
O
que é que tens andado a fazer? Tens andado a escrever canções,
a gravá-las e a pô-las no teu site. Elas soam como as tuas antigas
canções nos Dismemberment Plan, mas com uma nova perspectiva,
mais electrónica, mais samples, talvez mais pessoais, e sem
dúvida canções a solo. Gravaste-as sozinho? Vem aí
um álbum?
Sim, acho que isso pode ser feito. Eu tenho andado a pôr isso de lado
para ouvir com mais atenção. Não as gravei sozinho; a
maior parte delas foram gravadas com o Chris Walla dos Death Cab For Cutie.
Depois gravei mais coisas sozinho, e aí acabei tudo cá em [Washington]
D.C. nos estúdios Inner Ear. Tem sido uma verdadeira viagem!
Algumas
das tuas canções novas soam como se tivessem sido gravadas com
software como o Fruity Loops, ou algo parecido. Penso que li em algum lado
que, nos últimos anos dos Plan, vocês começaram a substituir
os vossos samplers por computadores. Estás a tentar explorar
as possibilidades de software de música?
Não, não mesmo. Francamente, tudo isso é feito ao vivo.
Eu estou realmente a tocar em botões durante três minutos. Não
gosto do som dos loops. Eu quero ouvir alguém a
TOCAR. Podes tocar um computador, se tiveres o toque e o ouvido para isso.
Não suporto ouvir o mesmo beat vezes sem conta -
cansa-me. Os Plan nunca fizeram loops de coisas - bem, uma coisa,
uma vez: a batida do "You Are Invited". O resto era accionado pelas
nossas mãos em tempo real.
Gosto de ouvir humanos e tecnologia a interagir e comunicar. Não gosto
de música automática.
Desculpa,
elas soam certamente menos ao vivo do que as canções dos Plan...
mas são canções mesmo muito boas. O "You Are Invited"
tem um óptimo beat. Mas vocês também lidaram
com samples em canções como, oh...hmm..."Spider
in the Snow", "The Dismemberment Plan Gets Rich"... não
consigo agora pensar em mais canções vossas com samples.
Não estava bem a falar sobre beats, estava a falar mais sobre
samples.
Sim, claro, os samples eram usados em todo o lado. Quero dizer, todos
eram realmente samples, mesmo que fossem samples de teclados
ou instrumentos tonais mais tradicionais. Mas nós estávamos
mesmo sentados lá como macacos, a tocar nas teclas para accionar os samples. Não tínhamos nem a paciência nem a motivação
para dominar a sequenciação.
As coisas novas soam realmente menos como uma banda e mais como um álbum.
Estás correcto aí. O ambiente soa mais montado, menos como algo
que acabou de acontecer. Não penso que uma coisa seja melhor que a
outra, sendo um fã dos Stooges e dos Steely Dan, mas prevejo que irá
afastar algumas pessoas e excitar outras. Mas tenho andado sempre a ganhar
e a perder fãs por esta ou aquela razão, agora já estou
habituado a isso.
2.2
E o projecto de remisturas? Eu gostei mais ou menos daquilo. Huh...penso que
havia duas óptimas remisturas, verdadeiras obras-primas: a do "What
do you want me to say?" por Drop Dynasty e "Pay For the Piano"
por Grandmaster Incongrous (misturar os Plan com o Elvis Costello foi de génio).
Eram brilhantes, penso que alguns dos outros eram bons, mas houve uns que não
me convenceram. Gostaste de fazer aquilo? Foi uma boa experiência teres
os teus fãs a remisturarem a tua música?
Há MUITAS mais. Tentei encorajar alguns sites de fãs a tê-las
mas elas desaparecem depois de algum tempo.
Mas digo-te, eu acho que a coisa das remisturas é incrível. O
problema que encontrou foi que as pessoas esperavam que fosse "dançável"
e muitas delas são completamente não-dançáveis.
