (Campo Grande é quase Alvalade!) numa excelente paródia das reportagens dedicadas a novas contratações futebolísticas (parabéns a quem reproduziu a edição peculiar destas peças). Ainda assim, o desempenho do Almirante Ramos destaca-o desde já como principal candidato a um prémio Razzie em 2011:
John Surman, Louis Sclavis e Evan Parker Electro-Acoustic Ensemble em destaque no Jazz em Agosto 2010
· POR Nuno Catarino · 27 Abr 2010 · 16:29 ·
John Surman
Foi hoje revelada a programação do Jazz Em Agosto 2010. Sob o lema “o outro lado do jazz”, a edição desde ano do festival da Gulbenkian apresenta concertos dos duos John Surman/Jack DeJohnette e Han Bennink/Guus Janssen, do grupo “Lost on the Way” de Louis Sclavis e duas grandes formações all-star: Evan Parker Electro-Acoustic Ensemble e Circulasione Totale Orchestra (que junta músicos como Louis Moholo, Frode Gjerstad, Sabir Mateen ou Paal Nilssen-Love). Além destas formações, vão ainda passar pelos palcos da Gulbenkian músicos como Raymond Strid, Luc Ex ou Veryan Weston. A cena nacional estará representada por dois grupos, o RED Trio - Rodrigo Pinheiro, Hernâni Faustino e Gabriel Ferrandini - e o Open Speech Trio (que conta com o flautista Carlos Bechegas). O programa do Jazz em Agosto inclui também as habituais conferências e exibição de filmes (documentários sobre Han Bennink e Albert Mangelsdorff). A programação completa está ali no site oficial.
Barroselas Metal Fest celebra a sua 13ª edição
· POR Bruno Silva · 27 Abr 2010 · 15:26 ·
Em consonância com uma tendência para o crescimento constante, a 13ª edição do Barroselas Metal Fest revela este ano o seu cartaz mais ambicioso. Ao todo serão mais de três dezenas de bandas espalhadas entre os dias 29 de Abril e 2 de Maio. Para a esta edição, o destaque terá de ir necessariamente para os alemães Kreator. Verdadeira instituição do trash-metal que celebra este ano o seu 25º aniversário. Para além destes, ressalve-se a presença dos norte-americanos Immolation, com o recentíssimo Majesty and Decay carregado de elogios um pouco por todo lado; do grincore alucinado dos Dying Fetus ou do negrume black metal dos noruegueses Aura Noir. Saliente-se também a presença do lendário power trio japonês Zeni Geva de K. K. Null (que irá também actuar a solo) que contam agora nas suas fileiras com Tatsuya Yoshida (Ruins, Knead, etc.). Mostra de que o metal já há muito assumiu a sua volatilidade para campos cada vez menos óbvios. Os bilhetes para os três dias (o dia 29 é de entrada gratuita) custam 60 euros em pré venda e 70 no local. Para mais informações acerca do evento consultem o site: http://www.swr-fest.com.
Vashti Bunyan e B Fachada distribuem diamantes pelo Lux em Maio
· POR Miguel Arsénio · 27 Abr 2010 · 11:27 ·
A tolerância de ponto, motivada pela visita do Papa, vem a calhar para quem possa querer assistir à estreia nacional de Vashti Bunyan, inestimável lenda folk, que promete encantar o Lux de Lisboa, no próximo dia 13 de Maio. A história de Vashti é sobejamente conhecida e pode ser resumida em algumas palavras: promissora songwriter grava um documento único de folk espairecida, Just Another Diamond Day, que o tempo e o culto trataram de determinar como clássico, depois de uma primeira recepção fria (e devastadora para a própria). Há até quem, com toda a legitimidade, afirme que adorava habitar nas músicas da madrinha espiritual de figuras como Devendra Banhart ou Joanna Newsom. De resto, as novidades referentes ao sucessor de Lookaftering (álbum de família afectiva revelado no regresso de 2005) circulam desde 2008, ainda que o mais recente activo de Vashti Bunyan seja apenas verificável em pontuais colaborações e algumas faixas cedidas a compilações. Há que reconhecer que a avançada idade da senhora já não permite a aventura de um disco-triplo (e trajes menores).
Como se a presença de Vasthi não bastasse para que o serão de 13 de Maio seja de diamante, a primeira parte contará com o colorido da bombazina vermelha e as canções de B Fachada. Sobre o próprio já muito foi dito, mas nunca é demais relembrar que se trata do autor de dezenas de canções que não param de crescer e o incansável pensador de uma lírica distinta cada vez mais presente nas palavras e intimidade dos rendidos. Se a promessa dos “dois discos por ano” não falhar em 2010, é bem provável que o Lux conheça também algumas novidades em primeira-mão. B Fachada não costuma fazer grande segredo do que tem em laboratório e tem sido um enorme privilégio assistir à estreia de canções antes da consagração em disco.
Fica a lembrança do magnifico EP, Prospect Hummer, em que Vashti Bunyan deu voz a alguns out-takes, de Sung Tongs, o disco maior dos Animal Collective:
Como se a presença de Vasthi não bastasse para que o serão de 13 de Maio seja de diamante, a primeira parte contará com o colorido da bombazina vermelha e as canções de B Fachada. Sobre o próprio já muito foi dito, mas nunca é demais relembrar que se trata do autor de dezenas de canções que não param de crescer e o incansável pensador de uma lírica distinta cada vez mais presente nas palavras e intimidade dos rendidos. Se a promessa dos “dois discos por ano” não falhar em 2010, é bem provável que o Lux conheça também algumas novidades em primeira-mão. B Fachada não costuma fazer grande segredo do que tem em laboratório e tem sido um enorme privilégio assistir à estreia de canções antes da consagração em disco.
Fica a lembrança do magnifico EP, Prospect Hummer, em que Vashti Bunyan deu voz a alguns out-takes, de Sung Tongs, o disco maior dos Animal Collective:
Programação do Jazz em Agosto será desvendada terça-feira
· POR Nuno Catarino · 23 Abr 2010 · 12:51 ·
O programa da edição 2010 do festival Jazz em Agosto será apresentado na próxima terça-feira, dia 27 pelas 11h30, no Auditório 3 da Gulbenkian. Além de se desvendar o alinhamento do festival jazz e etc. mais aguardado do ano, será também apresentado o novo disco da "Jazz em Agosto Series" da editora Clean Feed, o Peter Evans Quartet Live In Lisbon (que, como se percebe pelo título, foi gravado ao vivo na edição 2009 do festival da Gulbenkian). Esta apresentação será acompanhada por um "showcase" do trompetista Peter Evans com o contrabaixista Tom Blancarte (ou seja, 50% do quarteto) - uma rara oportunidade para ver ao vivo o genial trompetista que marcou o Jazz em Agosto 2009.
