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Wooden Veil
Wooden Veil
· 17 Dez 2009 · 00:51 ·

Wooden Veil
Wooden Veil
2009
Dekorder
Sítios oficiais:
- Wooden Veil
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Ainda há tempo em 2009 para mais um disco de coisas exploratórias e tal, não? Obrigado.
De Berlim não nos chegam todos os dias propostas destas, exploradoras destes territórios. Ou então passam despercebidas por entre toda a música electrónica que a capital da Alemanha exporta todos os anos. Noise, drones, um primitivismo que fica bem a estes Wooden Veil, que se lançam agora nesta coisa dos discos. E fizeram-no em tempo certo, pois parte daquilo que se ouve em Wooden Veil - foram preguiçosos para o título mas felizmente não foram para o resto – é bastante excitante. O art group formado em 2007 – e constituído inclusive por Dominik Noé (membro dos krautrockeiros Lustfaust) – entrou com o pé direito num território onde todos querem estar.
Bastaria quase “Wooden People” e "Yingliss” como cartões-de-visita para que esta fosse uma viagem tentadora; ambas, exploram um lado primitivo (com muita percussão, muito ruído belo) que falta muitas vezes à dita música experimental, e que atrai o corpo e o ouvido numa simbiose perfeita. A voz com toque oriental em “Wooden People” é apenas um dos exóticos motivos que fazem este disco um tesouro que se descobre e redescobre a cada novo movimento, a cada investida. Com o bónus típico dos bons discos: não se esgota num instante.
Mas felizmente este disco não se fica pelos dois temas acima mencionados. “Red Desert” tem um balanço quase country que apetece devorar; “Red Sky” é dona de uma pungência quase ancestral; "Moon and Hamburg" tem os minutos mais fáceis de todo o disco; e há quase sempre um bom motivo em cada e por cada um dos 10 temas de Wooden Veil - basta procurar. “Shiverings” prova que este é um disco de busca; de interrogações. Mas é também um disco altamente recompensador para quem acredita que o ruído é sempre um bom local para se encontrar e absorver beleza.
André GomesBastaria quase “Wooden People” e "Yingliss” como cartões-de-visita para que esta fosse uma viagem tentadora; ambas, exploram um lado primitivo (com muita percussão, muito ruído belo) que falta muitas vezes à dita música experimental, e que atrai o corpo e o ouvido numa simbiose perfeita. A voz com toque oriental em “Wooden People” é apenas um dos exóticos motivos que fazem este disco um tesouro que se descobre e redescobre a cada novo movimento, a cada investida. Com o bónus típico dos bons discos: não se esgota num instante.
Mas felizmente este disco não se fica pelos dois temas acima mencionados. “Red Desert” tem um balanço quase country que apetece devorar; “Red Sky” é dona de uma pungência quase ancestral; "Moon and Hamburg" tem os minutos mais fáceis de todo o disco; e há quase sempre um bom motivo em cada e por cada um dos 10 temas de Wooden Veil - basta procurar. “Shiverings” prova que este é um disco de busca; de interrogações. Mas é também um disco altamente recompensador para quem acredita que o ruído é sempre um bom local para se encontrar e absorver beleza.
andregomes@bodyspace.net
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