Outubro 2011
Havemos de ir a Viana
· POR Paulo Cecílio · 31 Out 2011 · 12:57 ·
Porque os gigs de Halloween não são apenas algo reservado ao país que existe do Mondego para baixo, Viana do Castelo também terá uma noite das grandes. E não dizemos isto apenas e só porque os cabeças de cartaz do VIBE 2011 são os Mão Morta. Ou talvez digamos. Mas há muitas mais coisas de interesse para apanhar no Teatro Sá da Miranda na noite de 31: o regresso dos L´Enfance Rouge a Portugal, eles que já por cá passaram este ano pela mão da Amplificasom, o rockuduro dos Throes + The Shine e ainda Partisan Seed e Astroboy, entre outros. Os bilhetes já estão à venda dos sítios do costume. Para mais informações é só ir aos sites do VIBE ou da SWR. E ir curtir para o meio do teatro, tudo mascarado e só de calções.
É já amanhã
· POR Bruno Silva · 28 Out 2011 · 16:53 ·
Já tínhamos dado uma achega a este verdadeiro happening aquando da enxurrada de nomes grandes que a ZDB anunciou para os próximos meses, mas é quase obrigatório relembrar que é já no próximo Sábado que os gigantes Bardo Pond chegam a Portugal "com o estatuto sagrado de quem fez quase tudo bem durante mais de duas décadas" (citando o nosso ex-colega Miguel Arsénio (para sempre nos nossos corações)). Palavras sábias sobre essa instituição absoluta de toda a música psicadélica e que nos visita com Bardo Pond ainda fresco e com colaboração com Tom Carter na calha. Com espaço para o desejo de apanhar com pseudo-clássicos como "Be a Fish", "Tantric Porno" ou "Tommy Gun Angel" numa cascata de fuzz que se prevê épica (no verdadeiro sentido da palavra).
Apesar desse peso, seria injusto não destacar uma primeira parte de pleno direito, protagonizada por duas senhoras essenciais da música experimental/improvisada/aventureira. Marcia Bassett é uma figura de culto que passou pelos Double Leopards (foi uma das responsáveis pelo monumental Halve Maen), GHQ ou Hototogisu e que tem vindo a criar uma respeitável obra a solo sob o pseudónimo de Zaimph. Margarida Garcia é uma das mais brilhantes improvisadoras do nosso burgo (e de todo o lado, na verdade) com uma carreira de colaborações com gente tão ilustre como Manuel Mota, Loren Connors, Oren Ambarchi ou John Tilbury numa linguagem continuamente desafiante no contrabaixo. The Well foi o documento de 2010 dessa simbiose, e por tudo aquilo que se passa nesse poço, observar este encontro in loco será algo para não perder. A noite começa por volta das 23h e tem o preço de 10 euros.
Bardo Pond live at Supersonic festival 2011, Birmingham (UK) from atomo on Vimeo.
I like to move it, move it
· POR André Gomes · 27 Out 2011 · 23:12 ·
Já por aqui falámos do Vodafone Mexefest, o festival que vem, não substituir, mas manter o espírito do Super Bock Em Stock, a agenda ocupada nos primeiros dias de Dezembro, e as correrias avenida abaixo para ir ver o que quer que seja. Também já tínhamos anunciado a maior parte dos nomes que compõem o cartaz, que estava por encerrar. Agora que finalmente o foi podemos resumir:
Dia 2
Embora os Junior Boys e Spank Rock sejam sempre algo de consumo obrigatório, especialmente no inverno, quando há que abanar o corpo para afastar o frio, o destaque terá obrigatoriamente de ir, pela viralidade da coisa, para A Banda Mais Bonita Da Cidade, que nos pretende juntar a todos numa enorme Oração. Menções honrosas para a estreia dos S.C.U.M. em território nacional, para os Farfarlo - com disco novo a caminho - e para os PAUS - que já por aí anda. E ainda os Handsome Furs, Capitão Fausto, Josh T Pearson, You Can´t Win Charlie Brown e Julie & The Carjackers andarão por Lisboa, entre outros.
Dia 3
É o nome maior do certame e aquele que merece estar na nossa fotografia de destaque: James Blake regressa e muda de operadora telefónica depois de ter cá estado em Julho no Optimus Alive!, onde deu um belo concerto. Presenças quase certas na setlist: a incredibilidade de "Limit To Your Love" e a estranheza dançável de "CMYK". Para além do miúdo britânico, três orgulhos nacionais; os Dead Combo, We Trust e Aquaparque vão de certeza obrigar muita gente a fazer escolhas que não queria. O resto também promete: Blood Red Shoes, Beat Connection, Toro Y Moi e, também o disco espacial de Lindstrøm. Lisboa está a crescer.
Orelha Negra: 2012 vai trazer charters de novidades
· POR Hugo Rocha Pereira · 27 Out 2011 · 00:11 ·
2012 está a chegar, e com ele novidades para os Orelha Negra: além de já haver concerto marcado para o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém no dia 21 de Janeiro (os bilhetes para o espectáculo, que integra o ciclo CCBeat, foram hoje postos à venda), a all star band de Sam the Kid, Fred, Francisco Rebelo, João Gomes e Cruzfader deverá editar o sucessor do aclamado álbum homónimo, lançado em 2010. De salientar, ainda, que os Orelha Negra foram convidados para integrar a comitiva de bandas que representarão Portugal no Canadian Music Week – este evento, que funciona simultaneamente como festival, espaço de negócios e discussão sobre música, terá Portugal e Espanha como países em destaque no ano em que celebra a sua 30ª edição –, a realizar-se entre os dias 21 e 25 de Março do próximo ano, na cidade de Toronto.
Nesta Big Weird Box cabem muitas músicas
· POR Hugo Rocha Pereira · 27 Out 2011 · 00:09 ·
Big Weird Box é um projecto de Ricardo Barriga, que já integrou a formação de Primitive Reason e cuja eclecticidade vai de formações jazz (Trisonte; Paixão Pela Tónica) ao punk dos míticos Crise Social ou Skamioneta do Lixo.
Este quarteto que, nas palavras do seu mentor, pratica «música improvisada, com os pés em vários sítios: do free jazz ao rock, passando pelo punk», vai apresentar-se ao vivo, no fim deste mês, em duas datas que permitirão conhecer temas do álbum já gravado e que deverá ser editado no início de 2012. A primeira noite é em Lisboa (pelas 22:30 do dia 26, no Vinyl, localizado perto do Centro de Congressos de Lisboa – antiga FIL) e a segunda em Odivelas, no Centro Cultural da Malaposta, com início marcado para as 21:30 do dia 28.
Em ambos os concertos a formação será composta pelo próprio Ricardo Barriga (guitarra e programações), Desidério Lázaro (saxofone tenor e clarinete) e Luís Candeias, na bateria. Se no Vinyl o contrabaixo estará nas mãos de Francisco Brito, no Centro Cultural da Malaposta será Nuno Campos a comandar as cordas.
Festival Jazz.pt acontece em Dezembro nos dias 2, 3, 8, 9 e 10
· POR André Gomes · 27 Out 2011 · 00:08 ·
O Festival Jazz.pt vai na sua quarta edição e assinala o sexto aniversário da única revista que em Portugal se dedica ao jazz e à improvisação. Desta vez o festival assenta arraiais em dois espaços de Lisboa onde estas práticas musicais têm um lugar especial: Arte & Manha e Vinyl. O número é o 5: cinco os concertos, cinco as formações, cinco os discos em lançamento. As editoras nacionais são 3: a Clean Feed, a JACC Records e a Tone of a Pitch. O festival diz: esqueçam a crise e a austeridade – a hora é de comemoração e de rejúbilo. E avisam ainda: “estamos a ganhar esta luta”. Vamos celebrar a atitude em Dezembro com o programa que se mostra em baixo.
Arte & Manha
2 de Dezembro | 23h00
LAMA
Arte & Manha
3 de Dezembro | 23h00
Oscar Marcelino da GRACA Trio
Vinyl
8 de Dezembro | 23h00
Spyros Manesis Trio
Vinyl
9 de Dezembro | 23h00
IntErLUNio
Vinyl
10 de Dezembro | 23h00
Demian Cabaud Trio
Está a chegar o SEMIBREVE; uma enchente de electrónica da boa em Braga
· POR André Gomes · 27 Out 2011 · 00:04 ·
Está a aproximar-se muito rapidamente a primeira edição do SEMIBREVE, o festival de música de electrónica que leva a Braga uma verdadeira constelação de estrelas da especialidade, entre novos valores. No dia 10 Novembro, no Mosteiro de Tibães, há palestras e debates que contam com Hans-Joachim Roedelius, Taylor Deupree, Stephan Mathieu, Vitor Joaquim e Tony Herrington. No dia seguinte, já no Theatro Circo, há Qluster + Luma.Launisch, Taylor Deupree + Stephan Mathieu e Jon Hopkins. No dia 12 de Novembro, no Theatro Circo o menu apresenta Fennesz, Blac Koyote e Alva Noto. A fechar, ainda no Theatro Circo, Vitor Joaquim e Murcof + Anti VJ. Preços dos bilhetes? Para
3 dias para Sala Principal e Pequeno Auditório são 20 euros, para 3 dias para Sala Principal apenas são 15 euros, para 1 dia para Sala Principal são 10 euros. Ao preço da chuva, portanto. Para perceber melhor como se chegou ao SEMIBREVE e para onde este quer ir, fomos falar com Luís Fernandes, um dos responsáveis pelo SEMIBREVE. Para ler enquanto uma semibreve pisca o olho.
