ENTREVISTAS
Wraygunn
Um segundo de cada vez
· 27 Jun 2007 · 08:00 ·
Como se sentem ao lançar o terceiro disco de originais? Quanto cresceram os Wraygunn nos últimos tempos?
Raquel Ralha: O trabalho dos Wraygunn ao longo dos anos tem sido um work in progress e este terceiro álbum é mais um desses passos. No fundo, o que pretendemos é crescer solidamente, de uma forma genuína e sem limites à criação e com esta formação fixa já há alguns anos, sentimos uma coesão eficaz que se traduz numa maior maturidade musical.
Paulo Furtado: Pela Minha parte sinto que foi um longo caminho até aqui… E o próprio processo de composição e gravação do álbum teve diferentes picos, desde o muito bom ao razoavelmente complicado… Mas no final, estou muito contente com o resultado, apesar de haver tanta coisa que mudava neste disco... Mas lá está, era assim que estávamos nesta altura, e o disco tem esse mérito. Quanto ao crescimento, acho que finalmente passaram as dores da adolescência e passámos à idade adulta…
Quer-me parecer que insistem que cada disto tenha algo de novo, que seja uma evolução do anterior. E este não será excepção. Percorrem novos territórios neste disco. Insistem que cada novo disco traga algo de diferente ao mundo musical dos Wraygunn?
P.F.: Não é algo pensado para os discos, é algo que faz parte da definição dos WrayGunn… Nunca me veria num projecto que não crescesse, que não trouxesse algo de novo… Algo de excitante, pelo menos…
R.R.: Uma característica do nosso trabalho é a percepção cada vez mais clara que temos do que cada um pode dar de melhor ao trabalho conjunto e por isso vemos a experimentação como uma base de trabalho fundamental. As influências musicais de todos os elementos são muito variadas e isso é altamente enriquecedor pelo espectro de possibilidades de criação que se abre sempre que iniciamos novas composições. Daí a naturalidade com que esse “algo diferente” surge. Nada é estanque.
Uma das maiores evoluções neste disco é o aumento da presença das vozes femininas, que conferem ao disco um certo sentimento soul. Era um dos maiores desejos dos Wraygunn antes de entrarem em estúdio ou aconteceu naturalmente?
P.F.: Acho que a Raquel e a Selma estavam imparáveis. O trabalho delas acabou por condicionar o trabalho do resto da banda. Foi altamente natural, o modo como as vozes delas se complementam. Foi muito bom.
R.R.: O Shangri-La é um momento da vida dos Wraygunn em que há uma libertação mais clara da vontade de cada um no trabalho que desenvolve para o grupo e as mais-valias que cada um traz são sempre bem vindas. No caso das vozes femininas foi natural incluir essa parceria de uma forma mais visível e estamos contentes com o resultado.
O que é que durante o momento de composição entra nos Wraygunn vindo dos vossos projectos “paralelos”? Permitem essa fusão de conhecimentos ou encaram os Wraygunn de forma totalmente distinta desses outros projectos?
P.F.: Não consigo definir fronteiras francamente claras entre os projectos, no momento da composição. As músicas naturalmente vão crescendo e indicando o seu caminho, mostram para onde querem ir. De qualquer modo, os Wraygunn neste momento são um organismo vivo que é mais do que a soma dos seus elementos…
R.R.: A própria vida entrecruza, assimila e funde inspirações e a música é um dos exemplos claros disso mesmo… O som característico dos Wraygunn é, no meu entender, produto do instinto vibrante de sete pessoas… mais do que de ingredientes musicais específicos. São idiossincrasias muito complementares…
É chocante para vocês a diferente entre o processo de composição e gravação do disco e do momento de mostra-lo na estrada? Ou é apenas um momento necessário e outro mais apreciável?
R.R.: Ambos os processos permitem fruições diferentes do que é ser músico. O trabalho de estúdio é um desafio permanente de experiência, criatividade e empenho na procura da satisfação, o mais plena possível, com o resultado final. O palco traz-nos a vivência, vezes sem conta, do prazer da execução, do hedonismo sensorial e da partilha com o público. No fundo, “prazer” é o conceito que acompanha seguramente os Wraygunn nos dois processos.
