A banda norte-americana de indie rock anunciou que o sucessor de We Are The 21st Century Ambassadors of Peace And Magic, o álbum de estreia dos Foxygen, lançado em 2013, se vai chamar ...And Star Power, e será composto por 24 faixas, num total de 82 minutos de um álbum que promete ser mais psicadélico que o anterior. A banda partilhou ainda dados sobre a tour norte-americana, bem como o primeiro single de ...And Star Power, intitulado "How Can You Really".

A associação Porta-Jazz vai organizar uma série de concertos nos jardins do Palácio de Cristal, no Porto, a acontecer todos os sábados do mês de Agosto, pelas 22 horas. Num ciclo marcadamente português, há Eduardo Cardinho Quarteto (dia 2), Miguel Moreira Sexteto (dia 9), MAP (dia 16), Miguel Ângelo Quarteto (dia 23) e encerra com as covers de Espécie de trio (dia 30). A entrada é gratuita.

O Manta volta a marcar a rentrée do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães. Nos dias 5 e 6 de Setembro marcarão presença no festival os portugueses Linda Martini, que apresentam Turbo Lento, e Luke Haines, respectivamente. Os concertos têm entrada gratuita e acontecem nos jardins do centro cultural.

A nossa noisenik favorita prepara-se para editar o seu segundo disco este outono, novamente pela Sacred Bones, e com uma capa que não é indicada a pessoas mais sensíveis. Bestial Burden marca o "regresso" de Margaret Chardiet, ela que estará pelo Porto em Outubro para um concerto no Amplifest, ao qual vamos tão (por ordem alfabética). Um pequeno teaser do disco pode ser visto aí em baixo.

A quarta edição do festival de Lamego realizar-se-à nos dias 29 e 30 de Agosto e conta este ano - e para já - com os concertos de You Can't Win Charlie Brown, Hitchpop e do "caseiro" Twisted Freak. Os bilhetes custam 3€ para um dia e 5€ para os dois dias, sendo que no próximo dia 9 o Canhoto, no Porto, recebe uma sessão de aquecimento com espectáculos de Morsa, MoneyHoney, Tales and Melodies e Twisted Freak. Mais informações é só ir aqui.

Missy e Daniel são australianos e encontraram nos Ginger and the Ghost o veículo perfeito para concretizarem todas as suas fantasias sonoras e visuais. Com um par de EPs e uma mão cheia de singles (ou algo assim), têm vindo a provocar algum burburinho e com razão. A pop que concebem, de fino recorte, tem a imaginação suficiente para nos fazer sonhar em tempos de realidades extremas. O disco de estreia está no horizonte mas entretanto a dupla tem vindo a mostrar a sua música por todo o mundo. E eis que chegou a vez de Portugal poder testemunhar a urgência da música de Missy e Daniel. Depois de um concerto no passado fim-de-semana no Milhões de Festa, em Barcelos, os Ginger and the Ghost apresentam-se no Maus Hábitos (Porto) para uma enorme celebração numa noite com entrada livre. Imperdível.

Confirmação de última hora: os Young Magic também estarão presentes nesta noite. Uma espécie de prenda para aqueles que não conseguiram ir ao Milhões de Festa.

Os norte-americanos do psych de baixa fidelidade estão de regresso aos discos, editando Weirdon no dia 23 de Setembro pela Drag City e partilhando já hoje uma nova canção, "Learning Slowly", que podem escutar no Soundcloud aí em baixo. Rock n' roll de verão para mandar foder as preocupações.

Agora que passou o Milhões já podemos começar a pedir nomes para a edição do ano que vem. Ou então continuar a bater na mesma tecla que andamos a bater desde, sei lá, 2010? Os gloriosos Melvins regressarão em Outubro com novo disco, intitulado Hold It In e com selo da Ipecac, sendo que a Buzz Osborne e Dale Crover se juntarão os nomes dos tresloucados Paul Leary e JD Pinkus, dos Butthole Surfers. E que tal uma prenda de natal antecipada?

Finados no ido ano de 2004, os Mr. Bungle continuam a ser um exemplo de como o metal pode ser ao mesmo tempo divertido e experimental; o sentido de humor aliado a um caldeirão imenso de influências vindas de todos os cantos do mundo gerou aquela que - sobretudo nos anos 90 - foi uma das maiores bandas do género, deixando um legado posterior impressionante após a sua partida, três discos fenomenais e uma lição a toda a comunidade de que o cliché ou a imitação podem não ser assim muito divertidos; a originalidade deve ser primeiramente o sentido da vida. Ou algo do género. Fora de filosofias "Love Is A Fist" continua a ser uma malha do caraças para ouvir aos berros.

Mr. Bungle terá uma espécie de regresso em 2015 quando forem reeditados Mr. Bungle, Disco Volante e California, a tríade que os tornou nome e fez com que os Red Hot os odiassem para sempre. Não só isso como há todo um novo merch pronto a ser explorado e adquirido pelos mais fanáticos. Percebem agora o título da notícia? Comeremos os nossos chapéus caso não aconteça.

Ambos com discos editados este ano, ambos falantes nativos de inglês, ambos no Musicbox no contexto do Jameson Urban Routes, que já havia confirmado Tim Hecker, Future Islands e Moonface, entre outros. Os primeiros actuarão no dia 1 de Novembro e os segundos a 24 de Outubro, juntamente com os Fujiya & Miyagi. Os bilhetes diários custam 12€.

