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The Chinese Stars
Listen to Your Left Brain
· 16 Abr 2007 · 08:00 ·

The Chinese Stars
Listen to Your Left Brain
2007
Three One G
Sítios oficiais:
- The Chinese Stars
- Three One G
Listen to Your Left Brain
2007
Three One G
Sítios oficiais:
- The Chinese Stars
- Three One G

The Chinese Stars
Listen to Your Left Brain
2007
Three One G
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- The Chinese Stars
- Three One G
Listen to Your Left Brain
2007
Three One G
Sítios oficiais:
- The Chinese Stars
- Three One G
Proporciona um tremendo gozo assistir ao ping-pong que levam a cabo as bandas britânicas e norte-americanas na persistente demanda pelo mais vicioso álbum rock incidente nos movimentos das guitarras. O proliferar de riffs reciclados através de ligeira adulteração continua a destacar bandas até ao horário nobre da MTV2 e cada vez mais parece tardar a extinção desta maldita dinastia que começou nos Franz Ferdinand ou equivalentes contemporâneos. Mais triste é encontrar os Modest Mouse envolvidos nesse campeonato com o mais recente We Were Dead Before the Ship Even Sank, mas não é esse o disco que se debate por aqui (e, com isso, evite-se que quaisquer lágrimas borrem estas linhas). “Bored With This Planet”, que serve como pit box energética ao segundo disco dos Chinese Stars, Listen to Your Left Brain, conta com um desses riffs imediatamente entranháveis que provocam reacções químicas imediatas entre as cordas da guitarra e músculos dos membros inferiores, assim que consumados os primeiros contactos de familiarização entre ambos.
Não se chega a perceber, contudo, se a intenção dos Chinese Stars é puramente lúdica ou subversivamente trocista, porque a ladear o riff lá está um teclado obtusamente kitsch e um cowbell obrigado a marcar presença pelo simples facto de ser adereço inseparável da coolness actual (tal como a vende a MTV2). Exceptuado o exercício de intuitos enigmáticos, os Chinese Stars valem-se de argumentos que não desonram em nada a paternalidade dos muito mais interessantes e extintos em pico de forma Arab On Radar: lá se encontra a voz de Eric Paul (membro comum aos dois colectivos citados) transformada em táctica assumida de sedução, o braço de ferro tresloucado entre componentes rock e outras mais sinteticamente electrónicas (tal como mediado pela memória presente dos Devo), a pontaria no timing estabelecido para cada faixa num disco que triunfa ou morre pela duração (neste caso, convenientemente curta). Versam-se uma infinidade de testemunhos acerca da crueldade das mais fatais jovens americanas de natureza felina e sente-se omnipresente a ambição de Jedi maléfico em combinar riffs cortantes com potenciais singles que nunca serão editados. Vale a pena escutar a metade esquerda desta massa cinzenta.
Miguel ArsénioNão se chega a perceber, contudo, se a intenção dos Chinese Stars é puramente lúdica ou subversivamente trocista, porque a ladear o riff lá está um teclado obtusamente kitsch e um cowbell obrigado a marcar presença pelo simples facto de ser adereço inseparável da coolness actual (tal como a vende a MTV2). Exceptuado o exercício de intuitos enigmáticos, os Chinese Stars valem-se de argumentos que não desonram em nada a paternalidade dos muito mais interessantes e extintos em pico de forma Arab On Radar: lá se encontra a voz de Eric Paul (membro comum aos dois colectivos citados) transformada em táctica assumida de sedução, o braço de ferro tresloucado entre componentes rock e outras mais sinteticamente electrónicas (tal como mediado pela memória presente dos Devo), a pontaria no timing estabelecido para cada faixa num disco que triunfa ou morre pela duração (neste caso, convenientemente curta). Versam-se uma infinidade de testemunhos acerca da crueldade das mais fatais jovens americanas de natureza felina e sente-se omnipresente a ambição de Jedi maléfico em combinar riffs cortantes com potenciais singles que nunca serão editados. Vale a pena escutar a metade esquerda desta massa cinzenta.
migarsenio@yahoo.com
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