DISCOS
Crippled Black Phoenix
(Mankind) The Crafty Ape
· 07 Mar 2012 · 00:13 ·
Crippled Black Phoenix
(Mankind) The Crafty Ape
2012
Cool Green Recordings
Sítios oficiais:
- Crippled Black Phoenix
- Cool Green Recordings
(Mankind) The Crafty Ape
2012
Cool Green Recordings
Sítios oficiais:
- Crippled Black Phoenix
- Cool Green Recordings
Crippled Black Phoenix
(Mankind) The Crafty Ape
2012
Cool Green Recordings
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- Crippled Black Phoenix
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(Mankind) The Crafty Ape
2012
Cool Green Recordings
Sítios oficiais:
- Crippled Black Phoenix
- Cool Green Recordings
Pink Floyd 30 anos mais tarde e ainda em bom.
Ouvir o percurso dos Crippled Black Phoenix e não ouvir Pink Floyd (em fase final de carreira) de forma cada vez mais presente é, possivelmente, ser surdo. Não deixa de causar surpresa essa ligação, já que estamos a falar de uma banda que nasce pelas mãos de um ex-baterista de nomes tão enraizados na cena stoner/doom como os Iron Monkey ou os Electric Wizard, para não falar de Varukers.
(Mankind) The Crafty Ape é mais um passo na direcção que tem vindo a ser demarcada ao longo dos anteriores quatro álbuns e que trilha um caminho que estará tão ligado ao prog-rock como ao pós-rock, que a própria banda rejeita. Mais ao progressivo do que ao posterior, os sons Pink Floydianos são inconfundíveis, apesar das inevitáveis diferenças vocais. “A Letter Concerning Dogheads”, por exemplo, inspira um incontrolável sorriso ao ouvir certos momentos de guitarra que são sacados despudoradamente a Pink Floyd. Com gosto e com gozo.
Crippled Black Phoenix, por onde já passaram tipos de outras bandas como Mogwai, soam ao exercício que serão, na realidade. É uma forma de expressar descontração, um relaxamento de outras actividades. Têm uma densidade que não está propriamente viva, é mais artificial do que outra coisa, mas que, ainda assim, é possível sentir próxima.
O problema de CBP é, talvez, sempre terem sido detentores de uma sonoridade ambiciosa, que lhes mina os propósitos. Ou seja, o som que praticam pede necessariamente mais, mas eles jogam num campo minimal, sendo o material meditativo de músicos que noutras alturas, passadas ou presentes, faziam/fazem coisas mais bruscas. Porém, têm vida própria e merecem referência para lá dos outros grupos que lhes estão associados. CBP serão como muito poucas outras coisas que circulam pela música actual, pela forma como colam influências passadas e dispersas tão claras a um trabalho que tem tudo de moderno.
A fórmula funciona bem noutros lados, como noutra “superbanda” que são os Masters Musicians of Bukkake, porque a ambição está nivelada por baixo. Não quer isso dizer que não seja agradável de ouvir, porque é. O problema é ficar-se à espera de algo mais, porque a tal somos induzidos. De audição recomendada quando o resto falhar. E esta frase não se pretende tão má quanto parece.
Tiago Dias(Mankind) The Crafty Ape é mais um passo na direcção que tem vindo a ser demarcada ao longo dos anteriores quatro álbuns e que trilha um caminho que estará tão ligado ao prog-rock como ao pós-rock, que a própria banda rejeita. Mais ao progressivo do que ao posterior, os sons Pink Floydianos são inconfundíveis, apesar das inevitáveis diferenças vocais. “A Letter Concerning Dogheads”, por exemplo, inspira um incontrolável sorriso ao ouvir certos momentos de guitarra que são sacados despudoradamente a Pink Floyd. Com gosto e com gozo.
Crippled Black Phoenix, por onde já passaram tipos de outras bandas como Mogwai, soam ao exercício que serão, na realidade. É uma forma de expressar descontração, um relaxamento de outras actividades. Têm uma densidade que não está propriamente viva, é mais artificial do que outra coisa, mas que, ainda assim, é possível sentir próxima.
O problema de CBP é, talvez, sempre terem sido detentores de uma sonoridade ambiciosa, que lhes mina os propósitos. Ou seja, o som que praticam pede necessariamente mais, mas eles jogam num campo minimal, sendo o material meditativo de músicos que noutras alturas, passadas ou presentes, faziam/fazem coisas mais bruscas. Porém, têm vida própria e merecem referência para lá dos outros grupos que lhes estão associados. CBP serão como muito poucas outras coisas que circulam pela música actual, pela forma como colam influências passadas e dispersas tão claras a um trabalho que tem tudo de moderno.
A fórmula funciona bem noutros lados, como noutra “superbanda” que são os Masters Musicians of Bukkake, porque a ambição está nivelada por baixo. Não quer isso dizer que não seja agradável de ouvir, porque é. O problema é ficar-se à espera de algo mais, porque a tal somos induzidos. De audição recomendada quando o resto falhar. E esta frase não se pretende tão má quanto parece.
tdiasferreira@gmail.com
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