"Cima" é o terceiro registo do Manuel Gião (fundador dos math-rockers Debut, também artista visual) depois de Cabeço/Buço/Caniço e Cú, lançados pelo próprio em 2007. Neste disco, o Manuel mune-se uma guitarra eléctrica e uma giarra, instrumento de cordas e percussão criado pelo próprio. O disco é descrito como sendo resultado do "fascínio minimalista NY 80´s style, a boa onda free-form ou a má onda industrial no seu mais interessante".

Cima estará esta noite à venda, na festa de Natal da Filho Único, na Av. Liberdade, 211.

O músico Daniel Snaith, que dá vida ao projecto Caribou, estará de visita a Lisboa no próximo mês de Março para apresentar Andorra, o último registo de originais, editado este ano. A actuação encontra-se agendada para o dia 12, às 22h.

O canadiano, outrora conhecido como Manitoba, projecto com o qual assinou diversos discos antes de se converter em Caribou, pisará pela primeira vez palcos nacionais. O local escolhido foi o Santiago Alquimista e os bilhetes já se encontram à venda pelo preço único de 17€.

Depois de terem marcado presença na edição deste ano do Festival Heineken Paredes de Coura, os norte-americanos Spoon voltam a pisar palcos lusos em 2008. Tendo, para já, uma única data agendada para o nosso país, a banda do Texas apresentar-se-á, a 23 de Fevereiro, na Aula Magna de Lisboa. O mote para este espectáculo continua a ser a apresentação do álbum Ga Ga Ga Ga Ga, lançado este ano.

Com início previsto para as 21h, o concerto não passará certamente ao lado de temas fortes da carreira dos Spoon como "The Way We Get By" e "I Turn My Camera On". De resto, este regresso constitui uma oportunidade para os fãs de poderem ver a banda actuar em nome próprio. O preço dos bilhetes varia entre os 20€ e os 27€.

O Festival para Gente Sentada, que tem lugar no Cine-Teatro António Lamoso de Santa Maria da Feira, sofreu nesta sua quarta edição uma mudança de calendário. O próximo certame dedicado a cantautores realizar-se-á no mês de Fevereiro. Richard Hawley é, para já, o único nome confirmado pela Ritmos, promotora do evento.

O músico britânico, que muitos recordarão da sua passagem pelos Pulp, banda onde ganhou notoriedade como guitarrista, encetou carreira a solo em 2001 e vem a Portugal apresentar o seu mais recente trabalho, Lady's Bridge.

O quarteto feminino Electrelane, formado em Brighton no final dos anos 90, decidiu pôr um ponto final na sua carreira. Sem darem por certo o final definitivo, a banda que ainda este ano subiu ao palco principal do Festival Paredes de Coura e editou No Shouts No Calls, revelou ter chegado à conclusão de que todas precisavam de "uma pausa e tempo para fazer outras coisas".

O colectivo, que sofreu ao longo do seu percurso algumas mudanças em relação à formação inicial, contava nas suas fileiras, à data do anúncio de interrupção, com Emma Gaze, Verity Susman (os únicos membros fundadores), Mia Clarke e Ros Murray. Sem projectos musicais à vista, não se conhece o rumo que as britânicas tomarão daqui para a frente, com excepção de Mia Clarke, cujos fãs poderão sempre reconhecer nas páginas da revista Wire, publicação com a qual continua a colaborar.

Janeiro do próximo ano é o mês escolhido para receber quatro reedições de The Durutti Column, nome histórico e distinto da Factory de Tony Wilson, que, no início da década de 80, conseguiu o milagre de abrigar o guitarrista Vini Reilly num catálogo maioritariamente entregue ao pós-punk de Manchester (a conhecer actualmente uma vaga de revivalismo por efeito do biopic dos Joy Division, Control). O autor de Amigos em Portugal vê assim reeditados quatro capítulos da sua extensa discografia, desta feita, em formato expandido com a inclusão de temas extras, notas e imagens de arquivo. Seguem-se os alinhamentos:

Lips That Would Kiss (compilação de temas raros e nunca editados):

La Douleur 2.29
Madeleine 3.00
Lips That Would Kiss 3.45
Danny 3.37
Enigma 3.00
The Sea Wall 3.20
Snowflakes 4.22
Little Horses Of Tarquina 1.40
Experiment In Fifth 3.34
Take Some Time Out 3.30
At First Sight 4.15
Journeys By Vespa 3.19
Destroy, She Said 3.44
The Square 3.58
Hommage To Martinu 3.07
Piece For An Ideal 2.08
Zinni 5.59
Favourite Painting 4.49
Piece For Out Of Tune Grand Piano 12.54

Live in Bruxelles 13 August 1981 (registo integral de uma actuação ao vivo com Bruce Mitchell):

Sketch For Dawn 5.09
Messidor 2.29
Jacqueline 3.53
Conduct 2.38
Sketch For Summer 2.14
Danny 3.23
Stains (Useless Body) 3.10
The Missing Boy 8.01
Self Portrait (Version) 5.44
For Belgian Friends 2.06
+
Interview 15.30

Circuses and Bread (clássico de 1986 remasterizado e com 9 faixas adicionais):

Pauline 2.47
Tomorrow 4.05
Dance Ii 5.39
Hilary 3.15
Street Fight 4.04
Royal Infirmary 4.20
Black Horses 8.31
Dance I 5.00
Blind Elevator Girl (Osaka) 10.19
+
All That Love And Maths Can Do 3.37
I Get Along Without You Very Well 3.39
Verbier (For Patti) 2.40
The Aftermath 4.26
A Silence 4.43
Cocktail 2.07
Telephone Call 1.43
Mirror A 2.10
Mirror B 3.44

Fidelity:

Fidelity 7.13
For Suzanne 6.28
Future Perfect 5.15
Abstract Of Expression 7.20
G & T 1.34
Remember Me 5.15
Sanko 7.18
Grace 6.18
Guitar For Mother 6.51
Storm For Steve 4.40
+
My Only Love 6.48

O saxofonista Rodrigo Amado inaugura no próximo dia 13 de Dezembro, uma exposição de fotografia na Galeria Kameraphoto. A galeria situa-se na Rua da Vinha 43A, ao Bairro Alto, em Lisboa. A mostra intitula-se "Close|Closer" e estará patente até 26 de Janeiro. Um dos mais activos improvisadores portugueses, Amado tem desenvolvido paralelamente uma interessante actividade ao nível da fotografia. É dele a autoria de várias capas da editora Clean Feed (Carlos Barretto, Bernardo Sassetti, Dennis Gonzalez ou Afonso Pais, entre outros). As imagens escolhidas para este primeiro projecto provêm do círculo íntimo do artista, expondo a relação entre a arte e as emoções humanas.

A Universal Music Portugal é a casa, o motivo é o regresso ao seu catálogo de Sérgio Godinho, anunciado pela editora e bem como "um dos mais importantes cantautores da história da música portuguesa". Este regresso acontece com um disco ao vivo, Nove e Meia no Maria Matos, gravado no Teatro Maria Matos por ocasião dos concertos ocorridos entre os dias 16 e 20 de Maio de 2007, em cinco datas com lotação esgotada. Este espectáculo teve como ponto de partida o último disco de originais de Sérgio Godinho, Ligação Directa, editado no final de 2006.

Para além das recentes composições retiradas de Ligação Directa, como “Às Vezes o Amor�, “Só Neste País� ou “O Velho Samurai�, fazem parte do alinhamento deste disco canções como “Com Um Brilhozinho nos Olhos�, “Espectáculo�, “Arranja-me Um Emprego� ou “O Primeiro Dia� ou ainda temas recuperados e rearranjados para estas apresentações – “Dias Úteis�, “Homem-Fantasma� ou ainda “Quatro Quadras Soltas�.