P.F.: Gosto muito de ambos, mas têm características completamente distintas. Um álbum é uma fotografia de um momento da banda, a estrada é um filme sempre inacabado e em mutação. Acho que são processos que de algum modo se complementam.
Pouco depois do lançamento do disco começam bem em termos de datas grandes. Tocaram já no Nuites Sonores em Lyon e no Creamfields em Lisboa e, recentemente, no Alive. Como tem sido testar este Shangri-La ao vivo em palcos tão importantes?
P.F.: Tem sido fantástico. Já sinto as músicas a pedirem mutações, é muito bom quando isto acontece tão cedo. De qualquer modo o processo de adaptação destas músicas para concertos foi tão simples… Quase nada musou desde que começamos a ensaiar, e depois gravámos o disco, e agora tocamo-las… Este disco é muito directo, tem arranjos mais discretos. Gosto muito de o tocar ao vivo.
R.R.: A reacção dos diversos públicos tem sido uma prova de que as pessoas estão a aderir muito bem ao novo álbum, com muito entusiasmo, tanto por parte de quem já conhecia Wraygunn como de quem está a conhecer-nos melhor com este disco. No fundo, seja em palcos grandes ou pequenos, a intensidade da entrega pela nossa parte é a mesma e a do público tem correspondido plenamente a isso.
Encaram cada novo disco de Wraygunn como uma chapada na maioria do rock feito em Portugal ou essa decisão deve ficar para quem ouve o disco? O que é que para vocês se faz em Portugal no rock de excitante?
P.F.: Existe tanta coisa boa em Portugal neste momento, até para além do rock… A banalidade assusta-me, tenho pavor de coisas banais. Quando gravamos um disco é para ser o melhor disco possível, se possível o melhor do mundo. O resultado pode não ser esse, mas a nossa entrega é essa. Estou-me completamente a borrifar se é um mega sucesso ou um mega fracasso de vendas, quando gravo. Quero que o nosso público saiba que vamos sempre tentar fazer o melhor, e se chegarmos a muita gente, perfeito, senão vivemos com isso…
R.R.: Seguimos o nosso instinto quando fazemos música… como tal, se calhar fazemos aquilo que gostaríamos de ouvir em casa ou num concerto se não fôssemos nós a fazê-lo. Tentamos em cada novo disco subir mais um degrau na nossa satisfação e na das pessoas que nos ouvem e vêem. Em Portugal, no rock ou não, vejo sempre com entusiasmo os Mão Morta, Dead Combo, d3ö, X-Wife, Vicious Five, Buraka Som Sistema, só para citar alguns exemplos…
Quer-me parecer que os Wraygunn são uma das poucas bandas do rock português que “cultivam” e vivem um certo rock ‘n’ roll way of life. É tão divertido para vocês quanto parece?
P.F.: Não há nada mais rock ‘n’ roll do que a vida… Junta-lhe um palco, músicas que adoramos e que nos dão prazer tocar, e é o fim do mundo…
R.R.: No dia em que não nos der um gozo desmedido fazer o que estamos a fazer com Wraygunn, não o continuaremos a fazer certamente. Acima de tudo queremos tentar sempre tirar o máximo partido dos momentos em que estamos juntos a fazer a música que queremos. Pode haver coisa melhor? [risos]
Isto é algo que parece ser comum a algumas das bandas de Coimbra como os Bunnyranch, d3o. São os ares de Coimbra ou a herança dos Tédio Boys?
P.F.: Não te sei responder a essa pergunta. [risos] A água, talvez. Desde que vivo mais fora de Coimbra tenho sentido outro tipo de vibrações. Melhores, até.
R.R.: Nem uma coisa nem outra, acho… É apenas uma questão de junção das pessoas certas, das motivações certas, de trabalho perseverante e de crença no que se faz até às últimas consequências. E muito sangue na guelra, sempre!
