Janeiro 2010
Quarteto de Kari Ikonen prepara mini-tour lisboeta
· POR Nuno Catarino · 31 Jan 2010 · 23:36 ·
O encerramento forçado do Hot Clube obrigou ao cancelamento dos diversos concertos agendados. No entanto, o quarteto do pianista Kari Ikonen, que tinha agendadas três noites consecutivas na histórica sala da Praça da Alegria, conseguiu arranjar uma alternativa. Assim, o grupo que junta o piano de Ikonen com Fredrik Carlquist (sax tenor), Marko Lohikari (contrabaixo) e André Sumelius (bateria) actuará em três diferentes espaços da capital: no vizinho Maxime no dia 4, na Fábrica Braço de Prata no dia 5 e no OndaJazz no dia 6. Não sabemos bem o que esperar deste quarteto escandinavo, mas está desde já prometido um jazz original. O Hot Clube está vivo.
Trem Azul acolhe duos e solos "improvisíveis"
· POR Nuno Catarino · 29 Jan 2010 · 22:24 ·
Improvisação, imprevisível. São estas as palavras que originam o neologismo "Improvisível", título de um micro-festival que vai agora para a segunda edição. Organizado pela Granular em parceria com Gabriel Ferrandini e Pedro Lopes, este festival decorre durante o mês de Fevereiro, apresentando concertos todas as quintas-feiras. Nos dias 4, 11, 18 e 25 de Fevereiro, sempre ao fim da tarde (19h30), a lisboeta Trem Azul Jazz Store apresenta um par de músicos, primeiro a solo, depois em duo. No dia 4 actuam Nuno Moita (electrónica) e Gabriel Ferrandini (bateria, percussão); no dia 11 é a vez de Pedro Lopes (gira-discos, electrónica) e Genoveva Faísca (voz); no dia 18 actuam Ulrich Mitzlaff (violoncelo) e Nuno Torres (saxofone alto); o ciclo de concertos fecha no dia 25 com Luís Lopes e Flak, ambos guitarristas. A música será sempre improvisada, sempre imprevisível.
Sean Riley & The Slowriders lançam Only Time Will Tell em vinil
· POR André Gomes · 28 Jan 2010 · 09:20 ·
O vinil está mesmo de volta, e cada vez mais entre bandas portuguesas. O muito bem falado Only Time Will Tell, o segundo de originais de Sean Riley & The Slowriders que colocou estes nas boas graças de muita gente, vai ter uma edição em vinil. A edição em vinil terá um alinhamento diferente do CD e incluirá dois temas inéditos exclusivos para esta versão de Only Time Will Tell.
Os novos temas serão “Stay Forever” e “Fisherman” - que ao que parece tem vindo a tornar-se num clássico dos concertos ao vivo da banda. Ambos os temas foram gravados durante as sessões de Only Time Will Tell nos Estúdios Valentim de Carvalho.
A edição em vinil colorido de 180g será limitada a 500 exemplares e individualmente numerada. O disco estará nas lojas dia 22 de Fevereiro e terá edição Valentim de Carvalho e Distribuição IPLAY.
Para ouvir aqui, o vídeo do primeiro single de Only Time Will Tell, "Houses and Wives":
Os novos temas serão “Stay Forever” e “Fisherman” - que ao que parece tem vindo a tornar-se num clássico dos concertos ao vivo da banda. Ambos os temas foram gravados durante as sessões de Only Time Will Tell nos Estúdios Valentim de Carvalho.
A edição em vinil colorido de 180g será limitada a 500 exemplares e individualmente numerada. O disco estará nas lojas dia 22 de Fevereiro e terá edição Valentim de Carvalho e Distribuição IPLAY.
Para ouvir aqui, o vídeo do primeiro single de Only Time Will Tell, "Houses and Wives":
Novo disco de Tiago Guillul na Primavera
· POR Pedro Rios · 28 Jan 2010 · 01:15 ·
"Oito dias úteis em estúdio" foi o tempo que Tiago Guillul levou em estúdio a gravar o sucessor de IV. "A voz vai perceber-se um bocadinho mais, as batidas são de há mais de 20 anos, as razões para embirrar permanecerão", avisa no seu blogue.
"Não tem a lata do IV mas é mais dançável. Fazer discos é divertido e um privilégio para mim que sou pregador. O Silas Ferreira foi o grande companheiro da aventura (que co-produziu), o Ben o mais fiel músico e o Nelson Carvalho um anfitrião paciente", escreve.
Já sabíamos que o disco terá "samples de música evangélica" e "africanadas". Agora ficamos a saber que "ao todo participaram 30 pessoas: consagrados, lendas do underground, amigos curiosos, criancinhas da pré-primária, cristãos disponíveis", adianta.
O disco deverá ter 13 canções (gravaram 14) e "menos de 45 minutos para um Verão feliz". E sai "em Março, Abril mais tardar".
Evan Parker dá uma mãozinha a Rafael Toral
· POR Nuno Catarino · 27 Jan 2010 · 22:18 ·
Depois de um primeiro
Sharon Jones e os Dap-Kings renovam o doce som da tradição
· POR Rafael Santos · 27 Jan 2010 · 11:22 ·
Há regressos que são sempre bem vindos, como é agora o caso de Sharon Jones e os prolíficos Dap-Kings. I Learned The Hard Way é o título do novo álbum a ser editado pela Daptone Records já no próximo mês de Maio e é também o quarto álbum numa discografia que começou em 2002 com a edição do excelente Dap Dippin' with Sharon Jones and the Dap-Kings.
O novo trabalho deste proficiente projecto funk/ soul, que tem como marca uma sonoridade vintage que muito deve aos clássicos de editoras como a Stax ou a Motown, é produzido pelo experiente Bosco Mann, homem que, tal como nos álbuns anteriores, tenta incutir em I Learned The Hard Way uma sonoridade rústica recorrendo ao mínimo de tecnologia possível na gravação dos temas (usando, sempre que possível, os meios técnicos usados nos anos 60 e 70 do século passado).
Depois de 100 Days, 100 Nights de 2007 eis que chega I Learned The Hard Way. Este é o seu alinhamento:
01. The Game Gets Old
02. I Learned The Hard Way
03. Better Things
04. Give It Back
05. Money
06. The Reason
07. Window Shopping
08. She Ain't A Child No More
09. I'll Still Be True
10. Without A Heart
11. If You Call
12. Mama Don't Like My Man
Joanna Newsom tem um álbum triplo para sair em Fevereiro e o mundo nunca mais será o mesmo
· POR André Gomes · 27 Jan 2010 · 00:58 ·
Harpa e os Apalaches. A voz da sobrinha que vai à Comunhão Solene cantar na cerimónia. Joanna Newsom desperta ódios e amores; uns dizem que as suas canções são lá música (e são do demo); outros dizem que têm toque divino, que ajudam à redenção. Depois de The Milk-Eyed Mender (Drag City, 2004) e Ys (mesmo selo, 2006), a menina Newson prepara-se para editar um disco triplo (aguenta coração) a que decidiu chamar Have One On Me. A editora é a mesma e a data é 23 de Fevereiro. Tenham todos muita calma.
No site da Drag City é já possível ouvir uma das faixas do próximo disco. Chama-se "'81", é do belo e faz do novo disco de Joanna Newsom um dos mais esperados do ano (como se fosse preciso novo tema para isso acontecer). A capa é preta e pouco fantasista mas a foto promocional deixa muito à imaginação. Para ouvir a nova canção da fada Newsom é clicar aqui.
Há novo disco dos Nimai e nós temos uma das canções do mesmo
· POR André Gomes · 27 Jan 2010 · 00:41 ·
A dupla portuense mais mutável que conhecemos está de volta. Super Congo é o segundo EP de Nimai, ao que parece apresentam mais uma evolução das suas referências e estratégias. O press release que diz que os Nimai são difíceis de catalogar e que "a sua sonoridade remete sempre a uma envolvência electrónica que oscila entre a calma e a violência". Nós por cá concordamos, até porque já tivemos hipóteses de os apanhar ao vivo e sabemos que isso é sempre uma surpresa. Esta é uma edição limitada de Super Congo desenvolvida pelo colectivo Kong Studio numa fornada de trinta exemplares únicos e numerados.
Em declarações ao Bodyspace, Luís Dourado, metade dos Nimai, fala-nos do passado como uma forma de chegar ao futuro: "no inicio, quando começamos Nimai, eu e o Zé tentamos apontar numa direcção específica, tentar talvez que o nosso som fosse consistente creio, não sei. O nosso primeiro EP acho que traduzia um pouco isso, um inicio, uma apresentação, mas agora quando o ouvimos dá-nos alguma vontade de rir", conta.
Luís Dourado fala ainda do novo lançamento como quem fala de um pássaro livre: "não gosto de pensar no Super Congo como uma evolução, acho que é mais um pedaço de nós. As pessoas mudam e se essas pessoas fazem música, então também a música muda, creio. Este registo acho sim que é mais puro, é mais "eu e o Zé fechados num quarto com muitas máquinas e coisas que fazem som à nossa volta", é um registo bem natural, bem mais espontâneo, talvez sejamos mais nós, não sei...", confessa.