A minha preferida é a remistura do "Superpowers", porque soa
a John Denver, não soa nada a discoteca. Mas as pessoas têm uma
ideia já muito feita daquilo a que um álbum de remisturas duma
banda de rock em 2004 deve soar (como os D.F.A., basicamente) e o nosso não
soava a isso.
Além do mais, nós não conseguimos realmente convencer o
mundo, pois acabámos. Teve uma vida difícil como um último
lançamento porque não estávamos lá para defendê-lo
e discuti-lo, o que nós sempre tínhamos tido de fazer porque éramos
tão peculiares.
Mas ainda acredito apaixonadamente nesse lançamento e penso que, eventualmente,
as remisturas passarão a ser menos uma coisa de "dança"
e mais uma maneira comum das canções evoluírem e entrar
e sair dos ouvidos do público. O nosso CD de remisturas fará muito
mais sentido aí.
O
último disco dos Plan, Change, era menos virado para a dança
do que os anteriores, com um som mais "maduro". Estavam a tentar abrir
(ainda mais) novos caminhos?
Bem, nós sempre ficámos impressionados com como toda a gente vê
a nossa música como ou "dança" ou "rock".
Quero dizer, há muito rock'n'roll que realmente me põe a mexer.
Nós só queríamos escrever boas canções e
apresentá-las da melhor maneira que conseguíamos, e os nossos
gostos levaram-nos a tentar dar às canções algum groove e progressão, mas nunca foi uma noção de "agora
é dança!" e depois "agora não é
dança!"
Talvez
não devesse ter posto as coisas assim. O "Change" era realmente
menos dançável, não menos virado para a dança. Pessoalmente,
gosto mesmo desse disco.
És tão ecléctico nos teus gostos musicais... Ouves de tudo,
talvez como uma prostituta musical... sem ofensa, a sério. És
como um historiador musical que por acaso é um talentoso escritor de
canções. Quero dizer, dos Plan às canções
disponíveis no teu site de graça, pode-se sempre encontrar milhões
de influências, mas as canções são instantaneamente
reconhecíveis como tuas. Estás sempre à procura de nova
música, novas influências e a ouvir coisas velhas?
Yep. Nunca acaba. Tanta música, tão pouco tempo. Agora
estou a procurar realmente bandas sonoras clássicas, como o Bernard Hermann,
música clássica dos princípios do século XX, e punk
clássico que perdi na altura. Acreditas que nunca ouvi Black Flag até
à semana passada? É TÃO BOM! Mas toda a gente tem estas
lacunas no seu conhecimento, e adoro ir atrás delas.
Alguma
vez estiveste metido no metal? E o que é que pensas de toda a cena do
black metal norueguês? Rock progressivo? Rock psicadélico? A tua
música não soa como se alguma vez tivesses sido fã destes
estilos.
Bem, sou um tipo de canções, não de estilos. Eu apenas
tento conhecer superficialmente este ou aquele mundo. Nunca tive a paciência
para ligar realmente a minha identidade a uma subcultura. Já ouvi algum
metal norueguês muito bem, mas eu não sou do tipo de comprar todos
os discos de metal norueguês de sempre - apenas arranjo os discos clássicos.
A mesma coisa se passa com o rock progressivo, com o acid rock. Eu
gosto muito de Botch e de Converge, e quanto ao rock progressivo... gosto de
algumas canções dos Yes, e há muitas coisas dos Genesis
de que gosto. A minha parte favorita de um disco é o cantor, a voz, e
muito rock progressivo tinha prestações vocais horríveis,
mas o Peter Gabriel é um mestre. Também, estranhamente, eu gosto
muito dos discos dos Pink Floyd após o Syd Barrett ter-se passado. São
muito, muito estranhos, porque os gajos claramente não tinham ideia do
que haviam de fazer, mas ainda conseguiram fazer três discos antes de
arranjarem maneira de ser uma banda outra vez.
