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Shapes and Sizes
Split Lips, Winning Hips, A Shiner
· 30 Jul 2007 · 08:00 ·

Shapes and Sizes
Split Lips, Winning Hips, A Shiner
2007
Asthmatic Kitty
Sítios oficiais:
- Shapes and Sizes
- Asthmatic Kitty
Split Lips, Winning Hips, A Shiner
2007
Asthmatic Kitty
Sítios oficiais:
- Shapes and Sizes
- Asthmatic Kitty

Shapes and Sizes
Split Lips, Winning Hips, A Shiner
2007
Asthmatic Kitty
Sítios oficiais:
- Shapes and Sizes
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Split Lips, Winning Hips, A Shiner
2007
Asthmatic Kitty
Sítios oficiais:
- Shapes and Sizes
- Asthmatic Kitty
A grandiosidade do rock canadiano adia cessar-fogo em conjunto de canções inspiradamente irrequietas.
Existe um qualquer factor explosivo que determina, a favor dos Shapes and Sizes, este seu segundo longo-duração como um campo de minas que oferece escassa superfície para o pé pisar em segurança. Isto porque assim que a sola crê ter assimiladas as coordenadas a um território familiar entre o rock independente e a folk extrovertida (para ser entoada à volta da fogueira), os quatro canadianos reformulam as regras do jogo até um ponto em que o aspecto excêntrico do tabuleiro silencia as categorizações. Split Lips, Winning Hips, A Shiner necessita apenas de um terço da sua duração para garantir que a sua experiência será equivalente à da mais alucinada montanha-russa, mesmo que, por diversas vezes, bifurcada entre estados clinicamente perigosos de euforia e outros tão reservados como aquele que sente um gnomo que observa o florescer da horta a partir de casa.
O valor que reclamam as várias portagens espalhadas por Split Lips... é o de uma apreciação que se decida por tomar o disco como uma rota apontada ao optimismo ou a um inverso mais incerto (a marcha “Victory in War” – tornada triunfal com os sopros - observa de perto o dilema patriótico Americano). As tais minas são também dicotomias que se descobrem a títulos como “Alone / Alive” ou “Teller / Seller”, ou ao diferencial que separam as faixas onde é mais dominante a radiância estridente da voz de Caila Thompson-Hannant, de um exercício como “The Horse’s Mouthy Mouth”, que, estruturalmente, alterna entre a ameaça constante de crescendo e a sabotagem microscópica imposta por detalhes da guitarra que, acumulados, pesam como areia.
A última mina a estoirar, em vez de fogo, solta uma bandeira branca onde se lê “esquizofrenia omnipresente” – nada que se esperasse de quatro músicos mentalmente sãos (ou assim parecem nas fotos promocionais), mas algo altamente desejável quando recebido da parte de gente que examinou bem a escrita de canções às óperas indie assinadas por Sufjan Stevens e pelo seu tutor Danielson. O estudo exaustivo do limiar entre a simplicidade e o grandioso valeu aos Shapes and Sizes uma mão cheia de canções em que, como no teledisco “It’s Oh so Quiet” de Björk, tudo parece contido em calmaria até estalar a reacção química emocional que dá vida e êxtase a um marco de correio e a guarda-chuvas. Isso vale por si só a recomendação. Mais um ponto a favor do Canadá, portanto.
Miguel ArsénioO valor que reclamam as várias portagens espalhadas por Split Lips... é o de uma apreciação que se decida por tomar o disco como uma rota apontada ao optimismo ou a um inverso mais incerto (a marcha “Victory in War” – tornada triunfal com os sopros - observa de perto o dilema patriótico Americano). As tais minas são também dicotomias que se descobrem a títulos como “Alone / Alive” ou “Teller / Seller”, ou ao diferencial que separam as faixas onde é mais dominante a radiância estridente da voz de Caila Thompson-Hannant, de um exercício como “The Horse’s Mouthy Mouth”, que, estruturalmente, alterna entre a ameaça constante de crescendo e a sabotagem microscópica imposta por detalhes da guitarra que, acumulados, pesam como areia.
A última mina a estoirar, em vez de fogo, solta uma bandeira branca onde se lê “esquizofrenia omnipresente” – nada que se esperasse de quatro músicos mentalmente sãos (ou assim parecem nas fotos promocionais), mas algo altamente desejável quando recebido da parte de gente que examinou bem a escrita de canções às óperas indie assinadas por Sufjan Stevens e pelo seu tutor Danielson. O estudo exaustivo do limiar entre a simplicidade e o grandioso valeu aos Shapes and Sizes uma mão cheia de canções em que, como no teledisco “It’s Oh so Quiet” de Björk, tudo parece contido em calmaria até estalar a reacção química emocional que dá vida e êxtase a um marco de correio e a guarda-chuvas. Isso vale por si só a recomendação. Mais um ponto a favor do Canadá, portanto.
migarsenio@yahoo.com
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