Um dos temas de Super Congo chama-se "Stereo Draw" e pode ser ouvido aqui:
Nimai - Stereo Draw [mp3]
O Barreiro celebra-se a si próprio
· POR Bruno Silva · 26 Jan 2010 · 15:48 ·
No próximo Sábado, dia 30 de Janeiro pelas 22 horas, celebra-se a música barreirense naquilo que tem de mais vital no Cineclube do Barreiro, com a presença de dois filhos pródigos da cidade de regresso a casa. Tiago Sousa (piano) apresenta-se numa formação com Ricardo Ribeiro (clarinete) e Joana Guerra (violoncelo), com o aclamado Insónia ainda fresco na memória e novos temas para descobrir. Rui Pedro Dâmaso regressa a palcos barreirenses enquanto PCF Moya, depois de 3 anos de actividade dormente. Oportunidade, então, para tomar contacto com a sensibilidade noctívaga do piano de Tiago Sousa e as melodias suspensas da guitarra de PCF Moya, duas das mentes mais indispensáveis para a compreensão dos caminhos por onde se move a música portuguesa mais aventureira. Esta, é uma organização da Out.ra – Associação Cultural e os bilhetes custarão 5 euros (2.5 euros para sócios da associação).
Há um Baile que vai trazer Plaid a Lisboa e outras coisas boas em Fevereiro
· POR André Gomes · 25 Jan 2010 · 20:59 ·
Faltam poucos dias para que cheguemos ao próximo “O Baile”, depois do que dizem ter sido o enorme sucesso da primeira edição em Lisboa, em Novembro do ano passado, com Micachu & The Shapes. É já no próximo dia 13 Fevereiro e o line up inclui Radioclit, Plaid, B.Rich, Octa Push e DJ Ride. Lumin e Madame (fundadoras do Baile em Londres) juntaram-se à Kalimodjo para ocupar o Lx Factory (a sala das colunas e a Faktory) no que será uma noite de “13 artists and 2 visual crews from 4 different countries in 3 rooms , brought to you by a joint venture between 2 promoters”.
A festa promete ser animada e como é Carnaval e Dia dos Namorados (seja lá o que isto for), a organização está a pedir aos clientes que se vistam de vermelho e assim pagarem menos.
A electrónica dos Isis e a estranheza do vídeo de "Itsu" para confirmar aqui:
A festa promete ser animada e como é Carnaval e Dia dos Namorados (seja lá o que isto for), a organização está a pedir aos clientes que se vistam de vermelho e assim pagarem menos.
A electrónica dos Isis e a estranheza do vídeo de "Itsu" para confirmar aqui:
Owen Pallett (ex-Final Fantasy) marca segundo concerto em Lisboa
· POR Miguel Arsénio · 25 Jan 2010 · 20:45 ·
Depois de ter abdicado do nome de um jogo de role play globalmente famoso, para evitar quaisquer confusões, o muito solicitado arranjador e orquestrador Owen Pallett assume o seu próprio nome no novo Heartland, álbum conceptual ultimamente aclamado como o melhor da sua carreira. A mudança de nome não parece, mesmo assim, ter afectado a popularidade de Owen Pallett (principalmente conhecido pela associação aos Arcade Fire), que, depois uma primeira data esgotada (10 de Março), em menos de um mês, vai ter de passar mais uma noite a jogar Nintendo num hotel da Avenida de Roma para voltar ao Teatro Maria Matos, em Lisboa, no serão de 11 de Março. Os bilhetes custam 15 euros ou só cinco, se tiverem menos de 30 anos. Aconselha-se o uso de impermeável: He poos clouds.
A solidão assenta bem ao Usher
· POR Bruno Silva · 25 Jan 2010 · 18:41 ·
Mesmo que se trate do Usher em modo R Kelly, “Little Freak” não sucumbe a tentação de decalcar a devoção ao sexo característica do Kells. Uma sequência da elegância de “Love In This Club” dotando-a de uma carga lírica amarga, assente no final de uma relação, “Little Freak” é um stormer orquestral do Pollow Da Don, com as cordas épicas a trazerem um exotismo larger-than-life avassalador. A líbido compõe-se com os versos lascivos da Nikki Minaj : “I'm plotting how I can take Cassie away from Diddy” a merecer referência extra. O todo deixa no ar as maiores expectativas para Raymond Vs. Raymond, sexto álbum de Usher, com data de lançamento no dia 16 de Fevereiro.
Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX lançada em quatro luxuosos volumes
· POR André Gomes · 25 Jan 2010 · 12:10 ·
Com direcção de Salwa Castelo-Branco e selo do Círculo de Leitores, acaba de ser publicada a Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, apresentada como a "primeira grande obra de referência dedicada à música praticada em Portugal ao longo do século XX". Parece um verdadeiro luxo. Com 4 volumes, inclui mais de 1250 entradas, 550 imagens, índices temático e onomástico. Dá um grande abraço na música erudita, na música popular, na música tradicional, no folclore, no pop-rock, no jazz, no fado, na canção de Coimbra, e na música nas comunidades migrantes, abordando ainda modos expressivos em que a música desempenha um papel central, como a dança, o cinema e o teatro. Mas há mais: a EMPXX, abreviada assim para os amigos, engloba os meios de comunicação de massa que tiveram impacte nos domínios musicais analisados, nomeadamente a edição de música impressa, a indústria fonográfica, a rádio e o cinema.
O primeiro volume já está à venda e os próximos três que completam a obra chegarão às lojas ainda no decorrer de 2010. Para percebermos um pouco o trabalho e o valor da Enciclopédia da Música em Portugal no Século XX, fomos falar com Leonor Losa, membro do Instituto de Etnomusicologia da Universidade Nova de Lisboa, colaboradora da Enciclopédia da Música em Portugal no século XX, que trabalhou sobre a indústria fonográfica em Portugal.
Como foi fazer parte desta experiência para ti?
Pessoalmente, iniciei a minha formação na área da investigação em etnomusicologia no projecto da Enciclopédia da Música em Portugal no século XX. Foi experiência (que no meu caso se prolongou ao longo de sete anos!) onde beneficiei sobretudo da “troca” e construção conjunta de conhecimento, por ter sido um ponto de discussão aberta em permanência, um processo de desbravamento da realidade da produção musical em Portugal ao longo de um século, de confronto entre vários pontos de vista, várias formas de encarar a música, diferentes contextos de produção e entendimento da música enquanto produto (social, cultural, mercantil etc). A mais valia foi sempre a utilização do diálogo como ponto de partida sobretudo, a aproximação a músicos, editores, entusiastas, produtores de opinião etc. com quem trabalhamos em conjunto para colocar por escrito processos e eventos que não haviam ainda sido interpretados e que são parte da história da cultura expressiva do país.
Sentes que esta enciclopédia vem preencher um vazio enorme de publicações nestas áreas?
Sem dúvida, preenche um vazio de publicações, que correspondia a um certo vazio de reflexão e conhecimento, apesar dos pontuais estudos que se têm vindo a realizar. Importante notar que este vazio não corresponde de forma alguma a um vazio musical do país! No entanto, a meu ver, vem sobretudo inaugurar um terreno de discussão sobre a música em Portugal de forma transversal, e alienando-se das categorias que muitas vezes estão subjacentes nos discursos sobre a música (e as artes em geral), que tendem a hierarquizar diferentes domínios musicais, que no fundo são apenas reflexos de diferenciações sociais, a meu ver, ultrapassados.
No que toca às áreas que mais interessam ao Bodyspace directamente, o pop-rock, jazz, o punk, a música tradicional, como resumirias os critérios e a pesquisa desenvolvida?
Em relação à pesquisa desenvolvida, o núcleo coordenador da obra (Salwa Castelo-Branco, Rui Cidra, António Tilly, Pedro Roxo, Pedro Félix) e os diferentes consultores para cada área, procuraram, antes de mais e de forma dinâmica, interpretar os diferentes domínios (o pop-rock, o jazz, a música tradicional, a música erudita etc.). Compreender a razão pela qual se organizam diferentes constelações socio-musicais em torno de diferentes práticas e porque razão estas se diferenciam das outras. Por um lado, compreender porque os músicos definem a sua música como pertencendo a um domínio específico, por outro, indagar “musicologicamente” a terminologia e os traços genéricos dos diferentes estilos musicais. E por último, confrontar dialogicamente ambas as acepções. Tanto o jazz como o pop-rock ou a música tradicional contam com textos de carácter reflexivo, interpretativo e histórico, acerca da sua prática e expressão no país, pondo em evidência processos de mudança musical, social, apropriações ideológicas etc. Além desses textos, cada área contou com uma selecção de intérpretes, grupos e agentes culturais associados que figuram com textos individuais na enciclopédia. A coordenação da obra não pretendeu realizar uma enciclopédia exaustiva (que seria praticamente impossível do ponto de vista do tempo), mas seleccionar aqueles que, por motivos distintos, deram um contributo em cada época, dando uma perspectiva abrangente dos diferentes domínios musicais. Dando o exemplo do pop-rock, a investigação foi realizada por diferentes investigadores que trabalham a área (Rui Cidra, António Tilly, Pedro Félix, Ana Filipa Carvalho, Miguel Almeida, Gonçalo Antunes e.o.). As escolhas de textos presentes na EMPXX reflectem diferentes momentos da sua história, desde o momento inicial das primeiras tipologias rock’n’roll nos anos 50, ao surgimento de expressões sub-culturais do pop-rock, como o punk ou o heavy metal, ou as transformações ocorridas na indústria fonográfica no final do século. Em cada um destes momentos, diferentes intérpretes e grupos foram representativos, e foi o cuidado de os ter presentes no corpo da obra que prevaleceu.