Em Junho e Julho o Maria Matos excede-se: há Maranha/Mota/Youngs, Hanne Hukkelberg e The Necks
· POR Nuno Catarino · 21 Abr 2010 · 17:03 ·
Já andávamos muito bem habituados, mas a programação para os meses de Junho e Julho do lisboeta Teatro Maria Matos não pára de surpreender. São três concertos e o nível continua muito alto. No dia 21 de Junho o britânico Richard Youngs vai juntar a sua voz à dupla portuguesa Manuel Mota e David Maranha. Será uma combinação imprevisível, três músicos com linguagens altamente individualizadas num encontro que promete muito: a voz de Youngs vai procurar o seu caminho entre a guitarra irrequieta de Mota e o órgão nebuloso de Maranha. No dia 16 de junho actuam os australianos The Necks, trio de jazz progressivo, cultores de uma música cerebral, de desenvolvimento lento, de uma obsessão pela repetição. No dia 14 de Julho será a vez de Hanne Hukkelberg, que regressa a Lisboa com as suas canções doces vindas do frio. São só três concertos, mas vão certamente marcar o ano de 2010.
Ficamos sem Gifted Unlimited Rhymes Universal e agora o mundo é inevitavelmente um local menos bom onde viver
· POR André Gomes · 20 Abr 2010 · 16:49 ·
Keith Elam, mais conhecido por Guru, também conhecido como Gifted Unlimited Rhymes Universal, também conhecido como fundador dos Gang Starr (com DJ Premier), também conhecido por fundir com enorme sucesso o hip hop e o jazz nas aventuras Jazzmatazzianas (os dois primeiros volumes são discos essenciais na colecção de qualquer melómano de ouvidos bem abertos), faleceu ontem vítima de cancro. Mais do que um obituário, serve esta notícia para convidar quem não conhece ainda a obra de Guru (tanto com os Gang Starr como nos versículos Jazzmatazzianos) que o faça rapidamente, evitando correr o risco de se passar ao lado de um dos músicos mais influentes das últimas décadas.
Por curiosidades das redes sociais, encontramos João Valente que teve a oportunidade de conhecer Guru pessoalmente. A história é esta: “estava lá por causa de uma campeonato de surf e na avenida marginal de Oceanside estava uma feira cheia de soul, só com expositores blacks e muitos soul brothers a passear, o que contrastava radicalmente com os tons dourados/amarelos do surf. Andei por lá a perambular e fui parar numa barraquinha onde estava a dar alto som (que vim a saber depois, era do jazzmatazz) e vi uma t-shirt que apeteceu-me comprar, com a imagem que está na capa do álbum”, conta. E continua: “comprei-lhe a minha cópia do Jazzmatazz em mãos em 1993, em Oceanbeach, CA, durante as festas do Awareness Day. E o engraçado é que ia comprar a t-shirt mas não o álbum. Ele é que me disse para levar o disco, uma vez que ia levar a t-shirt. Perguntei-lhe se era bom e ele disse-me: “I think it is, but I'm suspicious”. Não fazia ideia de quem ele era na altura”, remata. João Valente termina com um “Rap in Peace...” que partilhamos.
Para recordar Guru ou conhecer basta clicar aqui em baixo para ouvir a luminosa “No Time To Play”:
Noite grande no Plano B esta terça-feira e com a ajuda do vulcão Eyjafjallajokull
· POR André Gomes · 19 Abr 2010 · 21:08 ·
Prevê-se uma grande noite para amanhã no Plano B, no Porto, de pop bizarro e rock para foder os ouvidos em bom: os enormes Crystal Antlers, senhores de canções de diversos encantos, que já andam pela cidade, fecham uma noite que inclui ainda os New Times Viking (que em Lisboa tocam em conjunto com Lee Ranaldo e Rafael Toral no dia seguinte) e um dano colateral anunciado em primeira mão aqui no Bodyspace: é que por causa do vulcão Eyjafjallajokull (que tem despertado todo o tipo de reacções pelo mundo fora) os garageiros The Sticks juntam-se ao rol de argumentos para ninguém perder a noite de amanhã.
Ouçam lá isto e digam-nos se vale mesmo a pena ficar amanhã em casa alapado no sofá a tentar vincar a marca do rabo na melhor tradição de Homer Simpson:
Violet tem nova mix e promete sova de A.M.O.R. no LX Factory
· POR Miguel Arsénio · 19 Abr 2010 · 14:57 ·
Quando não está a dar uso a uma voz irresistível, nas sempre animadas sessões do programa de rádio Ginga Beat, Inês Coutinho / Violet gosta de combinar “malhas” favoritas em mixes feitas num ambiente caseiro. A mais recente mix pode ser escutada aqui e diríamos que soa um pouco a banda-sonora para boxe entre robots amigos. Violet garante que esta é a primeira numa série de mixtapes (nome falso, mas romântico) intitulada Violet’s Dance. Este primeiro volume abre com um clássico dos De La Soul (escolaridade obrigatória), passa por excelentes novidades da Hyperdub e reserva ainda tempo para o produtor texano VVV (que vai certamente arranjar merda com Alan Vega se continuar a utilizar este nome). Para 7 de Maio está marcada uma rica noite de novos ritmos com Violet a dar balanço às rimas de A.M.O.R. e as presenças de Octa Push, DJ Unite, DJ Glue, DJ Kwan e Refill com Da Chick. As actuações serão distribuídas por dois palcos do Espaço Factory e LX Factory (ali pertinho de Alcântara, bairro sempre limpinho de Lisboa).
Crystal Castles editam álbum homónimo em Junho
· POR André Gomes · 16 Abr 2010 · 21:31 ·
Os Crystal Castles, que até parece que vão tocar na Queima das Fitas do Porto (se entretanto a organização e banda se decidirem), editam um segundo álbum, homónimo, em Junho. O álbum será lançado no dia 7 do anunciado mês, através da Fiction Records/Universal Music. Com o disco anterior, Ethan Kath e Alice Glass venderam mais de 200 mil cópias, um número algo impressionante para os territórios em que se movimentam.
Este novo disco, produzidos por Ethan Kath, tem temas compostos em ambientes muito diferentes e em vários locais do mundo, incluindo "uma igreja na Islândia, um estúdio improvisado no Ontário e a garagem das traseiras de uma loja de conveniência abandonada em Detroit".
O novo álbum é antecedido pela edição limitada, em vinil de 12 polegadas, de "Doe Deer", seguido pelo single "Celestica". Lembramos o vídeo de "Love and Caring":
Este novo disco, produzidos por Ethan Kath, tem temas compostos em ambientes muito diferentes e em vários locais do mundo, incluindo "uma igreja na Islândia, um estúdio improvisado no Ontário e a garagem das traseiras de uma loja de conveniência abandonada em Detroit".
O novo álbum é antecedido pela edição limitada, em vinil de 12 polegadas, de "Doe Deer", seguido pelo single "Celestica". Lembramos o vídeo de "Love and Caring":
Começa hoje o festival UM BEIJINHO PARA A MINHA MÃE e termina amanhã; pelo meio Dreams faz a sua estreia
· POR André Gomes · 15 Abr 2010 · 15:51 ·
A estreia da LOTTA LIPS, uma nova promotora que promete mais coisas boas para breve, dá-se hoje com o Festival UM BEIJINHO PARA A MINHA MÃE e vai até amanhã com seis propostas frescas da nova música portuguesa. O festival decorre no Passos Manuel, no Porto, e tem hoje um DJ Set com marca Bodyspace.net. Do cartaz fazem parte OCP, Dreams, Manuel Gião, Coelho Radioactivo, Cão da Morte e Peltzer. Um dos nossos destaques vai mesmo para a estreia de Dreams, com quem fomos falar na véspera do concerto no Passos Manuel.