Tu gostas obviamente muito de hip-hop. Quais são os teus discos e artistas
de hip-hop recente favoritos? Pensas que o híbrido produtor/MC de hip-hop
é o cantor/escritor de canções do século XXI?
O meu amor pelo hip-hop é profundo - fez por mim aquilo que muita gente
diz que o punk fez por eles. Eu adoro letras e o rap trouxe as letras de volta.
Eu podia passar o dia todo a listar artistas favoritos, mas tenho de salientar
o LL Cool J, os [A] Tribe [Called Quest], os Public Enemy, o Notorious BIG,
o Eminem, os Outkast, os Gang Starr, os De La Soul, o Nas, o Mos Def e o Jay-Z.
Quanto ao híbrido produtor/MC - é um pensamento justo. É
a situação moderna em que alguém pode fazer a sua arte
acontecer de forma barata e rápida.
E
quanto à fusão da cena do hip-hop underground e da cena
do hip-hop comercial? No "The College Dropout", o Kanye West tem convidados
como o Mos Def, o Talib Kweli ou o Common, mas ele é uma estrela de rap,
com singles em número um e tal. O Jay-Z também fez rimas acerca
do Common e do Talib Kweli no último álbum de despedida dele.
Não achas que nos últimos anos o underground começou
a abraçar mais e mais o que anda a sair no mainstream?
Bem, sabes, o Mos Def, o Talib Kweli e o Common não são realmente underground. Eles têm tempo de antena na rádio
ocasionalmente cá na América e venderam muitos discos pelos padrões
de toda a gente menos da Céline Dion. Eles estão naquela camada
esquisita que é demasiado grande para o underground mas também não é realmente pop (onde MUITOS dos meus artistas
favoritos encontraram o seu lugar, devo dizer...).
No entanto, acho que estás completamente certo quando dizes que alguns
"artistas" começaram a virar-se para a música pop para
mais inspiração. É engraçado lembrar-me de quando
eu andava no liceu e o ódio que sentias automaticamente por tudo o que
tivesse sucesso ou fosse pop. Simplesmente não podia ser interessante
ou valer a pena se fizesse dinheiro. Era uma atitude muito estúpida,
mas era prevalente. Eu penso que isto acontecia por causa do ressentimento que
as pessoas tinham em relação ao controlo apertado que as grandes
corporações e a rádio tinham sobre o que nós ouvíamos.
Não havia internet nem sistemas de partilha de ficheiros, por isso tinhas
mesmo de te esforçar para ouvir coisas do underground e desprezavas a rádio.
Hoje em dia, as coisas estão tão disponíveis através
de novas tecnologias que o olho similar ao de Sauron da cultura pop não
é tão ameaçador ou escravizante. Pop é algo que
tu podes procurar e ouvir como qualquer outro estilo e depois deixar quando
te sentes aborrecido. Como resultado, as pessoas não se sentem tão
esquisitas quanto a retirar ideias daí.
Com
todo este frenesim do dance-punk/funk-punk, muita gente começou
a dizer que os Plan eram a banda que tinha começado isto tudo, com bandas
como os !!!, os Rapture, os Radio 4, para dizer alguns, embora vocês não
soassem muito como os Gang of Four. O que é que pensas disso?
Bem, é totalmente errado! Nós nunca soámos como os Gang
of Four. Honestamente, eu penso que nós éramos como uns Blur altíssimos,
ou uns Talking Heads, uma banda de rock progressiva que abrangia muitas áreas
e fazia muitas coisas diferentes. Nós tivemos algum mérito na
participação e energia usada num concerto punk, e também
por respeitar os grandes feitos da pop negra e de vê-la como uma fonte
da qual se podia tirar muita coisa, mas não acho que alguma dessas bandas
tenham quaisquer semelhanças com os Plan.
