DISCOS
Alias & Tarsier
Brookland/Oaklyn
· 10 Nov 2006 · 08:00 ·
Alias & Tarsier
Brookland/Oaklyn
2006
Anticon / Sabotage
Sítios oficiais:
- Anticon
- Sabotage
Brookland/Oaklyn
2006
Anticon / Sabotage
Sítios oficiais:
- Anticon
- Sabotage
Alias & Tarsier
Brookland/Oaklyn
2006
Anticon / Sabotage
Sítios oficiais:
- Anticon
- Sabotage
Brookland/Oaklyn
2006
Anticon / Sabotage
Sítios oficiais:
- Anticon
- Sabotage
Os esforços somados de ambas as costas norte-americanas não chegam para evitar pontual descalabro da Anticon.
Mais difícil do que manter um padrão de qualidade a que não se descobre mácula, será mesmo garantir um estatuto de vanguardista durante tempo suficiente a que tal marca seja tomada como icónica e influente. Mas não é Zorn quem quer e no melhor pano cai a mais berrante nódoa: o lançamento de Brookland / Oaklyn coincide com uma bandeira branca de fadiga e desgaste de fórmula que acena a Anticon, casa californiana que, em dourado pico de actividade, conseguiu desafiar as fundações ao hip-hop com o flow transcendental de Doseone e a imaginação ilimitada de outros tantos tecelões internos.
Perante esse respeitável passado, é quase doloroso encontrar o produtor Alias – figura de proa na Anticon – a trocar correio electrónico com a cantora Rona Tarsier Rapadas, com vista à produção de um disco que facilmente se confundiria entre os saldos da secção reservada ao chill-out, um esboço que a Björk de há 15 anos comporia entre o aeroporto de Londres e Banguecoque. A banalidade dá sinais de vida a cada vez que as vocalizações femininas marcam encontro com batidas e texturas programadas sem ponta de inspiração. “Every Plane That Draws a White Line”, por exemplo, podia ser um lado-b dos Lamb ou coisa que o valha.
Quando já se observa apenas uma ponta ao barco prestes a afundar, pouco importa se a intervenção frenética de Doseone pode ou não salvar alguns tripulantes. O mais grave é pensar que este pode ser um fatal passo da Anticon rumo ao beco da estagnação.
Miguel ArsénioPerante esse respeitável passado, é quase doloroso encontrar o produtor Alias – figura de proa na Anticon – a trocar correio electrónico com a cantora Rona Tarsier Rapadas, com vista à produção de um disco que facilmente se confundiria entre os saldos da secção reservada ao chill-out, um esboço que a Björk de há 15 anos comporia entre o aeroporto de Londres e Banguecoque. A banalidade dá sinais de vida a cada vez que as vocalizações femininas marcam encontro com batidas e texturas programadas sem ponta de inspiração. “Every Plane That Draws a White Line”, por exemplo, podia ser um lado-b dos Lamb ou coisa que o valha.
Quando já se observa apenas uma ponta ao barco prestes a afundar, pouco importa se a intervenção frenética de Doseone pode ou não salvar alguns tripulantes. O mais grave é pensar que este pode ser um fatal passo da Anticon rumo ao beco da estagnação.
migarsenio@yahoo.com
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