DISCOS
Tora Tora Big Band
Tora Tora
· 06 Jul 2006 · 08:00 ·
Tora Tora Big Band
Tora Tora
2006
Music Mob
Tora Tora
2006
Music Mob
Tora Tora Big Band
Tora Tora
2006
Music Mob
Tora Tora
2006
Music Mob
O seu nascimento não poderia ser mais improvável, mas a Tora Tora Big Band surgiu do encontro de vontades de dois jazzmen alemães residentes em Portugal. Lars Arens é um respeitado trombonista que se movimenta no circuito do Hot Clube, tendo participado numa vasta multiplicidade de projectos, entre os quais se destaca o seu LA Jumping P (apresentado na mais recente edição da Festa do Jazz do São Luiz). Johannes Krieger é um jovem trompetista que aborda uma faceta mais livre do jazz, integrando os Wishful Thinking de Alípio C. Neto. Recusando os tradicionais estereótipos da frieza alemã, Lars e Johannes resolveram trabalhar juntos numa pequena orquestra que tocasse “música para dançar”.
Integrando músicos de origens diversas, foi-se formando uma banda multinacional – além dos alemães colaboram músicos originários do Brasil, Áustria, EUA, Dinamarca, Itália e Portugal, reunindo um total de doze elementos. Recuperando o espírito festivo das big bands de New Orleans, a Tora Tora assenta numa poderosa secção de sopros combinada com uma base rítmica consistente. Com os trombones colocados em primeiro plano (Arens, Pete Wetherill, Claus Nymark), trompetes (Krieger e Miguel Gonçalves) e saxofones (Guto Lucena em alto e barítono, Timo Alexander em alto, tenor e clarinete baixo) constroem uma harmoniosa colaboração.
As composições que preenchem o disco são quase exclusivamente inéditas, sendo a sua autoria dividida entre os dois mentores do projecto – sobra apenas um tema não-original, o clássico “Afro-Blue” de Mongo Santamaria. As estruturas jazz são o ponto de partida para esta música que tanto bebe da tradição da música negra americana como vai à world música mais aberta. Recolhendo elementos africanos, brasileiros, orientais ou caribenhos, a Tora Tora é ainda condimentada pela fluência das constantes cadências funk.
O artwork do disco reproduz uma laranja, “uma laranja grande, gorda, doce, cheia de vitamina C”. A metáfora gráfica faz todo o sentido já que a música da Tora Tora é vitaminada, fresca e doce. Se o disco já chama para a festa, a transposição desta música para os espectáculos ao vivo é ainda mais apelativa na celebração colectiva. Reforçada em intensidade e calor, a Tora Tora é uma verdadeira festa – quem esteve presente nas salas de espectáculos por onde passaram (Galeria Zé dos Bois, Maxime, etc) pôde comprovar. Arens e Krieger podem ficar satisfeitos: o objectivo proposto pelos fundadores é completamente concretizado.
Nuno CatarinoIntegrando músicos de origens diversas, foi-se formando uma banda multinacional – além dos alemães colaboram músicos originários do Brasil, Áustria, EUA, Dinamarca, Itália e Portugal, reunindo um total de doze elementos. Recuperando o espírito festivo das big bands de New Orleans, a Tora Tora assenta numa poderosa secção de sopros combinada com uma base rítmica consistente. Com os trombones colocados em primeiro plano (Arens, Pete Wetherill, Claus Nymark), trompetes (Krieger e Miguel Gonçalves) e saxofones (Guto Lucena em alto e barítono, Timo Alexander em alto, tenor e clarinete baixo) constroem uma harmoniosa colaboração.
As composições que preenchem o disco são quase exclusivamente inéditas, sendo a sua autoria dividida entre os dois mentores do projecto – sobra apenas um tema não-original, o clássico “Afro-Blue” de Mongo Santamaria. As estruturas jazz são o ponto de partida para esta música que tanto bebe da tradição da música negra americana como vai à world música mais aberta. Recolhendo elementos africanos, brasileiros, orientais ou caribenhos, a Tora Tora é ainda condimentada pela fluência das constantes cadências funk.
O artwork do disco reproduz uma laranja, “uma laranja grande, gorda, doce, cheia de vitamina C”. A metáfora gráfica faz todo o sentido já que a música da Tora Tora é vitaminada, fresca e doce. Se o disco já chama para a festa, a transposição desta música para os espectáculos ao vivo é ainda mais apelativa na celebração colectiva. Reforçada em intensidade e calor, a Tora Tora é uma verdadeira festa – quem esteve presente nas salas de espectáculos por onde passaram (Galeria Zé dos Bois, Maxime, etc) pôde comprovar. Arens e Krieger podem ficar satisfeitos: o objectivo proposto pelos fundadores é completamente concretizado.
nunocatarino@gmail.com
ÚLTIMOS DISCOS
ÚLTIMAS