Musicbox acolhe o primeiro Festival Terapêutico do Ruído
· POR Nuno Catarino · 24 Jan 2010 · 03:33 ·
Nos dias próximos dias 5 e 6 de Fevereiro o MusicBox, em Lisboa, acolhe a primeira edição do Festival Terapêutico do Ruído. Este novo festival é organizado pela Associação Terapêutica do Ruído, entidade criada pelos membros do grupo dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS que tem como propósito "divulgar os efeitos terapêuticos do ruído". No primeiro dia de festival actuam R-, dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS, Riding Pânico e Rosvita (Espanha) - o DJ set fica por conta de Rui Maia (X-Wife). No segundo dia actuam Gee Bees, Frango, Plasma Expander (Itália) e Loosers - DJ Ride toma conta do DJ set do segundo dia. As projecções durante os dois dias serão da responsabilidade do colectivo Cego, Surdo e Mudo. As entradas custam oito euros (um dia) ou dez euros (para os dois dias).
Os Black Rebel Motorcycle Club têm novo disco e novo single para ouvir aqui
· POR André Gomes · 22 Jan 2010 · 23:04 ·
"Beat The Devil's Tattoo" é o título do novo single dos Black Rebel Motorcycle Club - sim, eles ainda andam por aí - e também do novo disco que chegará até nós no princípio do mês de Março. "Beat The Devil's Tattoo" é precisamente a primeira faixa do disco e mostra uns BRMC mais minimalistas, quase ritualistas; pelo menos até ao momento em que irrompe uns daqueles riffs pelos quais eles são conhecidos - furiosos e ligeiramente ruidosos. "Beat The Devil's Tattoo" é assim e pode ser ouvida aqui em baixo:
Black Rebel Motorcycle - Beat The Devils Tattoo [mp3]
Shakira did it again
· POR Bruno Silva · 22 Jan 2010 · 22:03 ·
Melhor produção em tempos recentes dos Neptunes, “Did It Again” é o segundo single retirado de She Wolf para o mercado europeu. Não sendo tão fascinante e inclassificável quanto o tema título que o precedeu, consegue manter a identidade da Shakira vincada num território que, à partida, não lhe seria muito familiar. A opção pelo uso de uma batida de samba em fundo poderia ser apenas um truque estilístico (que apelido de aculturação brute force) não estivesse enquadrada num contexto electropop de onde ressalta aquela melancolia característica da cantora colombiana. Num contínuo com “She Wolf”, mas sem a carga sexual deste, o videoclip referencia novamente o cinema trashy em movimentos entre a discussão e a foda, filmados sobre o signo das artes marciais. Uma esperteza.
Gorillaz: depois do fim, o regresso
· POR Rafael Santos · 22 Jan 2010 · 22:01 ·
Cabeças de lista para a edição de 2010 do grandioso Festival de Coachella, os animadíssimos Gorillaz estão de volta aos palcos. Mas não só, estão também de volta aos originais. A ser editado no dia 9 de Março, Plastic Beach é o nome do terceiro álbum de originais de um projecto que, segundo comentários ao NME em 2007 do idealista da banda virtual Damon Albran, estava na eminência de silenciar-se para sempre.
Mas como o que era verdade ontem, hoje é mentira, a bonecada afinal não foi apagada e até está de regresso para mais um animado disco repleto de convidados de primeiríssima linha. A desfilar por entre 16 temas encontram-se nomes como Lou Reed, Mos Def, Snoop Dogg, De La Soul, Bobby Womack, Hypnotic Brass Ensemble, Little Dragon, Kano, entre outros. Esta é a lista dos temas de Plastic Beach:
1. Orchestral Intro (featuring Sinfonia ViVA)
2. Welcome To The World Of The Plastic Beach (feat. Snoop Dogg & Hypnotic Brass Ensemble)
3. White Flag (feat. Kano, Bashy & The National Orchestra For Arabic Music)
4. Rhinestone Eyes
5. Stylo (feat. Bobby Womack & Mos Def)
6. Superfast Jellyfish (feat. Gruff Rhys & De La Soul)
7. Empire Ants (feat. Little Dragon)
8. Glitter Freeze (feat. Mark E Smith)
9. Some Kind Of Nature (feat. Lou Reed)
10. On Melancholy Hill
11. Broken
12. Sweepstakes (feat. Mos Def & Hypnotic Brass Ensemble)
13. Plastic Beach (feat. Mick Jones & Paul Simonon)
14. To Binge (feat. Little Dragon)
15. Cloud Of Unknowing (feat. Bobby Womack and Sinfonia ViVA)
16. Pirate Jet
Os Ruby Suns têm novo disco e nós temos a nova canção deles
· POR André Gomes · 20 Jan 2010 · 23:16 ·
São da Nova Zelândia, chamam-se The Ruby Suns e ao que parece estão de volta com o terceiro - e estamos a citar - disco tropical/dance/pysch pop. O novo disco chama-se Fight Softly e sai a 1 de Março. Para celebrar a coisa estão a dar assim ao desbarato um tema a que decidiram chamar "Cranberry". Como nós somos uns mãos largas, podem ouvir a faixa no leitor simpático ali em baixo.
A descrição de facto é certeirinha. A canção, cujo nome deriva do Cranberry Lake - que fica não muito longe de Seattle - onde escreveram e gravaram parte do disco, é uma injecção de sol para quem anda com uma vida demasiado cinzenta e antecipa o Verão por uns meses valentes. "Cranberry" é uma das canções que se poderão escutar em Abril e Maio na digressão dos Ruby Suns pela Europa. Posteriormente, estes da Nova Zelândia vão partilhar funções pelos Estados Unidos com Toro Y Moi, um dos nomes a ter mais em conta para 2010.
A descrição de facto é certeirinha. A canção, cujo nome deriva do Cranberry Lake - que fica não muito longe de Seattle - onde escreveram e gravaram parte do disco, é uma injecção de sol para quem anda com uma vida demasiado cinzenta e antecipa o Verão por uns meses valentes. "Cranberry" é uma das canções que se poderão escutar em Abril e Maio na digressão dos Ruby Suns pela Europa. Posteriormente, estes da Nova Zelândia vão partilhar funções pelos Estados Unidos com Toro Y Moi, um dos nomes a ter mais em conta para 2010.
The Ruby Suns - Cranberry [mp3]
Air editam segundo single
· POR Rafael Santos · 20 Jan 2010 · 19:37 ·
Volvidos poucos meses sobre a edição do quinto álbum de estúdio e de uma digressão entretanto em marcha (e que contemplou o nosso país no passado dia 16), os Air editam em single aquele que é o directo sucessor de «Sing Sang Sung», chama-se «So Light is her Footfall». Como é natural nestas situações, já existem imagens para acompanhar o novo tema retirado de Love 2. Este é o novo e elegante clip dos Air realizado por Edouard Salier:
Novo disco de Tiago Guillul terá "samples de música evangélica" e "africanadas"
· POR Pedro Rios · 20 Jan 2010 · 12:13 ·
Tiago Guillul começou esta semana a gravar o sucessor de IV, disco maravilha de rock lo-fi-avariado-neo-Variações-armado-ao-punk-rock, nos Estúdios de Paço D'Arcos. É o próprio que tem posto os seus seguidores ao corrente, no seu blogue, Voz do Deserto, e no Facebook (há lá vídeos gravados em estúdio, onde se vêem velhos cúmplices como Samuel Úria). Será o primeiro disco de estúdio do músico da Flor Caveira.
Hoje, Guillul abriu um pouco o livro do que aí vem: "Samples de música evangélica americana dos anos 80, africanadas de Hemisfério Norte, gritos de amigos, cassetes recônditas de bandas protestantes portuguesas, anúncios antigos de refrigerante (com saxofone e tudo, céus), espírito do México 86, projecções sonoras avulsas. Trabalha-se e em horário de expediente. Futuro com F grande, arriscaria, no meio de tão veneráveis artefactos".
Pedro Magina, dos Aquaparque, lança-se a solo
· POR Pedro Rios · 19 Jan 2010 · 19:59 ·
Apetece dizer que a recuperação kraut-new age-sintetizadores começa a chegar a Portugal, mas Pedro Magina já anda a fazer esta música de teclados há muito tempo. O membro dos Aquaparque prepara-se para editar o seu primeiro disco a solo, sob o nome Magina. Nazca Lines, edição de autor, tem data de edição prevista de 22 de Fevereiro.
No Myspace de Magina, ouvem-se excertos de dois dos três temas do álbum, que andam pelas águas do piroso-bom de Jean-Michael Jarre, com uma ligeira dose de ruído, fruto da gravação de baixa fidelidade – é um disco assumidamente caseiro. É estranhamente eufórico, feliz, simples.