Bom, não o terá dado definitivamente, porque o B por lá continua - bem como as canções; ouçam, pelo amor da santa, "Dá Mais Música À Bófia", coisinha que devia ter saído na altura dos Santos para ser entoada por dezenas de alcoólicos por essas escadarias lisboetas fora. B Fachada, depois de um ano sabático, prova que está em grande forma e lançou hoje, sem aviso nem agravo, um novo disco homónimo que já pode ser escutado e adquirido no Bandcamp. É só clicar aqui.

St. Vincent, Sharon Van Etten e Tune-Yards são os primeiros nomes confirmados para a edição de 2014 do Vodafone Mexefest, que como de costume decorrerá na Avenida da Liberdade, em Lisboa, sendo que desta feita os dois dias de concertos estão marcados para 28 e 29 de Novembro. Três projectos com discos editados este ano, prova de que as mulheres aí estão para tomar conta do mundo, coisas a não perder antes que o tempo invernoso nos lixe a vida. O bilhete único já está à venda e mantém o preço de 40€.

Destacamos os londrinos porque foram eles que assinaram uma mixtape exclusiva por forma a gerar algum buzz em torno do documentário em questão, mas a verdade é que Industrial Soundtrack for the Urban Decay, dirigido por Amélie Ravalec e Travis Collins e com saída prevista lá para o final do ano, abordará não só os Test Dept., mas também os Throbbing Gristle, Cabaret Voltaire, Clock DVA, NON e SPK, entre muitos outros nomes que nos anos setenta e oitenta ajudaram a dar forma àquilo que hoje entendemos como "música industrial", também ela uma revolução quando surgiu. A mixtape pode ser escutada aí em baixo e para além dos nomes óbvios conta também com faixas de artistas mais recentes, e influenciados pelo movimento, como os Perc. É só clicar.

Missy e Daniel são australianos e encontraram nos Ginger and the Ghost o veículo perfeito para concretizarem todas as suas fantasias sonoras e visuais. Com um par de EPs e uma mão cheia de singles (ou algo assim), têm vindo a provocar algum burburinho e com razão. A pop que concebem, de fino recorte, tem a imaginação suficiente para nos fazer sonhar em tempos de realidades extremas. O disco de estreia está no horizonte mas entretanto a dupla tem vindo a mostrar a sua música por todo o mundo. E eis que chegou a vez de Portugal poder testemunhar a urgência da música de Missy e Daniel. Depois de um concerto no passado fim-de-semana no Milhões de Festa, em Barcelos, os Ginger and the Ghost apresentam-se no Maus Hábitos (Porto) para uma enorme celebração numa noite com entrada livre. Imperdível.

Enquanto o sucessor de Hurry Up, We're Dreaming não vê a luz do dia, existem bons motivos para continuar a prestar atenção ao projecto de Anthony Gonzalez. Os três primeiros discos do grupo irão ser reeditados em Agosto, sendo que estão igualmente na calha alguns EPs digitais contendo remisturas e lados B dos mesmos. M83, Dead Cities, Red Seas & Lost Ghosts e Before The Dawn Heals Us são discos que estavam fora de catálogo, sendo por isso uma oportunidade para os coleccionadores preencherem quaisquer lacunas que tenham nos seus armários. Bem como uma oportunidade para reouvir esta canção belíssima.

É dos últimos grandes enigmas musicais, tendo sido descoberto pela equipa de arqueologia da Light In The Attic, e para além do recentemente reeditado - e belo - disco deixou algures nos anos oitenta um outro que sofrerá o mesmo tratamento, estando desde já disponível para escuta. Falamos do canadiano Lewis, nome completo desconhecido mas imaginado, cujo L'Amour mostra uma qualidade fantasmagórica que precede nomes como James Blake e que é, para já, a melhor música dos anos oitenta ouvida neste milénio de exploração ao passado. Romantic Times está creditado a Lewis Baloue e a sua autenticidade já foi confirmada pela editora, que o remasterizou a partir de uma cópia antiga em vinil e o coloca agora à venda, sendo que os compradores terão direito a uma cópia em MP3 para descarga automática. É só clicar aqui.

Por extenso: a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima irá estar pelo Carpe Diem Arte e Pesquisa (Rua do Século, nº79, Lisboa), levando até ao espaço um concerto de música improvisada com o duo Hernâni Faustino e Jorge Nuno, sendo que haverá igualmente um DJ set dos Irmãos Makossa. A entrada é livre e a receita do consumo reverte para a Associação. A partir das 15h, no próximo sábado.

O relvado do Campus de Campolide da UNL receberá a 19 de Setembro concertos de Fachada, Capitães d'Areia, D'Alva, Sequin e Modernos naquela que será uma belíssima recepção ao caloiro e uma oportunidade para ver o enorme Alexandre Teixeira a dar tudo. Os bilhetes custam 5€ com o espectáculo a começar às 19h. Baratíssimo, e presume-se que o álcool também o seja.

Hudson Mohawke prepara-se para lançar o EP Chimes com o selo da Warp Records no dia 30 de Setembro. Este lançamento, cujo alinhamento podem consultar ali em baixo, terá quatro temas. Um deles, que por acaso até dá título ao registo, pode ser ouvido ali em baixo. É o gajo que fez a fabulosa remistura de ​"Oops (Oh My)" da Tweet, vão que é dinheiro garantido.

O produtor SBTRKT anunciou muito recentemente o lançamento do seu segundo álbum, que terá de novo o selo da Young Turks. Wonder Where We Land chega no dia 22 de Setembro. O disco conta com colaborações de gente como Sampha, Jessie Ware, Andrew Ashong, A$AP Ferg, Warpaint e Ezra Koenig (Vampire Weekend). Podem ouvir "New Dorp New York" aqui em baixo. A seguir ao vídeo podem consultar o alinhamento do disco.

