DISCOS
Moonbeams
The Daisy Chain
· 26 Set 2011 · 00:30 ·
Moonbeams
The Daisy Chain
2011
Hop Skip Jump Records


Sítios oficiais:
- Moonbeams
- Hop Skip Jump Records
Moonbeams
The Daisy Chain
2011
Hop Skip Jump Records


Sítios oficiais:
- Moonbeams
- Hop Skip Jump Records
Aviso: isto é um álbum de shoegaze como muitos outros.
Chapterhouse, Lush, Ride, Curve, Slowdive, Swervedriver, Catherine Wheel, Secret Shine, My Bloody Valentine. Quando se pensa em shoegaze, nomeadamente na clássica cena-que-se-celebrava-a-si-mesma, estes são os nomes que à partida surgem nas nossas cabeças. Uns com um maior nível de obscuridade, outros com um maior nível de genialidade, todos eles bons e/ou muito bons e, pelo menos para uma pessoa, papel importante na sua formação musical após o início do desencanto com o metal. Afinal de contas, toda a gente gosta de pop. Se essa pop puder forjar aliança com o ruído, é ouro sobre azul.

E assim temos os Moonbeams, que têm uma sonoridade igualmente clássica, e são também eles bons e/ou muito bons. Têm fuzz quando precisam de ter fuzz, criam paisagens quando é necessário que criem paisagens, e são dotados de um forte sentido pop que lhes permite, por exemplo, criar uma faixa como "Lazy", com aquele teclado que acompanha as guitarras-tornadas-motoserras. E, claro, os vocais da praxe, despreocupadamente drogados, praticamente imperceptíveis, o paradoxo típico do género: são ao mesmo tempo desnecessários e indispensáveis, obrigam-nos a murmurar a melodia enquanto os ouvimos.

The Daisy Chain não é muito mais que esta história de amor entre o fofinho e o agressivo, nem precisa de o ser. "Sundays" abre o disco em tom de verão (a.k.a.: isto devia-nos ter chegado às mãos mais cedo), assim como a faixa homónima o faz em tons de amor. E há ainda o ruído de "Surrender", da bonita "Oh Anna" ou das curtas que o encerram, "I Still Love You" e "Eternal Life". Para quem quiser picar e limitar-se a ouvir um disco sem qualquer pretensão, os próprios Moonbeams o têm disponível para ser escutado. Resumidamente: um disco que se celebra a si mesmo. Venham mais destes.
Paulo Cecílio
pauloandrececilio@gmail.com

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