André Abel, o sócio de Magina nos Aquaparque, descreveu o álbum como "uma cápsula digital fresca e singular de memorabilia melódica em teclados, algures entre Richard Clayderman e Jean-Michel Jarre a digladiarem-se por qual a melhor releitura da banda-sonora de Chariots of Fire de Vangelis".
Bilhetes para o concerto dos XX no Porto à venda na próxima quinta-feira
· POR André Gomes · 19 Jan 2010 · 17:25 ·
A Eventos Imediatos, empresa responsável pela estreia em Portugal dos britânicos The xx, informa que os bilhetes para a actuação de dia 26 de Maio, na Casa da Música, Porto, serão postos à venda esta quinta-feira, dia 21 de Janeiro, a partir das 10h00, na bilheteira da Casa da Música e através do site www.casadamusica.com.
Face à grande expectativa que o concerto está a gerar, a promotora informa que só serão disponibilizados dois bilhetes por comprador, ao preço unitário de 30 euros. É correr quem pode.
Fica para abrir o apetite o videoclipe de "Basic Space":
Face à grande expectativa que o concerto está a gerar, a promotora informa que só serão disponibilizados dois bilhetes por comprador, ao preço unitário de 30 euros. É correr quem pode.
Fica para abrir o apetite o videoclipe de "Basic Space":
O mundo precisa de mais sonho. Os Vibracathedral Orchestra estão aí para o fornecer
· POR Pedro Rios · 19 Jan 2010 · 12:43 ·
São talvez a melhor banda do mundo no que toca a unir drones e êxtase psicadélica (que sorve das ragas, do minimalismo de LaMonte Young, daquele riff em círculos eternos de "Venus in Furs" dos Velvet, mas também do jazz mais livremente feérico). E estão de volta.
Joka Baya, o novo álbum dos Vibracathedral Orchestra, tem seis peças (cinco de um lado do vinil e a monolítica "Rag Alap Iv" do outro), criadas por Mick Flower e Adam Davenport com os velhos cúmplices John Godbert (Total) e John Moloney (Sunburned Hand of the Man).
Ainda só ouvimos excertos. Deixaram-nos a salivar for the real thing: sai a 2 de Fevereiro na valente VHF.
Paulo Raposo inicia novo ciclo depois de ser pai
· POR Miguel Arsénio · 19 Jan 2010 · 12:39 ·
Depois de ter tirado licença para acompanhar os primeiros meses do filho David, ao qual o Bodyspace deseja saúde e muitos discos, Paulo Raposo procura reactivar a sua Sirr e alguns projectos pessoais. A página do próprio revela os detalhes e um arquivo totalmente gratuito de programas de rádio (entre os quais destacamos a sessão entretanto cedida à reputada Touch Radio, que regista uma performance especial de Paulo Raposo com João Silva e Carlos Santos). Em conversa com o Bodyspace, Paulo Raposo referiu também a hipótese sólida de um novo disco de Robert Curgenven na Sirr, enquanto outros títulos permanecem numa fase de desenvolvimento. Para já, as novidades do catálogo pertencem aos incansáveis e multifacetados Lawrence English (It’s Up to Us to Live) e Janek Schaefer (Alone at Last), nomes regularmente destacados por aqui.
She & Him lançam novo disco em Março, Zooey Deschanel parte mais alguns corações
· POR André Gomes · 19 Jan 2010 · 11:17 ·
Março é mês de mais um volume de canções para os She & Him, duo formado pelo talentoso M.Ward (que em 2009 assinou o belíssimo Hold Time) e pela encantadora (e não menos talentosa) Zooey Deschanel, dona de uma voz muito apreciável. Em 2008 os She & Him lançaram, e com sucesso, um primeiro volume onde se aventuravam pela canção americana nos vários degraus da sua extensão. No dia 23 de Março preparam-se para editar novo volume, escrito por Zooey (She) e produzido por M.Ward (Him). Volume Two terá 11 canções originais e duas versões: "Ridin' In My Car" (NRBQ) e "Gonna Get Along Without You Now" (Skeeter Davis). O disco terá selo da Merge Records e este será o seu alinhamento:
01 Thieves
02 In The Sun
03 Don't Look Back
04 Ridin' In My Car
05 Lingering Still
06 Me And You
07 Gonna Get Along With You Now
08 Home
09 I'm Gonna Make It Better
10 Sing
11 Over It Over Again
12 Brand New Shoes
13 If You Can't Sleep
Aqui vemos Zooey Deschanel partir corações com "You Really Got a Hold On Me" numa televisão canadiana:
01 Thieves
02 In The Sun
03 Don't Look Back
04 Ridin' In My Car
05 Lingering Still
06 Me And You
07 Gonna Get Along With You Now
08 Home
09 I'm Gonna Make It Better
10 Sing
11 Over It Over Again
12 Brand New Shoes
13 If You Can't Sleep
Aqui vemos Zooey Deschanel partir corações com "You Really Got a Hold On Me" numa televisão canadiana:
Tom Zé sobe ao palco do Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) este sábado
· POR André Gomes · 19 Jan 2010 · 10:38 ·
O genial compositor brasileiro Tom Zé vai subir ao palco Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, este sábado, dia 23 de Janeiro, às 22h00, para um concerto, no mínimo, imperdível. Figura singular da música brasileira, Tom Zé, protegido de David Byrne, trará à cidade berço um conjunto de canções representativas do seu experimentalismo e da sua individualidade no cenário da música brasileira. Os bilhetes custam 15 euros (12 com descontos) e não temos dúvidas que o concerto venha a valer cada cêntimo.
Para ouvir aqui, Tom Zé com "A Volta do Trem das Onze":
Para ouvir aqui, Tom Zé com "A Volta do Trem das Onze":
The Field reabre o Plano B esta noite, não digam que não avisamos
· POR André Gomes · 15 Jan 2010 · 17:34 ·
Cansados de chuva e mau tempo? Do trabalho, da vida, da falta de sorte? Falta um nadinha de sexo às vossas vidas? O Plano B tem a resposta a todas as vossas inquietações. Axel Willner tem os pés na cidade do Porto e a cabeça no techno minimal que em 2007, em From Here We Go Sublime, surpreendeu tudo e todos com uma dose inesperada de frescura para o género. Uma excelente notícia: Axel Willner não vem sozinho, vem com um baixista e com um baterista. A coisa, quente quente, tem horário marcado para a 1 da manhã. A entrada para a coisa é a 12 euros (tenham calma, são consumíveis).
Tudo vale para apanhar isto hoje no momento certo:
Tudo vale para apanhar isto hoje no momento certo:
Os Girls têm novo videoclipe para "Morning Light"; celebremos
· POR André Gomes · 15 Jan 2010 · 00:18 ·
Some girls are bigger than others
Some girls are bigger than others
Some girl's mothers are bigger than
Other girl's mothers
Morrissey.
São estas as Girls que temos em 2010:
Some girls are bigger than others
Some girl's mothers are bigger than
Other girl's mothers
Morrissey.
São estas as Girls que temos em 2010:
Jay Reatard, anunciou que ia cair e ironia do destino, caiu mesmo
· POR Nuno Leal · 14 Jan 2010 · 14:52 ·
Esta passagem de ano não tem corrido muito bem para o mundo da música. Os últimos dias de 2009 e os primeiros de 2010 tiraram deste mundo Rowland S. Howard, Lhasa, Teddy Pendergrass e agora um nome ainda não tão conceituado, mas que prometia vir a ser: Jay Reatard. Com apenas 29 anos, Reatard, de seu verdadeiro nome, Jimmy Lee Lindsey Jr., terá morrido durante o sono, dizem. Porque sem vida foi encontrado às 3 e meia da manhã desta quarta-feira. A polícia investiga mas o que realmente se sabe é que Jay é um marco incontornável da cena rock independente de Memphis. E que agora estava a começar a dar cartas globalmente, tendo assinado pela Matador onde há uns bons meses atrás nos presenteou com o excelente disco Watch Me Fall, título agora irónico que também ironicamente na capa, recriava uma das cenas mais famosas do atormentado Jack Torrance em The Shining, encarnado pelo inesquecível Jack Nicholson, personagem que viria a morrer não muito depois dessa cena.
A própria Matador emitiu um comunicado onde se refere a Jay como "cheio de vida, mais do que qualquer pessoa que tenhamos conhecido, responsável por inúmeros momentos inesquecíveis, tanto como pessoa, como artista. Sentimo-nos honrados por o ter conhecido e trabalhado com ele, vamos ter saudades terríveis dele."
Jay Reatard, afinal não há mesmo sol para ti.
A própria Matador emitiu um comunicado onde se refere a Jay como "cheio de vida, mais do que qualquer pessoa que tenhamos conhecido, responsável por inúmeros momentos inesquecíveis, tanto como pessoa, como artista. Sentimo-nos honrados por o ter conhecido e trabalhado com ele, vamos ter saudades terríveis dele."
Jay Reatard, afinal não há mesmo sol para ti.
Os novos passos dos Autechre
· POR Rafael Santos · 14 Jan 2010 · 14:48 ·
Praticamente dois anos volvidos sobre Quaristice, Rob Brown e Sean Booth voltam aos originais. Estamos, pois, a falar dos veteranos Autechre, magos das electrónicas experimentais e um dos primeiros grandes nomes no catálogo da Warp. O novo disco chama-se Oversteps e será lançado no dia 23 de Março, segundo informação da própria editora.