Como nasce a ideia de criar este festival em Braga? Foi difícil concretizar o SEMIBREVE?
Na génese do festival esteve a vontade de um grupo de pessoas, que posteriormente veio a constituir a organização, em criar um festival que se orientasse para a música electrónica mais vanguardista. Esta ideia era justificada por diferentes perspectivas. Para além de ser uma corrente musical pouco divulgada por cá consegue manter muitos pontos de contacto com alguma da actividade académica que tem vindo a ser desenvolvida na Universidade do Minho nos últimos anos através de entidades como o Departamento de Sistemas de Informação e o Centro de Computação Gráfica. Pareceu-nos um casamento quase perfeito de universos próximos. O facto de Braga ser Capital Europeia da Juventude em 2012 ajudou a que as possibilidades de um festival deste cariz tomar forma aumentassem significativamente. A sua concretização foi relativamente rápida, embora bastante exigente e trabalhosa para todos os membros da organização. Foi uma nova e muito rica experiência para todos.
Quais são as maiores barreiras à organização de um festival deste tipo? Têm sentido apoio da cidade e das suas estruturas?
Penso que as barreiras deverão ser as mesmas que qualquer tipo de festival de qualidade enfrenta. Assegurar que todos os requisitos para a realização do festival são cumpridos é uma tarefa muito exigente, que envolve engenho e até algum sacrifício pessoal. O facto do festival versar sobre uma corrente musical mais exploratória leva a que muitas pessoas não compreendam a relevância de um evento com um cartaz como o SEMIBREVE e que até o ponham em causa, situação que por vezes dificulta o trabalho. No entanto a nossa perspectiva passa por dar a conhecer o trabalho destes artistas não só ao nicho que habitualmente o procura mas também a um público mais alargado, com pouco contacto com esta esfera musical. Esperamos conseguir "educar" o público e colocar Braga no mapa. Para já temos conseguido imenso destaque na imprensa internacional o que é um motivo de satisfação para a organização e para todas as estruturas da cidade. A vontade e o apoio do Município de Braga e da organização da Capital Europeia da Juventude 2012 foram decisivos para levar a bom porto este evento.
Estão aqui alguns dos maiores nomes da electrónica mundial. Esperam uma recepção do público similar à grandeza dos nomes do festival?
Julgo que a qualidade do cartaz é inequívoca, daí ter suscitado todo esse interesse por parte das publicações mais relevantes da música de vanguarda. Uma recepção similar a essa grandeza seria ver o Theatro Circo esgotar, no entanto estamos cientes que nos dias que correm essa realidade não é fácil de concretizar por questões já sobejamente debatidas. Esforçamo-nos por colocar os bilhetes a preços muito apelativos e a estratégia parece estar a resultar uma vez que as vendas estão a correr bem. Temos a certeza que quem vier não sairá defraudado pois a qualidade dos artistas é elevadíssima.
O SEMIBREVE é para continuar? Vai resistir à crise, ao IVA a 23% e à Capital Europeia da Juventude?
Vamos trabalhar para que isso aconteça mas não estamos em altura de promessas.
Documentário sobre o rock `n´ roll português Meio Metro de Pedra na estrada
· POR André Gomes · 25 Out 2011 · 23:29 ·
Começou em Outubro a exibição país-fora do documentário Meio Metro de Pedra, apresentado como uma “emissão independente sobre a contracultura do rock `n´roll em Portugal”. É assim: “Boa noite, sejam bem-vindos a mais uma emissão do Meio Metro de Pedra. O programa que todas as semanas vos conta as histórias que uma data de meninos e meninas andaram a fazer pelo rock do nosso belo país”. O documentário tira o retrato ao rock `n´roll em Portugal desde o seu surgimento no fim da década de 50 até aos nossos dias.
Para contar esta bela história, Eduardo Morais, o realizador, foi falar com uma porrada de gente. A lista é longa (sim, vamos dar todos os nomes, isto é a internet, não é papel, e podemos fazer o que nos apetece): Daniel Bacelar, Os Diamantes Negros, Victor Gomes, Victor Queiroz (Electrónicos / Os Steamers, Madalena Iglesias, Filipe Mendes (Chinchilas / Heavy Band), João Alves da Costa (Jets), Luís Futre (Milkshake / Bee Keeper / Groovie Records), Edgar Raposo (Groovie Records), Óscar Martins (Aqui D´el Rock), Francisco Dias (Dawnrider / Blood & Iron), Eduardo e Nazaré Pinela (Emílio & a Tribo do Rum / Capitão Fantasma), Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta), Carlos Moura (Cães Vadios), Filipe Varejão (Cabeças de Gado), Henrique Amaro (Antena 3), Victor Torpedo (Tédio Boys / The Parkinsons / Blood Safari), Pedro Chau (The Parkinsons / Blood Safari), Rui Ferreira (Lux Records), Raquel Ralha (Belle Chase Hotel / Wraygunn), Suspiria Franklyn (Everground / Les Baton Rouge), Fausto da Silva (Rádio Universidade de Coimbra), Tó Trips (Lulu Blind / Dead Combo), Fast Eddie Nelson (Gasoleene / the Riverside Monkeys) e Nick Nicotine (Hey, Pachuco! / Barreiro Rocks).
Podem ver a lista de locais por onde este documentário vai passar nos próximos tempos no blogue oficial do documentário. E podem ler uma entrevista com o autor de Meio Metro de Pedra aqui em baixo, depois do teaser.
Como foi documentar a história do rock `n´ roll nacional desde 1950? Surgiram muitas barreiras, foi difícil chegar a essa informação?
O grande despoletar em termos mediáticos para o rock nacional pré-25 de Abril deu-se muito recentemente com o aparecimento das coletâneas “Portuguese Nuggets”, sem dúvida. Quando eu iniciei (há cerca de dois anos) as pesquisas para este documentário, através da internet e muitas idas à Hemeroteca, etc. A informação sobre essas o rock dessas décadas já estava ao acesso de muitos.
Inclusivamente pelo Facebook, conseguem-se informações importantíssimas sobre certa altura ou banda, se se “percorrer” as pessoas certas. Aquilo não serve só para engatar miúdas e ver idiotas a cair de skate. Em termos de barreiras só mesmo as económicas é que foram assustadoras, pois o apoio financeiro atrasou-se bastante (só chegou há 3 meses), e como não quis fazer com que os intervenientes tivessem de esperar mais (visto que tinham sido convidados no início), sempre que conseguia uns trocos para pagar despesas de produção, pegava na Ágata (Imagem) e no Fau (som), marcava uma entrevista em Coimbra ou no Porto, etc e faziamo-nos à estrada. Daí isto ter demorado um ano a ser filmado.
Quais foram as coisas mais surpreendeste que descobriste durante todo este processo?
Continuo a achar bastante anormal ler as “Plateia” (revista dedicada ao espectáculo, teatro, cinema, música) da década de 60, que era uma revista para as massas, e notar o apoio ou o destaque que eles davam às bandas/conjuntos emergentes nacionais. Maior parte das bandas nem discos tinham gravado.
Hoje em dia, um gajo abre uma revista de “música” e só destacam quem é que caiu em palco ou “mostrou as mamas” no novo videoclip. Essa diferença realmente surpreendeu-me.
Com quem gostarias de ter falado e não conseguiste?
Considero que há três pessoas que ficam mal de fora deste documentário: Júlio Isidro, Paulo de Carvalho e a Ondina Pires.
Não existe, de uma forma geral, um défice de documentários sobre a música feita em Portugal? Será que agora, como os Youtubes e Vimeos deste mundo, assistiremos a um aumento desses registos?
É bastante complicado criar documentários sobre a história da música nacional quando a maior parte do arquivo das próprias bandas pertence apenas a uma entidade que prefere ter esses documentos a apodrecer num canto do que os divulgar ao grande público.Com essas plataformas (Youtube, Vimeo, etc), está mais fácil “o propagar de projectos” e espero que muitos mais registos surjam para preservar a história musical que temos.
Que recepção esperas em Portugal a este documentário?
Nas vinte e tal exibições que este documentário terá pelo país, espero que a intenção deste projecto seja compreendida pelo público. Consegui criar um circuito que me dá uma maior aproximação com o público. Vou ter sempre comigo uma banca de discos de editoras portuguesas e umas folhas de sala com três textos (escritos pelo João Alves da Costa (Jets), Jimba (Afonsinhos do Condado) e Kaló (Tédio Boys / Bunnyranch) para que no fim do documentário possa ser vaiado ou cumprimentado pessoalmente.
Que realidade musical gostarias de documentar em seguida?
Já tenho o plano de começar um novo projecto no próximo ano, mas ainda está muito embrionário. Vou começar um documentário sobre coleccionadores de vinil inseridos no presente contexto musical.