Eu digo-te quem é responsável por isto tudo - os Red Hot Chili
Peppers. Eles são um dos maiores e mais influentes grupos. Ninguém
queria dizer isto porque os Peppers não são "cool",
mas eles foram a banda original de funk rap branco. Eles fazem-no há
tanto tempo, desde que eu tenho 12 anos ou algo parecido, e deixaram uma impressão
duradoura em imensos músicos em desenvolvimento. Eles podem ser muito
embaraçosos e como palhaços, mas isso não tira em nada
o enorme impacto que eles tiveram sobre a música. Essa palhaçada
embaraçosa é o que os fez chegar a mim e aos outros de 12 anos.
Que depois vieram a dizer que as influências deles são mais obscuras
e artísticas e mais na moda, é claro.
Também acho que fomos uma das primeiras bandas a tomar uma atitude de
desinteresse sobre se algo é underground ou não.
Não a criámos mas eu acho que por causa da idade, do temperamento,
e dos interesses, fomos pioneiros de uma mudança natural que iria alterar
várias atitudes sobre o que é "cool"
e o que não é "cool". Mas sabes,
isto não faz de nós génios. É tão génio
quanto ser o primeiro do teu quarteirão a comprar uma TV com écrã
de plasma.
Como
é que está a cena de Washington hoje em dia? Antes tinhas os Jawbox,
os Brainiac e a cena toda da Dischord. Cá só ouvimos falar de
bandas como os Q and Not U, os Black Eyes, mas não muitas mais. O que
é que se passa nestes tempos?
Bem,
os Brainiac não eram de D.C., mas sim de Dayton, no Ohio. Eu gostava
que eles fossem de D.C., podê-los-ia ter visto todo o tempo. Que banda.
Bem, há os Q [and Not U] e os Black Eyes, uma banda chamada Beauty Pill
que anda a fazer coisas interessantes e tem um álbum agora na Dischord...
não sei, as bandas estão mais ou menos a reagrupar-se. É
um momento calmo, mas isso acontece muitas vezes.
Pensei
que os Brainiac fossem de D.C.. Beauty Pill, vou ver se ouço algo deles.
A cena aí em D.C. é unida? Os Plan andaram sempre aliados aos
Death Cab For Cutie, mas eles também não são de D.C., pois
não?
Não, eles são de Seattle, que é no ESTADO de Washington.
A 3600 milhas [5800 quilómetros] daqui. De facto, isto também
nos causa muita confusão, aos americanos.
Depois
do 11 de Setembro e da guerra no Iraque, tu falaste a favor das políticas
do Bush. Não estavas com medo de arriscar a tua "credibilidade indie"?
A maneira como pões essa questão é reveladora.
Eu nunca falei a favor das políticas do Bush. Ele está a fazer
um péssimo trabalho.
É indicador do quão mau ele é a ser Presidente que não
conseguiu convencer o mundo a substituir um dos ditadores mais cruéis
do mundo. Mesmo um que praticava o seu mal no meio dum ambiente geopolítico
estagnante e repressivo que estava a manufacturar sempre mais mal, mal que podia
perpetrar coisas como a destruição do World Trade Center. Eu não
sei como é que ele fez merda aqui, mas fez.
No entanto, a inaptidão dele justificou alguma preguiça filosófica
profunda da parte de algumas pessoas. Nós temos algumas escolhas difíceis
a fazer sobre o Médio Oriente e como lidamos com ameaças exteriores
e eu não senti que muita gente que protestava contra a guerra quisesse
fazer essas escolhas. Se esta guerra foi assim tão má, então
e o facto dos militares americanos e britânicos andarem a proteger os
curdos iraquianos há mais duma década? Isso também é
mau? E conseguiam dizer que era mau na cara de um curdo iraquiano? E se não
gostassem da substituição do governo do Saddam Hussein, devíamos
ter continuado as sanções das Nações Unidas contra
ele, que estavam de todos os pontos de vista a arruinar o Iraque? E se também
não gostassem dessas sanções, estavam dispostos a eticamente
dispôr-se a voltar a negociar com o Saddam? Estas são questões
aterrorizantes, do tipo que faz um homem sábio chorar, mas têm
de ser enfrentadas.
