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Das Oath
Das Oath
· 19 Fev 2007 · 08:00 ·
Das Oath
Das Oath
2007
Three One G


Sítios oficiais:
- Das Oath
- Three One G
Das Oath
Das Oath
2007
Three One G


Sítios oficiais:
- Das Oath
- Three One G
Na curva onde derrapam os Holy Molar, pela excentricidade que os afasta do hardcore curricular, despistam-se os Das Oath por, inversamente, evidenciarem demasiado e indesejável apego à conduta Three One G. Essa que funde estrutura rock em combustão tecnicamente impressionante e berraria capaz de provocar sarna - combinado que resulta muito melhor quando atraiçoado por golpadas transgressoras. Seja através da electrónica apocalíptica pilhada aos Alien Sex Fiend ou com a manipulação inteligente de características mais futuristas (o ponto forte dos Locust). Apesar do revalidar honroso de técnicas old-school (pára-arranca sincronizado, ping-pong súbito entre vozes), uns Das oath de dupla nacionalidade (Nova Iorquina - o erro é propositado - e Holandesa) não deixam de acusar flagrantemente o desgaste da fórmula que invocam para este circo de feras, onde a colisão instrumental demonstra garras bem afiadas e um vocalista duro de roer, Mark McCoy, ocupa o lugar do domador que abusa da garganta como um serial-killer abusa das partes mais afiadas das suas armas brancas. Alheássemo-nos dos feitos alcançados por bandos semelhantes, e os Das Oath deste segundo longa-duração (10 minutos?!) homónimo podiam até ver aclamada a sua fúria kamizake e o preciosismo de artefactos que escavam em alguns momentos majestosos (uma ponta de febre tribal afecta o final do disco). No seu melhor, assemelham-se a uns desencantados Vicious Five ferozmente aplicados em reproduzir a praga caótica dos Gafanhoto ou o inverso (sem que isso signifique que os V5 são uma praga). No seu pior, provocam enorme vontade de escrever de seguida um Hardcore com Ar de Porco que inclua discos que sejam superiores a este.
Miguel Arsénio
migarsenio@yahoo.com

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