"Beggin For Thread" é o novo single da cantautora norte-americana, o quarto a sair do álbum Goddess, que é posto à venda a 5 de Setembro deste ano. Antes de "Beggin For Thread", faixa consideravelmente mais leve em comparação ao restante material da cantora, foram lançados "Brain", "Goddess" e "Drowning", este último lançado a 2 de Junho. 2014 marca o ano em que Banks partiu numa digressão em nome próprio, depois de no ano passado ter feito parte da tour do rapper The Weeknd.

You're Dead será o quinto trabalho de estúdio de Flying Lotus, alias do produtor Steven Elliot. Este trabalho vem na sequência de Until The Quiet Comes, lançado em 2012. O norte-americano já tinha tocado alguns temas ao vivo. Por falar em concertos, o artista anunciou ainda as datas da tour americana, que começa já no próximo dia 25 de julho "em casa", na Califórnia, e termina a 22 de Novembro em Denver.

É aquela semana em que as pernas começam a tremer de emoção e as horas passam demasiado, demasiado lentamente, tão lenta que o tempo parece parar e damos por nós sozinhos no mundo. "Sozinhos"? Nah, que há imensa gente que por esta altura sofre dos mesmos sintomas. O Milhões de Festa, edição 2014, está prestes a começar - quinta-feira iniciam-se as hostilidades - e o fim-de-semana mais aguardado desde 28 de Julho do ano passado bate finalmente à porta. Mala feita, tenda às costas, bilhete comprado e viagem planeada até Barcelos e siga, que Carnaval são três dias mas o Milhões são quatro. Dado o ecletismo do certame é difícil escolher apenas cinco coisas a picar entre as inúmeras ofertas e palcos, mas estas são as conclusões a que nós pessoalmente chegámos (sabendo de antemão que cada qual terá a sua forma diferente de ver e sentir as coisas, e é por esta razão precisa que o Milhões de Festa é um caso à parte: existe sempre algo para alguém). Vemo-nos por lá?

Se só puderem ver uma coisa:

Não percam, a bem da vossa sanidade mental, o concerto dos Earthless - quer tenham ou não ácidos em vossa posse. A banda de Isaiah Mitchell, um dos últimos Deuses vivos da guitarra, vem finalmente até nós depois de andarmos anos e anos apaixonados por aquele misto de maravilha e porrada que são os dois primeiros discos dos norte-americanos, Sonic Prayer e Rhythms From A Cosmic Sky. Fritaria que faz flutuar, tributo máximo ao rock n' roll, e um concerto que promete ficar na memória colectiva como o momento em que passámos a acreditar que há mais no mundo para além da guerra e da pobreza e da miséria. Actuam no domingo, no palco principal, pelas 23h20.

Se puderem ficar pelo recinto após o concerto dos Earthless:

Os Melt Yourself Down não são necessariamente uma banda "escondida", mas é uma lástima que não exista mais gente a descobrir-lhes o génio. Fusão entre jazz, punk, afrobeat e coração festivo, os britânicos - diz a imprensa especializada, confiemos sempre na imprensa especializada - não fazem por menos em cima de um palco e colocam todo o espaço de pantanas durante e após uma actuação. O espaço e o corpo. Impossível não dançar com estes moços. Tocam no mesmo dia e palco que os Earthless, quando a hora marcar 1h50.

Se na quinta-feira já andarem por Barcelos:

Entenda-se este como o "dia zero", a abertura das festividades e o reencontro-convívio de malta que não se vê desde o festival do ano passado (e tantos que os há nessa situação). Ocorre no Palco Taina entre as 18h30 e o nascer do sol seguinte (se ninguém cortar o som) e contará com nomes como Gonçalo, Alen Rein, Serrabulho, Iguanas ou Putnam Was The Bastard, para não falar dos DJs da casa que ao final da noite prometem pôr toda a gente a tirar a roupa. É também o dia em que o vosso fígado mais clama, numa voz sussurrada e dolorosa: "alimenta-me...".

Se a vossa onda é a piscina, ainda que na piscina não haja ondas:

Local idolatrado por muitos e acessível a poucos (ir cedo recomenda-se), a piscina do Milhões de Festa é como um festival dentro do festival e, sem sombra de dúvida, aquilo que mais contribuiu para o culto que se criou em torno destes fins-de-semana minhotos. Entre sexta, sábado e domingo, alguns dos nomes que por lá passarão são os seguintes: Dear Telephone, Riding Pânico, Memória de Peixe, Awesome Tapes From Africa (DJ Set), Duquesa e Thug Unicorn, exemplos dentro de uma lista que promete agradar a gregos e troianos enquanto se atiram de cabeça para a água e sorvem dos deliciosos mojitos. Ah, que saudades.

Se os funerais não são, para vocês, um acontecimento triste:

Os Vicious Five darão aquele que deverá ser o seu último concerto de sempre no palco principal, logo no primeiro dia. Se não estiveram presentes no Alive, esta é a vossa oportunidade para testemunhar ao vivo aquela que foi uma das mais importantes bandas nacionais da década dos zeros - e cujo legado ainda hoje continua a ser transmitido de norte a sul do país (os Glockenwise, por exemplo, seriam uma banda muito mais deprimida). Uma celebração em vida daquilo que é a morte; não esperem outra coisa que não o rock.

É certo que quase todos os ex-membros dos Sonic Youth parecem querer morar cá, mas não deixam de ser boas notícias. Lee Ranaldo passará por Braga para um concerto inserido no Ciclo GNRATION, actuando no Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho a 19 de Outubro. Na calha estarão as canções de Last Night On Earth, disco editado o ano passado pela Matador. Os bilhetes custam 9€ e o espectáculo terá início pelas 18h30.