Clássicos UK Funky de borla, e todo um resto para esquecer
· POR Bruno Silva · 25 Out 2011 · 22:56 ·
Qualquer pessoa com o mínimo de interesse no período de verdadeira efervescência da UK Funky de há uns 2 ou 3 anos anos atrás ter-se-á deparado frequentemente com uma pérola de sensualidade caribeña produzida por Rudimental de nome "Sexy Sexy" com a voz da Natalie May. Longe vão os tempos desses sets incríveis, mas como o timing nunca foi usado em favor do género, tem-se tornado usual o aparecimento a conta-gotas de alguns desses pseudo-clássicos por intermédio de freebies algo inusitados. O recente EP da Natalie May é um desses exemplos. Descontando "Sexy Sexy", apenas a também já sobejamente conhecida "Clothes Off" valerá a pena. Pelo que a opção do download de faixas em separado via soundcloud acaba por ser bem vinda, e sempre poupa o tempo de descompactação do rar. e "trabalheira" de apagar o joio. Deixando de lado o fervor dançável, as três canções seguintes enveredam pela canonização pop do dubstep saturado de sintetizadores rave ("Closer" é um knock off da "Katy on a Mission", por exemplo), enquanto o final se faz de duas baladas conduzidas pelo piano que facilmente resvalam para a música de fundo. Pelo que o propósito desta notícia é somente salientar a grandeza de "Sexy Sexy" e "Clothes Off" e ignorar tudo o resto. Para quê atolar o disco rígido com merdas irrelevantes?
Canal 180 o dia todo; parece um sonho mas é verdade
· POR André Gomes · 25 Out 2011 · 22:25 ·
O Canal 180, um canal colaborativo feito a partir do Porto, comemora neste dia 25 de Outubro 6 meses no ar e como prenda decidiu alargar hoje mesmo o horário de emissão (vão lá ver nos próximos dias, confirmem). Após deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (vão lá colocar uma velinha à porta das instalações da ERC), o canal passa a transmitir diariamente das 08h às 02h. Em comunicado, o canal avisa ainda que durante o mês de Novembro está prevista a continuação do desenvolvimento das várias plataformas em que o canal está disponível. Para saber mais acerca dos primeiros seis meses do canal, nas sobretudo do futuro, fomos falar com João Vasconcelos, o director do 180.
Que balanço se pode fazer da actividade do Canal180 neste momento?
Acho que é cedo para balanço. Estamos num processo de afirmação do projecto a nível nacional, junto do público e das principais instituições e entidades ligadas a projectos culturais. Nesse sentido estamos muito satisfeitos por todos os meses sentirmos que demos mais um passo em frente: Estabilizamos uma operação de televisão, formamos uma equipa, produzimos um magazine cultural diário, iniciamos colaborações com artistas como Mike Mills ou Legendary Tigerman, estreamos muitos conteúdos inéditos na televisão em Portugal e trabalhámos com realizadores excepcionais como o Nuno Rocha ou Joaquin Mora (Chile). Em apenas seis meses criamos uma base, uma identidade e uma linguagem, que as pessoas distinguem e reconhecem valor e qualidade. Gostávamos de ter meios para fazer mais coisas, mais rápido, mas sentimos que nos próximos 6 meses podemos dar um salto interessante.
Este aumento do horário corresponde a uma maior procura do público e a um aumentos dos conteúdos para transmitir no canal? O Canal180 passará a transmitir em que horário?
O 180 vai passar a emitir das 08h às 02h. O objectivo principal é aumentar o conforto e oportunidade do público ver os nossos conteúdos seleccionados para televisão. Vamos ter a agenda cultural MAG180 a todas as horas certas, o que permite reforçar o número diário de notícias, e vamos dar maior rotação a alguns dos minidocs, curtas e filmes de animação durante o dia. Tivemos de olear bem o processo de alinhamento de programação e produção/edição de conteúdos para fazermos isto com segurança, mas achamos que é um passo importante.
Qual é a linha editorial do canal no que respeita à música? A música parece ter-se tornado numa fatia muito grande da programação do canal…
A música é uma parte importante do canal, como é uma parte importante das nossas vidas. Um Designer que se juntou há poucas semanas à nossa equipa, durante a entrevista apresentou como mais-valia o facto de ter estudado música no conservatório, ou seja tem melhor noção de tempo. Convenceu-nos. Talvez seja uma forma de expressão artística que complementa e contamina tudo o resto, mas por definição a essência da nossa linha editorial são as artes visuais.
Que novidades existirão no canal nos próximos tempos, nomeadamente na área da música?
Queremos claramente desenvolver o 180 Música como espaço de descoberta de novas músicas. Já fazemos uma selecção criteriosa dos videoclips que passamos, mas queremos acrescentar mais conteúdos complementares sobre a música. Entrevistas, minidocs, showcases, são formatos particularmente interessantes para televisão, que ajudam o público mais alargado a conhecer melhor a sonoridade, personalidade e estética das bandas. Este é um trabalho de base que temos de fazer, mas de acordo com o espírito do canal, as verdadeiras novidades devem surgir de parcerias. O Bodyspace é um, o primeiro, desses casos especiais de colaboração, com um programa próprio a estrear muito brevemente no 180. Nesse formato de parceria vamos também estrear um programa de arquitectura muito original com os Like Architects. Estamos a trabalhar em alguns novos formatos/programas180 e até final do ano vamos ter mais novidades interessantes sobre estreias de conteúdos de produção própria.
E sem ser no Halloween: R. Stevie Moore no Musicbox
· POR Paulo Cecílio · 24 Out 2011 · 22:28 ·
Não, não é a bruxa, não é da Cafetra, nem é o Pai Natal. Mas todos os que ouviram e gostam de Ariel Pink devem agradecer a este senhor: R. Stevie Moore. É ele o padrasto da revolução lo-fi e das gravações caseiras que hoje em dia têm mais encanto por serem "autênticas", palavra que se aplica ao norte-americano com um maior sentido e ponta de verdade que a muitas das variantes hipster a que somos sujeitos cada vez mais. Nesta que é a sua primeira viagem pela Europa, estará a 22 de Novembro no Musicbox, em Lisboa (8€), para apresentar canções atrás de canções retiradas às centenas de discos que já editou. E quando dizemos "centenas" não é força de expressão, são mesmo centenas. Tipo, quatro centenas. E nesta noite sairá outro que poderão logo comprar... o mestre irá ser acompanhado pel´Os Passos Em Volta - e, agora, permitam a repetição: "lindo, lindo, lindo". Tudo isto pelas mãos garbosas da Filho Único. Uma vénia enorme a todos.
Vamos ajudar a Cafetra
· POR Paulo Cecílio · 24 Out 2011 · 22:28 ·
...igualmente no dia(s) da(s) bruxa(s), há que destacar a angariação de fundos da Cafetra. A label que é a casa de dezenas de miúdos travessos vai dar um doce a quem se deslocar até ao Teatro d´A Barraca: quase três horas de canções escritas por gente como as Pega Monstro, Éme ou Kimo Ameba. E não só - porque também irá lá estar presente um certo cantautor que deixa muita gente molhada com a sua barba. Sim, B Fachada no showcase da Cafetra. Talvez me tenha enganado há pouco e seja esta a cena mais épica da noite de Halloween. Mas como só se pode estar num lugar de cada vez há de haver muita gente com o coração partido ao meio... Ah! Importa dizer que tudo isto serve para juntar argent para que Os Passos Em Volta consigam lançar o seu primeiro CD. Duas boas razões para ir, então, até Santos. Bilhetes ao preço simbólico de 5€ para apanhar todas estas coisas lindas, lindas, lindas em modo maratona. E que já agora podem ir picando no Bandcamp.
- Éme (actuação de cerca de 15 min.)
- Smiley Face (10 min.)
- Putas Bêbadas (10 min. e melhor nome de sempre)
- No Love (5 min.)
- 100 Leio (20 min.)
- Pega Monstro (20 min.)
- O Cão da Morte (15 min.)
- Go Suck a Fuck (10 min.)
- Deus Fachada (20 min.)
- Rabu Mastah (10 min.)
- Cochaise (20 min.)
- Kimo Ameba (20 min.)
(As actuações não têm ordem definida. Cão da Morte, Deus F. e Cochaise são amigos da Cafetra que gentilmente ajudarão à festa. O Teatro d´A Barraca é em Santos. Be there or be square.)
Halloween no Halloween
· POR Paulo Cecílio · 24 Out 2011 · 22:27 ·
A Árvore Kriminal esteve quase, quase a tornar-se no Chinese Democracy do hip-hop português, mas o tempo valeu a espera: o regresso de Allen Halloween aos discos é sem dúvida um dos pontos altos de 2011. Alto, mas não épico. "Épico" é um adjectivo que está reservado para a próxima segunda-feira, e que não se duvide que 1) vai andar nas bocas de todos e 2) vai estar carregado de verdade. A ZdB, em plena noite de Halloween (dantes achava a celebração disto uma americanice parva, mas agora passo a adorar), vai ser o palco para a bruxa destilar ódio, verdade, rimas incríveis e beats maníacos. E como se um concerto de Allen Halloween não fosse desde logo marca de incredibilidade, também vai ser gravado um videoclip. Os bilhetes estão à venda, custam 8€, e vão esgotar num ápice. Esperemos que haja luz no aquário.
Rendez vous em Setúbal
· POR Bruno Silva · 23 Out 2011 · 17:20 ·
Naquele que é mais um daqueles belos happenings a acontecer na margem sul do rio Tejo, o festival Rendez Vous chega este ano à sua quarta edição com um cartaz verdadeiramente aliciante a decorrer nos dias 4, 5 e 6 de Novembro. Compreendendo também a mostra de cinema (este ano dedicado a NY pelos olhos de conhecedores como o Cassavettes ou o Scorcese), acaba por ser a música de teor exploratório a centrar as maiores atenções. De selecção criteriosa, no alinhamento destaca-se o regresso do grande Neil Campbell (figura de ponta do noise/drone/whatever britânico com passagem pela Vibracathedral Orchestra) com a sua nave-solo Astral Social Club. Veículo sensorial para psicadelismo telúrico e drones extáticos de um daqueles que anda há anos a fazer disso obra de respeito. Mas sobram ainda várias razões para apanhar o autocarro até Setúbal : o encontro de Marcia Bassett com Margarida Garcia (The Well é um documento maravilhoso da simbiose), a terceira aparição do combo estratosférico que é o Carro de Fogo de Sei Miguel, o continuum alienado da Tropa Macaca (depois das óptimas impressões deixadas no OUT.FEST) e o segundo concerto dos emergentes Yong Yong. Ou seja, boas ideias a cristalizarem no bonito espaço do Convento de Jesus. Em baixo o cartaz completo :
4 Novembro
19h Permanent Vacation. Jim Jarmusch (1980. 75 min.)
