Festival Ritek Paredes de Coura 2011
Praia Fluvial do Tabuão
17-20 Ago 2011
DIA 2 |
No dia de arranque à séria do Paredes de Coura, a primeira banda a subir ao palco principal do festival foram os nova-iorquinos Crystal Stilts que vinham a Portugal apresentar a noise pop encapsulada em In Love with Oblivion, canções cheias de bonitas imperfeições, teclados, guitarras tingidas de ruído e outras coisas deliciosas. Com o sol a bater na cabeça, os Crystal Stilts cumpriram e limparam os ouvidos de quem àquela hora já havia deixado o rio de encantos tamanhos e a verdura circundante. Não foi um concerto incrível, mas foi bom.
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Crystal Stilts © Angela Costa |
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Twin Shadow © Angela Costa |
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Esben and the Witch © Angela Costa |
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Esben and the Witch © Angela Costa |
Os Blonde Redhead já não são novatos. Assinaram já uma porrada de discos (nem todos bons, diga-se) e havia uma enorme curiosidade em perceber como iriam gerir quase vinte anos de carreira para um público que não parecia assim tão entusiasmado ou conhecedor – pelo menos não de uma forma generalizada. Kazu Makino apareceu, misteriosa, e com ela veio toda a música dos Blonde Redhead, igualmente enigmática, intensa. Com Penny Sparkle ainda fresquinho, o trio optou por saltar de disco em disco e aterrou felizmente em 23, provavelmente o melhor de toda a colheita, e, felizmente, na super-canção “Spring and by Summer Fall”, a melhor que provavelmente alguma vez escreveram. Foi, sozinha, um dos melhores momentos de todo o festival. O que resta da actuação foi quase sempre bastante entusiasmante. Chegou para ficar lá em cima no tope dos melhores concertos do festival até ao final.
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Blonde Redhead © Angela Costa |
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Blonde Redhead © Angela Costa |
Menos novatos ainda são os Pulp de Jarvis Cocker, um dos tipos com melhor humor da pop Made in UK. Eram a grande aposta de Parede de Coura 2011, pelo menos tendo em conta a importância do nome em questão. E não desiludiram. Apresentaram um alinhamento em jeito de best of (inevitavelmente, uma vez que não editam um álbum de originais desde We Love Life, em 2001), namoriscaram a pop e o disco, a ironia e as canções de peito cheio e refrões magnânimes. Não esconderam nada. Não terão convencido os indecisos: dos Pulp ou se gosta ou não se gosta. "Do You Remember the First Time", "This Is Hardcore" e "Common People" – todas inevitáveis – lembraram a importância dos Pulp na música britânica das últimas três décadas. A última, mesmo a fechar, lembrou os tomates necessários para bazar sem encores programados. Até para deixar algum suspense no ar. Será que os Pulp ficam por aqui?
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Pulp © Angela Costa |
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Delorean © Angela Costa |
· 27 Ago 2011 · 22:55 ·
André Gomesandregomes@bodyspace.net
DIA 2 |
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