Este novo trabalho, a ser editado em dois formatos (CD e um Deluxe Vinyl Edition), será motivo para uma pequena digressão entre Março e Abril, que por enquanto ainda não contempla o nosso país. Para mais informação sobre novidades dos Autechre é consultar o site da Warp.
Este será o alinhamento de Oversteps:
01. r ess
02. ilanders
03. known(1)
04. pt2ph8
05. qplay
06. see on see
07. Treale
08. os veix3
09. O=0
10. d-sho qub
11. st epreo
12. redfall
13. krYlon
14. Yuop
Recordemos «Gantz Graf» de 2002, tema de abertura do EP com o mesmo nome:
A taxa de natalidade vai baixar: Teddy Pendergrass morreu
· POR Rodrigo Nogueira · 14 Jan 2010 · 12:03 ·
Indirectamente responsável por vários nascimentos, Teddy Pendergrass morreu de cancro do colón. É lembrá-lo com canções como esta:
E ir fazer amor, por favor.
E ir fazer amor, por favor.
Ano Novo, 10 Discos Novos
· POR Rafael Santos · 13 Jan 2010 · 19:32 ·
Estas são algumas das propostas novas para este novo ano de 2010. Umas quantas estreias e uns tantos regressos. Muita novidade que qualquer melómano não vai ignorar. Aí ficam alguns exemplos – que por aqui ainda não tinham sido anunciados – de discos a serem editados até Abril:
Kuniyuki Takahashi Walking In The Naked City (Editado, por agora, apenas no Japão)
22 de Fevereiro
Olive Oil Space in Space
22 de Fevereiro
José James Black Magic
22 de Fevereiro
Joy Orbison The Skrew EP
23 de Fevereiro
David Byrne & Fatboy Slim Here Lies Love
Edição deluxe: Livro+2CD+DVD
1 de Março
The Knife Tomorrow, In A Year
1 de Março
Bomb the Bass Back to Light
1 de Março
Ellie Goulding Lights
5 de Abril
V/A Late Night Tales com a The Cinematic Orchestra
Kuniyuki Takahashi Walking In The Naked City (Editado, por agora, apenas no Japão)
22 de Fevereiro
Olive Oil Space in Space
22 de Fevereiro
José James Black Magic
22 de Fevereiro
Joy Orbison The Skrew EP
23 de Fevereiro
David Byrne & Fatboy Slim Here Lies Love
Edição deluxe: Livro+2CD+DVD
1 de Março
The Knife Tomorrow, In A Year
1 de Março
Bomb the Bass Back to Light
1 de Março
Ellie Goulding Lights
5 de Abril
V/A Late Night Tales com a The Cinematic Orchestra
Brasileira Cibelle tem novo disco
· POR André Gomes · 12 Jan 2010 · 22:12 ·
Produzido pela própria Cibelle e Damian Taylor (Björk), misturado por Thom Monahan (Au Revoir Simone, Devendra Banhart), com colaborações de Josh Weller, Kristian Craig Robinson, Mocky, Sam Genders (Tunng), Fernando Catatau (Kassin+2), Pupilo, entre outros, e gravado em Londres, São Paulo e Vancouver. Assim é o novo disco de Cibelle, uma nova ventura que é banda sonora punk de um cabaret tropical pós-nuclear. Com nove temas originais e três versões ("Mango Tree" (da banda sonora do filme de de James Bond Doctor No), "Beeing Green" (canção do Sapo Cocas) e "Lightworks" (do compositor Raymond Scott), Las Venus Resort Palace Hotel (Crammed Discs / Nuevos Medios) sairá em Abril deste ano.
Este é o vídeoclipe para "Green Grass":
Este é o vídeoclipe para "Green Grass":
M.I.A. enfurece-se com o "New York Times" e divulga nova canção
· POR Pedro Rios · 12 Jan 2010 · 22:10 ·
O Twitter de M.I.A. não tem parado. Hoje, exclamou "FUCK NEW YORK TIMES" porque o jornal elegeu o Sri Lanka como o melhor destino de férias para 2010. M.I.A., que é filha de um guerrilheiro tamil, colocou fotografias aparentemente da guerra civil que opôs o governo aos Tigres Tamil - imagens violentas, não aconselháveis para pessoas sensíveis.
Horas depois, colocou um vídeo com o que parece ser uma nova canção, "There's Space For Ol Dat I See". A canção é diferente de tudo o que ouvimos de M.I.A. até agora: ainda com poucas audições, somos tentados a chamar-lhe pop marciana. Ou outro disparate qualquer. É ouvir:
Será uma canção do sucessor do maravilhoso Kala (2007), que M.I.A., à Rolling Stone, disse que deverá sair no Verão?
A cantora prometeu rappar e cantar - nada de novo até aqui. Mas perduram na nossa mente as palavras do produtor Diplo à Pedrestian, em Novembro passado: "É como se Gucci Mane encontrasse os Animal Collective", disse no ano passado. Só pode vir boa coisa.
A folk miserável de Viking Moses navega por Lisboa (ZDB) e Faro
· POR Miguel Arsénio · 12 Jan 2010 · 20:16 ·
Mais do que uma estética, a lo-fi parece ser um estilo de vida para Brendon Massei, o forasteiro também conhecido por Viking Moses, navio de canções folk emocionalmente expostas e desconcertantes pela sua franqueza. Brendon está de visita esta semana e com ele trouxe a companheira (Golden Ghost) para serões intensos na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, e nos Artistas, em Faro, nos dias 14 e 16 de Janeiro, respectivamente. Entre outras façanhas, Viking Moses pode gabar-se de uma das mais tristes versões de “Love me tender” (o clássico de engate eternizado por Elvis Presley) e do aproveitamento encontrado para o assobio do Robin Hood da Disney, em “Whistle Stop” (um vício por si só). Outros reconhecerão o rapaz pela participação em Golden Apples of the Sun, a compilação orientada por Devendra Banhart, com “Crosses” (consideração harmoniosa sobre os amores).
A Nike podia ser processada por um mundo deprimido com uma publicidade assim:
A Nike podia ser processada por um mundo deprimido com uma publicidade assim:
Jill Tracy visita Guimarães
· POR Rafael Santos · 12 Jan 2010 · 20:15 ·
O Centro Cultural de Vila Flor, em Guimarães, prepara-se para ser primeiro palco europeu a acolher a norte-americana Jill Tracy. Ainda relativamente desconhecida do grande público português, a femme fatale de São Franciso aceitou o convite da Smog para um concerto único no próximo dia 27 de Fevereiro. Acompanhada pelo violoncelista Paul Mercer, a compositora, cantora e pianista trará ao público português um repertório, dividido entre quatro álbuns, marcado essencialmente por uma sonoridade pop melancólica algo gótica e cinematográfica, repleta de tonalidades jazz, enquanto visualmente o imaginário é preenchido com um forte estilo cabaret.
Lula Pena sobe ao palco do MusicBox
· POR Rafael Santos · 12 Jan 2010 · 15:42 ·
É já na próxima sexta-feira dia 15 de Janeiro que a portuguesa Lula Pena subirá ao palco do MusicBox e espalhará a sua voz quente e sedutora por um público ávido de calor. Bastará uma guitarra (e a sua serena presença) em palco para que as suas cordas vocais dêem som aos sentimentos mais nobres que lhe possuem a alma. Invocando o melhor que o Brasil de Chico Buarque tem para oferecer e a eterna melancolia do nosso fado de Lisboa, Lula Pena será com certeza um dos mais genuínos faróis da universalidade da música.
Repito, sexta-feira no MusicBox no Cais do Sodré, numa noite que contará também com a presença de Maga Bö e o seu ecléctico DJ set repleto de sonoridades com origem nos mais diversos pontos do mundo. A entrada tem um custo de 10 Euros.
Eis um exemplo do que poderemos ouvir esta Sexta à noite neste vídeo gravado em 2007 no Festival Músicas do Mundo em Sines:
Repito, sexta-feira no MusicBox no Cais do Sodré, numa noite que contará também com a presença de Maga Bö e o seu ecléctico DJ set repleto de sonoridades com origem nos mais diversos pontos do mundo. A entrada tem um custo de 10 Euros.
Eis um exemplo do que poderemos ouvir esta Sexta à noite neste vídeo gravado em 2007 no Festival Músicas do Mundo em Sines:
O Santiago Alquimista tem um DJ para cada quinta-feira de Janeiro
· POR Miguel Arsénio · 11 Jan 2010 · 20:24 ·
Durante o mês de Janeiro, cada uma das noites de quinta-feira no Santiago Alquimista, em Lisboa, conhece um DJ diferente (todos ilustres). A semana passada subiu ao palanque o programador da ZDB Sérgio Hydalgo (e eu tenho a certeza que passou Dirty Projectors), sendo que as próximas quintas alternarão entre o adorável benfiquista e empregado da Flur André Santos (dia 14), Luís Filipe Rodrigues da Time Out (com set de Desrespeito para dia 21) e Nuno Dias, metade do Lovers & Lollypops Soundsystem (no dia 28). Cada um propõe diferentes pratos para acompanhar gente que dança (objectivo difícil em algumas salas de Lisboa) ou quem prefira simplesmente ficar a falar do casting do Ídolos.