22h Yong Yong (PT)
22h40 Tropa Macaca (PT)
5 Novembro
16h30 New York Stories: Life Lessons. Martin Scorsese (1989. 40 min.)
17h15 Downtown 81. Edo Bertoglio (1981. 75 min.)
22h Marcia Bassett (US) e Margarida Garcia (PT)
22h40 O Carro de Fogo de Sei Miguel (PT)
23h30 Astral Social Club (UK)
6 Novembro
16h30 Shadows. John Cassavetes (1959. 87 min.)
Os bilhetes são de 6€ para cada um dos dias (excepto o dia 6, pois as sessões de cinema são grátis). Havendo ainda o recomendável bilhete passe de 20€ que compreende dois bilhetes diários e viagem grátis pelos TST de Lisboa para Setúbal e regresso. Para mais informações é consultar o site : http://rendezvous.vivyanefernando.info
Old Jerusalem é o convidado do BODYSPACE AU LAIT de Outubro; hoje, às 19h
· POR André Gomes · 23 Out 2011 · 14:34 ·
OLD JERUSALEM
23 DE OUTUBRO, DOMINGO
19H
Café au Lait, Porto
Entrada livre
Ao quinto álbum, Francisco Silva assumiu com coragem o valor da sua auto-suficiência e escreveu e interpretou sozinho um disco que quis homónimo por representar de certa forma o regressar aos primeiros dias da formação de Old Jerusalem, o veículo com que se tornou, na última década, num dos melhores - e mais prolíficos - escritores de canções em Portugal. O resultado é, como qualquer um dos anteriores capítulos desta bonita história, um punhado de canções com forte travo folk, com olhos postos em território norte-americano, numa abordagem que têm vindo a ser continuamente apurada com o passar do tempo. Em mais um domingo que se prevê feliz ao cair do dia, Francisco Silva agarra o BODYSPACE AU LAIT de Outubro para defender com unhas e dentes - vá lá, guitarra e voz – as canções do recente Old Jerusalem, que se juntarão certamente a outras que fazem parte de um songbook que tem crescido na quantidade mas felizmente também na qualidade.
Telediscos Para Senhoras
· POR Hugo Rocha Pereira · 19 Out 2011 · 00:05 ·
© Vanda Noronha
O frontman dos Feromona está prestes a estrear-se com um disco a solo. Canções Para Senhoras deverá chegar às lojas durante o próximo mês de Novembro, mas já existem dois telediscos (um experimental, outro oficial) que alimentam a curiosidade sobre o que aí vem. Melhor do que descrever os vídeos é deixar o próprio Diego Armés falar um pouco sobre os mesmos e levantar a ponta do véu sobre o álbum.
«O primeiro vídeo, “O Fim da História”, é um exercício do Francisco Santos Silva, da Chifre, que, cansado de ver no YouTube aqueles vídeos em que umas letras manhosas se sobrepõem a uma imagem estática – porque são feitos por malta que gosta das canções mas que não tem como realizar um vídeo em condições –, decidiu pegar num filme já muito antigo e editar uma série de sequências de maneira a encaixá-las na música. Pessoalmente, acho que o resultado foi extraordinário. As imagens são super elegantes, aquele registo antigo é cheio de charme e tudo isso tem a ver com o tema fundamental do disco: a mulher ou o mundo e a mulher ou eu num mundo que contém mulheres».
«O teledisco da canção-single, “Canção Sentimental”, foi uma coisa mais séria, muito mais séria. Reunindo pessoas cheias de boa-vontade, muita criatividade e algum material, conseguiu-se chegar a um resultado que me orgulha muito. Uma vez mais, há charme feminino, há pose, há glamour. A realização é do Filipe Fernandes, numa produção dos Picos Gémeos e da Chifre. Pudemos contar ainda com a generosidade do Hotel Grande Real Villa Itália, em Cascais, que nos deixou ocupar uma suite presidencial onde todo o vídeo foi filmado – isto durante um dia inteiro (e com direito a refeições para toda a equipa). O que mais me impressiona neste vídeo é o facto de ter sido feito sem dinheiro, só com dedicação e amizade, e de ter resultado num produto final com um aspecto tão sério. Estou muito grato a todos os que participaram nele».
Filhos do Tédio vai ter edição em DVD
· POR André Gomes · 18 Out 2011 · 22:42 ·
Rodrigo Lacerda e Rita Alcaire, os realizadores do documentário Filhos do Tédio, que narra a maravilhosa aventura dos Tédio Boys, nome gigante do rockemroll tuga, acabam de anunciar que o filme será lançado em DVD até o final de 2011. A edição comercial é da responsabilidade da Lux Records, tem design gráfico de Toni Fortuna e conta com o apoio da Delegação Regional de Cultura do Centro.
O comunicado de imprensa informa que "as reuniões de trabalho estão em fase de conclusão com o DVD prestes a seguir para a fábrica, pelo que a data oficial de lançamento será anunciada brevemente". Os realizadores prometem "tudo o que um fã de Tédio Boys poderia desejar" num DVD "repleto de imagens que não integraram a montagem final do filme, videoclips caseiros, fotografias da carreira da banda, imagens de concertos e muito mais". Promete.
Monumento absoluto da electrónica na ZDB
· POR Bruno Silva · 18 Out 2011 · 00:24 ·
Nome incontornável na pesquisa em torno da música electrónica desde os anos 60, Morton Subotnick é daqueles senhores com um peso tão incomensurável na concepção dessa mesma que só o facto de estar presente neste país já seria motivo para celebração. Algo que até podemos dizer com alguma frequência (cada maluco com a sua mania) mas que é, neste caso, é MESMO irrefutável. Silver Apples of the Moon está num panteão que poucas obras poderão algum dia almejar habitar, e mesmo que algo como The Wild Bull seja também maravilhoso, existe algo de icónico (ou um necessário ponto zero) nesse disco de 67 (perguntem a montes de gente. Até o título é lindo) que faz com que a sua recriação para esta visita à ZDB seja motivo para um interesse redobrado (com o bónus que é o acompanhamento visual de Tony Martin). E poderia perder mais umas linhas a salientar o seu papel enquanto fundador do San Franciso Tape Music Center (por onde passaram Steve Reich ou Pauline Oliveros) ou como a sua música serviu para inúmeras coreografias um pouco por todo o lado, mas isso seria desnecessário. É a história a renovar-se . E nós a ver, no próximo Sábado (22 de Outubro) pelas 23 horas. Por 10 euros.
É precisa muita saúde para lidar com uma crise destas
· POR Paulo Cecílio · 18 Out 2011 · 00:23 ·
...e sendo assim, e porque nós gostamos todos muito de trocadilhos (ou se calhar sou só eu), os HEALTH vão estar no próximo sábado no Musicbox, como aliás já tem sido anunciado ao longo das últimas semanas. O Jameson Urban Routes arranca já na quinta-feira com nomes como Jacques Greene e Beatbombers, prossegue na sexta com a estreia em solo luso dos Sun Airway e terá o seu ponto alto no sábado com a vinda à capital dos Throes + The Shine, dos supracitados norte-americanos do shoegaze e com um DJ set de Floating Points, que até acaba de lançar um novo single. Bilhetes à venda nos sítios do costume, a 12€. É aproveitar enquanto o IVA não nos fode a vida.
Old Jerusalem é o convidado do BODYSPACE AU LAIT de Outubro já no próximo domingo
· POR André Gomes · 18 Out 2011 · 00:17 ·
OLD JERUSALEM
23 DE OUTUBRO, DOMINGO
19H
Café au Lait, Porto
Entrada livre
Ao quinto álbum, Francisco Silva assumiu com coragem o valor da sua auto-suficiência e escreveu e interpretou sozinho um disco que quis homónimo por representar de certa forma o regressar aos primeiros dias da formação de Old Jerusalem, o veículo com que se tornou, na última década, num dos melhores - e mais prolíficos - escritores de canções em Portugal. O resultado é, como qualquer um dos anteriores capítulos desta bonita história, um punhado de canções com forte travo folk, com olhos postos em território norte-americano, numa abordagem que têm vindo a ser continuamente apurada com o passar do tempo. Em mais um domingo que se prevê feliz ao cair do dia, Francisco Silva agarra o BODYSPACE AU LAIT de Outubro para defender com unhas e dentes - vá lá, guitarra e voz – as canções do recente Old Jerusalem, que se juntarão certamente a outras que fazem parte de um songbook que tem crescido na quantidade mas felizmente também na qualidade.