O álbum, intitulado Encyclopedia, é o terceiro trabalho de longa duração do duo americano de indie pop. O lançamento está marcado, pelo menos nos Estados Unidos da América, para 23 de Setembro. A banda anunciou ainda que o primeiro single do álbum é "Magic Mountain".

O terceiro trabalho do trio britânico, intitulado New Nature, é posto à venda no primeiro dia de Setembro. O álbum foi produzido por Steve Albini e é o primeiro da banda a ser lançado pela Nostromo Records. "Blood Teachings" é o primeiro tema a sair do álbum.

Já tínhamos dado a notícia: Robert Plant, ex-vocalista dos Led Zeppelin, lança novo disco em 2014. Chama-se lullaby and...The Ceaseless Roar e será editado com o selo da Nonesuch Records no dia 9 de Setembro. E agora mais duas coisas. Aqui em baixo há dois vídeos: no primeiro é possível ver um belíssimo mini mini documentário acerca deste novo disco. No segundo podem ouvir o primeiro tema conhecido deste novo disco, "Rainbow". É bom ver que Robert Plant está cada vez mais longe do trabalho menos bom nos anos 80 e (cada vez mais) em grande forma.

Depois daquele dia em que as redes sociais ejacularam em uníssono eis a confirmação definitiva: Scott Walker e Sunn O))) editarão um disco juntos, pela 4AD, intitulado Soused. O álbum terá cerca de cinquenta minutos de duração e foi produzido pelo próprio Walker e por Peter Walsh, com ajuda de Mark Warman. A data de lançamento será 22 ou 23 de Setembro e a tracklist é a que se segue. Podem soltar os fogos.

Ainda faltam quase dois meses para o início do festival mais aguardado do ano, mas já não podemos senão soltar umas pinguinhas. Fechado que está o cartaz sabe-se agora que o Sabotage, em Lisboa, acolherá a festa de abertura do Reverence no dia 11 de Setembro, contando para isso com argumentos de peso para que toda a gente e mais alguma se desloque até ao Cais do Sodré: Naam, Ringo Deathstarr, The Telescopes e Stone Dead actuarão nessa noite (15€) dando assim o mote para dois dias de fritaria rock n' roll. Não só isto, como foram acrescentadas ao festival dois novos nomes portugueses: os infames Putas Bêbadas e os enormes Equations.

Acham que é tudo? É que também a 11 de Setembro o Palco Outfest da Marina da Praia Fluvial de Valada recebe os Aqua Nebula Oscillator, Mars Red Sky, Souq, Torpe e os locais DW Void e Unrecognized, naquela que será a Welcome Party para os festivaleiros que entretanto sigam directamente para o Ribatejo. Os passes estão à venda por 60€, sendo que aumentarão para 65€ em Agosto e para 70€ em Setembro. Serão precisos mais argumentos?

O novo álbum de Batida, intitulado Dois, será lançado a 29 de Setembro. O projecto de Pedro Coquenão está de volta com o single “Pobre e Rico”, que conta com samples de Matadidi Mário. O disco terá o selo da Soundway Records, foi "conspirado e transpirado" na garagem de Pedro Coquenão durante os últimos dois anos e conta com as colaborações de Spoek Mathambo, Duncan Lloyd (Maximo Park) ou François & The Atlas Moutains, entre outros. Podem ouvir aqui em baixo o novo single. As próximas datas de Batida estão logo a seguir.



19 Julho | Festival Super Bock Super Rock – Palco Antena 3 | Meco
1 Agosto | Ficavouga | Sever do Vouga
8 Agosto | Festas da Praia | Ilha Terceira, Açores
13 Setembro | A anunciar
19-28 Setembro | Tribu Festival | França, Dijon

Perfume Genius, o projeto a solo do norte-americano Mike Hadreas, apresentou Queen, o primeiro tema do EP Too Bright, lançado pela Matador Records e que é posto à venda a 22 de Setembro. O cantautor de indie pop apresenta, assim, o sucessor de Put Your Back N 2 It, lançado há dois anos.

O festival da música experimental OUT.FEST volta a realizar-se nos dias entre 2 e 5 de Outubro de 2014, no Barreiro. Esta é já a 11ª edição e conta com três confirmações: Peter Brotzmann & Steve Noble, o reconhecido duo de saxofone e bateria, apresenta-se em estreia nacional, no OUT.FEST, e no Amplifest, no Porto; Magik Markers, outro duo ferveroso (baixo e bateria), entre 2005 e 2009 editaram pelo menos doze álbuns, tendo regressado aos discos no ano passado; por fim, o pós-punk do colectivo holandês dos anos 70, The Ex.

O FMM Sines - Festival Música do mundo volta a realizar-se entre 18 e 26 de Julho naquela que é a 16ª edição do certame. Como já é costume, concertos, animação de rua e iniciativas paralelas vão preencher a cidade. Os artistas em destaque para 2014 são Angélique Kidjo,Mulatu Astatke, Balkan Beat Box, Ibrahim Maalouf, Fatoumata Diawara & Roberto Fonseca, Kayhan Kalhor & Erdal Erzincan,Oliver Mtukudzi e Tigran. Os bilhetes diários para os concertos nocturnos custam 10 euros, sendo que o passe para os 5 dias vale 40. A entrada para o concerto de Colin Stentson no auditório do Centro de Artes custa 5 euros. Os restantes espectáculos são de entrada livre.

O GNRation recebe no próximo dia 17 de Julho, que é como quem diz amanhã, uma extensão da 22ª edição do festival Curtas de Vila do Conde. Extensão essa que conta com a exibição da sessão "Best of Curtas 2014", seguida de um concerto de apresentação do disco Far Out dos Black Bombaim, que se farão acompanhar por Rodrigo Amado. O espectáculo decorre no pátio exterior e os bilhetes custam 5 euros.

