Vodafone Paredes de Coura
Praia Fluvial do Taboão
13-17 Ago 2013
DIA 3 |
Queres meter merdas?
Se na noite anterior o campismo foi alvo das mais variadas travessuras, o Xapas Bar foi a vítima do dia de hoje, ao receber a enchente do mais conhecido grupo de DJs nacionais (só que não), fazendo-se a tarde ao som de Burzum e Gobi Bear, Alice Deejay e Daft Punk, The Smiths e Clemente; inúmeros finos depois esse mesmo colectivo divide-se entre os que lol, trabalham e os que só vieram "pelo ambiente" sendo que os primeiros puderam testemunhar metade da actuação dos Jagwar Ma, indie dançável que não aquece nem arrefece (ou nos faz querer ligar a Bobby Gillespie para lhe dizer que está a ser plagiado) e que não teve grande aceitação por parte do público, excepção feita aos maratonistas das grades - mais que uma banda ao vivo pareceu sobretudo que alguém carregou no play e a multidão ia ouvindo o PA. Dos Toy pouco se dirá, salvo que o barulho que faziam chegava até aos ouvidos daqueles que se encontravam na zona de restauração, demasiado famintos para ouvir a 95685ª banda pop psicadélica dos últimos dez anos (que praga, que praga, que praga).
Os Vaccines poder-se-iam resumir numa palavra - e essa palavra seria "lixo" - mas o pouco (pouquíssimo) profissionalismo existente obriga-nos a escrever umas quantas linhas sobre o concerto que os britânicos deram no palco principal: actuando sobretudo para o enorme jardim da celeste que compunha a colina, os britânicos deixaram de parte a pouca pujança que tinham (leia-se: feedback) deixando à vista a banalidade das suas canções, demasiado más para serem apreciadas de forma condigna, demasiado chatas para que, mesmo num estado de alma superior, consigamos achar-lhes o mínimo de piada - nem "Wreckin' Bar" salvou o derrapanço enorme que foi o espectáculo dos londrinos. Contudo, todos quantos estavam presentes na relva adoraram. Se calhar o problema é meu. Prefiro pensar que não e dizer que os Vaccines são horríveis e aqueles milhares de pessoas são todos uns idiotas.
Já os Hot Chip não puxam pela anca, pelo braço, pelo que quer que seja - afinal de contas, estamos em pleno 2013 -, safando-se "Over And Over" para que alguém mais dado a esta coisa chamada "música" consiga detectar alguma graça; sucedem-lhes os The Knife, que transformam o recinto numa enorme pista de dança, claramente influenciados pela do Trumps, banda que faz do individualismo e da igualdade de géneros a sua bandeira com Shaking The Habitual mas que coloca um MC vindo da terra de Peter Pan a pedir a todos quantos presentes que lhe copiem os gestos e façam exactamente a mesma coisa - o costume quando falamos de pseudo-anarcas, portanto. Não foi um concerto, mas foi uma belíssima aula de aeróbica, que ajudou a queimar as calorias necessárias para que o público presente tenha bom aspecto físico nas águas do Taboão. Faltou "Heartbeats", evidentemente. E faltou um pouco mais de paciência. Ou muita paciência. Acham mesmo que isto é remar contra a maré?
Se na noite anterior o campismo foi alvo das mais variadas travessuras, o Xapas Bar foi a vítima do dia de hoje, ao receber a enchente do mais conhecido grupo de DJs nacionais (só que não), fazendo-se a tarde ao som de Burzum e Gobi Bear, Alice Deejay e Daft Punk, The Smiths e Clemente; inúmeros finos depois esse mesmo colectivo divide-se entre os que lol, trabalham e os que só vieram "pelo ambiente" sendo que os primeiros puderam testemunhar metade da actuação dos Jagwar Ma, indie dançável que não aquece nem arrefece (ou nos faz querer ligar a Bobby Gillespie para lhe dizer que está a ser plagiado) e que não teve grande aceitação por parte do público, excepção feita aos maratonistas das grades - mais que uma banda ao vivo pareceu sobretudo que alguém carregou no play e a multidão ia ouvindo o PA. Dos Toy pouco se dirá, salvo que o barulho que faziam chegava até aos ouvidos daqueles que se encontravam na zona de restauração, demasiado famintos para ouvir a 95685ª banda pop psicadélica dos últimos dez anos (que praga, que praga, que praga).
Os Vaccines poder-se-iam resumir numa palavra - e essa palavra seria "lixo" - mas o pouco (pouquíssimo) profissionalismo existente obriga-nos a escrever umas quantas linhas sobre o concerto que os britânicos deram no palco principal: actuando sobretudo para o enorme jardim da celeste que compunha a colina, os britânicos deixaram de parte a pouca pujança que tinham (leia-se: feedback) deixando à vista a banalidade das suas canções, demasiado más para serem apreciadas de forma condigna, demasiado chatas para que, mesmo num estado de alma superior, consigamos achar-lhes o mínimo de piada - nem "Wreckin' Bar" salvou o derrapanço enorme que foi o espectáculo dos londrinos. Contudo, todos quantos estavam presentes na relva adoraram. Se calhar o problema é meu. Prefiro pensar que não e dizer que os Vaccines são horríveis e aqueles milhares de pessoas são todos uns idiotas.
Já os Hot Chip não puxam pela anca, pelo braço, pelo que quer que seja - afinal de contas, estamos em pleno 2013 -, safando-se "Over And Over" para que alguém mais dado a esta coisa chamada "música" consiga detectar alguma graça; sucedem-lhes os The Knife, que transformam o recinto numa enorme pista de dança, claramente influenciados pela do Trumps, banda que faz do individualismo e da igualdade de géneros a sua bandeira com Shaking The Habitual mas que coloca um MC vindo da terra de Peter Pan a pedir a todos quantos presentes que lhe copiem os gestos e façam exactamente a mesma coisa - o costume quando falamos de pseudo-anarcas, portanto. Não foi um concerto, mas foi uma belíssima aula de aeróbica, que ajudou a queimar as calorias necessárias para que o público presente tenha bom aspecto físico nas águas do Taboão. Faltou "Heartbeats", evidentemente. E faltou um pouco mais de paciência. Ou muita paciência. Acham mesmo que isto é remar contra a maré?
· 25 Ago 2013 · 10:21 ·
Paulo Cecíliopauloandrececilio@gmail.com
DIA 3 |
FOTOGALERIA
RELACIONADO / Vodafone Paredes de Coura