DISCOS
Zero dB
Bongos, Bleeps & Basslines
· 08 Dez 2006 · 08:00 ·
Zero dB
Bongos, Bleeps & Basslines
2006
Ninja Tune
Sítios oficiais:
- Zero dB
- Ninja Tune
Bongos, Bleeps & Basslines
2006
Ninja Tune
Sítios oficiais:
- Zero dB
- Ninja Tune
Zero dB
Bongos, Bleeps & Basslines
2006
Ninja Tune
Sítios oficiais:
- Zero dB
- Ninja Tune
Bongos, Bleeps & Basslines
2006
Ninja Tune
Sítios oficiais:
- Zero dB
- Ninja Tune
Podiam ser uma das surpresas do ano mas a falta de refinamento da sua música é tão evidente que todos os temas ouvem-se bem mas esquecem-se depressa.
Há surpresas boas. Há surpresas más. E depois há aquelas em que ficamos indiferentes. Depois de um inÃcio muito promissor, os Zero dB chegam finalmente a 2006 com o muito aguardado – que poucos acreditariam ser possÃvel – álbum de estreia. Não há dúvidas de que era um dos mais envoltos em curiosidade. O maxi editado no inÃcio do verão – ´Bongos, Bleeps & Basslines' – deixava antever uma sonoridade house suja, claustrofóbica, contaminada por um jazz samplado e robusto que, apesar de recordar algumas das experiências iniciais – ‘The Snare’ ou ‘Click’ – davam a entender uma certa renovação depois quatro anos e meio de abstinência na produção de originais.
Depois dos primeiros temas em 2000 e 2001, editados pela editora gerida pela dupla, Neil Combstock e Chris Vogado dedicaram-se com alguma naturalidade á remistura, tendo aà angariado mais alguns adeptos á sua causa nu-jazz. Tudo culminou num único momento: Reconstruction. O tÃtulo era óbvio no que diz respeito ao conteúdo. Tratava-se da antologia que reunia as remisturas efectuadas pela dupla. Por lá surgiam novas versões de temas de Trüby Trio, Peace Orchestra ou Interfearance. A ideia de elaborar um álbum em nome próprio já pairava no ar mas o súbito desaparecimento da dupla e o desaceleramento das edições da Fluid Once sugeriam o desvanecimento dessa ideia. Até que os Zero dB caÃram no esquecimento.
Talvez o álbum de estreia não peque só pela inconsequência dos originais mas também pela falta de algum entusiasmo na procura de novo porto de atracação. Mesmo sendo a edição de Bongos, Bleeps & Basslines da responsabilidade da muito reputada Ninja Tune, a sensação de que o regresso da dupla à mesma sonoridade dos poucos originais e remisturas do inÃcio da década, deixou cair por terra a pouca curiosidade em torno do disco. Não que seja um mau disco, apenas um disco que se ouve e dele nada se extrai de verdadeiramente substancial.
Poderia esperar-se momentos de alguma luminosidade ou alguma agudeza de espÃrito, mas nada mais nos espera em Bongos, Bleeps & Basslines senão a tÃpica fórmula nu-jazz: latin, samba, house, hip-hop. Muitos poderão sublinhar a rudeza dos novos temas. Mas isso não chega para camuflar o evidente atrofio criativo que caracteriza todo o alinhamento. Uma vez mais os Zero dB alargaram o leque à s tipologias familiares e, querendo fazer muito em pouco espaço, acabam por deixar algumas ideias a meio. Todos os temas possuem o potencial e todos revelam descaradamente a pouca dedicação que tiveram na fase final de produção. Tirando "Bongos, Bleeps & Basslines", "Conga Madness" ou "On The One & Three", poucas são as peças que revelam determinação estrutural ou essência para romper com o passado ou mesmo com as fórmulas nu-jazz dos nossos dias. Nem a electrónica mais aguerrida ou os baixos mais ousados despertam verdadeiramente a pista de dança deste sono jazz pseudo-modernista. Mais um disco inconsequente.
Rafael SantosDepois dos primeiros temas em 2000 e 2001, editados pela editora gerida pela dupla, Neil Combstock e Chris Vogado dedicaram-se com alguma naturalidade á remistura, tendo aà angariado mais alguns adeptos á sua causa nu-jazz. Tudo culminou num único momento: Reconstruction. O tÃtulo era óbvio no que diz respeito ao conteúdo. Tratava-se da antologia que reunia as remisturas efectuadas pela dupla. Por lá surgiam novas versões de temas de Trüby Trio, Peace Orchestra ou Interfearance. A ideia de elaborar um álbum em nome próprio já pairava no ar mas o súbito desaparecimento da dupla e o desaceleramento das edições da Fluid Once sugeriam o desvanecimento dessa ideia. Até que os Zero dB caÃram no esquecimento.
Talvez o álbum de estreia não peque só pela inconsequência dos originais mas também pela falta de algum entusiasmo na procura de novo porto de atracação. Mesmo sendo a edição de Bongos, Bleeps & Basslines da responsabilidade da muito reputada Ninja Tune, a sensação de que o regresso da dupla à mesma sonoridade dos poucos originais e remisturas do inÃcio da década, deixou cair por terra a pouca curiosidade em torno do disco. Não que seja um mau disco, apenas um disco que se ouve e dele nada se extrai de verdadeiramente substancial.
Poderia esperar-se momentos de alguma luminosidade ou alguma agudeza de espÃrito, mas nada mais nos espera em Bongos, Bleeps & Basslines senão a tÃpica fórmula nu-jazz: latin, samba, house, hip-hop. Muitos poderão sublinhar a rudeza dos novos temas. Mas isso não chega para camuflar o evidente atrofio criativo que caracteriza todo o alinhamento. Uma vez mais os Zero dB alargaram o leque à s tipologias familiares e, querendo fazer muito em pouco espaço, acabam por deixar algumas ideias a meio. Todos os temas possuem o potencial e todos revelam descaradamente a pouca dedicação que tiveram na fase final de produção. Tirando "Bongos, Bleeps & Basslines", "Conga Madness" ou "On The One & Three", poucas são as peças que revelam determinação estrutural ou essência para romper com o passado ou mesmo com as fórmulas nu-jazz dos nossos dias. Nem a electrónica mais aguerrida ou os baixos mais ousados despertam verdadeiramente a pista de dança deste sono jazz pseudo-modernista. Mais um disco inconsequente.
r_b_santos_world@hotmail.com
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