DISCOS
The Death of a Party
The Rise and Fall of Scarlet City
· 16 Abr 2007 · 08:00 ·

The Death of a Party
The Rise and Fall of Scarlet City
2007
Double Negative
Sítios oficiais:
- The Death of a Party
- Double Negative
The Rise and Fall of Scarlet City
2007
Double Negative
Sítios oficiais:
- The Death of a Party
- Double Negative

The Death of a Party
The Rise and Fall of Scarlet City
2007
Double Negative
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The Rise and Fall of Scarlet City
2007
Double Negative
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- The Death of a Party
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Vezes há em que basta a comparência em disco de instrumentos à partida estranhos ao formato rock para aditar o pós ao termo hardcore, fazendo tal concordância acreditar que a tal inclusão resulta automaticamente em progresso e sofisticação (hemoglobinas essenciais à sobrevivência do hardcore). A verdade é que um banda fiel ao screamo (hardcore vocalizado de modo ríspido) não deixa de o ser só porque alguém amealhou trocos suficientes para trazer consigo um moog ou um sintetizador para o palco, tal como os Mars Volta não são superiores ao que um dia foram os At the Drive-in pelo simples facto de nos seus discos incluírem uma muito mais abrangente parafernália instrumental. Quantidade não é qualidade e um currículo eficaz pode até ser aquele que conta com menor número de alíneas.
Posto isto, pode-se dizer sobre o primeiro longa-duração destes The Death of a Party que não evitarão o paralelo directo com os Blood Brothers só porque arrastam até aos seus temas os sons do piano, theremin e mandolim (que oferece um perfume muito veneziano a uma “Scarlet City Millionaire’s Club” que a seu favor tem um compasso bem medido pelo suspense). Na verdade, quando parecem forçadas as inclusões de instrumentos avessos ao tradicional fluir hardcore é como se a excentricidade nunca chegasse a estimular a imaginação – arma que fez dos Blood Brothers os porta estandartes deste género híbrido. Os Death of a Party nunca ultrapassam a condição de versão light dos gurus que já haviam percorrido o trilho que só agora o colectivo de São Francisco palmilha em “Emerald Crowns”, com a reincidência no piano de bar em navio prestes a afundar. O restante álbum faz os possíveis por gerir o que de impressionante possam reservar essas passagens mais dissonantes e outras mais in your face que se perdem entre um mar de semelhanças mantidas com uma infinidade de objectos do estilo. The Rise and Fall of Scarlet City, um pouco como evidencia o seu título, ascende por via de peculiaridades resgatadas a suor alheio e estatela-se em mediocridade pela falta de originalidade.
Miguel ArsénioPosto isto, pode-se dizer sobre o primeiro longa-duração destes The Death of a Party que não evitarão o paralelo directo com os Blood Brothers só porque arrastam até aos seus temas os sons do piano, theremin e mandolim (que oferece um perfume muito veneziano a uma “Scarlet City Millionaire’s Club” que a seu favor tem um compasso bem medido pelo suspense). Na verdade, quando parecem forçadas as inclusões de instrumentos avessos ao tradicional fluir hardcore é como se a excentricidade nunca chegasse a estimular a imaginação – arma que fez dos Blood Brothers os porta estandartes deste género híbrido. Os Death of a Party nunca ultrapassam a condição de versão light dos gurus que já haviam percorrido o trilho que só agora o colectivo de São Francisco palmilha em “Emerald Crowns”, com a reincidência no piano de bar em navio prestes a afundar. O restante álbum faz os possíveis por gerir o que de impressionante possam reservar essas passagens mais dissonantes e outras mais in your face que se perdem entre um mar de semelhanças mantidas com uma infinidade de objectos do estilo. The Rise and Fall of Scarlet City, um pouco como evidencia o seu título, ascende por via de peculiaridades resgatadas a suor alheio e estatela-se em mediocridade pela falta de originalidade.
migarsenio@yahoo.com
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