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Tap Tap
Lanzafame
· 06 Fev 2007 · 08:00 ·
Tap Tap
Lanzafame
2006
Stolen Recordings
Sítios oficiais:
- Stolen Recordings
Lanzafame
2006
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Tap Tap
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2006
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2006
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O debutante Thomas Sanders pegou na sua guitarra, juntou uns amigos, e construiu um álbum indie-pop capaz de colorir a tua vida cinzenta.
Tap Tap é Thomas Sanders, que com a ajuda dos amigos fez um dos grandes álbuns indie pop de 2006, numa fina mistura de lo-fi com pop-rock britânico dos 70's. São 11 canções de fino recorte preenchem este álbum de estreia - Lanzafame - que deambula pela obscuridade, marginalizado, em puro contraste com os seus primos ricos Arcade Fire ou Clap Your Hands Say Yeah!. No entanto é impossível, por vezes, distinguir as diferenças sonoras entre este (pobre) artista e seus primos: Refrões que ficam no ouvido, pontuados por “la la la's” ou coros insinuantes, ainda que discretos, e uma secção rítmica simples mas totalmente cativante.
A primeira música do disco – “100,000 Thoughts” – é irrepreensível. Há de tudo - até palmas e metalofone - para preencher quatro minutos de puro prazer auditivo. Apesar da construção da música ser relativamente simples é impossível ficar indiferente a cada nova adição sonora. Como um cão que corre infinitas vezes atrás da própria cauda cheio de entusiasmo, também eu me deixo levar pela progressão rítmica e melódica da música.
A produção dá primazia a um ambiente acústico, em que a guitarra folk e a bateria predominam, mas sempre com um factor de coloração que lhe dá a devida originalidade. A gravação dos instrumentos, apesar de ser um pouco amadora, resulta e retira o álbum de uma possível aproximação à banalidade. Os instrumentos são baços e sujos, a roçar a distorção e tornam a audição muito mais interessante. Além disso dão espaço de segurança à voz trémula de Thomas Sanders que, longe de ser uma voz afinada, encaixa na perfeição na música.
A coesão ideológica que sustenta o álbum, apoiado no strumming da guitarra, no ritmo quase sempre idêntico da bateria e na voz inconstante de Sanders, é também o seu ponto fraco. Embora a originalidade dos temas seja incontestável estes caem por vezes numa cadência que os tornam demasiado idênticos. Nada de grave, por sinal, e a cada nova audição há sempre um novo pormenor a dar atenção ou um refrão que nos faz cantar e bater o pé.
Menção honrosa para o solo psycho-surf de “Off The Beaten Track” e para a atmosfera de baile ska-acústico em grande estilo no tema “Way To Go, Boy”. Sem dúvida o meu álbum pop do momento, pelo seu despretensiosismo e sinceridade.
Bruno MoreiraA primeira música do disco – “100,000 Thoughts” – é irrepreensível. Há de tudo - até palmas e metalofone - para preencher quatro minutos de puro prazer auditivo. Apesar da construção da música ser relativamente simples é impossível ficar indiferente a cada nova adição sonora. Como um cão que corre infinitas vezes atrás da própria cauda cheio de entusiasmo, também eu me deixo levar pela progressão rítmica e melódica da música.
A produção dá primazia a um ambiente acústico, em que a guitarra folk e a bateria predominam, mas sempre com um factor de coloração que lhe dá a devida originalidade. A gravação dos instrumentos, apesar de ser um pouco amadora, resulta e retira o álbum de uma possível aproximação à banalidade. Os instrumentos são baços e sujos, a roçar a distorção e tornam a audição muito mais interessante. Além disso dão espaço de segurança à voz trémula de Thomas Sanders que, longe de ser uma voz afinada, encaixa na perfeição na música.
A coesão ideológica que sustenta o álbum, apoiado no strumming da guitarra, no ritmo quase sempre idêntico da bateria e na voz inconstante de Sanders, é também o seu ponto fraco. Embora a originalidade dos temas seja incontestável estes caem por vezes numa cadência que os tornam demasiado idênticos. Nada de grave, por sinal, e a cada nova audição há sempre um novo pormenor a dar atenção ou um refrão que nos faz cantar e bater o pé.
Menção honrosa para o solo psycho-surf de “Off The Beaten Track” e para a atmosfera de baile ska-acústico em grande estilo no tema “Way To Go, Boy”. Sem dúvida o meu álbum pop do momento, pelo seu despretensiosismo e sinceridade.
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