O que é que Seu Jorge, Gilberto Gil e Tom Zé têm em comum? Além de serem brasileiros, todos colaboraram com Emicida, uma mais maiores revelações do hip-hop canarinho dos últimos anos que actua hoje, pelas 22h, na Casa da Música. O músico conseguiu vender 30 mil cópias de mão em mão do seu álbum de estreia, O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui. A primeira parte do concerto fica a cargo de César Lacerda, que actua pelas 21 horas. Os bilhetes custam 15 euros.

Violoncelista e compositor, Arthur Russell deixou um legado incomensurável na música: colaborou com Allen Ginsberg, Talking Heads ou Bootsy Collins, viveu o seu período mais fértil nos anos 70 e 80 com o advento do disco e do underground nova-iorquino, e editou em 1986 pela Rough Trade World Of Echo, único registo a solo em que mostrava a sua veia mais experimental e que é ainda hoje um importante disco dentro do meio. Morreu em 1992, devido a complicações relacionadas com o vírus da SIDA. Em 2012, a Red Hot e a Pitchfork lançaram um kickstarter com o objectivo de angariar fundos para um álbum de tributo ao norte-americano, que será finalmente editado este ano. Master Mix: Red Hot + Arthur Russell tem o selo da Yep Roc e contará com 26 versões cantadas por gente como Robyn, Blood Orange e Devendra Banhart, sendo que "Go Bang" já está disponível para escuta no Youtube, pela mão dos Hot Chip. O vídeo está aí em baixo, bem como a tracklist.

A tour europeia do trio sueco Lust For Youth tem duas passagens por Portugal. A primeira é na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, a 20 de Setembro. No dia seguinte, é a vez do Maus Hábitos, no Porto, receber o trio composto por Hannes Norrvide, Loke Rahbek e Malthe Fischer. A tour foi anunciada hoje pela banda de eletropop, e serve para apresentar o disco International, editado este ano pela Sacred Bones.

E agora é uma questão de ver o tempo passar até o calendário marcar 4 de Outubro e nos enfiarmos num qualquer meio de transporte rumo a um dos mais importantes festivais nacionais. O Amplifest conta com um cartaz de sonho para a edição de 2014, sendo que aos anteriormente anunciados Swans, Pharmakon, Wolvserpent ou Pallbearer juntam-se agora os Urfaust, Cult Of Luna e Ben Frost; aquisições de peso para nos quebrarem a alma e a sanidade e até mesmo os tímpanos em mil pedaços.

A primeira remessa de bilhetes esgotou já; a partir de agora podem adquirir o passe por 65€ (sendo que por mais 10€ também têm direito a entrada no pós-Amplifest umas semaninhas depois, com Tim Hecker, Kadavar e Maybeshewill). Podendo, é ir.

Robert e Ronald Lippok e Stefan Schneider estão de volta com um novo disco. Com selo da City Slang, o sucessor de Speculation (2010) chama-se Instrument e conta com a participação de Arto Lindsay em, três temas ("Many Descriptions", "Classify" e "The Longest Escalator in the World"). Podem ouvir o disco aqui em baixo em streaming e ainda podem ver o vídeo de "Classify". Não precisam de agradecer.

A Lovers, em associação com a ATR, volta a trazer a Lisboa o melhor de dois mundos: música e comida. O Taina Fest já vai na sua terceira edição na capital e desta feita trará até ao Grupo Amigos do Minho, no Intendente, concertos de Duquesa, Beautify Junkyards, Maurício Takara e Ian Carlo Mendoza. Os bilhetes custam 5€ com oferta de petisco, a festa vai desde as 16h até às 22h. Certo, siga.

O cantautor deu um concerto no Alive ainda anteontem, mas decidiu passar umas férias por cá e apresentar-se de surpresa na Zé dos Bois, na próxima quarta-feira. Juntamente com ele estarão Dan Iead, Jon Shaw e Otto Hauser, num quarteto de duas guitarras, baixo e bateria que fará desta noite um momento ainda mais especial do que aquele que se passou no Palco Heineken. Os bilhetes estão à venda e custam 10€, e pelo que vimos em Algés é mesmo coisinha para não se perder - ou quiçá repetir.

A New Testament é o novo disco a solo de Christopher Owens, ex-Girls, e chega às lojas no dia 29 de Setembro com o selo Turnstile/Caroline. O sucessor de Lysandre tem como single de avanço "Nothing More Than Everything To Me", que pode ser ouvida aqui em baixo. Se fizerem já a pré-compra do disco podem ouvir ainda mais dois temas, "Stephen" e "It Comes Back To You".

Way out Weather é o título do novo trabalho do guitarrista Steve Gunn. O disco terá selo da Paradise of Bachelors/Popstock e será lançado no dia a 6 de Outubro. "Millys Garden" é o primeiro tema a ser conhecido deste novo registo e pode ser ouvido aqui. Ali em baixo podem ver o episódio que filmamos com o músico para a Videoteca Bodyspace.

Começou aquele que é o grande festival de música em Portugal - pelas dimensões, pelo cartaz, pelo sushi - e a nossa #TeamBodyspace já por cá anda. Se foram um dos azarentos que não conseguiu bilhete para o dia de hoje, via estar já esgotado, lamentamos por vós. Se se conseguiram deslocar até Algés ou se vêm nos próximos dois dias, estes são os cinco concertos que não podem de forma alguma perder. Que comece o rock n' roll.