E João Chaves disse-nos o seguinte: «tudo começa com um telefonema. O Francisco liga-me há uns tempos a perguntar se eu estou disponível para dar um concerto no dia 15 de Abril. Obviamente que eu aceitei com o maior dos entusiasmos, primeiro porque alguém estava interessado na minha música e segundo porque iria dar o meu primeiro concerto (os DJ Sets não contam [risos]). A partir daí muita coisa começou a surgir. Uma das primeiras coisas que me veio à cabeça foi o facto de ir tocar sozinho e não ter uma "banda". Já era algo que eu andava a pensar há algum tempo, mas depois da confirmação do concerto ainda mais bateu na minha cabeça. Já andava com ideias de adicionar um baterista para os possíveis live acts e fui então procurar um. Encontrei, e andámos em conversações e ensaios até hoje, mas a coisa não bateu muito certo porque o tempo foi pouco. Para minha tristeza o baterista teria que ficar para a próxima. Quase ao mesmo tempo um amigo meu guitarrista bateu à porta e mostrou-se interessado em colaborar comigo. Foi óptimo porque eu também andava à procura, mas neste caso já nem sequer pensei em levá-lo até ao concerto, era quase tarefa impossível».
João Chaves descreveu um pouco mais o processo de preparação para o concerto de hoje: «seguiu-se a semana que passou, em que tentei conciliar um monte de trabalhos para a faculdade e várias tentativas (que ainda duram até hoje) para preparar algo para o concerto de amanhã. Entretanto o meu computador começou a anunciar cansaço e parecia que não me queria ajudar nem em uma coisa nem outra. Depois veio o e-mail da Lotta Lips por causa da vendas dos EPs e lá fiquei eu com ideias de tornar físico o Simple Steps e lá foi mais uma preocupação. Falei com um amigo meu da faculdade e ele até se mostrou interessado na minha ideia e lá a tornámos física. Não ficou uma super produção, mas para o tempo que tivemos foi óptimo e a melhor das notícias é que vai ser super barato! Por isso vejam lá se levam uns trocados», avisa.
Termina João Chaves: «finalmente hoje ficou tudo mais ou menos preparado, mas ainda estou a tentar decorar algumas letras (shame on me). O que é certo é que isto tudo me pôs a pensar o quão rápido tudo isto está a ser. A música está a passar e não me queixo por isso, às vezes penso é se consigo acompanhar isto tudo. [risos] Ainda hoje veio um músico de Luxemburgo a convidar-me para disponibilizar o meu EP na netlabel dele e ir lá tocar. Quando parece que as coisas vão acalmar um pouco lá vem sempre mais uma para adicionar ao repertório. [risos] Bem, mas o que é certo é que eu não estou parado e aqui no "backstage" estão sempre a acontecer coisas e tudo está a ser feito para que a experiência visual e auditiva em DREAMS seja cada vez melhor.
João Chaves resume, finalmente, tudo para nós: «amanhã vou tocar sozinho». [risos] «E espero que comprem o EP». Vejam lá isso.
O documentário musical marca presença no Indie Lisboa
· POR Miguel Arsénio · 15 Abr 2010 · 00:05 ·
A sétima edição do Festival Indie Lisboa decorre em várias salas da cidade entre os dias 22 de Abril e 2 de Maio. Quem fica muito incomodado com a palavra indie vai ter mesmo de se aguentar à bronca durante os dias de festival, porque a selecção deste ano promete atrair público e gerar algum debate (os novos de Herzog e Abel Ferrara aquecem sempre o ambiente). O IndieMusic, secção do festival focada no documentário musical, conta com excelentes propostas. O Bodyspace decidiu destacar as seguintes:
- All Tomorrow’s Parties, de All Tomorrow's People, Jonathan Caouette
23 Abril, 23:59, Cinema São Jorge, Sala 3 • 1 Maio, 23:30, Cinema São Jorge, Sala 3
Um registo-guerrilha de diferentes edições daquele que é certamente um dos mais importantes festivais da actualidade e aquele que atribuiu aos artistas a responsabilidade de escolher os nomes do cartaz. Se a foto em cima não engana, deve valer a pena, nem que seja para ver Brian Chippendale, dos Lightning Bolt, a partir a loiça toda na bateria e com um microfone enterrado na boca.
- Leonard Cohen: Live at the Isle of Wight 1970, de Murray Lerner
24 Abril, 23:59, Cinema São Jorge, Sala 3 • 2 Maio, 18:45, Cinema São Jorge, Sala 3
Documentário dedicado a uma das actuações míticas do Poeta Canadiano, que ninguém consegue desassociar das sensações proporcionadas por chá e bolinhos em quartos de hotel. Give me c***k and a*n*l s*x.
- Strange Powers: Stephin Merritt and the Magnetic Fields, de Kerthy Fix e Gail O'Hara
29 Abril, 23:59, Cinema São Jorge, Sala 3
O título é suficientemente elucidativo. Eu só não queria deixar de alertar o colunista da notícia de anteontem.
- Villalobos, de Romuald Karmakar
29 Abril, 21:45, Cinema São Jorge, Sala 1 • 2 Maio, 21:30, Cinema São Jorge, Sala 3
Retrato aprofundado do enigmático DJ e produtor chileno Ricardo Villalobos. É ainda mais pertinente na antecipação da actuação do próprio no Super Bock Super Rock deste ano.
- We Don’t Care About Music Anyway…, de Gaspard Kuentz e Cédric Dupire
23 Abril, 16:15, Cinema São Jorge, Sala 3 • 1 Maio, 21:30, Cinema São Jorge, Sala 3
Documentário dedicado aos diferentes prismas da mais desafiante música japonesa. O fetichista em mim espera que os Gerogerigegege não sejam esquecidos.
O festival oferece também a oportunidade de ver em sala Tradição Oral Contemporânea, brilhante e visionária análise do processo de tradicionalização, filmada por Tiago Pereira e incidente no escritor de canções B Fachada, figura capaz de tornar o filme numa antologia instantânea. A crença e a descrença marcarão presença. A programação do IndieMusic contempla ainda a série Musicbox Club Docs, que aborda as influências, o processo criativo e o trabalho de cinco artistas nacionais (JP Simões e Dealema, entre outros) em igual número de documentários.
Quatro; são quatro os nomes portugueses no Exit Festival na Sérvia
· POR André Gomes · 14 Abr 2010 · 12:05 ·
Cabe-nos anunciar a presença de quatro nomes portugueses em Julho no Exit Festival, tido como um dos maiores festivais Europeus de música. Os nomes portugueses para a edição 2010 do festival que acontece na Sérvia são os de :papercutz, DJ Ride, Rui da Silva e Stereo Addiction. Recorde-se que por lá já passaram os enormes Buraka Som Sistema.
O Exit Festival decorrerá de 8 a 11 de Julho em Novi Sad, na Sérvia, e conta no cartaz este ano com nomes como LCD Soundsystem, Faith no More, Chemical Brothers, Röyksopp, Placebo, Juliette Lewis, DJ Shadow ou Crystal Castles.
Depois de terem tocado em Março no festival South by Southwest, no Texas, os :papercutz voltam a sair do país para apresentar na Sérvia o álbum de estreia, Lylac, e temas de um novo registo, a editar ainda em 2010. A eles juntam-se a dupla de DJ Stereo Addiction, de Gustavo Rodrigues e John-E, Rui da Silva e DJ Ride, que acaba de lançar o álbum Psychedelic Sound Waves.