Os Filhos do Diabo lançaram uma mixtape surpreendentemente desprovida de black metal
· POR Paulo Cecílio · 16 Out 2011 · 17:00 ·
Se calhar não devia estar aqui a fazer publicidade à concorrência. Se bem que "concorrência" seja uma palavra demasiado forte no que toca a isto das webzines: afinal de contas, somos todos amigos, n´é verdade? Os Filhos do Diabo até são malta fixe, o editor de música deles é meu amigo no Facebook e já me referenciou numa crítica e tudo, o grande João Quintela escreveu lá uma bela crítica ao EP dos não menos grandes SAUR e não são tipo o Ponto Alternativo que nos rouba à descarada e que agora me vai obrigar também a admitir que às vezes lhes roubo notícias (o Google Reader arruinou a minha vida nesse aspecto e é no que dá eles serem tão bons e rápidos a dar notícias, sacaninhas - e pessoas - incríveis) e gostarão tanto de música como eu e os restantes Bodyspacers, por isso não são nossos concorrentes, são camaradas de armas. Além disso têm uma secção intitulada Fuck Yeah Cartazes e só esse título me fez rir bastante quando o vi, não porquê, talvez estivesse bêbado na altura ou simplesmente idiota como de costume. Resumindo: não é publicidade, são shout-outs. E serve isto para dizer que acabam de lançar uma mixtape, gratuita, pois claro, ou não estaria aqui a falar dela se a tivesse que pagar. Mixtape essa que poderão ouvir aqui, e onde se aglomeram faixas de malta igualmente fixe tipo os Kimo Ameba, Capitão Fausto, Os Passos Em Volta ou Bye Bye Sky, entre outros que não conheço mas que irei ouvir assim que picar os álbuns de Justice e Dead Combo e um do Lennie Tristano que fui buscar porque ouvi a " Requiem" e achei belíssima. E tal como eu irei ouvir, vocês irão ouvir, porque não custa nada clicar em "Free Download".
A música que há no TRAMA – Parte IV
· POR André Gomes · 16 Out 2011 · 14:31 ·
No último dia do TRAMA, há mais música a percorrer a cidade. Henrique Fernandes, Nuno Morão e Susana Santos Silva improvisam sob influência da instalação Diacaustiques des Esprits, de Caty Olive. É às 17h30 no Lófte, tem entrada gratuita sujeita à lotação do espaço e os bilhetes estão disponíveis no local, 1h antes do início do espectáculo. Às 18:30, no Parque de Estacionamento Silo-Auto a compositora e artista holandesa Cathy van Eck apresenta "Hearing Sirens", onde a artista convida o público a deslocar-se com ela num espaço onde faz soar a música que toca num leitor de mp3, mas que em vez de ser ouvida no espaço privado dos auscultadores é antes difundida por um par de altifalantes portáteis integrando activamente o espaço e o movimento na percepção sonora.
Num dos sítios mais incríveis onde habitualmente o TRAMA acontece, o Hotel Dom Henrique, às 19h, Mary Ocher, acompanhada apenas com a sua guitarra e os lábios pintados de vermelho, apresenta uma actuação entre o cabaret, o beat e o disco sound. No Auditório de Serraves, às 22:45, o percussionista veterano Sven-Åke Johansson apresenta uma peça para um colectivo reunido localmente ("MM schäumend – Overture for portable fire extinguishers"). Para o ano há mais TRAMA, mais música, mais arte, mais desafios.
A música que há no TRAMA – Parte III
· POR André Gomes · 15 Out 2011 · 13:16 ·
Ao terceiro dia do TRAMA, o festival que tem enchido o Porto de música e outras artes desde quinta-feira, Mário Costa e Travassos erguem uma improvisação musical sob influência da instalação Diacaustiques des Esprits, de Caty Olive. É às 17h30 no Lófte, tem entrada gratuita sujeita à lotação do espaço, os bilhetes estão disponíveis no local, 1h antes do início do espectáculo e a lotação é de 150 lugares. Às 19:30, na Sala do Tribunal do Centro Português de Fotografia a pianista Andrea Neumann apresenta no TRAMA um novo trabalho, criado ao longo de um workshop realizado no âmbito do programa "Improvisações/Colaborações" com Ana Luísa Veloso, Diana Combo, Filipe Silva e João Martins. A entrada é gratuita e sujeita à lotação do espaço. Bilhetes disponíveis no local, 1h antes do início do espectáculo.
Depois tudo acontece em Serralves. Radio 78, projecto de colaboração do artista Jeroen Diepenmaat com Hannes van Soest, exploram potencialidades de grafonola portátil e de velhos discos de 78 rotações; Lucas Abela e Keg Souza apresentam "Mix Tape Gigloo", fusão de trabalhos que incluem uma estrutura portátil e insuflável, uma instalação sonora interactiva, cassetes e balões; muita dança e performance; a actuação de Mary Ocher, entre o cabaret, o beat e o disco sound; a esperada apresentação de Ergo Phizmiz, o músico inglês que foi considerado pelo "The Times" como o homem musical do momento; e ainda WeTizU – ler We Tease You -, um colectivo feminino, de formação diversa e responsável pelas festas surpresa na cidade, promete surpreender com uma intervenção artística no Trama. Os bilhetes para a ida a Serralves estão disponíveis no local, 1h antes do início dos espectáculos e na recepção de Serralves até às 18h45 de hoje. Bilhete Conjunto - 5 euros. Este bilhete dá acesso aos 7 espectáculos, sujeita à lotação dos espaços. Não fiquem em casa.
A música que há no TRAMA – Parte II
· POR André Gomes · 14 Out 2011 · 11:22 ·
No segundo dia do TRAMA, a música muda-se quase toda para o Passos Manuel. A noite arranca às 23 horas com Radio 78, um projecto de colaboração do artista Jeroen Diepenmaat com Hannes van Soest que explora as possibilidades de uma grafonola portátil e de velhos discos de 78 rotações. O convite é para uma viagem no tempo em que “os dedos estalam e as ancas dançam ao som de velhos temas de jazz, mambo sul-americano e canções francesas". Promete, portanto. Pouco depois o percussionista veterano Sven-Åke Johansson (na foto) apresenta três peças: duas a solo ("Tüüt" e "WePa") e uma peça para um colectivo reunido localmente ("MM schäumend – Overture for portable fire extinguishers").
Até ao final da noite há ainda duas peças da compositora e artista holandesa Cathy van Eck - "Wings" para três performers que envergando três placas de espuma vão manipulando o feedback criado por microfones e altifalantes e "Hearing Sirens", onde a artista convida o público a deslocar-se com ela num espaço onde faz soar a música que toca num leitor de mp3 – e a intervenção do compositor, videasta, designer de interfaces e performer, Chikashi Miyama, que apresentará no os trabalhos “Angry Sparrow" e "Black Vox".
Mas nem só no Passos Manuel se vai poder ouvir e ver música. No Lófte, das 15h00 às 18h30 e das 19h30 às 22h00, acontecem dois momentos de improvisação musical por colectivos nacionais que terão como inspiração o trabalho da artista francesa Caty Olive, conhecida internacionalmente pelo desenvolvido enquanto criadora de luz/cenógrafa para vários projectos. Do que é que estão à espera?
Clean Feed traz o seu festival a Lisboa e Porto
· POR Nuno Catarino · 14 Out 2011 · 10:08 ·
2011 tem sido um grande ano para a Clean Feed. Celebrando o seu 10º aniversário, a editora sedeada no Cais do Sodré tem organizados festivais em diversos pontos do globo. Agora é a vez da label lusa se apresentar no seu próprio país, com concertos programados para Lisboa e Porto. Em Lisboa os palcos serão a Culturgest e o Teatro do Bairro; no Porto o palco será a Casa da Música. Da programação fazem parte projectos liderados por nomes grandes (Ken Vandermark e Joe Morris, que apresentarão os seus grupos "Made to Break" e "Wildlife", respectivamente) e alguns dos projectos mais promissores da cena nacional (Hugo Carvalhais Trio, Sei Miguel Unit Core com Norberto Lobo, RED Trio com Eitr). A oferta é variada, aqui fica o programa de festas completo.
Clean Feed Fest | Lisboa
Culturgest
13 e 14 de Novembro: Joe Morris "Wildlife Quartet"
Teatro do Bairro
17 de Novembro: Sei Miguel Unit Core com Norberto Lobo / Ken Vandermark's "Made to Break"
18 de Novembro: Hugo Carvalhais Trio / Ken Vandermark's "Made to Break"
19 de Novembro: RED Trio + Eitr / Ken Vandermark's "Made to Break"
Clean Feed Fest | Porto
Casa da Música
16 de Novembro: Joe Morris "Wildlife Trio" / Hugo Carvalhais Trio com Dominique Pifarély
Joe Morris © Marco A. Fierro Mendoza
Clean Feed Fest | Lisboa
Culturgest
13 e 14 de Novembro: Joe Morris "Wildlife Quartet"
Teatro do Bairro
17 de Novembro: Sei Miguel Unit Core com Norberto Lobo / Ken Vandermark's "Made to Break"
18 de Novembro: Hugo Carvalhais Trio / Ken Vandermark's "Made to Break"
19 de Novembro: RED Trio + Eitr / Ken Vandermark's "Made to Break"
Clean Feed Fest | Porto
Casa da Música
16 de Novembro: Joe Morris "Wildlife Trio" / Hugo Carvalhais Trio com Dominique Pifarély
Todas as músicas do Doclisboa
· POR Nuno Catarino · 14 Out 2011 · 10:05 ·
O Doclisboa, IX Festival Internacional de Cinema, está aí a chegar. E com o festival chega muita música, na forma de documentários, numa secção apropriadamente designada "Heart Beat". A directora do festival Anna Glogowski, que acumula o papel de programadora, respondeu-nos a algumas questões sobre as ligações entre o festival de cinema documental lisboeta e as suas músicas.
Qual o papel da música no Doclisboa?