Não vos vou perguntar sobre quotas da rádio, sobre cantar ou não em português ou sobre o estado da música portuguesa mas lanço a questão: os Wraygunn são já demasiado grandes para Portugal, para o mercado discográfico e para o “roteiro” nacional de concertos que é bastante inferior ao de outros países como, por exemplo, Espanha?
P.F.: O roteiro de espectáculos português sempre foi demasiado pequeno para toda a gente, mesmo para quem está a começar agora. E a maioria dos portugueses não sabe o que perde por não ouvir mais música nacional.
R.R.: Há muita falta de clubes pequenos e médios para as bandas rock tocarem em Portugal, é um facto; locais em que as bandas possam crescer, ganhar rodagem, fazer digressões mais extensas sem estarem sempre a tocar nos mesmos locais. Com os Wraygunn tivemos o momento feliz de fazer algo que desde o início queríamos fazer, que era não ficarmos exclusivamente limitados a editar e a tocar em Portugal.
Quais são os planos internacionais concretos de promoção deste novo disco? Passa mais por tocar ao vivo na Europa?
P.F.: Sim, alargar a distribuição ao resto da Europa até ao fim do ano. Tocar em mais países, e principalmente rodar muito, muito a França. De resto estamos com contactos com o Brasil e Austrália, esperamos que funcionem.
R.R.: Sim, passa pela saída do Shangri-La em mais países da Europa e Canadá, por mais uma digressão em França no final de 2007 ou início de 2008 e toda a promoção normal inerente ao lançamento de um disco.
Alguma vez vos passa pela cabeça imaginar como e de que forma existiram ou Wraygunn daqui a, digamos, 10 anos? Ou é pouco rock ‘n’ roll pensar assim?
P.F.: Neste momento estou em casa, em Coimbra, e só espero chegar a horas de manhã ao aeroporto para ir tocar a Barcelona… Acho que não vamos ter muito tempo para pensar nos próximos dez anos…
R.R.: Acho que, fundamentalmente, vamos continuar a fazer as coisas em que acreditamos como banda, a amadurecer e a experimentar, a tirar disso uma satisfação plena. Porém, como tudo se extingue mais tarde ou mais cedo, dedicamo-nos a viver os Wraygunn como se não houvesse amanhã! [risos]
André GomesRaquel Ralha: O trabalho dos Wraygunn ao longo dos anos tem sido um work in progress e este terceiro álbum é mais um desses passos. No fundo, o que pretendemos é crescer solidamente, de uma forma genuína e sem limites à criação e com esta formação fixa já há alguns anos, sentimos uma coesão eficaz que se traduz numa maior maturidade musical.
Paulo Furtado: Pela Minha parte sinto que foi um longo caminho até aqui… E o próprio processo de composição e gravação do álbum teve diferentes picos, desde o muito bom ao razoavelmente complicado… Mas no final, estou muito contente com o resultado, apesar de haver tanta coisa que mudava neste disco... Mas lá está, era assim que estávamos nesta altura, e o disco tem esse mérito. Quanto ao crescimento, acho que finalmente passaram as dores da adolescência e passámos à idade adulta…
Quer-me parecer que insistem que cada disto tenha algo de novo, que seja uma evolução do anterior. E este não será excepção. Percorrem novos territórios neste disco. Insistem que cada novo disco traga algo de diferente ao mundo musical dos Wraygunn?
P.F.: Não é algo pensado para os discos, é algo que faz parte da definição dos WrayGunn… Nunca me veria num projecto que não crescesse, que não trouxesse algo de novo… Algo de excitante, pelo menos…
R.R.: Uma característica do nosso trabalho é a percepção cada vez mais clara que temos do que cada um pode dar de melhor ao trabalho conjunto e por isso vemos a experimentação como uma base de trabalho fundamental. As influências musicais de todos os elementos são muito variadas e isso é altamente enriquecedor pelo espectro de possibilidades de criação que se abre sempre que iniciamos novas composições. Daí a naturalidade com que esse “algo diferente” surge. Nada é estanque.
Uma das maiores evoluções neste disco é o aumento da presença das vozes femininas, que conferem ao disco um certo sentimento soul. Era um dos maiores desejos dos Wraygunn antes de entrarem em estúdio ou aconteceu naturalmente?