É ver aqui DJ Ride a distribuir classe no Optimus Alive!09 :
O Exit Festival decorrerá de 8 a 11 de Julho em Novi Sad, na Sérvia, e conta no cartaz este ano com nomes como LCD Soundsystem, Faith no More, Chemical Brothers, Röyksopp, Placebo, Juliette Lewis, DJ Shadow ou Crystal Castles.
Depois de terem tocado em Março no festival South by Southwest, no Texas, os :papercutz voltam a sair do país para apresentar na Sérvia o álbum de estreia, Lylac, e temas de um novo registo, a editar ainda em 2010. A eles juntam-se a dupla de DJ Stereo Addiction, de Gustavo Rodrigues e John-E, Rui da Silva e DJ Ride, que acaba de lançar o álbum Psychedelic Sound Waves.
É ver aqui DJ Ride a distribuir classe no Optimus Alive!09 :
Laura Gibson e Alasdair Roberts embalam o Cinema Nimas em Abril
· POR Miguel Arsénio · 14 Abr 2010 · 11:26 ·
Laura Gibson é o último nome confirmado para o Cinema Nimas, de Lisboa. A actuação da folker na capital está marcada para o dia 30 de Abril. A norte-americana toca também no dia seguinte, 1 de Maio, no Sociedade Harmonia Eborense, em Évora. O ano passado, Beast of Seasons, deixou-nos com óptimas referências em termos de canções e arranjos. É um daqueles discos que promete. Ultimamente, Laura Gibson cedeu a voz às composições solarengas de Ethan Rose no laboratório de amor Bridge Carols. Antes de Laura Gibson, o Cinema Nimas recebe, já no próximo dia 18, Alasdair Roberts, outro folker mais próximo do clássico do que da última vaga freak. Alasdair Roberts é, desde há alguns anos, um dos escritores de canções da Drag City que edita um disco por cada ano ímpar (o outro é Bill Callahan). O último Spoils andou ao colo do nosso Nuno Leal por aqui.
Dias da Música vão invadir o CCB
· POR Nuno Catarino · 14 Abr 2010 · 10:47 ·
O Centro Cultural de Belém prepara-se para acolher, nos dias 23, 24 e 25 de Abril (liberdade!) mais uma edição do festival "Dias da Música". Com esta edição 2010 subordinada ao tema "As paixões da alma" (este ano não há um compositor ou uma época em foco), serão apresentados 72 concertos, distribuídos por sete salas. Pelos diversos espaços do CCB irão passar músicos e formações como a Orquestra de Câmara Portuguesa, Fazil Say, Schostakovich Ensemble, Jorge Moyano, Orchestrutopica ou o bluesman Corey Harris - a listagem completa dos concertos está mesmo ali. O preço para a maioria dos concertos é 6€, com excepção do concerto inaugural (10€) e dos concertos no grande auditório (8€, 5€ para as galerias). O objectivo da organização é "abranger os mais variados géneros e épocas, fazendo apelo à comunidade musical para que reflicta connosco uma programação transversal aos séculos, abrangente e surpreendente na evocação das paixões que cada obra inspira". Se a tradição se cumprir, estes Dias da Música vão confirmar-se como um dos pontos altos do ano musical do CCB. A oferta de concertos é enorme, o único problema será só escolher.
Pedro Magina, Bill Orcutt e DJ Ride animam o Record Store Day da Flur
· POR Miguel Arsénio · 12 Abr 2010 · 20:23 ·
Não devia ser assim, mas a loja de discos tradicional já merece o seu próprio dia de celebração em vários pontos do mundo. Entre outras coisas, o Record Store Day (vou evitar a tradução parva) tem servido como pretexto para o lançamento de algumas edições exclusivas (lá fora) e também para relembrar como é porreiro comprar o disco físico junto de quem trata a música com um afecto personalizado e especial, que não existe certamente nas grandes plataformas e muito menos nas lojas online (este é o meu melhor parecer Chomsky). Como uma das poucas lojas tradicionais de discos, que ainda resiste honrosamente em Lisboa, a Flur festeja desde o ano passado o Record Store Day nas suas instalações, em Santa Apolónia.
O ano passado o dia foi animado por gente como os Aquaparque (com calma, mas à campeão) e a dupla Samuel Úria e B Fachada (classe e mais classe). Na edição deste ano, a decorrer no dia 17 de Abril (sábado), Pedro Magina, dos Aquaparque, regressa à Flur em modo Nazca Lines e pronto para viajar pela memória do futebol da Divisão de Honra através de alguns teclados marados. Ainda na crista de Psychedelic Sound Wives, o prodigioso DJ Ride promete abanar os rabos in da house com um delicioso scratch de escola.
Enquanto convidado internacional, Bill Orcutt demonstrará, num valioso showcase, como uma guitarra acústica pode pagar velhas dívidas com novos métodos. Contas essas que Bill tem vindo a herdar desde os tempos nos Harry Pussy, sala de pânico, que cruzava o mais duro punk hardcore com o free jazz, numa Miami muito mais habituada a ritmos latinos “ricos e suaves”. Os concertos a sério do próprio estão marcados para o dia 16, na Culturgest do Porto, e dia 17, no sempre calmíssimo Museu do Chiado, em Lisboa.
O Record Store Day da Flur ficará completo com uma promoção exclusiva do dia, gente simpática no balcão, DJ sets diversos e visitas guiadas de capas de LP conduzidas pelo patrão Rui Miguel Abreu, que é tão implacável a falar sobre discos como a dar lições a colunistas absolutamente equivocados na abordagem ao hip-hop.
Do Porto, com um beijinho para as vossas mães
· POR André Gomes · 10 Abr 2010 · 02:23 ·
Nos próximos dias 15 e 16 de Abril, no muito activo Passos Manuel, dá-se a estreia do festival UM BEIJINHO PARA A MINHA MÃE, com o intuito de divulgar alguns dos novos projectos nacionais. A organização está a cargo da Lotta Lips e na primeira das noites o Bodyspace marcará presença com um DJ Set para o povo. O menu é o seguinte: Manuel Gião, OCP e Dreams no primeiro dia, Coelho Radioactivo, Cão da Morte e Peltzer no segundo.
As expectativas da organização são muitas. E para que isto não seja muito vago fomos falar com eles e eles disseram-nos isto: "o festival UM BEIJINHO PARA A MINHA MÃE é uma pequena mostra daquilo que o nosso país tem para oferecer de bons projectos, pretendendo assim ser uma casa para todos aqueles que de inspiração têm muito e que merecem outro tipo de visibilidade. Queremos que as pessoas comecem a associar o festival à experiência da descoberta musical: sabem que lá encontrarão uma iniciativa independente que aposta em boa música e que de lá sairão surpreendidos pela positiva e com vontade de comprar EPs e voltar a explorar Myspaces".