A música ocupa um lugar de destaque no Doclisboa, já que há uma secção específica intitulada "Heart Beat" onde cada ano se reúnem filmes que celebram os géneros musicais, e a sua diversidade, os artistas mais emblemáticos que marcaram o mundo e a história da música, assim como o papel da música na sociedade contemporânea ou na história social. Ao mesmo tempo, respeitando esses critérios, a nossa selecção também toma em consideração a qualidade cinematográfica dos filmes. O assunto ou o tema musical não são suficientes para determinar uma escolha de filme.
Qual o critério que guiou a selecção dos filmes da secção "Heart Beat"?
A força e a qualidade dos filmes, a diversidade dos géneros musicais, a originalidade do assunto e a capacidade de revelação de algum elemento eventualmente desconhecido do grande público... E também a capacidade de gerar emoção num público que poderá vir a descobrir o género documental através do encontro com a música. Filmes ainda inéditos em Portugal, mesmo se não forem produzidos no ano em curso. Este ano decidimos também prestar homenagem a dois grandes nomes do cinema documental que contribuíram com o seu talento à historia do cinema documentário musical: Richard Leacock, director de fotografia do célebre Monterey Pop, que foi o primeiro festival de música rock de todos os tempos em 1967, reunindo nomes como Janis Joplin, Jimi Hendrix, Ravi Shankar, Otis Reding... e muitos mais. Richard Leacock faleceu em Março deste ano aos 89 anos. O outro homenageado é o brasileiro Thomaz Farkas, que filmou Pixinguinha em 1954, sem som e sonorizou em 2006, graças à tecnologia digital... Farkas faleceu também em Março deste ano.
Quais os principais destaques da secção "Heart Beat"?
A sessão de abertura com o filme do Scorsese, em duas partes, sobre o George Harrison: Living in the Material World; o filme de Mika Kaurismaki sobre Miriam Makeba, Mama Africa; um filme sobre o imenso pianista de jazz Michel Petrucciani, deficiente mas portador de uma energia de vida sem igual; assim como um passeio internacional pelo hip-hop e a sua importância política (Hip-Hop - Le Monde est à Vous)... e muitos outros.
Relembramos: o Doclisboa acontece de 20 a 30 de Outubro e a programação está toda ali no site oficial.
PAUS para a fogueira: lançamento e apresentações ao vivo
· POR Hugo Rocha Pereira · 14 Out 2011 · 10:03 ·
Há coisa de uma semana, os PAUS diziam no seu facebook que já sabiam tocar mais de metade do disco novo. Por esta altura, a banda de Joaquim Albergaria, Hélio Morais, Makoto Yagyu e João “Shela” já deve saber tocar os temas todos – ou quase todos – do álbum homónimo, dizemos nós. É que falta pouco tempo para o lançamento do primeiro longa-duração (dia 24 deste mês) e para a apresentação ao vivo do mesmo: dia 27 de Outubro no Lux, espaço lisboeta com o qual já têm uma ligação muito especial; e dia 3 de Novembro no Hard Club, Porto. São oito os temas novos que prometem crescer muito em palco.
Que TRAMA é este que assalta a cidade do Porto com música e outras artes?
· POR André Gomes · 13 Out 2011 · 16:39 ·
Na sua 6ª edição, o Trama - Festival de Artes Performativas, programado em parceria com a Fundação de Serralves, a Matéria Prima, o brrr _ Festival de Live Art, apresenta um mundo de propostas em estreia nas áreas da da dança, da performance, do teatro, do cinema e, e é aí que nós entramos, da música. Os espaços são muitos – de Serralves ao Museu Militar passando pelo Hotel Dom Henrique, o Estúdio Zero, o Silo-Auto, o Centro Português de Fotografia, a Livraria CE Latina, a Loja do nº 90 da Rua Cândido dos Reis, o Coreto da Cordoaria e o Passos Manuel – e as propostas são ainda mais. Para conhecer melhor a trama deste TRAMA, fomos falar com Pedro Rocha, um dos programadores do TRAMA. A entrevista diz tudo. Agora façam as vossas escolhas.
Mudou muito na cidade do Porto desde que o Trama começou. Sentes que o festival mudou também com a cidade?
A primeira edição do Trama foi em 2005. Estruturas culturais e urbanas que hoje consideramos parte nuclear da vida da cidade como a Casa da Música ou Metro acabavam de iniciar actividade. Dinâmicas como a noite na zona dos Clérigos e de Cedofeita não existiam, nem várias estruturas recentes e a diversidade da oferta que hoje observamos. O Trama nasceu de um conjunto de vontades de mudar a vida cultural, qualitativa e quantitativamente, no centro da cidade marcado por uma forte desertificação. A proposta era então a activação concentrada no tempo de possíveis redes, percursos e sinergias em potência assim como da capacidade de os públicos se cruzarem e se disponibilizarem a se envolverem num projecto de cariz experimental que arrisca novas formas de criação artística e uma imersão cuidada na cidade. Hoje o centro da cidade tem uma vivência bem diferente. Mas, mascarado por baixo de uma vivência bastante lúdica e um crescimento do turismo, continua a subsistir uma tecido cultural e de criação artístico muito fragilizado que precisa urgentemente de ser reforçado e revitalizado. A centralização de diferentes ofertas em diferentes zonas da cidade e as dificuldades na mobilidade para algumas zonas também têm criado alguns fossos que dificultam uma maior integração de projectos mais periféricos mas igualmente essenciais. O Trama tenta assim observar a cidade e mudar com ela, por forma a responder a este tipo de problemáticas. È algo que é feito de forma bastante espontânea e que resulta da discussão e experiência da vivência corrente da cidade das partes envolvidas na organização do festival.
Sentes que a cidade sente o Trama como um dos grandes momentos artísticos anuais?
Acreditamos que sim. O sucesso das edições anteriores e a verificação de uma grande curiosidade e expectativa sobre a nova edição do festival ajudam-nos a acreditar que sim. O Trama é já reconhecido como algo de estrutural na oferta cultural da cidade, quer por parte de quem o organiza quer pelas instituições da cidade, pelos parceiros e pelos públicos.
Que linhas norteiam o Trama 2011? Continua a ter aquele cunho de desafio, de dar às pessoas aquilo que elas, de uma forma geral, não consumem diariamente?
As linhas que norteiam o Trama têm-se mantido ao longo de todas as edições. Para além de aspectos já mencionados anteriormente, mantém-se a carácter performativo, o perfil experimental, a organização de percursos na cidade, o cruzamento de públicos e de agentes culturais, a realização com base em parcerias, a programação nacional e internacional, a dimensão ‘site-specific’ e uma grande dose de risco. Na edição de 2011 reforçamos o envolvimento com a comunidade artística local, quer convocando as escolas especializadas para parceiros de vários eventos (chamando inclusivamente os alunos a integrarem algumas das propostas, ou também pela colaboração na criação de blogs de crítica, entre outras iniciativas), quer com a realização de projectos que implicam a participação de artistas do Porto.
O festival lança a si mesmo todos os anos novos objectivos, de números ou de impacto? Quais são os grandes objectivos para este ano?
Não estabelecemos objectivos quantitativos para o festival, e acreditamos que as repercussões não estão linearmente ligadas a números ou ao carácter imediato de um impacto. A consolidação de um património cultural faz-se segundo muitos eixos, alguns bastante invisíveis mas bem mais consequentes. A estruturação da “musculatura” da cultura e da criação artística de uma cidade não deve ser perspectivada ou observada simplesmente num plano de impacto imediato. Tal como no nosso corpo, é preferível estruturar músculos com fibras mais consolidadas, que apesar de não serem tão exuberantes no volume, possam resistir mais, ser mais ágeis e responder melhor aos desafios futuros. Os objectivos do Trama passam por este trabalho de continuidade, sempre iluminado por uma observação atenta da cidade.
Que grandes destaques musicais farias desta edição?
As características das propostas musicais são tão diversas que será sempre ingrato destacar umas em relação a outras. Chamo também a atenção para o facto de muitas das propostas habitarem o limbo menos fácil de definir em termos disciplinares que é o da arte sonora (uma linha de programação que vem de encontro ao perfil experimental do festival). Assim sendo, em termos de música tanto temos a exuberância das canções excêntricas de Ergo Phizmiz como as frágeis composições electroacústicas de Cathy van Eck, ou a geometria electrónica de Robin Fox visualizada de forma espectacular pela convergência sinestésica dos raios laser. A participação de um nome histórico como Sven-Ake Johansson que nos honrará com as suas performances onde explora de forma exímia as qualidades sonoras e cénicas de objectos tão mundanos como caixas de cartão e extintores de incêndio é motivo para grande orgulho nosso. E também as explorações da gestualidade instrumental nos projectos de Andrea Neumann (com convidados do porto) e de Chikashi Miyama poderão constituir momentos surpreendentes na programação do festival. Destaca-se, obviamente, a instalação participativa de grande escala de Lucas Abela “Vinyl Rally” onde teremos a oportunidade de conduzir carros telecomandados equipados com agulhas de gira-discos sobre uma pista construída com discos de vinil.
