DISCOS
Sex Pistols
Never Mind The Bollocks
· 13 Set 2002 · 08:00 ·
Sex Pistols
Never Mind The Bollocks
1977
Warner
Sítios oficiais:
- Warner
Never Mind The Bollocks
1977
Warner
Sítios oficiais:
- Warner
Sex Pistols
Never Mind The Bollocks
1977
Warner
Sítios oficiais:
- Warner
Never Mind The Bollocks
1977
Warner
Sítios oficiais:
- Warner
Apesar de nascido na América, não tardou muito para que o punk se transferisse também para terras de sua majestade, onde atingiu verdadeiramente tamanhos que ultrapassaram em muito a escala de “bairro”. Verdadeiro espaço de afronta ao sistema, fez abalar as fundações de uma série de organismos em Inglaterra.
O clima da Inglaterra de então já fazia prever uma explosão entre os mais jovens (desemprego e enorme crise social). A música, volta a ser mais uma vez (como tem tantos outros momentos recentes da história) uma bandeira por uma atitude que se revoltava com o então actual estado das coisas.
Os Sex Pistols surgem em 1972, como uma aventura de colegas de liceu (Paul Cook e Steve Jones) que primeiramente se chamavam The Strand. Malcom McLaren (profissional da moda e da música) percebe aquando de uma visita a Nova York, que o levou até ao punk dos New York Dolls, que podia ter entre mãos uma banda que lhe poderia dar muito no futuro. Altera a formação, e faz entrar para a banda John Lydon, recrutado numa “jukebox” nas redondezas. Diz-se que devido a uma piada à sua higiene oral, alterou o nome de Lydon para Totten. Estava encontrada a pessoa certa para ser a cara mais visÃvel de um projecto que apostava na “ousadia”.
Num momento histórico, a EMI assina o grupo e edita “Anarchy In The UK”. A bomba estava lançada. Enquanto uns estavam incrédulos pelo tamanho “horror”, outros aderiram á revolva, sobretudo nas classes mais jovens. O hino que lançaram em 1977, “God Save The Queen” foi a gota de água que faltava para transbordar o copo na famÃlia britânica (que estava em comemorações do jubileu de prata de Isabel II) e foi quanto bastou para ver a conservadora Inglaterra a indignar-se. O single chegou a ser banido das rádios da BBC, mas mesmo assim chegou a ocupar o segundo lugar no top britânico (forjado para não envergonhar a famÃlia britânica?). Em Outubro de 1977 chegaria à s lojas o único álbum editado pelos Sex Pistols, “Never Mind The Bollocks”, que apesar de proibido em muitas lojas, chegaria a número um.
“Never Mind The Bollocks” é hoje uma peça de indiscutÃvel valor histórico como expoente maior e mais conhecido do punk inglês (ou mundial?). É um lema por uma manifestação que lutou contra um perÃodo de superbandas, abrindo portas a um sem número de projectos de cariz alternativo. O som encontrava-se entre a energia dos New York Dolls (influências de Malcom McLaren), a vitalidade do Iggy Pop, o sentido de urgência dos Ramones e o teatro “showbiz” bem à maneira de Bowie. Tinham no teatro “showbiz” e nesse “espactáculo encenado” uma grande dose de violência. Violência essa, que era como se imagina, apenas aparente e não verdadeira. Tudo aqui nunca era o que parecia, até o célebre refrão “I am an antichrist/i am an anarchist” foi escrito dessa forma porque “rimava” e ficava bem (segundo o documentário “The Filth and The Fury”, de Julien Temple).
A banda aclamava a anarquia e a violência, nunca poupando ninguém, nem mesmo a rainha. No tema “Anarchy In The UK” são postos em exposição dois “valores demonÃacos”: o anticristo, demónio muitÃssimo temido, e a anarquia, expressão social onde tudo vale. Eram assim a música e as letras dos Sex Pistols. Tudo o que deve ser dito, tem de ser dito (mesmo sendo puro encenação). “Never Mind the Bollocks is simply one of the greatest, most inspiring rock records of all time”, diz o All Music Guide na sua crÃtica e este álbum. Quem somos nós para dizer o contrário?
Tiago GonçalvesO clima da Inglaterra de então já fazia prever uma explosão entre os mais jovens (desemprego e enorme crise social). A música, volta a ser mais uma vez (como tem tantos outros momentos recentes da história) uma bandeira por uma atitude que se revoltava com o então actual estado das coisas.
Os Sex Pistols surgem em 1972, como uma aventura de colegas de liceu (Paul Cook e Steve Jones) que primeiramente se chamavam The Strand. Malcom McLaren (profissional da moda e da música) percebe aquando de uma visita a Nova York, que o levou até ao punk dos New York Dolls, que podia ter entre mãos uma banda que lhe poderia dar muito no futuro. Altera a formação, e faz entrar para a banda John Lydon, recrutado numa “jukebox” nas redondezas. Diz-se que devido a uma piada à sua higiene oral, alterou o nome de Lydon para Totten. Estava encontrada a pessoa certa para ser a cara mais visÃvel de um projecto que apostava na “ousadia”.
Num momento histórico, a EMI assina o grupo e edita “Anarchy In The UK”. A bomba estava lançada. Enquanto uns estavam incrédulos pelo tamanho “horror”, outros aderiram á revolva, sobretudo nas classes mais jovens. O hino que lançaram em 1977, “God Save The Queen” foi a gota de água que faltava para transbordar o copo na famÃlia britânica (que estava em comemorações do jubileu de prata de Isabel II) e foi quanto bastou para ver a conservadora Inglaterra a indignar-se. O single chegou a ser banido das rádios da BBC, mas mesmo assim chegou a ocupar o segundo lugar no top britânico (forjado para não envergonhar a famÃlia britânica?). Em Outubro de 1977 chegaria à s lojas o único álbum editado pelos Sex Pistols, “Never Mind The Bollocks”, que apesar de proibido em muitas lojas, chegaria a número um.
“Never Mind The Bollocks” é hoje uma peça de indiscutÃvel valor histórico como expoente maior e mais conhecido do punk inglês (ou mundial?). É um lema por uma manifestação que lutou contra um perÃodo de superbandas, abrindo portas a um sem número de projectos de cariz alternativo. O som encontrava-se entre a energia dos New York Dolls (influências de Malcom McLaren), a vitalidade do Iggy Pop, o sentido de urgência dos Ramones e o teatro “showbiz” bem à maneira de Bowie. Tinham no teatro “showbiz” e nesse “espactáculo encenado” uma grande dose de violência. Violência essa, que era como se imagina, apenas aparente e não verdadeira. Tudo aqui nunca era o que parecia, até o célebre refrão “I am an antichrist/i am an anarchist” foi escrito dessa forma porque “rimava” e ficava bem (segundo o documentário “The Filth and The Fury”, de Julien Temple).
A banda aclamava a anarquia e a violência, nunca poupando ninguém, nem mesmo a rainha. No tema “Anarchy In The UK” são postos em exposição dois “valores demonÃacos”: o anticristo, demónio muitÃssimo temido, e a anarquia, expressão social onde tudo vale. Eram assim a música e as letras dos Sex Pistols. Tudo o que deve ser dito, tem de ser dito (mesmo sendo puro encenação). “Never Mind the Bollocks is simply one of the greatest, most inspiring rock records of all time”, diz o All Music Guide na sua crÃtica e este álbum. Quem somos nós para dizer o contrário?
tgoncalves@bodyspace.net
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