Temples

Chamem-lhes o que quiserem: cópia barata de Tame Impala, cópia ainda mais barata de Beatles, grupinho sensaborão que achou que o psicadelismo é bonito. Os Temples editaram este ano o seu disco de estreia e pisam pela primeira vez solo nacional em busca de uma ainda maior legião de fãs, apoiando-se em temas como "Shelter Song" ou a belíssima e kraut "Sand Dance". Pop perfeitinha para curtir o final da tarde - e o sol, fervente, escaldante, que hoje apareceu.

Interpol

Os nova-iorquinos abriram o mundo do indie a muita gente quando editaram em 2002 o ainda fantástico Turn On The Bright Lights, o negrume tornado canção e o subúrbio tornado estado de espírito. Regressam hoje para um concerto em que muito provavelmente apresentarão os temas que farão parte do seu novo disco, a sair este ano, sem descurar clássicos como "Obstacle 1" ou "The Heinrich Maneuver" (sim, essa mesmo, a dos Morangos). Paul Banks e companhia valem sempre a pena, com ou sem novo baixista.

The Black Keys

O novo registo (Turn Blue) não é assim tão mau e vocês são todos uns idiotas. Posto isto, espera-se que os Black Keys se redimam do concerto no Pavilhão Atlântico com um espectáculo de deixar toda a gente de boca aberta - que "Lonely Boy" e "Dead And Gone" façam juz à sua grandeza de estádio e apelem aos coros da multidão que os virá ver. Uma das melhores bandas rock desde o virar do milénio vai estar a escassos metros de nós, como não nos sentirmos excitados?

The Vicious Five

Palavras para quê? É um regresso há muito pedido. Concerto especial para puxar à lagrimita de quem tinha dezasseis anos (ou ainda menos) quando os testemunhou pela primeira vez, quando ouviu "Bad Mirror" na SIC Radical ou na MTV e pensou "porra, isto é do caralho". Os portugueses abrem o palco principal amanhã, mas talvez merecessem era fechá-lo, em apoteose total e completa. O punk não morreu, nem sequer é um cadáver, e os berros do Quim soarão tão bem hoje em dia como há dez anos.

Chet Faker

Quem nunca sofreu por amor que atire a primeira pedra. Chet Faker parece não fazer outra coisa. Electrónica suave e deprimida que tem em Built On Glass o seu registo de estreia e em "Melt" uma das melhores canções que passou pelos nossos ouvidos este ano. Tocará no último dia, já madrugada, para destroçar corações - ou voltar a colá-los com tristeza.

Não existem ainda nomes mas já há uma certeza: o NOS Primavera Sound está de regresso em 2015 para mais uma edição. As datas? 4 a 6 de Junho. O local? O Parque da Cidade, no Porto. Coloquem já nessas agendas. Na próxima segunda-feira, dia 14 de Julho, às 12 horas, ficam disponíveis os passes gerais para o NOS Primavera Sound 2015 ao preço reduzido de 70€. A venda será limitada às primeiras 1000 unidades. Os postos de venda são Ticketscript, Atrápalo, Seetickets, bilheteiraonline.pt, Portal NOS Primavera Sound e locais habituais (FNAC, CTT, El Corte Inglès, ...).

Mais boas notícias: os portadores do cartão de passe geral NOS Primavera Sound 2014 podem adquirir o passe geral para a próxima edição do festival ao preço promocional de 65€. Os passes podem ser adquiridos em bilheteiraonline.pt, mediante a validação do código de barras do cartão, e nos locais habituais sempre que apresentado o cartão no acto de compra.  Siga.

Se fazem parte da troupe que considera que Morning Phase é um dos melhores discos do ano, esta notícia é para vocês: este ano vai haver não um mas dois discos do nosso cientologista preferido. O truque? Apenas uma das canções deste novo disco vai ser cantada pelo próprio. Song Reader é um livro de partituras editado por Beck em 2012 que encontra agora uma versão em CD, que irá juntar não apenas o norte-americano como muitos dos seus amigos: Jack White, Laura Marling, Jarvis Cocker e Eleanor Friedberger são alguns dos artistas que tocarão estas canções. O disco terá o selo da Capitol Records e sai a 29 deste mês. Eis a tracklist:

O ciclo de concertos organizado pela Filho Único regressará pelo quinto ano consecutivo, com actuações de Lau Nau, Chris Corsano, Josephine Foster e Kimi Djabaté, entre outros. Os espectáculos são de entrada gratuita e realizam-se sempre ao final da tarde no Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado. Eis a lista de tudo aquilo que poderão apanhar e acompanhar por uma jola fresquinha depois de um dia a torrar ao sol:

O melhor festival do mundo e quiçá de Barcelos está mesmo quase a começar - os bilhetes estão à venda por 30€ e 60€, diário e passe respectivamente - e já estamos a contar os minutos até nos pormos num comboio e rumarmos a norte, mas antes chega a informação de que o norte-americano Frank Maston não se poderá juntar a nós, sendo substituído pelos Flamingods no palco principal, por sua vez substituídos pelos Pterossauros no Taina. O que é que isso interessa, contudo? Vai ser incrível de qualquer forma.

A cantora francesa, ex-Stereolab, prepara-se para editar dois discos em 2014. Um deles será o seu terceiro registo a solo, intitulado Something Shines, que terá o selo da Drag City e do qual já é possível escutar "Then, I Will Love You Again", o primeiro single. O outro será o primeiro com os Little Tornadoes, grupo formado o ano passado, cujo disco de estreia (We Are Divine) será lançado com recurso ao crowdfunding sendo que "Have A Balloon" foi disponibilizada para audição no Soundcloud. Os links estão aí em baixo.