XV Edição Festival de Música Moderna está em curso
· POR Rafael Santos · 11 Jan 2010 · 20:22 ·
Quinze anos volvidos sobre o primeiro Festival Novos Caminhos (assim começou por se designar), o histórico Cine–Teatro do Ginásio Clube de Corroios está pronto a acolher mais uma edição do Festival Música Moderna. Os motivos que movimentam o festival mantêm-se intactos: promover, divulgar e apoiar novos projectos decididos a darem-se a conhecer ao maior número de pessoas.
Os projectos interessados poderem enviar as suas maquetas até dia 15 deste mês de Janeiro. Para mais informação podem consultar os regulamentos do concurso aqui.
Este é o calendário das diversas sessões, todas elas com início pelas 22 horas:
20 Fevereiro 2010: 1ª Sessão (actuação de dois projectos)
27 Fevereiro 2010: 2ª Sessão (actuação de dois projectos)
06 Março 2010: 3ª Sessão (actuação de dois projectos)
13 Março 2010: 4ª Sessão (actuação de dois projectos)
O dia 27 de Março de 2010 é o dia destinado à Final.
DJ set de DâM-Funk prolonga a noite de Panda Bear no Lux
· POR Miguel Arsénio · 11 Jan 2010 · 15:30 ·
Como se não fossem suficientes os motivos para rumar ao Lux na noite de 12 de Fevereiro, eis que a Filho Único SAD garante a actuação do grande DâM-Funk (pronuncia-se deime) num DJ set que deve ocupar as horas tardias após o concerto de Panda Bear. Se a portentosa revelação do ano passado, o duplo-álbum Toeachizown (Stones Throw), servir de indício para o que se vai escutar no Lux, podemos então ir sintonizando os ouvidos na frequência de um banquete transversal de funk (ele chama-lhe modern funk) que vai desde a nave-mãe Parliamente-Funkadelic até ao g-funk de Compton (quando a bala de Suge Knight mandava na Costa Oeste e Dr. Dre fazia história com o lendário documento The Chronic). A venda dos bilhetes será feita a partir de quarta-feira no Lux, Flur e Louie Louie. Relembramos que a ligação entre DâM-Funk e Animal Collective havia já rendido fruta fresca, quando o primeiro remisturou “Summertime Clothes”, single de Merriweather Post Pavilion, aquele disco das ondinhas a que ninguém prestou atenção.
Os Animal Collective têm videoclipe para "Brothersport" e com isto geram mais algum ódio entre a colectividade melómana
· POR André Gomes · 11 Jan 2010 · 14:01 ·
Há bandas que são assim: sempre que se mexem geram doses iguais de ódio e amor. Há quem diga que são uma das bandas mais importantes da década que passou, há quem diga que são o embuste do século. O novo videoclipe para "Brothersport", um dos temas mais incríveis de Merriweather Post Pavilion, recentemente considerado como melhor disco de 2009 numa data de publicações (entre as quais a nossa), vai gerar mais mel e fel certamente. Ainda por cima porque está carregadinho de crianças, infantilidades, animais, cores e tantas outras coisas que são normalmente argumentos de arremesso aos senhores em causa. O videoclipe é o que se segue:
Camera Obscura juntam-se ao Festival para Gente Sentada
· POR Miguel Arsénio · 11 Jan 2010 · 12:16 ·
Depois de anunciados os primeiros nomes, o Festival para Gente Sentada é reforçado pela presença dos Camera Obscura, a bem-amada banda escocesa que deverá chegar ao Cineteatro António Lamoso, de Santa Maria da Feira, no dia 27 de Fevereiro. Isto quando My Maudlin Career, o mais recente mosaico pop que marcou também a estreia na 4AD, continua a conquistar desprevenidos e a consolidar a sua posição entre os predilectos dos incondicionais.
Vamos todos comer pêra em Santa Maria de la Feira:
Vamos todos comer pêra em Santa Maria de la Feira:
Os Mono, os japoneses, sobem também a norte para um concerto em Serralves
· POR André Gomes · 09 Jan 2010 · 01:29 ·
É isso, já contamos a vinda dos pós-rockeiros Mono a Lisboa para um concerto no Musicbox e agora confirma-se o concerto na Fundação Serralves, no Porto. O concerto a norte acontece no dia 10 de Março. E porque não temos muito mais a dizer acerca deste acontecimento (não há ainda informação acerca de bilhetes e horários) passamos directamente para um vídeo que mostra o poder desta banda japonesa quando chamada para um concerto. O tema é "Ashes In The Snow" do álbum Hymn To The Immortal Wind:
Bill Callahan e Dakota Suite são nomes de peso no Festival para Gente Sentada
· POR Miguel Arsénio · 08 Jan 2010 · 15:00 ·
Sem vacilar, o Festival para Gente Sentada volta a apresentar alguns dos mais ilustres escritores de canções no seu cartaz. A edição deste ano, a ter lugar no Cineteatro António Lamoso, de Santa Maria da Feira, nos dias 26 e 27 de Fevereiro, conta, para já, com a presença de Bill Callahan e Dakota Suite.
O dia 26 fica reservado a Bill Callahan, senhor de uma carreira incomparável - primeiro como (smog) e agora em nome próprio – em que cada disco revela um pouco mais sobre a grandeza de alguém que nunca teve medo de cantar o medo. Há alguns meses Callahan falou ao Bodyspace acerca de Sometimes I Wish We Were an Eagle, estupendo último álbum e bonito slogan para a parceria de Rui Costa com Luís Filipe Vieira. Apesar de ter garantido que só reactivava (smog) mediante o pedido expresso do Presidente Obama, Bill Callahan, em concerto, não deixa de recuperar temas dessa temporada misantropa, sendo que alguns deles são músicas de uma vida para muitas pessoas.
Um dia depois, o Cineteatro recebe os ingleses Dakota Suite, o nome do tanque de guerra slow-core que Chris Hooson conduz entre minas de tristeza e outros amargos proporcionados pelo Everton FC, a sua equipa do coração. Prestes a ser editado pela Karaoke Kalk, The Night Just Keeps Coming, dos Dakota Suite, compila algumas remisturas (Machinefabriek!) e uma série de inéditos.
O dia 26 fica reservado a Bill Callahan, senhor de uma carreira incomparável - primeiro como (smog) e agora em nome próprio – em que cada disco revela um pouco mais sobre a grandeza de alguém que nunca teve medo de cantar o medo. Há alguns meses Callahan falou ao Bodyspace acerca de Sometimes I Wish We Were an Eagle, estupendo último álbum e bonito slogan para a parceria de Rui Costa com Luís Filipe Vieira. Apesar de ter garantido que só reactivava (smog) mediante o pedido expresso do Presidente Obama, Bill Callahan, em concerto, não deixa de recuperar temas dessa temporada misantropa, sendo que alguns deles são músicas de uma vida para muitas pessoas.
Um dia depois, o Cineteatro recebe os ingleses Dakota Suite, o nome do tanque de guerra slow-core que Chris Hooson conduz entre minas de tristeza e outros amargos proporcionados pelo Everton FC, a sua equipa do coração. Prestes a ser editado pela Karaoke Kalk, The Night Just Keeps Coming, dos Dakota Suite, compila algumas remisturas (Machinefabriek!) e uma série de inéditos.
Japoneses Mono actuam no Musicbox, Lisboa, em Março, coitadinhas daquelas paredes
· POR André Gomes · 08 Jan 2010 · 12:20 ·
Para vocês que ainda acreditam que pós como prefixo de rock é a salvação para este último, e apreciam sobretudo a variante vai-a-cima, bota-a-baixo do género mencionado, temos muito boas noticias. Os Mono, os japoneses que quase deitaram abaixo o querido O Meu Mercedes é maior que o Teu, no Porto, há alguns anos, têm data marcada para o muito activo Musicbox, em Lisboa, para o dia 9 de Março. Não há noticias de um possível concerto a norte.
No seguinte vídeo mostramos o lado mais sossegado - mas não menos épico - dos Mono, no tema "Follow The Map", retirado do álbum Hymn To The Immortal Wind, que saiu em 2009 pela pós-rockeira Temporary Residence Limited.
No seguinte vídeo mostramos o lado mais sossegado - mas não menos épico - dos Mono, no tema "Follow The Map", retirado do álbum Hymn To The Immortal Wind, que saiu em 2009 pela pós-rockeira Temporary Residence Limited.
Tiago Sousa diz que Arvo Pärt rocka o mundo dele actualmente, e Insónia (2009) é disso prova
· POR Tiago Sousa · 08 Jan 2010 · 01:12 ·
Em muita da música dita erudita encontramos compositores que foram educados principalmente para o virtuosismo, acabando por transformar o impulso criativo num malabarismo de estilo, é por isso refrescante e até perturbante encontrar quem consiga dizer tanto com tão pouco. A condição contemporânea é a da tecnocracia, a legitimação social toma o ideal economicista para qualificar quantificando. A obra de Arvo Pärt está tão repleta de bom senso e humildade que se agiganta na ordem inversamente proporcional em relação à complexidade das composições. Chegamos a louvar aos céus que alguém ouse fazê-lo.
