DISCOS
Philip Samartzis & Kozo Inada
h[]
· 16 Fev 2007 · 08:00 ·

Philip Samartzis & Kozo Inada
h[]
2006
Room 40
Sítios oficiais:
- Philip Samartzis & Kozo Inada
- Room 40
h[]
2006
Room 40
Sítios oficiais:
- Philip Samartzis & Kozo Inada
- Room 40

Philip Samartzis & Kozo Inada
h[]
2006
Room 40
Sítios oficiais:
- Philip Samartzis & Kozo Inada
- Room 40
h[]
2006
Room 40
Sítios oficiais:
- Philip Samartzis & Kozo Inada
- Room 40
Ogiva de narrativa cacofónica encontra em perfeita sinestesia figura maior da electro-acústica australiana e ambicioso minimalista japonês.
Philip Samartzis persiste em superar-se a si mesmo e, com cada novo disco, empalidecer a aura a quaisquer mind fuckers que habitem a sua periferia. Assim acontece com alguém que tarda em estabilizar para seu maneio uma visão da narrativa que persiste em adulterar. Que insurreição pode então resultar da (suposta) submissão de alguém abençoado por cada vez mais apurado sentido electro-acústico a mais um capítulo da saga megalómana do minimalista nipónico Kozo Inada? h[], edição limitada da Room 40, serve como resposta, mas nem por isso oferece absoluta clarividência - constitui oitavo capítulo de série alfabética que já havia unido Inada a Samartzis em f[] e que, num futuro próximo, o aliará ao todo-poderoso Merzbow (num previsto m[]).
Na prática, constitui um encadeamento labirinticamente irregular de cenários que só muito esforçadamente são conjugáveis em narrativa. Samartzis esboça-a com field recordings de multidões e lugares sombrios (um campanário abandonado) em fade out, Inada corrói-lhe as fronteiras da linearidade com glitch e frequências impiedosos, sendo que as pontuais abruptas interrupções dizimam o equilíbrio que sobra (e a paciência que resta). Em decrescendo, um beastialismo quase Scott Walker capta um coro de aves que parecem posicionadas em três distâncias diferentes, sendo que os gansos emitem um grasnar mais sinistro quando silenciados por um glitch nervoso que faz a peça terminar em suspenso.
A sinestesia entre ambos passa a ser baralhada em sucessivos volte-faces que, após alongado alastrar, torna arriscadas quaisquer tentativas que procurem corresponder digitália e orgânica diversa a cada um dos autores que subscrevem h[].
Miguel ArsénioNa prática, constitui um encadeamento labirinticamente irregular de cenários que só muito esforçadamente são conjugáveis em narrativa. Samartzis esboça-a com field recordings de multidões e lugares sombrios (um campanário abandonado) em fade out, Inada corrói-lhe as fronteiras da linearidade com glitch e frequências impiedosos, sendo que as pontuais abruptas interrupções dizimam o equilíbrio que sobra (e a paciência que resta). Em decrescendo, um beastialismo quase Scott Walker capta um coro de aves que parecem posicionadas em três distâncias diferentes, sendo que os gansos emitem um grasnar mais sinistro quando silenciados por um glitch nervoso que faz a peça terminar em suspenso.
A sinestesia entre ambos passa a ser baralhada em sucessivos volte-faces que, após alongado alastrar, torna arriscadas quaisquer tentativas que procurem corresponder digitália e orgânica diversa a cada um dos autores que subscrevem h[].
migarsenio@yahoo.com
ÚLTIMOS DISCOS


ÚLTIMAS