O que nos podes dizer sobre os dias em que a tua relação com a música começou e sobre os dias em que os Vetiver nasceram?
Eu tenho tocado música desde os dias em que aprendi a tocar canções dos REM na minha guitarra durante a escola secundária. Comecei a apresentar canções com o nome Vetiver há quatro anos atrás, primeiro tocando com o Devendra Banhart e gradualmente adicionando outras pessoas ao grupo.
Nos anos que se seguiram ao lançamento do primeiro disco andaste pelo mundo em digressão intensivamente tanto com os Vetiver como com as várias incarnações do emsemble de digressão do Devendra. O que é que nos podes contar acerca dessa experiência?
A comida de avião é horrível, aprendi a dormir adequadamente numa posição em pé, aprendi que Kyoto é uma das cidades mais bonitas do mundo, a nunca verificar a guitarra acústica num voo com uma mala merdosa, e que andar em digressão é muito “despacha-te e espera”, mas há sempre momentos pelos quais vale a pena esperar.
© Noa Azoulay |
To Find Me Gone, o teu Segundo disco, chega dois anos depois do álbum de estreia. O que é que mudou desde o primeiro disco com os Vetiver? Parece-me que To Find Me Gone, de certa forma encapsula os dois últimos anos da banda de uma forma muito especial…
Encapsula alguma coisa, de certa forma, mas eu não tenho a certeza se sei o que é. Os arranjos e os performers no novo disco são diferentes, e eu estava a puxar por um som mais cheio e desenvlvido. As canções vêm mais ou menos do mesmo período daquelas do primeiro disco, por isso é aí que reside alguma da continuidade.
Gravaste To Find Me Gone com uma enorme quantidade de amigos e musicos, um procedimento comum nas bandas que gravitam em redor dos Vetiver. O que é que procuravas com esta variedade especifica de contributos?
Bons tempos, bons amigos, uma sessão divertida, memórias apreciáveis.
Qual é a posição actual do Devendra Banhart nos Vetiver?
Pose de camelo… ustrasana [pose de Yoga].
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Como é para ti viver em São Francisco? Como vês a música que tem vindo a ser feita nessa área?
Eu vejo a música com os meus ouvidos, e parece-me óptima dessa forma. Existe muita gente talentosa aqui, seguindo as suas musas e a tocar pelo prazer de tocar e os amigos deles pelo mesmo caminho. Por isso é um óptimo sítio para viver e uma inspiração.
Vens a Portugal para dois concertos, um na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, e o outro na Casa da Música, no Porto. O que é que esperas desses dois concertos?
Cortiça à borla? Muito vinho do Porto? Caras sorridentes e amigas e os ventos impetuosos da história a soprarem sobre mim.
andregomes@bodyspace.net