Times New Viking e Crystal Antlers também tocam no Porto em Abril, mês de concertos mil
· POR André Gomes · 07 Jan 2010 · 23:54 ·
Depois da boa notícia que dá conta de uma Time Out para o Porto, surgem agora mais duas boas novas, em escalas distintas. Pois acontece então que Times New Viking e Crystal Antlers também tocam no Porto em Abril, mês de, diríamos, enxurrada musical. O concerto duplo acontece no dia 20 de Abril no Plano B, e a entrada tem um custo de 10 euros (12 para os atrasadinhos que compram à porta). É dos Crystal Antlers o tema "Andrew", que mostramos em baixo. Tanto num caso como noutro, é de rock sem guiões que falamos, mais ruidoso e lo-fi no caso dos Times New Viking (que engraçados que nós estamos), mais direitinho - mas não menos imaginativo - no caso dos Crystal Antlers - mas desafiante em ambas as personificações.
É também no Plano B que alguns dias antes, mais precisamente dia 14 de Abril, se abrem as portas para uma noite cheia de hip-hop e coisas boas: Sensational (que foi capa da Wire há coisa pouca, venham todos vocês daí) e Spectre, um dos alias de Skiz Fernando, senhor activo nestas coisas do hip-hop. Uma noite de luxo para quem coloca estas coisas do hip-hop à frente da família e tiver oito euros para desembolsar.
É também no Plano B que alguns dias antes, mais precisamente dia 14 de Abril, se abrem as portas para uma noite cheia de hip-hop e coisas boas: Sensational (que foi capa da Wire há coisa pouca, venham todos vocês daí) e Spectre, um dos alias de Skiz Fernando, senhor activo nestas coisas do hip-hop. Uma noite de luxo para quem coloca estas coisas do hip-hop à frente da família e tiver oito euros para desembolsar.
Os Vampire Weekend têm novo disco e a primeira boa noticia é que podem ouvi-lo aqui na íntegra
· POR André Gomes · 07 Jan 2010 · 14:01 ·
Chama-se Contra e é o segundo disco dos meninos que fizeram furor recentemente com o disco de estreia, auto-intitulado. Os Vampire Weekend são um veículo indie rock com pozinhos de música negra que fez as delicias de muito boa gente. É provável que este novo disco venha a preencher as listas de melhores do ano lá para Dezembro. Por enquanto, é possível ouvir todo o disco neste player todo giro e colorido:
Willie Mitchell morre, mas continua vivo nos nossos corações ou algo piroso do género
· POR Rodrigo Nogueira · 06 Jan 2010 · 15:00 ·
Por detrás de uma grande voz tem de haver um grande produtor/escritor de canções. As vozes não existem num vácuo e, não raras vezes, tendem a fazer muito más escolhas. Se vives, existes e respiras, pequenote, sabes certamente que o Al Green é das coisas mais bonitas do mundo. Tem uma voz incrível, que quando chega lá acima te dá arrepios na espinha, mas a voz não seria nada sem as canções e o bom gosto dos arranjos por detrás. E o som que todos reconhecemos ao Al Green foi inventado por um rapazinho chamado Willie Mitchell. O Al Green continua vivo, mas uma parte dele morreu ontem com o falecimento do Willie Mitchell. São aquelas cordas, aqueles sopros, é o som de Memphis. Willie Mitchell, caso não saibas, inventou o som da soul de Memphis e foi um mago que também trabalhou com gente como Ann Peebles e Syl Johnson. É ele que ouvimos em "Let's Stay Together" (ignora a sobreexposição Tarantínica, amiguinho, e admite finalmente: é das melhores canções de sempre) em praticamente tudo o que interessa do Al Green. Sempre foi assim. Green e Mitchell, Jackson e Jones, Spector e Spector, Warwick e Bacharach, há milhares de exemplos. Recordemos um dos grandes com "I'm Still In Love With You", porque ainda continuamos apaixonados por este som:
The Field actua no Porto, o Plano B reabre em grande estilo em 2010
· POR André Gomes · 05 Jan 2010 · 22:36 ·
Esta é em primeiríssima mão. Fica o aviso: no dia 15 de Janeiro a excursão é para o Plano B, no Porto. É que o projecto sueco The Field, a aventura electrónica de Axel Willner que deu ao mundo em 2007 o aclamado (e com toda a justiça) From Here We Go Sublime, com selo da Kompakt Records, tem data marcada para a cidade do Porto em exclusivo nacional. A melhor das noticias possíveis: Axel Willner não vem sozinho, vem com a sua banda, o que deve dar um cheirinho extra a From Here We Go Sublime e sobretudo Yesterday and Today, editado no ano passado, e que servirá de prato principal para a noite de 15 de Janeiro que se adivinha excitante.
Seus suckers por techno minimal, esta noite é para vocês. Terão a oportunidade e ouvir uma coisa incrível como "Over The Ice" (para ouvir ali em baixo) e satisfazer todas as vossas necessidades de techno lovers. Apetece roubar o título do primeiro álbum do sueco Axel Willner e dizer: daqui vocês vão para o céu.
Seus suckers por techno minimal, esta noite é para vocês. Terão a oportunidade e ouvir uma coisa incrível como "Over The Ice" (para ouvir ali em baixo) e satisfazer todas as vossas necessidades de techno lovers. Apetece roubar o título do primeiro álbum do sueco Axel Willner e dizer: daqui vocês vão para o céu.
A juventude em marcha dos The XX na Aula Magna
· POR Pedro Rios · 05 Jan 2010 · 19:53 ·
The XX © Owen Richards |
Anda tudo eXXcitado com eles e a coisa não é para menos: é deles XX, um dos melhores discos do ano - e intrigantes: como é que quatro miúdos, com 20 anos de idade, fazem um disco de pop tão precisa, com a exacta medida de sensualidade, inteligência e frieza?
Os The XX estreiam-se em Portugal, em formato trio, na Aula Magna, em Lisboa, a 25 de Maio. Os bilhetes custam 25 euros e já estão à venda.
Mão Morta comemoram 25 anos com álbum novo na Universal
· POR André Gomes · 05 Jan 2010 · 16:31 ·
Estão crescidinhos. Os Mão Morta fazem 25 anos e vão lançar um novo disco na Universal, que demonstra o "orgulho de informar que passou a contar com o grupo bracarense" que considera "um dos mais importantes de sempre na história do rock feito em Portugal" nas suas fileiras. A Universal diz ainda que o novo álbum de originais da banda, que está a ser gravado em estúdios do Porto e de Braga, tem edição marcada para início de Abril de 2010, o ano em que se celebram os 25 anos de existência dos Mão Morta.
Boas noticias para quem abanou e muito a cabeça com isto:
Boas noticias para quem abanou e muito a cabeça com isto:
O Rescaldo do 2009 aventureiro faz-se no Teatro A Barraca
· POR Pedro Rios · 05 Jan 2010 · 13:03 ·
Tiago Sousa na Videoteca do Bodyspace
De 21 a 23 de Janeiro, o Teatro A Barraca, em Lisboa, recebe o Festival Rescaldo, "um encontro de nomes e projectos que tiveram relevância no decorrer de 2009" nas áreas da electrónica, improvisação, electroacústica, rock e jazz.
Assim é: há Tiago Sousa, autor do aclamado Insónia, os Mãos Sem Dedos, novo grupo de experimentação, vagamente devedor dos Black Dice, e os sempre em alta Sei Miguel e Rodrigo Amado (em trio), entre outros.
Eis o programa:
21 de Janeiro:
Sei Miguel Unit Core - 22h00
Carlos Santos / Emídio Buchinho / José Oliveira - 23h00
22 de Janeiro:
Mouraria Beat Ensemble - 22h00
Rodrigo Amado Motion Trio - 23h00
Whit - 00h00
23 de Janeiro
Tiago Sousa - 22h00
Mãos Sem Dedos - 23h00
Tiago Morgado - 00h00
GNR entram em estúdio para gravar novo disco
· POR André Gomes · 05 Jan 2010 · 12:08 ·
Depois do concerto de novo ano nos Jardins da Torre de Belém, os GNR encontram-se em estúdio para gravar novo disco. O novo disco, ainda sem título, será o 11º trabalho de originais da banda e está já em fase adiantada. “As bases das músicas estão prontas e temos 15/16 canções”, adianta Tóli Machado, responsável pela composição das músicas. As letras, como sempre, são da responsabilidade de Rui Reininho que sobre o que aí vem tem a dizer: “vai ser um disco muito Pop, um disco de encontro com a essência da sonoridade dos GNR, assumidamente GNR”, afirma Reininho.
Ao que se sabe, o sucessor de Do Lado dos Cisnes (2002), será também o primeiro álbum dos GNR a ser gravado em estúdio próprio. “Já ensaiamos aqui há algum tempo, agora investimos em equipamento e passámos de uma sala de ensaios para um estúdio com todas as condições”, refere Tóli. O novo quartel-general do grupo, situado no Porto, ainda não tem nome de baptismo, “estamos a escolher e aceitam-se sugestões”, diz a banda.
Quem não se lembra da "Videomaria" (e daquele logo da 2)?