A música que há no TRAMA – Parte I
· POR André Gomes · 13 Out 2011 · 16:33 ·
Arranca hoje aquele que é um dos festivais mais desafiantes em Portugal. O Trama - Festival de Artes Performativas acontece entre os dias 13, 14, 15 e 16 de Outubro e promete violar os vossos olhos, ouvidos e sentidos. Ou deixá-los pelo menos em profundo questionamento. Hoje há música no Ateneu Comercial do Porto – ou algo mais do que isso – a partir das 22:30. O australiano Robin Fox apresenta o seu Laser Show, um projecto que “aparece como uma extensão do trabalho prévio com osciladores de raios catódicos enquanto forma de criar equivalências audiovisuais”. Este é um homem que já publicou em editoras como a Mego e a Room 40 e colaborou com gente como Anthony Pateras, Oren Ambarchi, Stephen O´Malley, entre outros. O bilhete para hoje custa 5 euros e dá também acesso ao trabalho do duo performativo feminino sueco Wol (22h). Para mais informações entra aqui. Para ver como será logo à noite clica ali.
Toral leva o seu Space Collective 3 ao Lounge
· POR Nuno Catarino · 12 Out 2011 · 15:34 ·
© Nuno Martins
Integrado em mais uma mensalidade da Filho Único no Lounge, o imprevisível Rafael Toral apresenta hoje à noite ao vivo o Space Collective 3. Ascendendo mais um degrau do seu elaborado "Space Program", este concerto vai contar com o apoio da dupla rítmica roubada ao excelente RED Trio: Hernâni Faustino no contrabaixo e Gabriel Ferrandini na bateria. Os irrequietos Faustino e Ferrandini irão acrescentar uma nova dimensão à fisicalidade da electrónica transformada sob a forma de jazz de Toral. O início está marcado para as 22:30, a entrada é livre e há DJ set da maltinha da Filho Único. É aproveitar para viajar no espaço.
Super Bock Em S... Vodafone Mexefest anuncia cartaz
· POR Paulo Cecílio · 12 Out 2011 · 00:25 ·
O festival que promete mexer (trocadilho infame obrigatório) com o dezembro musical lisboeta e com o março portuense anunciou hoje o cartaz para a sua primeira edição com o novo nome de baptismo. A zona que alberga os happenings continua a ser a mesma, a Avenida da Liberdade. O preço também não sofre alterações: 40€. E os nomes que vale a pena ver, embora diferentes, são todos bons como já o foram no passado. Destaque máximo para os regressos de James Blake, após o belo concerto no Alive e que se espera agora que tenha direito a um espaço mais "seu", de Toro Y Moi ("qualquer dia mora cá") e dos apelos à dança de Lindstrøm e Junior Boys. Não só isto, claro, como também os Handsome Furs, Spank Rock e Josh T Pearson, valores
Dois dos grandes, juntos e ao vivo
· POR Nuno Catarino · 10 Out 2011 · 20:44 ·
São dois dos mais originais e inventivos guitarristas do nosso tempo e por uma noite vão estar juntos em palco. É já esta terça-feira, dia 11, que a Culturgest acolhe o encontro entre as guitarras de Manuel Mota e Noël Akchoté. Integrado no ciclo "Isto é jazz?", programado por Pedro Costa, este concerto marca o encontro entre dois exploradores da guitarra que têm a sua base no jazz e no blues, mas que gostam de arriscar por caminhos imprevisíveis. O francês Noël Akchoté foi uma das estrelas do Out.Fest 2010, com a sua guitarra inclassificável, que ora namora covers de Kylie Minogue ora entra em drones nebulosos. Para o português Manuel Mota, que acaba de editar dois LPs (Dias das Cinzas e Untitled), os caminhos da guitarra nunca são óbvios. Juntos em palco, Akchoté e Mota irão desafiar os limites da guitarra.
Novidades Bicaenses
· POR Nuno Catarino · 10 Out 2011 · 20:44 ·
Parecendo que não, foi já há cinco anos que saiu o último disco do trio Azul de Carlos Bica. Entretanto Bica andou entretido com outros projectos - viu o pianista João Paulo a revisitar temas seus no disco White Works e editou em 2010 o disco Matéria Prima, com o seu novo quinteto luso-alemão - mas já estávamos com saudades daquele excelente trio. O sucessor de
Cian Nugent e Steve Gunn vão trazer as guitarras a passear por Portugal em Outubro
· POR André Gomes · 09 Out 2011 · 21:52 ·
São dois amantes profundos da guitarra. Amantes dedicados a um amor pela tradição folk norte-americana, a um amor a John Fahey e ao fingerpicking, um amor pelos blues. Tanto amor, não? Esperem então até eles chegarem a território português daqui a nada. Cian Nugent (acabou de lançar Doubles, um disco centrado no fingerpicking com reminiscências de John Fahey, Jim O´ Rourke e o falecido Jack Rose, e diz-se que é incrível) e Steve Gunn (uma das suas belíssimas canções pode ser escutada ali em baixo) vão estar em Portugal e vão andar a percorrer o país norte a sul em datas que são, no mínimo, imperdíveis (consultem-nas em baixo e marquem nas vossas agendas). No Porto, por exemplo, o concerto é de entrada livre.
16 de Outubro – Café au Lait, Porto
17 de Outubro - Clube de Bragança, Bragança
18 de Outubro – Arte à Parte, Coimbra
19 de Outubro – Kolovrat, Lisboa
20 de Outubro – Avesso, Esposende
O Sr. Novembro não nos vai lixar (pt. II)
· POR Paulo Cecílio · 07 Out 2011 · 22:48 ·
Lembram-se daqueles nomes bonitos de que se falou ainda há pouco? Pois é, alguns não irão estar só pela capital. Também hão-de subir mais acima, até à maravilhosa cidade do Porto. Êxodo 33:1-3, portanto. Adiante: estas são as datas em que a Lovers & Lollypops vai agitar as noites da Invicta. E com um destaque que Lisboa não terá: Com Truise, que levará a whillcave aos Maus Hábitos, juntamente com Dreams e The Festmen, a 27 de Novembro. Antes disso, os Eternal Tapestry - que ao que parece ouviram demasiado Neu!, que por estranha coincidência ou destino celeste têm uma malha intitulada "November" - estarão no Plano B com os Unzen Pilot e Surya Exp Duo, isto no dia 5. A 11, no Maus Hábitos, os Pink Mountaintops far-se-ão acompanhar por/pelo Cavalheiro. Já os Akron/Family estarão no Hard Club, a 20, juntamente com os Partisan Seed, dois dias antes de Gary War entrar no Passos Manuel acompanhado de Tren Go! Soundsystem (que acaba de lançar um belo disco). E porque a Lovers não se faz só de concertos, o seu Novembro servirá igualmente para lançar Winds Of Revenge, novo EP dos Aspen, e "Batida", single da colaboração entre os Throes e os The Shine. Para mais informações é só dar um pulo ao Facebook: http://www.facebook.com/loversandlollypops. E pôr um "gosto", se ainda não o fizeram. (E se ainda não o fizeram, como se atreveram a esperar tanto tempo?)
Não vai faltar música no Doclisboa
· POR Nuno Catarino · 07 Out 2011 · 19:38 ·
Entre os dias 20 a 30 de Outubro o festival Doclisboa volta a invadir a capital. O festival internacional de cinema documental de Lisboa prepara-se para apresentar dezenas de filmes, entre os cinemas São Jorge, Londres, Culturgest, Cinemateca e Teatro do Bairro. E das várias secções do festival há uma pela qual temos especial afecto: a secção "Heart Beat" apresenta documentários onde a música é um elemento fundamental. Esta secção do Doclisboa reúne 13 filmes inéditos em Portugal, atravessando diversos géneros musicais. Entre as propostas do festival destacam-se filmes como End of the Century: the Story of the Ramones (Michael Gramaglia 2 Jim Fields, 2003), Hip Hop, le Monde est à vous: The Furious Force of Rhymes (Joshua Atesh Litle, 2010), Mama Africa (Mika Kaurismäki, 2011), Michel Petrucciani (Michael Radford, 2011), Monterey Pop (D. A. Pennebaker, 1968) e Pixinguinha (Thomaz Farkas e Ricardo Dias, 2006), entre outros. Refira-se ainda a oportunidade para espreitar o novíssimo George Harrison: Living in the Material World, o mais recente trabalho de Martin Scorsese.
O Sr. Novembro não nos vai lixar
· POR Paulo Cecílio · 07 Out 2011 · 00:47 ·
Vamos lá então recapitular os nomes que a ZdB vai trazer até cá em Novembro: alguns já se sabiam, outros corriam rumores, todos são imperdíveis. A começar pelos Eternal Tapestry, que estreiam por cá o seu psicadelismo rock n´roll a 4 de Novembro, na companhia de Pedro Gomes e Gabriel Ferrandini (dois dos grandes). Um clamor ácido que irá estar presente igualmente quando os Pink Mountaintops subirem ao palco do aquário na companhia de Asimov, a 12. Não chega de trips? Uma semana depois há Akron/Family, no seu regresso ao país para apresentar The Cosmic Birth And Journey Of Shinju, álbum de 2011 que tem recebido críticas positivas por parte das zines que interessam (menos esta, mas só porque somos preguiçosos e ainda não lhe pegámos). Pelo meio, o que se faz por cá, com estreias de Presidente Drógado e Rita Braga. Com menos drogas mas nem por isso menos interessante - ao ponto de ser a sua foto que adorna esta notícia -, Phil Elverum, a.k.a. Mount Eerie, traz a folk certeira e sentida até nós, que ainda não parámos de achar Wind´s Poem um dos melhores discos da década passada. Para conferir a 20. E há ainda a pop estranha de John Maus e Gary War a encerrar em beleza, três dias depois. Para mais informações sobre bilhetes, horários e afins, é só consultar: http://www.zedosbois.org/
Filho da Mãe volta a acampar junto ao mar
· POR Hugo Rocha Pereira · 07 Out 2011 · 00:45 ·
Nasceu no parque de campismo da Ericeira a Tiago Pires Boardriders, megastore da Quiksilver com espaço para um skatepark e para concertos nas noites de sexta-feira, a decorrerem até ao final do corrente mês de Outubro. Como o bom filho à casa torna, Filho da Mãe regressa esta semana às Quik Sessions, onde actuou no final de Julho, para apresentar as músicas do seu registo de estreia, Palácio. O projecto a solo em que Rui Carvalho troca o pós-hardcore de bandas como If Lucy Fell, por exemplo, pelos fraseados da guitarra acústica, poderá ser apreciado a partir das 21:30 de hoje e tem entrada livre.
