DISCOS
Gutbucket
Flock
· 28 Abr 2011 · 10:48 ·
Gutbucket
Flock
2011
Cuneiform
Sítios oficiais:
- Gutbucket
- Cuneiform
Flock
2011
Cuneiform
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- Gutbucket
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Quando o jazz e o rock se encontram para fazer o amor. Assim à bruta.
Há que respeitar uma banda que começa um disco com uma música que tem o seguinte título: “Fuck you and your hipster tie”. É a faixa de abertura de Flock, o quinto disco dos Gutbucket, e podemos confirmar que a natureza provocatória do título de cada tema encontra paralelo no respectivo conteúdo sonoro: esta música não pede favores a ninguém, desafia rótulos, conceitos e preconceitos.
Apesar de não serem propriamente (re)conhecidos, os Gutbucket têm uma história já longa. Existem desde 1999, vêm de Brooklyn (“where else?”) e reúnem o saxofone de Ken Thomson, a guitarra eléctrica de Ty Citerman, o baixo eléctrico de Eric Rockwin e a bateria de Adam Gold. Combinando uma estrutura desenhada ao milímetro (herança do prog), com uma energia intensa (às vezes quase punk) e uma dose de improvisação (na tradição jazz), os Gutbucket concretizam uma música altamente irreverente.
Geralmente angulosas, espinhosas, estruturadas mas simultaneamente imprevisíveis, estas músicas têm a capacidade de lembrar uma gigante mescla de referências, deixando-nos impacientes com todos os “isto lembra aquilo” que não conseguimos decifrar. Por vezes poderá surgir uma evocação do pós-rock de Chicago dos late-90´s, mas a relação mais directa estará com bandas actuais como os Scurvy (editaram o excelente Fracture em 2010) ou os Little Women (editaram também no ano passado o aplaudido Throat e agora fazem parte do cartaz do Jazz em Agosto 2011).
Independentemente das referências, mais ou menos directas, os Gutbucket vivem num mundo autónomo. Guitarra e saxofone em perfeito entrosamento, secção rítmica imparável; no limite, guitarra eléctrica a gemer, saxofone em delírio. Isto não é amor, é sexo à bruta. E assim é que é bom.
Nuno CatarinoApesar de não serem propriamente (re)conhecidos, os Gutbucket têm uma história já longa. Existem desde 1999, vêm de Brooklyn (“where else?”) e reúnem o saxofone de Ken Thomson, a guitarra eléctrica de Ty Citerman, o baixo eléctrico de Eric Rockwin e a bateria de Adam Gold. Combinando uma estrutura desenhada ao milímetro (herança do prog), com uma energia intensa (às vezes quase punk) e uma dose de improvisação (na tradição jazz), os Gutbucket concretizam uma música altamente irreverente.
Geralmente angulosas, espinhosas, estruturadas mas simultaneamente imprevisíveis, estas músicas têm a capacidade de lembrar uma gigante mescla de referências, deixando-nos impacientes com todos os “isto lembra aquilo” que não conseguimos decifrar. Por vezes poderá surgir uma evocação do pós-rock de Chicago dos late-90´s, mas a relação mais directa estará com bandas actuais como os Scurvy (editaram o excelente Fracture em 2010) ou os Little Women (editaram também no ano passado o aplaudido Throat e agora fazem parte do cartaz do Jazz em Agosto 2011).
Independentemente das referências, mais ou menos directas, os Gutbucket vivem num mundo autónomo. Guitarra e saxofone em perfeito entrosamento, secção rítmica imparável; no limite, guitarra eléctrica a gemer, saxofone em delírio. Isto não é amor, é sexo à bruta. E assim é que é bom.
nunocatarino@gmail.com
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