Ao que se sabe, o sucessor de Do Lado dos Cisnes (2002), será também o primeiro álbum dos GNR a ser gravado em estúdio próprio. “Já ensaiamos aqui há algum tempo, agora investimos em equipamento e passámos de uma sala de ensaios para um estúdio com todas as condições”, refere Tóli. O novo quartel-general do grupo, situado no Porto, ainda não tem nome de baptismo, “estamos a escolher e aceitam-se sugestões”, diz a banda.
Quem não se lembra da "Videomaria" (e daquele logo da 2)?
Lhasa de Sela deixou-nos, e deixou-nos alguma da tristeza mais bonita dos últimos tempos
· POR André Gomes · 04 Jan 2010 · 11:35 ·
Era jovem, demasiado jovem. A sua voz era belíssima, como a de poucos. Vítima de cancro, Lhasa de Sela deixou-nos no virar para 2010 e o mundo da música ficou um bocadinho mais vazio. Com três discos editados, estabeleceu-se como uma das maiores vozes da música que não cabe em lado nenhum, que cabe no mundo todo. Vasco Sacramento, agente da cantora nascida nos Estados Unidos mas com fortes raízes no México, deixou o seu testemunho emocionado e sentido: «ao longo dos últimos sete anos, a Sons em Trânsito tem produzido centenas de concertos com artistas estrangeiros em Portugal. Desses talentos todos, que tivemos a oportunidade de mostrar ao público português, Lhasa de Sela foi claramente a que mais me marcou. Não só pela sua voz única ou pela qualidade óbvia das suas canções e dos seus músicos, mas antes pela sua atitude desprendida e diferente do que é habitual assistir em muitos artistas».
Para Vasco Sacramento, Lhasa de Sela era uma artista distinta de todos os outros: "Lhasa de Sela não estava interessada no estrelato, na fama ou no dinheiro. Não que quem aspire a isso seja menos válido. Longe disso! São ambições legítimas. Porém, a Lhasa era diferente. Parecia que cantava apenas por imperativo de consciência, sem grandes preocupações com estratégia de mercado. Daí apenas ter deixado 3 álbuns. Após cada disco e respectiva digressão, a Lhasa tinha necessidade de desaparecer por uns tempos para fazer coisas diferentes, por exemplo, a longa temporada que passou em Marselha onde as suas irmãs têm um circo", conta.
Lhasa de Sela tinha uma relação muito especial com Portugal, onde gozava de um culto considerável: "não posso deixar de lembrar a inesquecível ligação que a Lhasa tinha a Portugal. Amava o fado, principalmente, claro, Amália, que cantou nos seus concertos em Portugal. Lembro-me das ovações em pé que a sua interpretação de “Meu amor, Meu amor” lhe rendeu. Foi emocionante. Lhasa adorava Lisboa! Bairro Alto, Alfama, mas também Sintra, Coimbra, etc. Falava-me sempre do bacalhau que gostava de comer em Xabregas, quando cá estava. E o público português sempre lhe dedicou enorme afecto, esgotando todas as salas onde a Lhasa actuou no nosso país. Foi com ela que esgotei, pela primeira vez, a Aula Magna, numa noite memorável", recorda.
Vasco Sacramento lembra Lhasa de Sela como uma pessoa autêntica: "fora dos palcos, Lhasa de Sela era simples e densa. Simples no trato, na forma como lidava carinhosamente com todos. Densa pela profundidade e maturidade que revelava, provavelmente fruto do nomadismo que marcou toda a sua vida. Parece-me que o principal atributo da Lhasa, para lá do seu evidente talento, era a autenticidade. Era isso que tocava quem a ouvia ou conhecia. Tudo soava a verdade", confessa.
Depois da edição do seu terceiro e derradeiro álbum, Lhasa, a cantora norte-americana foi forçada a cancelar uma digressão de promoção ao novo disco e, agora, obrigada a desistir de alguns projectos que pairavam na sua mente: "Lhasa de Sela vendeu mais de um milhão de discos", conta Vasco Sacramento. "Praticamente só com dois registos, dado não ter podido promover convenientemente o último trabalho. Poderia ter vendido muitos mais se esse fosse o seu objectivo, mas, como ela dizia, isso obrigá-la-ia a ser uma “operária da música”. Tenho muita pena que ela não tenha tido tempo de mostrar em palco o seu “Lhasa”, onde ela finalmente cantou exclusivamente em inglês, ou que não tenha podido pôr de pé o seu projecto de recriar os temas de Violeta Parra e de Victor Jara", relata.
Vasco Sacramento termina dizendo que Lhasa "partiu como sempre viveu. Sem grandes alaridos. Partiu livre. Como sempre viveu". Para que seja possível confirmar a liberdade com que Lhasa de Sala levou a sua vida deixamos aqui "I'm Going In", uma das mais belas canções do seu último álbum:
Para Vasco Sacramento, Lhasa de Sela era uma artista distinta de todos os outros: "Lhasa de Sela não estava interessada no estrelato, na fama ou no dinheiro. Não que quem aspire a isso seja menos válido. Longe disso! São ambições legítimas. Porém, a Lhasa era diferente. Parecia que cantava apenas por imperativo de consciência, sem grandes preocupações com estratégia de mercado. Daí apenas ter deixado 3 álbuns. Após cada disco e respectiva digressão, a Lhasa tinha necessidade de desaparecer por uns tempos para fazer coisas diferentes, por exemplo, a longa temporada que passou em Marselha onde as suas irmãs têm um circo", conta.
Lhasa de Sela tinha uma relação muito especial com Portugal, onde gozava de um culto considerável: "não posso deixar de lembrar a inesquecível ligação que a Lhasa tinha a Portugal. Amava o fado, principalmente, claro, Amália, que cantou nos seus concertos em Portugal. Lembro-me das ovações em pé que a sua interpretação de “Meu amor, Meu amor” lhe rendeu. Foi emocionante. Lhasa adorava Lisboa! Bairro Alto, Alfama, mas também Sintra, Coimbra, etc. Falava-me sempre do bacalhau que gostava de comer em Xabregas, quando cá estava. E o público português sempre lhe dedicou enorme afecto, esgotando todas as salas onde a Lhasa actuou no nosso país. Foi com ela que esgotei, pela primeira vez, a Aula Magna, numa noite memorável", recorda.
Vasco Sacramento lembra Lhasa de Sela como uma pessoa autêntica: "fora dos palcos, Lhasa de Sela era simples e densa. Simples no trato, na forma como lidava carinhosamente com todos. Densa pela profundidade e maturidade que revelava, provavelmente fruto do nomadismo que marcou toda a sua vida. Parece-me que o principal atributo da Lhasa, para lá do seu evidente talento, era a autenticidade. Era isso que tocava quem a ouvia ou conhecia. Tudo soava a verdade", confessa.
Depois da edição do seu terceiro e derradeiro álbum, Lhasa, a cantora norte-americana foi forçada a cancelar uma digressão de promoção ao novo disco e, agora, obrigada a desistir de alguns projectos que pairavam na sua mente: "Lhasa de Sela vendeu mais de um milhão de discos", conta Vasco Sacramento. "Praticamente só com dois registos, dado não ter podido promover convenientemente o último trabalho. Poderia ter vendido muitos mais se esse fosse o seu objectivo, mas, como ela dizia, isso obrigá-la-ia a ser uma “operária da música”. Tenho muita pena que ela não tenha tido tempo de mostrar em palco o seu “Lhasa”, onde ela finalmente cantou exclusivamente em inglês, ou que não tenha podido pôr de pé o seu projecto de recriar os temas de Violeta Parra e de Victor Jara", relata.
Vasco Sacramento termina dizendo que Lhasa "partiu como sempre viveu. Sem grandes alaridos. Partiu livre. Como sempre viveu". Para que seja possível confirmar a liberdade com que Lhasa de Sala levou a sua vida deixamos aqui "I'm Going In", uma das mais belas canções do seu último álbum:
Panda Bear apresenta novas canções no Lux a 12 de Fevereiro
· POR Miguel Arsénio · 03 Jan 2010 · 22:04 ·
Depois de ter assistido ao crescimento de Person Pitch, em noites inesquecíveis na Galeria Zé dos Bois, Lisboa volta a ser palco privilegiado para a escuta antecipada da pop imprevisível de Panda Bear, quando, no próximo dia 12 de Fevereiro, o Lux conhecer as primeiras pistas daquele que virá a ser o próximo álbum (previsto ainda para este ano) do membro de Animal Collective. A garantia é do próprio Panda Bear, que, em algumas palavras ao Bodyspace, revela um pouco do que se irá passar no Lux: “Tenho um novo conjunto de instrumentos. Algumas das peças são velhas, mas a forma como estão montadas é bastante diferente.” Sobre a hipótese de serem escutadas novidades na noite do Lux, o cidadão lisboeta também conhecido por Noah Lennox é peremptório: “Sim, tocarei apenas novas canções.” Repete-se então a tradição de Animal Collective, a banda de Panda Bear, que já nos habituou a versões “em construção” de temas que terminam depois em disco. Assim aconteceu com Sung Tongs e Feels, e esse parece ser o caminho para o novo disco de Panda Bear: “Ainda não comecei a gravar, mas espero começar a sério nas próximas semanas ou isso… Alterei o meu plano original e decidi que queria tocá-las ao vivo antes de gravar, como tinha acontecido com o último grupo de canções.”
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