Bill Orcutt chama-nos para a Culturgest Porto e Museu Chiado em Lisboa
· POR André Gomes · 09 Abr 2010 · 21:15 ·
É já na próxima sexta-feira, dia 16 de Abril, pelas 22h00, na Culturgest Porto, que terá lugar o concerto de Bill Orcutt baseado no seu último álbum A New Way To Pay Old Debts. No dia seguinte o guitarrista toca também no Museu do Chiado em Lisboa,às 22h, com bilhetes a 7€, num concerto inserido em mais um apetitoso SARAU. Bill Orcutt é considerado como um dos mais influentes dos guitarristas que contribuíram para o avanço no vocabulário do blues e do rock, a partir do início da década de 1990. Bill Orcutt, depois de um hiato de uma dúzia de anos, lançou no final de 2009 um documento chave para a progressão das possibilidades do instrumento, o LP a solo A New Way To Pay Old Debts, editado pela Palilalia Records. Os bilhetes têm o preço único de 5 Euros.
É disto que a casa gasta:
É disto que a casa gasta:
Rufus Wainwright edita novo disco a 12 de Abril
· POR André Gomes · 09 Abr 2010 · 18:24 ·
Rufus Wainwright edita o seu sexto álbum de estúdio, All Days Are Nights: Songs For Lulu (com selo Decca/Universal Music), no dia 12 de Abril. Pouco depois, o norte-americano visita Portugal duas vezes com concertos agendados para 6 e 7 de Maio. As actuações decorrem no Coliseu do Porto e Aula Magna (Lisboa), respectivamente.
Foi-nos dito que o álbum foi composto e produzido por Wainwright, com duas canções a serem produzidas e uma co-produzida por Pierre Marchand, que também misturou o álbum. Os dois já tinham colaborado anteriormente no álbum Poses.
All Days Are Nights: Songs For Lulu é um álbum "inspirado na beleza, com canções muito pessoais e profundamente emocionais, cada uma delas canalizada unicamente pelos dedos, voz e piano de Wainwright".
O álbum, com 12 temas, abre com uma ode de Wainwright à cidade de Nova Iorque: "Who Are You New York?". "Les Feux d'artifice t'appellent" - a ária final da sua ópera de estreia Prima Donna - é outro destaque do disco, enquanto "Zebulon", uma canção sobre um dos seus amores dos tempos de universidade, é majestosa. Também incluídos no álbum estão três sonetos de Shakespeare. Estes três temas foram seleccionados entre 24 peças musicais que Rufus escreveu para uma produção musical, "Sonette", dirigida pelo encenador Robert Wilson, em Berlim, o ano passado.
Foi-nos dito que o álbum foi composto e produzido por Wainwright, com duas canções a serem produzidas e uma co-produzida por Pierre Marchand, que também misturou o álbum. Os dois já tinham colaborado anteriormente no álbum Poses.
All Days Are Nights: Songs For Lulu é um álbum "inspirado na beleza, com canções muito pessoais e profundamente emocionais, cada uma delas canalizada unicamente pelos dedos, voz e piano de Wainwright".
O álbum, com 12 temas, abre com uma ode de Wainwright à cidade de Nova Iorque: "Who Are You New York?". "Les Feux d'artifice t'appellent" - a ária final da sua ópera de estreia Prima Donna - é outro destaque do disco, enquanto "Zebulon", uma canção sobre um dos seus amores dos tempos de universidade, é majestosa. Também incluídos no álbum estão três sonetos de Shakespeare. Estes três temas foram seleccionados entre 24 peças musicais que Rufus escreveu para uma produção musical, "Sonette", dirigida pelo encenador Robert Wilson, em Berlim, o ano passado.
Black Bombaim apresentam disco de estreia em noite longa no Passos Manuel, no Porto
· POR André Gomes · 09 Abr 2010 · 11:34 ·
© Joana Castelo
Saturdays & Space Travels, o disco de estreia dos barcelenses Black Bombaim, é apresentado já hoje no Passos Manuel numa noite que promete outras guloseimas rock. Dos Black Bombaim o colega de redacção Nuno Proença já disse tudo: "se os três Black Bombaim não são ainda um caso sério, só nos resta mesmo clamar contra tal injustiça, e esperar que textos elogiosos como será este convençam pelo menos uma pessoa a fazer um test hearing aos seus discos."
O palco do Passos Manuel acolherá ainda dois outros concertos: o retorno à invicta dos Traumático Desmame e a tempestade que dá pelo nome de Besta Bode. A festa continua em alta com Os Yeah! na cabine. Esta é também uma excelente oportunidade para comprar a bonita rodela vinilica de Saturdays & Space Travels, que estará certamente à venda esta noite no Passos Manuel.
CDGO celebra o Record Store Day com muito bons motivos para festejar
· POR André Gomes · 08 Abr 2010 · 23:17 ·
O Record Store Day é uma ideia original concebida por Chris Brown, e fundada em 2007 por Eric Levin, Michael Kurtz, Carrie Colliton, Amy Dorfman, Don Van Cleave e Brian Poehner, como uma celebração da cultura única com a participação de mais de 700 lojas de discos independentes de todo o mundo. É o que nos conta a nota informativa da loja de discos mais antiga do país.
No próximo dia 17 de Abril, A CDGO, no Porto, ira marcar presença no Record Store Day, com concertos dos The Soaked Lamb, que acabam de editar o segundo disco Hats & Chairs, Cavalheiro que apresentará o seu longa duração Primeiro, Complicado com o regresso ao vivo e às gravações numa formação especial para a data e a fechar o evento Andrew Thorn, projecto de João Pedro Coimbra, membro também dos Mesa, Três Tristes Tigres ou Coldfinger. A festa começa ao meio-dia e tem entrada livre.
Fiquem com Andrew Thorn e "Me Jane":
No próximo dia 17 de Abril, A CDGO, no Porto, ira marcar presença no Record Store Day, com concertos dos The Soaked Lamb, que acabam de editar o segundo disco Hats & Chairs, Cavalheiro que apresentará o seu longa duração Primeiro, Complicado com o regresso ao vivo e às gravações numa formação especial para a data e a fechar o evento Andrew Thorn, projecto de João Pedro Coimbra, membro também dos Mesa, Três Tristes Tigres ou Coldfinger. A festa começa ao meio-dia e tem entrada livre.
Fiquem com Andrew Thorn e "Me Jane":
Morreu Malcolm Mclaren, manager e marketeer dos Sex Pistols
· POR Pedro Rios · 08 Abr 2010 · 20:41 ·
É daqueles tipos que os punks adoravam odiar. Se calhar por ser um génio do marketing, esse território insalubre onde o dito verdadeiro punk não toca. Malcolm Mclaren, manager dos Sex Pistols, perdeu hoje de manhã, em Nova Iorque, a luta contra o cancro. Tinha 64 anos.
Foi ele que levou os Sex Pistols a ser o mais debochado e fabuloso produto do punk (claro que isso contaria pouco se não tivessem feito um disco fabuloso). Foi ele que abriu a Let It Rock, em King's Road, em Londes, com Vivienne Westwood, mais tarde transformada em Sex, loja fundamental da moda punk (a banda eram as "Pistolas da Sex").
Antes, foi também manager dos New York Dolls. Nos anos 80, já sem Pistols, inventou os Bow Wow Wow ("lembram-se de "I want candy"?), teve uma aventura a solo, influenciada pelo hip-hop, pelo funk e pelo disco.
Foi ele que levou os Sex Pistols a ser o mais debochado e fabuloso produto do punk (claro que isso contaria pouco se não tivessem feito um disco fabuloso). Foi ele que abriu a Let It Rock, em King's Road, em Londes, com Vivienne Westwood, mais tarde transformada em Sex, loja fundamental da moda punk (a banda eram as "Pistolas da Sex").
