DISCOS
Green Sky Accident
Drops of Color
· 24 Mar 2010 · 10:37 ·
Green Sky Accident
Drops of Color
2009
Interregnum Records


Sítios oficiais:
- Green Sky Accident
- Interregnum Records
Green Sky Accident
Drops of Color
2009
Interregnum Records


Sítios oficiais:
- Green Sky Accident
- Interregnum Records
Ideal como ponto de partida para descobrir o imenso catálogo folk e noise-pop da Sarah e da Slumberland Records.
No país do Biosphere ouve-se boa música, disso não há dúvidas. É nessa Noruega que Tore Torgrimsen e Stian Mathisen, jovens arquitectos sonoros de Drops of Color , vivem longe um do outro, um em Bergen, outro na (ainda) mais a norte Trondheim. Trabalham à séc. 21, agarrados aos computadores, enviando ideias, melodias, partes e cordas, um ao outro, por internet. E o método lá funciona. Neste consenso de ideias, surgiu uma folk-pop suave rica em duetos, com laivos de Kings of Convenience, mas ainda mais assumidamente Simon & Garfunkel que esses seus conterrâneos.

A estas influências directíssimas, juntam algumas pimentas noise a espaços, relembrando sobretudo no tema final, “Nowhere”, a sempre hip herança shoegazer de My Bloody Valentine e afins, infinitamente mais originais há duas décadas atrás. Noutros temas, há também pitadas da fórmula melódica-mágica das sempre esquecidas bandas de final de oitentas e noventas da cada vez mais mítica Sarah Records. E também da fabulosa Slumberland Records, mais na moda agora graças aos The Pains of Being a True Heart e igualmente não menos notável e carregada de grandes bandas desde os idos anos noventa.

E é isso. Bem feitinho, bonitinho, com vozinhas impecáveizinhas sobre as melodiazinhas, o disquinho que até é do verão do ano passado, pode nos seus curtinhos 35 minutinhos, ser uma opção refrescante para este verão que aí vem. Ideal se calhar para impressionar aquela turista escandinava de vestido ao xadrez sobre leggings, com óculos Ray Ban e mapa na mão. “You know them? Really? Wow…”. Contudo, atenção: nada de novo e para cópia pouco bem feita de grandes discozões esquecidos, há mais por aí, basta investigar.
Nuno Leal
nunleal@gmail.com

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