DISCOS
Super Furry Animals
Dark Days / Light Years
· 21 Jul 2009 · 12:49 ·
Super Furry Animals
Dark Days / Light Years
2009
Rough Trade / Popstock!
Sítios oficiais:
- Super Furry Animals
- Rough Trade
- Popstock!
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2009
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Os excêntricos galeses continuam a sua senda humorística, psicadélica e retro.
Um disco que começa com uma faixa de nome “Crazy Naked Girls” ao som de uma produção garage rock que soa perdida algures em setentas, só podia ser mesmo destes malucos. Que continuam sem dúvida em boa forma, basta ouvir este novo álbum, repleto de grande rock com letras e vozes non sense, marca de uma banda muito peculiar e que sem dúvida está sempre no lado bom da “trip”.
Dark Days / Light Years tal como os seus antecessores, está repleto de boas músicas para abanar o capacete alucinado, se possível já cheio de boas referências do passado como as cabecinhas destes galeses. E é ouvi-las ao longo deste disco, desde krautrock a clássicos do psicadélico galês e até turco (que Rhys tanto repesca na seminal editora Finders Keepers), a monstros rock mainstream dos setentas como Steely Dan (oiçam “The Man Don’t Give a Fuck”), ou Status Quo (“Inconvenience” tem lá qualquer coisa, não tem?)
Pode-se dizer que o disco melhora a caminho do fim. Depois de algumas faixas mais brincalhonas, tanto que não serão mesmo para levar muito a sério, como “Moped Eyes” ou “Inaugural Trams”, eis que surge então a tal “Inconvenience” e depois, é sempre a abrir. Logo com a maravilhosa “Cardiff in the Sun”, título irónico claro, já que a capital do País de Gales de sol não tem muito, mas com os químicos adequados, oh pá, parece Ibiza. De repente estamos com os Blur em ácido nos tempos do Modern Life is Rubbish , e sim Blur, que sempre foi uma grande referência para os SFA, tal como estes foram para os Blur. Aliás, os SFA são o parente pobre de muita “brit pop” porque todos os amam (ainda há tempos ouvi um dos Gallagher dos Oasis a declara-se fã deles na MTV), mas apesar do amor, nunca houve o tal disco que vendesse muito e os enriquecesse mais. Mas sem a fama, devem ser uns bacanos estes “lads” lá isso devem ser. Senão não tinham um tema como “The Very Best Of Neil Diamond” que soa a rock turco. Ou “White Socks/Flip Flops” ao som do rock mais cool do Universo como se fossem cool as meias brancas nas havaianas (passe a publicidade). Dark Days / Light Years é assim uma bela confirmação do talento e da boa disposição destes celtas irredutíveis, tal como nos perguntam em inglês em “Where Do You Wanna Go?” e na sua versão galesa “Lliwiau Llachar”.“… Because we can go anywhere…” respondem. É que podem e vão mesmo, numa “pão de forma” de volante à direita.
Nuno LealDark Days / Light Years tal como os seus antecessores, está repleto de boas músicas para abanar o capacete alucinado, se possível já cheio de boas referências do passado como as cabecinhas destes galeses. E é ouvi-las ao longo deste disco, desde krautrock a clássicos do psicadélico galês e até turco (que Rhys tanto repesca na seminal editora Finders Keepers), a monstros rock mainstream dos setentas como Steely Dan (oiçam “The Man Don’t Give a Fuck”), ou Status Quo (“Inconvenience” tem lá qualquer coisa, não tem?)
Pode-se dizer que o disco melhora a caminho do fim. Depois de algumas faixas mais brincalhonas, tanto que não serão mesmo para levar muito a sério, como “Moped Eyes” ou “Inaugural Trams”, eis que surge então a tal “Inconvenience” e depois, é sempre a abrir. Logo com a maravilhosa “Cardiff in the Sun”, título irónico claro, já que a capital do País de Gales de sol não tem muito, mas com os químicos adequados, oh pá, parece Ibiza. De repente estamos com os Blur em ácido nos tempos do Modern Life is Rubbish , e sim Blur, que sempre foi uma grande referência para os SFA, tal como estes foram para os Blur. Aliás, os SFA são o parente pobre de muita “brit pop” porque todos os amam (ainda há tempos ouvi um dos Gallagher dos Oasis a declara-se fã deles na MTV), mas apesar do amor, nunca houve o tal disco que vendesse muito e os enriquecesse mais. Mas sem a fama, devem ser uns bacanos estes “lads” lá isso devem ser. Senão não tinham um tema como “The Very Best Of Neil Diamond” que soa a rock turco. Ou “White Socks/Flip Flops” ao som do rock mais cool do Universo como se fossem cool as meias brancas nas havaianas (passe a publicidade). Dark Days / Light Years é assim uma bela confirmação do talento e da boa disposição destes celtas irredutíveis, tal como nos perguntam em inglês em “Where Do You Wanna Go?” e na sua versão galesa “Lliwiau Llachar”.“… Because we can go anywhere…” respondem. É que podem e vão mesmo, numa “pão de forma” de volante à direita.
nunleal@gmail.com
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