Antes, foi também manager dos New York Dolls. Nos anos 80, já sem Pistols, inventou os Bow Wow Wow ("lembram-se de "I want candy"?), teve uma aventura a solo, influenciada pelo hip-hop, pelo funk e pelo disco.
Hildur Gudnadóttir e Victor Gama engrandecem o Teatro Maria Matos em Maio
· POR Miguel Arsénio · 08 Abr 2010 · 18:08 ·
A programação do Teatro Maria Matos continua a oferecer excelentes propostas dentro da música mais “erudita” oriunda de todo o mundo. Em Maio, a sala lisboeta receberá a islandesa Hildur Gudnadóttir (dia 4) e Victor Gama (dia 18). Apesar do nome quase impronunciável, Hildur Gudnadóttir conta, para já, com um álbum capaz de responder pelas suas qualidades como violoncelista de paisagens em grande escala: lançado o ano passado na reputadíssima Touch, Without Sinking levou o seu factor surpresa e imensidão até algumas das listas da temporada. O disco mereceu também rasgados elogios por aqui. No currículo de Hildur Gudnadóttir são de destacar as colaborações com Ilpo Väisänen (da dupla Pan Sonic) e concertos ao lado de Nico Muhly e Ben Frost, entre outros nomes de relevo.
Depois, o dia 18 de Maio fica reservado a Victor Gama, figura absolutamente singular das músicas do mundo, reconhecido pela participação simultânea numa série de projectos e pela capacidade incrível de divulgar no ocidente a música de Angola e outros países nem sempre considerados. Desta vez, Victor Gama actuará num âmbito SOL(t)O, monumento composto por três partes repartidas por igual número de instrumentos (acrux, toha e dino – todos dignos de serem vistos e escutados, certamente). Uma longa entrevista com o próprio pode ser lida aqui.
Galeria Zé dos Bois inaugura "Viagem ao Meio" com Sei Miguel
· POR Bruno Silva · 08 Abr 2010 · 14:20 ·
No próximo Sábado, dia 10 de Abril pelas 22 horas, a Galeria Zé dos Bois inaugura a exposição "Viagem ao Meio" de Alexandre Estrela. Resultado de dois anos de pesquisa em residências nacionais e internacionais, "Viagem ao Meio" explora a o comportamento das imagens e a sua percepção. Com a noção de movimento sempre presente, Estrela experimenta a sua multiplicidade para assim se acercar de um novo entendimento da imagem que vá para além do linear. Depois da exibição de "Viagem ao Meio", e num contínuo sensorial com essa mesma não-linearidade, o inigualável Sei Miguel apresenta Esfíngico - Suite for a Jazz Combo por volta da 1 manhã, na companhia do Unit Core (os habituais colaboradores Fala Mariam no trombone e César Burago na percussão). Naquele que é o seu regresso aos discos, quatro anos depois do muito celebrado Tone Gardens. A entrada é livre.
Maxime acolhe festão Bodyspace: há concertos de Cavalheiro e Nimai e DJ Set épico
· POR Nuno Catarino · 07 Abr 2010 · 21:37 ·
É já no próximo sábado. Agendem o cabeleireiro, comprem sapatos novos, escolham os melhores trapinhos. O Maxime, respeitável instituição da lisboeta Praça da Alegria, promove o pagode com mais uma grande festa Bodyspace. É no dia 10, as festividades arrancam a partir das 22h30 e, além de um dj set épico - uma imprevisível e irrepreensível selecção musical da gente da casa, com passagens surpreendentes e alguns pregos - há ainda concertos dos mui recomendáveis Cavalheiro (aquele moço que estreou uma música em exclusivo aqui mesmo) e Nimai. Vamos celebrar a primavera, vamos espalhar o amor Bodyspace.
Desmentido de Abril
· POR Miguel Arsénio · 07 Abr 2010 · 16:54 ·
A notícia de 1 de Abril, que garantia a presença dos Pavement no Festival Paredes de Coura, era uma traquinice própria do dia. Uma mentira indie, portanto. Não fiquem zangados. Ainda assim e sem haver qualquer conspiração, outras fontes adiantaram também a mesma possibilidade, daí que possa ainda haver uma esperança. Para já, os nomes confirmados para o Festival Paredes de Coura são os Specials (enormes) e Gallows. O Zé do Laço estará certamente presente no concerto dos Specials. Por aqui também já estamos a escolher as melhores gravatas axadrezadas.
Little Claw encerram digressão no Barreiro
· POR Bruno Silva · 06 Abr 2010 · 15:59 ·
Depois de terem dado início à sua digressão europeia com um concerto no Music Box, os norte-americanos fecham o ciclo no mais do que adequado espaço da Piscina Municipal da Associação de Reformados do Barreiro. O próximo Sábado (10 de Abril) será, então, momento para celebrar o rock naquilo que tem de mais inconformista e iconoclasta. Sempre a tender para o movimento de ancas suado, com o cérebro entranhado no feedback. Oriundos de Portland, os Little Claw viram crescer o culto em seu redor, por via das elogiosas palavras dirigidas ao recomendável Human Taste de 2009. Profundamente enraizados nesse pântano libidinoso que tem feito do rock made in USA um sítio lindo para se estar, resgatam às memórias do Garage, da No wave ou do Cowpunk matéria volátil para a enformar em canções.
Na primeira parte, os Singing Dears são prova indelével da importância deste subúrbio em fazer do género um eterno jovem prenhe de entusiasmo. Contando com elementos mais ou menos reconhecíveis de outras andanças pelo rock barreirense, este quarteto anda entre o abandono do Punk e o trautear do Garage de olhos na realidade suburbana. As hostilidades terão início por volta das 22 horas e os preços serão de 3 euros para sócios da Out.ra- Associação Cultural e 6 euros para os restantes.
Na primeira parte, os Singing Dears são prova indelével da importância deste subúrbio em fazer do género um eterno jovem prenhe de entusiasmo. Contando com elementos mais ou menos reconhecíveis de outras andanças pelo rock barreirense, este quarteto anda entre o abandono do Punk e o trautear do Garage de olhos na realidade suburbana. As hostilidades terão início por volta das 22 horas e os preços serão de 3 euros para sócios da Out.ra- Associação Cultural e 6 euros para os restantes.
RED Trio: mini-tour nacional com John Butcher
· POR Nuno Catarino · 06 Abr 2010 · 13:28 ·
O trio português constituído por Rodrigo Pinheiro (piano), Hernâni Faustino (contrabaixo) e Gabriel Ferrandini (bateria) vai apresentar-se para quatro concertos na companhia do saxofonista inglês John Butcher. Numa altura em que acaba de sair o primeiro disco do RED Trio (homónimo, Clean Feed 2010), o trio apresenta a sua música improvisada numa pequena "tour" que atravessa o país: tocam no dia 7 em Lisboa (Culturgest), no dia 8 em Portalegre (Centro de Artes do Espectáculo), no dia 9 no Porto (Serralves) e no dia 10 em Oeiras (Auditório Ruy de Carvalho). Vai ser mais ou menos assim:
Os Dealema lançaram um novo EP pela Optimus Discos e nós fomos falar com eles
· POR André Gomes · 05 Abr 2010 · 20:04 ·
Em mais uma fornada da nobre label Optimus Discos, com direcção criteriosa de Henrique Amaro, os Dealema lançam um EP que se sucede ao segundo disco do colectivo, V Império. Este novo lançamento, com cinco faixas, pode ser ouvido e descarregado gratuitamente seguindo este link aqui.