Parece mentira mas não é: os Pink Floyd preparam-se para editar um novo disco já em Outubro. A novidade foi dada no Twitter pela mulher de David Gilmour, Polly Samson. O sucessor de Division Bell chama-se The Endless River e contará com alguns temas com a participação de Richard Wright, que faleceu em 2008. Este novo registo, que sairá vinte anos depois do lançamento de The Division Bell, consistirá apenas de temas inéditos.

Querem viajar mas estão tesos como um carapau? Então esperem até Setembro até que chegue o novo disco dos Goat. O segundo disco da banda, Commune, estará entre nós no final do referido mês com o selo da Sub Pop. A primeira faixa a ser conhecida desse disco é "Hide From The Sun" e pode ser ouvida ali em baixo, onde podem ver também o alinhamento. Mas atenção que ainda há Goat no Paredes de Coura 2014. Ficam desde já avisados.

O alinhamento é o seguinte:

A Tubitek, mítica loja de discos do Porto, reabre este sábado após 14 anos de silêncio. No mesmo sítio de sempre, na Praça D João I, ali para os lados do Rivoli. Durante o tempo que funcionou, foi como uma universidade que formou centenas ou milhares de melómanos. As memórias desse templo da música andam de boca em boca ainda nos dias de hoje. Mas chegou a altura de escrever novas memórias. A Tubitek está de volta. A pensar nisso, fomos falar com Ricardo Salazar sobre esta coisa de abrir uma loja de discos em pleno 2014.

Uma pergunta logo para abrir: abrir uma loja no Porto em 2014 é um acto de coragem e de um pouco de loucura?

É um acto de devoção, dedicação e profundamente pensado. Foram reunidos os meios, as pessoas, as condições e esperou-se pela altura certa: há pessoas a quererem o objecto físico, a criarem o culto por formatos que, há 20 anos atrás estavam obsoletos – o vinil, por exemplo – há a possibilidade de os nossos preços se aproximarem em muitos casos dos preços mais baratos dos mercado. Há uma estrutura, criada pelo Abílio Silva, que permite que ele seja a pessoa certa para ser o proprietário desta renovada Tubitek, a par da cadeia de Lojas, a CDV e das vendas online, a www.cdgo.pt. Somos uma loja especializada, dirigimo-nos a uma clientela exigente, conhecedora e que pretende raridades, novidades, bons preços e vários formatos, para além de querer voltar a ter ou começar a ter um ponto de encontro onde se “vive música”.

Como eram os tempos da Tubitek original?

Uma alegria imensa de se fazer parte de um grupo de privilegiados que faziam o que mais gostavam. Que eram reconhecidos, acarinhados e respeitados por venderem discos. Por partilharem canções, álbuns, estórias que criavam amizades que ainda hoje se mantém. Eu fui crescendo – tinha 9 anos quando a Tubitek abriu – e quando ia ter com o meu Pai, que trabalhava na Caixa Geral de Depósitos na Praça D. João I, passava horas a olhar para os discos. E os meus heróis eram os homens que lá trabalhavam. No dia em que fui contratado, os meus joelhos tremeram quando passei para o lado de lá do balcão. Era um sonho ser pago para salvar o rock’n’roll.

Como se vivia a música e a compra da mesma comparando com os dias de hoje?

Eram dias antes da crise da indústria fonográfica. Eram dias em que o saber e o conhecimento marcavam a diferença. O acesso e a audácia em arriscar em títulos que eram desconhecidos permitia granjear respeito e criar um nome. Depois vieram as grandes superfícies e o negócio perdeu o carácter pessoal. O vendedor de discos deixou de ser alguém de confiança, que nos conhecia e conhecia os nossos gostos e passou a ser alguém que faz trocos e ensaca o material. E com o declínio da indústria, com o decréscimo das vendas, com a concorrências internacional de sites ou da usurpação de direitos, as grandes superfícies começaram a reduzir o seu espaço de venda, sendo esta a altura certa para a CDV Tubitek voltar, para preencher um vazio, para ser um local de encontro, com características próprias, com um conhecimento do seu passado, mas a querer voltar a ser algo relevante no futuro.

Há algum disco ou discos especiais na loja que agora reabre?

A CDV Tubitek vai ter um stock magnífico de vinil, com títulos imprescindíveis e com uma qualidade melhor que as edições originais, desde o “Berlin” do Lou Reed ao “Live at San Quentin” do Johnny Cash, do “A Kind of Blue” do Miles Davis a títulos de Sam Cooke, Hendrix, heavy metal, funk, clássica e portuguesa. Vamos ter várias caixas, uma secção considerável de DVD Musical e uma extensa oferta de compact-discs. Vamos ter surpresas, vamos ter raridades, vamos ter valores seguros. E aí entra o nosso conhecimento e vontade, destacando as novas reedições em caixa dos primeiros três discos dos Led Zeppelin ou a caixa com os quatro primeiros discos dos The Sound, com vários inéditos. Mas o melhor é mesmo aparecer.

Alguma coisa da qual custará abrir mão?

O de ter um sonho antigo realizado. Agora é preciso sonhar mais e sonhar coisas que complementem esta aventura. É tempo de prestar homenagem a Homens grandes que fizeram a loja, de passar o testemunho ao Abílio Silva como pessoa capaz de devolver a loja à Cidade e ao mundo e de celebrar. E de todos os dias, depois da estreia procurar manter as expectativas, pois como diria o escritor Delmore Scharwtz: “nos sonhos começam responsabilidades”. E a fasquia é alta.

Ter uma loja de discos é algo próximo daquilo que vemos ou lemos no Alta Fidelidade?