Jamaica. As comemorações dos 40 anos seguem dentro de momentos
· POR Hugo Rocha Pereira · 05 Out 2011 · 19:42 ·
A mítica discoteca da capital tem vindo a comemorar durante 2011 os seus 40 anos de vida com uma vasta programação. Infelizmente, o edifício onde funcionam as suas instalações – na Rua Nova do Carvalho, ao Cais do Sodré – foi forçado a um encerramento (para a realização de obras urgentes e inadiáveis) durante quatro meses. Mas, como não há mal que dure sempre, o Jamaica reabriu as suas portas aos melómanos e boémios no passado dia 20 de Setembro; e a programação segue, durante os próximos dois meses, com DJs convidados e festas temáticas. A primeira festa é já amanhã, dia 6, e conta com um peso pesado: o DJ convidado é Rodrigo Leão, que se prepara para lançar álbum novo. O co-fundador dos Sétima Legião e dos Madredeus tem uma carreira a solo com quase 20 anos, recheada de álbuns essenciais da música portuguesa contemporânea; e, além disto, é o actual proprietário de ouro ícone da noite lisboeta – o Frágil, no Bairro Alto, que abriu as portas ao Jamaica durante o seu encerramento temporário. Astros (re)alinhados e dados lançados.
Um vídeo que provoca insónias
· POR Hugo Rocha Pereira · 04 Out 2011 · 15:26 ·
Já tínhamos partilhado o áudio de “(We Stay) Up All Night”, malha explosiva que será lançada como single no dia 17 deste mês; e agora divulgamos o mais recente vídeo avançado pelos Buraka Som Sistema para o fervilhante Komba, álbum que de acordo com o site da Enchufada vai ser editado no próximo dia 31, na noite de Halloween. O vídeo contém imagens capazes de tirar o sono a espíritos mais sensíveis e uma dedicatória especial ao malogrado DJ Mehdi.
O out.fest está aí ou o Barreiro a dar cartas na música exploratória
· POR André Gomes · 04 Out 2011 · 08:55 ·
É um acontecimento todos os anos. O melhor da música exploratória internacional e nacional, durante uma semana de descobertas e redescobertas. Já falamos da programação aqui e pode ser consultada no site oficial da coisa. E agora fomos falar com Vítor Lopes e Rui Pedro Dâmaso, que deram o corpo ao manifesto. E não usamos aqui manifesto por dá cá aquela palha. Começa hoje e é imperdível.
Como tem sido aguentar este barco todos estes anos?
Vítor Lopes: Eu diria que tem sido mais construir este barco. O festival tem sido uma experiência muito enriquecedora a nível profissional e pessoal. Aprende-se muito sobre a música, sobre as pessoas que a fazem, sobre quem a escuta e consome e sobre qual pode e deve ser o nosso papel de mediação entre ambos os mundos.
Sentes que os barreirenses têm o olho neste festival e o sentem como seu?
Rui Pedro Dâmaso: Esse é um dos objectivos primordiais, da nossa parte. Mas sim, para ser honesto sinto que isso está a acontecer, de ano para ano. Tenho visto muita gente nas últimas semanas a falar, a comentar e a partilhar. De várias gerações, também.
Achas que o público que consome estas músicas tem vindo a aumentar desde o fenómeno da música periférica portuguesa?
Rui Pedro Dâmaso: Nunca soube muito bem que fenómeno foi esse, mas suponho que estejamos a falar de uma fase em que apareceu muita coisa boa a ser feita em Portugal. Devo dizer que os dias de hoje são muito mais entusiasmantes, porque acima de tudo podemos verificar que muitos daqueles que surgiram na altura chegaram hoje a alturas quase inimagináveis e estão a um nível absolutamente celestial (Tropa Macaca, Gala Drop ou Aquaparque são excelentes exemplos), e, por outro lado, têm surgido incontáveis propostas de um nível enorme, sem que seja já necessário encaixa-las em movimento algum (o Gabriel Ferrandini, Pedro Sousa, Felipe Felizardo, Cangarra, etc). E isso só pode ser bom sinal. Quanto a públicos, um mesmo raciocínio: se em alguma altura houve um público de um “movimento”, parece-me que hoje isso já não existe, e ainda bem. O que há é um público consistente e em crescimento para todas as músicas criativas e para propostas desafiadoras.
Consegues fazer destaques neste Out. Fest?
Rui Pedro Dâmaso: Não é fácil, porque sentimos todos que este é o cartaz mais compacto e forte que conseguimos até hoje, mas ainda assim destaco, para além do regresso do Alexander Von Schlippenbach, após sugestão do próprio e ainda por cima acompanhado de mais dois gigantes, a estreia mundial da colaboração entre o Sei Miguel e o Norberto Lobo, e claro, a estreia nacional dos Oneida, que vão de certeza dar um concerto mítico no encerramento do Festival.
Lisboa Mulata. É lançamento, e Sexta-Feira anda à roda
· POR Hugo Rocha Pereira · 03 Out 2011 · 23:30 ·
Aproveitando o calor que se faz sentir, a Lisboa Mulata dos Dead Combo saiu hoje à rua e invadiu as melhores lojas de discos do país. Isto merece uma celebração com pompa e circunstância!, exclamam os leitores. Ah! pois merece!!, devolvemos nós; e os Dead Combo, que na próxima sexta-feira, dia 7, prometem dar uma festa de lançamento à altura da ocasião. Com «rifas, música com os melhores mete-discos do Universo (os próprios Tó Trips e Pedro Gonçalves), bailarico, comes e bebes a preços económicos, carrinhos de choque, cachupa, fogo de artificío, largada de touros, pesca desportiva…».
A entrada para a Grandiosa Festa (que se realiza no charmoso Sport Clube Intendente, ao nº 52 do Largo do Intendente Pina Manique, em Lisboa) fica-se por uns simbólicos 3 €, mediante o pagamento de uma rifa, que habilita os presentes a receberem um dos fantásticos artigos a serem sorteados. A saber:
1 garrafão de vinho – como novo;
1 serigrafia autografada do conjunto musical Dead Combo – como nova;
2 palhetas do conjunto musical Dead Combo – usadas;
1 kazzoo usado ao vivo pelo conjunto musical Dead Combo ;
1 t-shirt do conjunto musical Dead Combo autografada – quase nova.
Ainda não chega para vos convencer?!?! Então não merecem ouvir o álbum que promete pôr toda a gente a dar às ancas, de chinelo no pé, neste Outubro em que a temperatura está ao rubro.
Optimus Primavera Sound. A confirmação que faltava
· POR Paulo Cecílio · 03 Out 2011 · 14:23 ·
"Primavera" é mais do que uma mera estação numa altura em que as estações cada vez têm menos relevância (trinta graus em Outubro, a sério?). "Primavera" é mais do que a melhor canção que os Saint Etienne já escreveram ao longo de vinte anos de carreira. "Primavera" é mais do que o nome de uma antiga casa de meninas perto de Alverca. "Primavera" é também o Optimus Primavera Sound, que em 2012 vai ter uma edição no "Porto", que é mais do que uma cidade a norte de Portugal. Já se falava em tal possibilidade há algum tempo, mas hoje teve-se finalmente a confirmação: a Ritmos, responsável pelo Festival de Paredes de Coura, vai levar aquele que é discutivelmente um dos maiores eventos religiosos da intelligentsia indie ao Parque da Cidade. Não havendo ainda qualquer nome confirmado, o anúncio de um palco a cargo da All Tomorrow´s Parties já será suficiente para deixar um gosto na boca. Datas também já as há: entre 7 e 10 de Junho. Bilhetes também: os primeiros 1000 custarão 65€ + custos administrativos. Vontade de ver o tempo a correr? Nem será necessário dizê-lo. Única questão: será que o norte aguenta com duas vagas de peregrinos no espaço de dois meses?
Festival Semibreve, em Braga
· POR Paulo Cecílio · 02 Out 2011 · 22:20 ·
Entre 10 e 13 de Novembro, no Theatro Circo. Bilhetes entre 10 e 20 euros.
Pronto, pronto. Não escreveremos uma notícia tão [semi]breve assim. Braga vai acolher, nestas datas, a primeira edição deste festival, inserido na programação da Capital Europeia da Juventude 2012, que levará à idolátrica, o seu esplendor, vários concertos de grandes nomes ligados à electrónica mais experimental - casos de, por exemplo, Alva Noto, que lançou este ano dois belíssimos discos, Univrs a solo e summvs com Ryuichi Sakamoto, Fennesz, o portuense Blac Koyote ou os alemães Cluster, agora Qluster -, para além das palestras e instalações habituais neste género de eventos. O preço dos bilhetes varia conforme o que se pretender (um dia, três dias, só a sala principal ou as outras) e já estão à venda. Mais informações em http://www.festivalsemibreve.com.
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