Fomos falar com Maze que nos deu uma perspectiva privilegiada do que significa Arte de Viver para os Dealema: «Este Ep surge numa altura em que estávamos a fazer temas para o próximo álbum, e quando surge o convite do Henrique Amaro, decidimos parar temporariamente o disco para nos dedicarmos a fazer 6 músicas originais com este propósito». E diz-nos mais: «ficámos desde logo muito motivados e naturalmente decidimos experimentar algumas coisas novas, sonoridades que ainda não tínhamos explorado e ao mesmo tempo regressar ao estilo que nos define mas com uma roupagem nova, os temas são mais descritivos e complexos, alguns mesmo dramáticos, são universos onde gostamos de deambular frequentemente. Como o Fuse diz na introdução do tema "Arte de Viver", nós evoluímos ao longo dos anos como músicos e como pessoas o que traz mais magia para o grupo e nos torna mais unidos, mais adultos, mais profissionais e mais felizes».
Deixamos aqui o vídeo de "A cena toda":
Fomos falar com Maze que nos deu uma perspectiva privilegiada do que significa Arte de Viver para os Dealema: «Este Ep surge numa altura em que estávamos a fazer temas para o próximo álbum, e quando surge o convite do Henrique Amaro, decidimos parar temporariamente o disco para nos dedicarmos a fazer 6 músicas originais com este propósito». E diz-nos mais: «ficámos desde logo muito motivados e naturalmente decidimos experimentar algumas coisas novas, sonoridades que ainda não tínhamos explorado e ao mesmo tempo regressar ao estilo que nos define mas com uma roupagem nova, os temas são mais descritivos e complexos, alguns mesmo dramáticos, são universos onde gostamos de deambular frequentemente. Como o Fuse diz na introdução do tema "Arte de Viver", nós evoluímos ao longo dos anos como músicos e como pessoas o que traz mais magia para o grupo e nos torna mais unidos, mais adultos, mais profissionais e mais felizes».
Deixamos aqui o vídeo de "A cena toda":
Sensational e Spectre trazem um hip-hop cosa nostra ao Plano B e ZDB
· POR Miguel Arsénio · 05 Abr 2010 · 13:48 ·
Numa rara e valiosa digressão europeia, Sensational (o MC) e Spectre (o produtor) ensaiam a transcendência e o feitiço de um hip-hop único no Plano B (Porto) e Galeria Zé dos Bois (Lisboa), nos próximos dias 15 e 16 de Abril, respectivamente. Ambas as datas contarão com a presença do MC Black Chamaleon (sócio habitual de Spectre), enquanto a noite do Plano B receberá também os Fujako e Faca Monstro, nomes sonantes do colectivo Soopa (a viver um grave caso de polícia por estes dias). Aqui ficam algumas palavras sobre o magnífico Sensational:
Por cada semelhança que Sensational mantém com o MC comum, existem pelo menos cinco características que o singularizam na história recente do hip-hop. Se é verdade que partilha do mesmo apetite por dinheiro, mulheres e soberania territorial, não é menos exacto apontá-lo como um dos mais genuínos e inconfundíveis espíritos livres do género, ao lado de Old Dirty Bastard (descansa em paz) e Doom. Sensational é, ao mesmo tempo, um “freakstyler” (mestre num léxico só seu) e um “freestyler”, até porque parece não ser capaz de outra coisa. Avessas ao sample fácil e gravadas com um número limitado de pistas, as suas músicas abrem janelas sobre um universo paralelo (desarrumado para nós, orgânico para o próprio), enquanto documentam a expansão mental de alguém criativamente estimulado pela melhor erva de Brooklyn.
Para trás, ficam as lendárias sessões com a verdadeira crew Jungle Brothers, um Get On My Page na Ipecac de Mike Patton e a perseverança de quem nunca abdicou da sua visão para estar no jogo. Depois de muitos anos de parcerias na casa-mãe Wordsound, Sensational e Spectre (ele próprio uma enciclopédia de hip-hop à parte) colaboram finalmente a tempo inteiro na novidade Acid & Bass. Entretanto, a consagração esteve à espreita quando Sensational foi capa da Wire em Dezembro passado. Clássico subterrâneo:
Uma mensagem para vocês: The Specials em Paredes de Coura
· POR Pedro Rios · 03 Abr 2010 · 17:49 ·
Preparem-se os chapéus, os blazers e os sapatos e façam-se à estrada, rumo ao Minho. Os ingleses Specials, banda fundamental da segunda onda do ska (ou 2 Tone, são o primeiro nome confirmado do festival Paredes de Coura, noticia a Blitz.
Os Specials regressaram em 2008 para reclamar parte da autoria da muita mestiçagem que anda para aí e que há muito se tornou comum na pop – Lily Allen é fã e já cantou "Gangsters" com eles em palco, Amy Winehouse também admira, Spaceape percebeu o alcance fantasmagórico do tema e colocou "Ghost town" numa cidade imaginária totalmente vazia.
São uma das melhores bandas pop de sempre. Pronto.
Os Specials regressaram em 2008 para reclamar parte da autoria da muita mestiçagem que anda para aí e que há muito se tornou comum na pop – Lily Allen é fã e já cantou "Gangsters" com eles em palco, Amy Winehouse também admira, Spaceape percebeu o alcance fantasmagórico do tema e colocou "Ghost town" numa cidade imaginária totalmente vazia.
São uma das melhores bandas pop de sempre. Pronto.
Youthless com uma porrada de novidades e com concerto amanhã na festa Bodyspace na CDGO (Porto)
· POR André Gomes · 02 Abr 2010 · 21:36 ·
Os Youthless estão em alta. Têm um primeiro videoclipe. A canção foi produzida por Lil' John e Artur David, dos Buraka, para a complicação E-SPAM da Enchufada. O vídeo foi realizado por Marco Espírito Santo e produzido por Buenos Aires Filmes (e filmado na baixa lisboeta com amigos e muitas caipirinhas). Podem vê-lo ali em baixo.
Os podcasts dos 4 programas "Jukebox" que os Youthless gravaram na Antena 3 a semana passada (covers e conserva acerca das músicas favoritas da banda) já estão no site da Antena 3. "Jukebox" foi uma ideia que os Youthless tiveram com Henrique Amarro e agora vai ser mesmo um programa oficial da Antena 3. Inclui covers de Wild Beasts, Iron and Wine, T Rex, Shuggie Otis, Beatles, Sonic Youth, TVOTR, The Jam, Neil Young, Rolling Stones e muito mais. Para seguir aqui.
Mais, um "três pistas" que também vai para o ar em breve (já foi gravado) com uma versão de "Islands" dos The XX e versões "muito maradas" de "Good Hunters", "Golden Age" e "Out There" (com um Leslie "suuuper antigo" que os Youthless encontraram no estúdio).
Amanhã, por volta das 16:00, os Youthless são mesmo a figura central da festa Bodyspace na CDGO, na cidade do Porto. Com entrada gratuita e com DJ Set do Bodyspace.