Infelizmente, senti que muitos preferiam a clareza simplista de ser contra George
W. Bush. Em grande parte, o President Bush tem de se culpar a si próprio
por isto, mas não faz com que as coisas sejam melhores.
Então a tua questão é reveladora na medida em que tu me
perguntas sobre o meu pressuposto apoio das "políticas do Bush"
e então quem é focado é o homem, não os acontecimentos
reais. O homem é fácil de detestar, mas uma avaliação
honesta da situação real está cheia de incertezas agonizantes
e complexas. Eu tentei ser honesto acerca da minha própria avaliação
da situação.
E quanto à "credibilidade indie", quem caralho é que
se importa?
Desculpa,
eu devia ter dito "algumas das políticas da administração
Bush". Penso que esta questão aparece mais por causa do
facto de a maior parte da cena do rock underground não
apoiar nada a guerra no Iraque, nem o Bush. Mas tu sempre foste conhecido por
não querer saber da "credibilidade indie". E penso que isso
é óptimo.
Bem,
mesmo as que eu apoiei, penso que ele fodeu!
Eu acredito muito em dar uma chance às pessoas. Essa é uma das
melhores coisas de qualquer sistema democrático - tens uma nova oportunidade
para governar as coisas quatro anos depois. Ele ganhou por pouco no nosso estranho
sistema de votação, por isso não tinha grande entusiasmo
atrás dele, mas pensei "hey, ele está lá
agora, vamos ver como é que ele se sai" A chance foi-lhe
dada certamente... e ele estragou tudo.
Porque
é que os Plan nunca vieram a Portugal?
Apanhaste-me.
Eu adoraria ir. É uma das melhores partes daquilo que eu faço,
ver bons sítios à volta do mundo. Eu quero ver as baleias que
vêm a Portugal. Quer-se dizer, nós chegámos a ir à
Península Ibérica! É perto, certo?
Baleias?
Portugal É na Península Ibérica. Não fazemos parte
de Espanha, sabias?
Sim,
eu sei que vocês estão situados na Península Ibérica.
Estava a fazer uma piada sobre ter estado perto de Portugal mas não ter
chegado a ir lá. Como se fosses a Toronto e me dissesses "Bem, cheguei
à América do Norte, é perto, certo?".
Fiquei um bocado confuso com as baleias. Elas vão aos Açores,
aparentemente. Mas isso é português, certo? Mais ou menos? Talvez
toquemos nos Açores e não em Lisboa!
Açores?
"Shame on you, Mr. Morrison" Nós, os portugueses,
por acaso, pensamos que a maior parte do mundo não sabe onde é
raio é que estamos situados. Isso é muito triste, mas é
verdade.
Bem,
espera aí, os Açores não são um estado autónomo
de Portugal? Quer-se dizer, não é como se eu tivesse começado
a falar da Nova Zelândia. Penso que o conhecimento dos americanos de Portugal
pode ser um pouco maior do que a média porque Portugal teve um grande
papel na colonização do Novo Mundo. Não que os americanos
saibam, sei lá, o PNB ou a taxa de mortalidade infantil de Portugal,
mas sabem que Portugal existe.
Sabes, a maioria das pessoas não sabe onde é que nada é.
Como americano, podes ir ao Zimbabué e podes ir à Áustria
e cidadãos dos dois criticarão os americanos como ignorantes.
A razão dada é que eles sabem quem é o presidente americano
mas os americanos não são recíprocos nisso. A coisa é:
os zimbabuenas e os austríacos não conhecem os presidentes uns
dos outros. Eles sabem o seu próprio, e sabem o americano, mas é
só isso.
Eu viajei à volta do mundo e aprendi que as pessoas não sabem
muito de nada, realmente.
rodrigo.nogueira@bodyspace.net