Nove e Meia no Maria Matos chega às lojas no dia 28 de Janeiro, numa parceria entre a Universal Music e a EMI, com o seguinte alinhamento:

1. O Primeiro Gomo da Tangerina
2. Dias Úteis
3. A Deusa do Amor
4. Às Vezes o Amor
5. Arranja-me Um Emprego
6. Marcha Centopeia
7. É Tão Bom
8. Só Neste País
9. O Velho Samurai
10. Com um Brilhozinho nos Olhos
11. Espectáculo
12. O Rei do Zum Zum
13. Dancemos no Mundo
14. O Homem Fantasma
15. A Democracia
16. O Primeiro Dia
17. Liberdade
18. Quatro Quadras Soltas

Em declarações ao Bodyspace, Alexandre Monteiro, o homem por detrás do projecto The Weatherman, confessou estar já a preparar o sucessor de Cruisin' Alaska, o disco de estreia, editado em 2006. O álbum chamar-se-à Jamboree Park at the Milky Way. Segundo Alexandre Monteiro o seu segundo disco nasceu "envolto na ideia de consciência cósmica, e é composto sobretudo de canções emotivamente fortes, para celebrar em noites quentes de Verão, de preferência ao ar livre, sob céu estrelado e com muita gente em redor".

O álbum inclui também uma novidade: uma música cantada em francês. Chama-se "La Fontaine (Ready-Made song)" e foi escrita em Paris quando este soube da destruição do controverso urinol de Marcel Duchamp por um visitante/artista/fanático: "não consegui deixar de pensar naquilo durante algum tempo, por isso era óbvio que se ia tornar numa canção. Muitas vezes penso que as ideias para novas canções se esgotaram mas elas acabam sempre por vir ter comigo de forma inesperada. Foi assim com a maior parte das canções deste disco".

Alexandre Monteiro revelou ainda os títulos de algumas das novas canções, como "Starship Girls", "A Summer Dream", "Chloe's Hair", "Far Off Places", "Long Tongue Girl", "God's Reply", "We Were Given Space". O álbum ainda não tem data de lançamento.

Até hoje, 2007 parecia ser o ano dos UGK. Ora vejamos: tinham regressado em força com um disco novo, Underground Kingz, que chegou ao número um das tabelas norte-americanas, tinham pensado sobre os contras do casamento quando se é um pimp com os Outkast no seu gigante "Int'l Players Anthem (I Choose You)", tinham meditado sobre o que é que é um verdadeiro G com Dizzee Rascal ("Where's Da Gs") e, sobretudo, Pimp C estava cá fora, era um homem livre, tendo saído da prisão no final de 2005. Os UGK, ou Underground Kingz, eram o duo de Pimp C e Bun B, dois rappers de Houston respeitadíssimos no ramo através de vários álbuns e um êxito de Jay-Z, "Big Pimpin'". Pimp C tinha sido preso em 2002 por agressão e, durante esses tempos, Bun B lançou uma campanha chamada "Free Pimp C", com t-shirts e tudo. Tudo corria bem no mundo UGK. Até hoje. Pimp C foi encontrado morto no seu quarto de hotel em Hollywood. Pimp C, um dos rappers e produtores mais dotados do Sul, morreu. Tinha 33 anos.

Para recordá-lo: UGK ft. Outkast - Int'l Players Anthem e Jay-Z ft. UGK - Big Pimpin'

Serve este apontamento para relembrar que passa esta semana por duas muito aguardadas noites estreladas a cargo da dupla Stars of Lid, figuras cimeiras do drone límpido e “clássicos contemporâneos�, que consigo trazem um quarteto de cordas e quatro projectores de 16 mm até ao Cinema Nimas, em Lisboa, no dia 6 de Dezembro, e ao Theatro Circo, em Braga, quando o calendário marcar 8 de Dezembro. Espera-se que, nem que por uma só noite, possam ambas as salas a servir de Planetário a Brian McBride e Adam Wiltzie ...And Their Refinement of the Decline, o álbum lançado este ano que constitui regresso à excelente forma do anterior Tired Sounds of Stars of the Lid e a reincidência no formato duplo, sem que isso nunca represente excesso. Imperdível.