Os podcasts dos 4 programas "Jukebox" que os Youthless gravaram na Antena 3 a semana passada (covers e conserva acerca das músicas favoritas da banda) já estão no site da Antena 3. "Jukebox" foi uma ideia que os Youthless tiveram com Henrique Amarro e agora vai ser mesmo um programa oficial da Antena 3. Inclui covers de Wild Beasts, Iron and Wine, T Rex, Shuggie Otis, Beatles, Sonic Youth, TVOTR, The Jam, Neil Young, Rolling Stones e muito mais. Para seguir aqui.
Mais, um "três pistas" que também vai para o ar em breve (já foi gravado) com uma versão de "Islands" dos The XX e versões "muito maradas" de "Good Hunters", "Golden Age" e "Out There" (com um Leslie "suuuper antigo" que os Youthless encontraram no estúdio).
Amanhã, por volta das 16:00, os Youthless são mesmo a figura central da festa Bodyspace na CDGO, na cidade do Porto. Com entrada gratuita e com DJ Set do Bodyspace.
Mão Morta editam Pesadelo em Peluche a 19 de Abril
· POR André Gomes · 01 Abr 2010 · 14:56 ·
Numa altura em que celebram os 25 anos de carreira, os Mão Morta editam a 19 de Abril o seu novo álbum de originais e o primeiro com selo da Universal Music Portugal, Pesadelo em Peluche. O álbum, com doze temas, incluindo o primeiro single já a rodar nas rádios, "Novelos da Paixão", conta com a colaboração de Fernando Ribeiro, vocalista dos Moonspell, no tema "Como um Vampiro". A apresentação oficial de Pesadelo em Peluche está marcada para dia 29 de Abril, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
Para Adolfo Luxúria Canibal, Pesadelo em Peluche é assim: "teve como ponto de partida o livro The Atrocity Exhibition (A Feira de Atrocidades), de J. G. Ballard, e a questão aí levantada da nova percepção do real que o panorama mediático e cultural instituído pela moderna comunicação de massas induz no indivíduo. É sobejamente conhecida a anedota do miúdo urbano que se espanta ante a visão de uma galinha viva porque só a figurava depenada e dependurada nos talhos e nos supermercados. Da mesma forma, com o devido reajuste de escala, que traços de personalidade são sulcados no sujeito diariamente exposto às imagens choque de guerras, acidentes, crimes ou catástrofes naturais que enchem os noticiários televisivos, aos paradigmas produzidos pela publicidade na permanente exaltação de objectos quotidianos como o champô, o automóvel, os destinos de férias ou os gadgets tecnológicos, aos mexericos emocionais da vida privada de vedetas televisivas e demais figuras públicas constantemente expostos nas capas das revistas e nos escaparates dos quiosques, aos infindáveis cenários de auto-estradas, engarrafamentos, viadutos, aeroportos e vastos bairros uniformes que lhe marginam as jornadas casa trabalho? Essa matéria visual da cultura mediática e os novos desejos e padrões psíquicos que fomenta constituem o cerne das histórias contidas nas canções e também a premissa para a sua composição, desenvolvida a partir de algumas das matrizes que os últimos 30 anos da história do rock fixaram. Assim, os riffs ou as batidas à maneira de servem para enquadrar narrativas psicóticas onde a pulsão sexual é alimentada por estranhos fetiches e a morte não passa de uma ficção conceptual carregada de encantos obscenos. Como se, perdido o equilíbrio genésico, a vida se transmutasse num perturbante pesadelo de desconcerto numa mente entorpecida pelo peluche do conforto".
Para Adolfo Luxúria Canibal, Pesadelo em Peluche é assim: "teve como ponto de partida o livro The Atrocity Exhibition (A Feira de Atrocidades), de J. G. Ballard, e a questão aí levantada da nova percepção do real que o panorama mediático e cultural instituído pela moderna comunicação de massas induz no indivíduo. É sobejamente conhecida a anedota do miúdo urbano que se espanta ante a visão de uma galinha viva porque só a figurava depenada e dependurada nos talhos e nos supermercados. Da mesma forma, com o devido reajuste de escala, que traços de personalidade são sulcados no sujeito diariamente exposto às imagens choque de guerras, acidentes, crimes ou catástrofes naturais que enchem os noticiários televisivos, aos paradigmas produzidos pela publicidade na permanente exaltação de objectos quotidianos como o champô, o automóvel, os destinos de férias ou os gadgets tecnológicos, aos mexericos emocionais da vida privada de vedetas televisivas e demais figuras públicas constantemente expostos nas capas das revistas e nos escaparates dos quiosques, aos infindáveis cenários de auto-estradas, engarrafamentos, viadutos, aeroportos e vastos bairros uniformes que lhe marginam as jornadas casa trabalho? Essa matéria visual da cultura mediática e os novos desejos e padrões psíquicos que fomenta constituem o cerne das histórias contidas nas canções e também a premissa para a sua composição, desenvolvida a partir de algumas das matrizes que os últimos 30 anos da história do rock fixaram. Assim, os riffs ou as batidas à maneira de servem para enquadrar narrativas psicóticas onde a pulsão sexual é alimentada por estranhos fetiches e a morte não passa de uma ficção conceptual carregada de encantos obscenos. Como se, perdido o equilíbrio genésico, a vida se transmutasse num perturbante pesadelo de desconcerto numa mente entorpecida pelo peluche do conforto".
Pavement é o primeiro grande nome confirmado para Paredes de Coura
· POR Miguel Arsénio · 01 Abr 2010 · 01:09 ·
Aprontemos desde já o melhor sorriso de satisfação indie, pois vamos poder escutar os “sons dourados” dos Pavement na Praia Fluvial do Taboão por altura do Festival Paredes de Coura deste ano. Os Pavement sobem ao palco principal no terceiro dia do festival (30 de Julho) e no âmbito de uma digressão mundial, que reúne actualmente a banda de Bright the corners após um hiato de dez anos (surgido após um período de escassa comunicação entre o guitarrista e vocalista Stephen Malkmus e os restantes membros). Esta confirmação chega-nos da própria Ritmos, que, num curto aparte, refere que “assegurar a presença dos Pavement era uma das nossas principais vontades para a edição deste ano”.
A vinda dos Pavement a Portugal servirá também para acabar com a caguice de quem já tem bilhete para os ver em Inglaterra. Em termos de edições associadas à banda de Stephen Malkmus, a Matador não tem parado de mungir a sua melhor vaca com a reedição dos cinco álbuns em vinil e um best of de alinhamento ousado (Quarentine the past). Para breve está anunciada a reedição de Terror Twilight num duplo luxuoso, que comportará o álbum na sua totalidade, assim como as habituais raridades e desbundas que têm marcado a série que agora termina. Esta guitarra vale ouro:
A vinda dos Pavement a Portugal servirá também para acabar com a caguice de quem já tem bilhete para os ver em Inglaterra. Em termos de edições associadas à banda de Stephen Malkmus, a Matador não tem parado de mungir a sua melhor vaca com a reedição dos cinco álbuns em vinil e um best of de alinhamento ousado (Quarentine the past). Para breve está anunciada a reedição de Terror Twilight num duplo luxuoso, que comportará o álbum na sua totalidade, assim como as habituais raridades e desbundas que têm marcado a série que agora termina. Esta guitarra vale ouro:
ARQUIVO
2019
2018
2017
2016
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007