P.F.: Acho que a Raquel e a Selma estavam imparáveis. O trabalho delas acabou por condicionar o trabalho do resto da banda. Foi altamente natural, o modo como as vozes delas se complementam. Foi muito bom.
R.R.: O Shangri-La é um momento da vida dos Wraygunn em que há uma libertação mais clara da vontade de cada um no trabalho que desenvolve para o grupo e as mais-valias que cada um traz são sempre bem vindas. No caso das vozes femininas foi natural incluir essa parceria de uma forma mais visível e estamos contentes com o resultado.
O que é que durante o momento de composição entra nos Wraygunn vindo dos vossos projectos “paralelos”? Permitem essa fusão de conhecimentos ou encaram os Wraygunn de forma totalmente distinta desses outros projectos?
P.F.: Não consigo definir fronteiras francamente claras entre os projectos, no momento da composição. As músicas naturalmente vão crescendo e indicando o seu caminho, mostram para onde querem ir. De qualquer modo, os Wraygunn neste momento são um organismo vivo que é mais do que a soma dos seus elementos…
R.R.: A própria vida entrecruza, assimila e funde inspirações e a música é um dos exemplos claros disso mesmo… O som característico dos Wraygunn é, no meu entender, produto do instinto vibrante de sete pessoas… mais do que de ingredientes musicais específicos. São idiossincrasias muito complementares…
É chocante para vocês a diferente entre o processo de composição e gravação do disco e do momento de mostra-lo na estrada? Ou é apenas um momento necessário e outro mais apreciável?
R.R.: Ambos os processos permitem fruições diferentes do que é ser músico. O trabalho de estúdio é um desafio permanente de experiência, criatividade e empenho na procura da satisfação, o mais plena possível, com o resultado final. O palco traz-nos a vivência, vezes sem conta, do prazer da execução, do hedonismo sensorial e da partilha com o público. No fundo, “prazer” é o conceito que acompanha seguramente os Wraygunn nos dois processos.
P.F.: Gosto muito de ambos, mas têm características completamente distintas. Um álbum é uma fotografia de um momento da banda, a estrada é um filme sempre inacabado e em mutação. Acho que são processos que de algum modo se complementam.
Pouco depois do lançamento do disco começam bem em termos de datas grandes. Tocaram já no Nuites Sonores em Lyon e no Creamfields em Lisboa e, recentemente, no Alive. Como tem sido testar este Shangri-La ao vivo em palcos tão importantes?
P.F.: Tem sido fantástico. Já sinto as músicas a pedirem mutações, é muito bom quando isto acontece tão cedo. De qualquer modo o processo de adaptação destas músicas para concertos foi tão simples… Quase nada musou desde que começamos a ensaiar, e depois gravámos o disco, e agora tocamo-las… Este disco é muito directo, tem arranjos mais discretos. Gosto muito de o tocar ao vivo.
R.R.: A reacção dos diversos públicos tem sido uma prova de que as pessoas estão a aderir muito bem ao novo álbum, com muito entusiasmo, tanto por parte de quem já conhecia Wraygunn como de quem está a conhecer-nos melhor com este disco. No fundo, seja em palcos grandes ou pequenos, a intensidade da entrega pela nossa parte é a mesma e a do público tem correspondido plenamente a isso.
Encaram cada novo disco de Wraygunn como uma chapada na maioria do rock feito em Portugal ou essa decisão deve ficar para quem ouve o disco? O que é que para vocês se faz em Portugal no rock de excitante?
