DISCOS
Peter Bjorn And John
Writer's Block
· 02 Fev 2007 · 08:00 ·

Peter Bjorn And John
Writer's Block
2006
V2 / Wichita
Sítios oficiais:
- Peter Bjorn And John
- V2
- Wichita
Writer's Block
2006
V2 / Wichita
Sítios oficiais:
- Peter Bjorn And John
- V2
- Wichita

Peter Bjorn And John
Writer's Block
2006
V2 / Wichita
Sítios oficiais:
- Peter Bjorn And John
- V2
- Wichita
Writer's Block
2006
V2 / Wichita
Sítios oficiais:
- Peter Bjorn And John
- V2
- Wichita
Da Suécia com amor. O último disco do trio Peter Bjorn And John vem carregado de grandes canções pop para todas as temperaturas.
Antes de mais convém negar qualquer ligação entre os e os Peter, Paul and Mary e os Peter Bjorn And John. É verdade que as possibilidades de piada entre os dois nomes são inesgotáveis, mas não vamos entrar por aí. Enquanto que os primeiros foram uma das bandas folk mais badaladas dos anos 60 os segundos prometem ser uma das mais faladas da Suécia. Parecem apostados em manter os três como simbologia do sucesso, o número que em termos sagrados significa coisas tão distintas como a natureza tríplice de Deus (criação, conservação e destruição), o símbolo sexual masculino completo (pénis mais testículos), os três ciclos da vida (nascimento, apogeu e morte) e o conhecimento (música, geometria e astronomia). Este não é o primeiro disco dos suecos (é aliás o terceiro), mas este parece definitivamente aquele com mais força para os levar mais longe.
Esta pop de Writer’s Block é descontraída mas não demasiado a ponto de descurar o conteúdo. Peter Morén, Bjorn Yttling e John Erikkson são cavaleiros em busca do Santo Graal da melodia. Não há outra forma de fantasiar acerca do que os levou a escrever canções como a quase explosiva “Objects of my affection” e a luminosa e perfeita “Young Folks” (com o assobio mais peganhoso (elogio) dos últimos tempos e com um refrão como mandam as leis, com a ajuda de Victoria Bergsman). E isto é só uma parte da coisa, que é como quem diz as três primeiras canções (tendo em conta que a primeira é uma curta – mas preciosa - introdução).
O que dizer então de do elogio à cidade dos canais e das pontes que é “Amsterdam”? Que dizer daquela linha melódica que deixa logo claro que o que aí vem vale a pena? Dizem eles: “Baby went to Amsterdam / She put a little money into travelling / Now it's so slow, so slow / Baby went to Amsterdam / Four, five days for the big canal / Now it's so slow, so slow / And I was heading up north / To a place that I know / Eating well, sleeping well / But still I was way, way out of line / Amsterdam was stuck in my mind”. “Up Against The Wall” é um tema estratégico. Acalma um pouco as coisas, o que não quer dizer que seja um tiro ao lado. Pelo contrário. Deixa respirar. Cumpre a sua função. Aqui percebe-se que o disco quer abrandar.
O lado mais angelical e quase folk do disco vem logo a seguir com “Paris 2004”, peculiar canção conduzida por uma guitarra e a apontar a influências distintas. “Let's Call It Off” é guiada pelo baixo e por sensações retro – mais uma que cumpre a sua função. “The Chills”, canção com o mesmo nome de aos indie neozelandeses, é texturalmente perfeita e cuidadosamente fabricada. Se fosse possível tirar a média aos Peter Bjorn And John este seria provavelmente o resultado. Está precisamente no centro das intenções do trio. “Roll the Credits” e “Poor Cow” fecham um disco, o terceiro claro está, que salta de década em década e cumpre todas as intenções que lhe adivinhamos. Um disco pop de qualidade acima da média. Oxalá ao quarto disco não se perca a simbologia do três.
André GomesEsta pop de Writer’s Block é descontraída mas não demasiado a ponto de descurar o conteúdo. Peter Morén, Bjorn Yttling e John Erikkson são cavaleiros em busca do Santo Graal da melodia. Não há outra forma de fantasiar acerca do que os levou a escrever canções como a quase explosiva “Objects of my affection” e a luminosa e perfeita “Young Folks” (com o assobio mais peganhoso (elogio) dos últimos tempos e com um refrão como mandam as leis, com a ajuda de Victoria Bergsman). E isto é só uma parte da coisa, que é como quem diz as três primeiras canções (tendo em conta que a primeira é uma curta – mas preciosa - introdução).
O que dizer então de do elogio à cidade dos canais e das pontes que é “Amsterdam”? Que dizer daquela linha melódica que deixa logo claro que o que aí vem vale a pena? Dizem eles: “Baby went to Amsterdam / She put a little money into travelling / Now it's so slow, so slow / Baby went to Amsterdam / Four, five days for the big canal / Now it's so slow, so slow / And I was heading up north / To a place that I know / Eating well, sleeping well / But still I was way, way out of line / Amsterdam was stuck in my mind”. “Up Against The Wall” é um tema estratégico. Acalma um pouco as coisas, o que não quer dizer que seja um tiro ao lado. Pelo contrário. Deixa respirar. Cumpre a sua função. Aqui percebe-se que o disco quer abrandar.
O lado mais angelical e quase folk do disco vem logo a seguir com “Paris 2004”, peculiar canção conduzida por uma guitarra e a apontar a influências distintas. “Let's Call It Off” é guiada pelo baixo e por sensações retro – mais uma que cumpre a sua função. “The Chills”, canção com o mesmo nome de aos indie neozelandeses, é texturalmente perfeita e cuidadosamente fabricada. Se fosse possível tirar a média aos Peter Bjorn And John este seria provavelmente o resultado. Está precisamente no centro das intenções do trio. “Roll the Credits” e “Poor Cow” fecham um disco, o terceiro claro está, que salta de década em década e cumpre todas as intenções que lhe adivinhamos. Um disco pop de qualidade acima da média. Oxalá ao quarto disco não se perca a simbologia do três.
andregomes@bodyspace.net
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