É um santuário para a música falada, dançada e ouvida. É algo que fica para a vida toda, com um romantismo e loucura, com todas as pessoas e histórias e referências e relacionamentos que se vão criando, fortalecendo e mantendo. Somos “rockers por procuração”. E acho que respondo melhor se disser que o Alta Fidelidade é um dos filmes da minha vida.

Qual será a tendência da loja, se é que terá alguma especifica?

A loja será, como sempre, ecléctica. E sem ideias de que há estilos ou ramos melhores que outros: o lixo de um homem é o luxo do outro.

Pensam abrir a loja a outras iniciativas, como concertos? Pensam envolver-se na comunidade musical da cidade de outras formas?

A loja vai ser dinâmica, vai ser da Cidade e para a Cidade, com uma interacção neste novo Porto, dos bares, restaurantes e hostels. É preciso música do Porto para o mundo, é preciso música portuguesa para turistas, é preciso falar sobre música, não ensinar mas aprender sobre música, são precisas conferências, trocas de ideias, eventos, tertúlias, concertos e a ponte entre artista e o seu público. E a loja é o local ideal.

Quem gostaria que entrasse na loja um dia destes?

Capicua. Porque é do Porto e é genial, talentosa e uma loja de discos é o lugar onde uma grande escritora de canções está presente. Quer pelos seus trabalhos, quer pela importância da sua obra. E o Tom Waits, porque o Lou Reed já não está cá e Tom Waits é deus.

As Curtas de Vila do Conde estão de volta para a 22ª edição e não deixaram de lado a música, como tem vindo a ser habitual. Este ano o programa Stereo, referente a filmes-concertos, conta com a participação de Vítor Rua e Chris Cutler para interpretar “Nostra fides” de Edgar Pêra, com os locais Sensible Soccers para interpretar uma colectânea de imagens de arquivo proposta por Pedro Maia. Alem disso, ainda sobem ao palco os peixe:avião para musicar “Ménilmontant” e o Filho da Mãe junta-se a Jibóia para dar música ao documentário “In The Land of the Head Hunters”.

Em regime de competição estarão, como é costume, os vídeos musicais. Entre outros, serão projetados vídeos de bandas como Mão Morta, Clã, We Trust, Noiserv, White Haus ou Dead Combo.

A banda brasileira não passará só pelo Milhões de Festa; no dia 26 de Julho também se apresentará na capital para um concerto inserido nas noites Teach Me Tiger, curadas por Legendary Tigerman, que com Mr. Mitsuhirato fechará esta noite com dois DJ sets. Os Boogarins são um dos novos valores do psych, tendo editado As Plantas Que Curam o ano passado e granjeado diversos fãs. Os bilhetes custam 8€.

Depois de ter lançado em 2010 o homónimo Bag Raiders, o duo de pop electrónica está agora a preparar o EP Nairobi / Savannah para ser lançado em Julho via Modular. O EP trará duas faixas originais, “Nairobi” e “Savannah”, e ainda remisturas de cada uma delas. Entretanto, os australianos já disponilizaram as duas faixas para audição gratuita aqui em baixo.

Tudo começou com um tweet inocente que cedo se transformou numa enorme bola de hype e êxtase. Segundo os senhores da 4AD, o enigmático Scott Walker e os titânicos Sunn O))) estão a unir esforços num só disco (ou deveríamos dizer: terramoto?) que, segundo consta, sairá ainda este ano. E isto é tudo o que sabemos, mas chega perfeitamente para começarmos a babar-nos todos, não?

Tiranny é o próximo álbum de Julian Casablancas+The Voidz que será lançadO em Setembro deste ano pela Cult Records. A versão digital já pode ser pré-reservada, por cerca de 4 dólares, no site da editora. O disco contempla música underground dos 70s e 80s e hardcore-punk, usando gravação analógica e moderna e técnicas de sampling. A partir de 16 de Outubro, Casablancas e companhia iniciam uma tour pelos Estados Unidos da América.

The Bellrays, Mr. Miyagi e Búfalo são os nomes avançados hoje pela organização do SonicBlast que fecham um cartaz onde já tínhamos Atomic Bitchwax, Church Of Misery, Blues Pills e Black Bombaim. O festival com uma das mais bonitas paisagens em redor dura este ano dois dias, 15 e 16 de Agosto, prometendo aquilo que importa quando se pensa em festivais - sol, rock, miúdas a mostrar a pele, yada yada. Os bilhetes estão à venda sendo que o passe custa 35€ até dia 13 de Agosto. Têm tempo, mas não deixem tudo para o fim.

No próximo dia 17 de Julho, quinta-feira, a ZDB vai acolher um trio inédito. O extraordinário baterista/percussionista Chris Corsano, que já conhece bem o "aquário" da Rua da Barroca, junta-se aos portugueses Pedro Gomes (guitarra eléctrica) e Pedro Sousa (saxofones barítono e tenor), para uma actuação imprevisível. O início está marcado para as 22h e a entrada vale 8€.

O projecto a puxar ácido do baterista Greg Fox, dos Liturgy, apresenta-se já amanhã em solo nacional para mostrar os temas de Spiritual Emergency, o seu terceiro registo. Primeiro está marcado um concerto na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, na companhia dos gin-lovers Equations (entrada a 8€), sendo que no dia seguinte passarão pelo Maus Hábitos, no Porto (mesmo valor). Pré-aquecimento para o Milhões?

Guimarães está a crescer. Culpem a Revolve, que levará até à Cidade Berço - numa iniciativa denominada "Agora Aqui" a ter lugar em vários pontos do centro histórico da cidade - os portugueses Fachada, Loosers e Coclea e a norte-americana Josephine Foster. A entrada é gratuita para tudo, o que significa que não há desculpa. Norberto Lobo actuaria igualmente esta sexta-feira mas o concerto foi cancelado.