P.F.: Existe tanta coisa boa em Portugal neste momento, até para além do rock… A banalidade assusta-me, tenho pavor de coisas banais. Quando gravamos um disco é para ser o melhor disco possível, se possível o melhor do mundo. O resultado pode não ser esse, mas a nossa entrega é essa. Estou-me completamente a borrifar se é um mega sucesso ou um mega fracasso de vendas, quando gravo. Quero que o nosso público saiba que vamos sempre tentar fazer o melhor, e se chegarmos a muita gente, perfeito, senão vivemos com isso…
R.R.: Seguimos o nosso instinto quando fazemos música… como tal, se calhar fazemos aquilo que gostaríamos de ouvir em casa ou num concerto se não fôssemos nós a fazê-lo. Tentamos em cada novo disco subir mais um degrau na nossa satisfação e na das pessoas que nos ouvem e vêem. Em Portugal, no rock ou não, vejo sempre com entusiasmo os Mão Morta, Dead Combo, d3ö, X-Wife, Vicious Five, Buraka Som Sistema, só para citar alguns exemplos…
Quer-me parecer que os Wraygunn são uma das poucas bandas do rock português que “cultivam” e vivem um certo rock ‘n’ roll way of life. É tão divertido para vocês quanto parece?
P.F.: Não há nada mais rock ‘n’ roll do que a vida… Junta-lhe um palco, músicas que adoramos e que nos dão prazer tocar, e é o fim do mundo…
R.R.: No dia em que não nos der um gozo desmedido fazer o que estamos a fazer com Wraygunn, não o continuaremos a fazer certamente. Acima de tudo queremos tentar sempre tirar o máximo partido dos momentos em que estamos juntos a fazer a música que queremos. Pode haver coisa melhor? [risos]
Isto é algo que parece ser comum a algumas das bandas de Coimbra como os Bunnyranch, d3o. São os ares de Coimbra ou a herança dos Tédio Boys?
P.F.: Não te sei responder a essa pergunta. [risos] A água, talvez. Desde que vivo mais fora de Coimbra tenho sentido outro tipo de vibrações. Melhores, até.
R.R.: Nem uma coisa nem outra, acho… É apenas uma questão de junção das pessoas certas, das motivações certas, de trabalho perseverante e de crença no que se faz até às últimas consequências. E muito sangue na guelra, sempre!
Não vos vou perguntar sobre quotas da rádio, sobre cantar ou não em português ou sobre o estado da música portuguesa mas lanço a questão: os Wraygunn são já demasiado grandes para Portugal, para o mercado discográfico e para o “roteiro” nacional de concertos que é bastante inferior ao de outros países como, por exemplo, Espanha?
P.F.: O roteiro de espectáculos português sempre foi demasiado pequeno para toda a gente, mesmo para quem está a começar agora. E a maioria dos portugueses não sabe o que perde por não ouvir mais música nacional.
R.R.: Há muita falta de clubes pequenos e médios para as bandas rock tocarem em Portugal, é um facto; locais em que as bandas possam crescer, ganhar rodagem, fazer digressões mais extensas sem estarem sempre a tocar nos mesmos locais. Com os Wraygunn tivemos o momento feliz de fazer algo que desde o início queríamos fazer, que era não ficarmos exclusivamente limitados a editar e a tocar em Portugal.
Quais são os planos internacionais concretos de promoção deste novo disco? Passa mais por tocar ao vivo na Europa?
P.F.: Sim, alargar a distribuição ao resto da Europa até ao fim do ano. Tocar em mais países, e principalmente rodar muito, muito a França. De resto estamos com contactos com o Brasil e Austrália, esperamos que funcionem.
R.R.: Sim, passa pela saída do Shangri-La em mais países da Europa e Canadá, por mais uma digressão em França no final de 2007 ou início de 2008 e toda a promoção normal inerente ao lançamento de um disco.
Alguma vez vos passa pela cabeça imaginar como e de que forma existiram ou Wraygunn daqui a, digamos, 10 anos? Ou é pouco rock ‘n’ roll pensar assim?
P.F.: Neste momento estou em casa, em Coimbra, e só espero chegar a horas de manhã ao aeroporto para ir tocar a Barcelona… Acho que não vamos ter muito tempo para pensar nos próximos dez anos…
R.R.: Acho que, fundamentalmente, vamos continuar a fazer as coisas em que acreditamos como banda, a amadurecer e a experimentar, a tirar disso uma satisfação plena. Porém, como tudo se extingue mais tarde ou mais cedo, dedicamo-nos a viver os Wraygunn como se não houvesse amanhã! [risos]
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