DISCOS
Miss Red
K.O.
· 12 Nov 2018 · 22:52 ·

Miss Red
K.O.
2018
Pressure Records
Sítios oficiais:
- Pressure Records
K.O.
2018
Pressure Records
Sítios oficiais:
- Pressure Records

Miss Red
K.O.
2018
Pressure Records
Sítios oficiais:
- Pressure Records
K.O.
2018
Pressure Records
Sítios oficiais:
- Pressure Records
Sem preconceitos!
K.O. é o álbum de estreia de Miss Red, o artístico da israelita Sharon Stern. Na página do Bandcamp, ela afirma que é uma dura batalha ser levada a sério, e como mulher na indústria musical, “estou em óbvia minoria, a situação é clara, os homens ainda hoje controlam – tal tem de ser atendido, e mudado”. Pois. É precisamente um homem – amigo de longa data, é certo – que escolheu como produtor e editor do seu disco; homem com vinco autoral reconhecido à escala mundial: Kevin Martin, mais conhecido como The Bug.
Haverá também a questão da apropriação cultural; mulher branca do médio-oriente a mimicar uma gíria que não a sua. Na página do Bandcamp, Sharon admite que, antes de deixar Tel Aviv, já se sentia profundamente apaixonada pela cultura musical da Jamaica, e que foi a ouvir dancehall cantarolado por “gyals”, e a sua força feminina protestante, que a atraíram para o estilo MC que agora se dedica. Apropriação?
Com K.O., nem Sharon é hipócrita por ter Kevin Martin – serviente, em modo básico, batidas rudes, secas, ambiências hostis, alienígenas, industriais, o melhor The Bug dos últimos os tempos – como cúmplice em vez de um machista mandante –; nem ela é uma rapariguinha idiota a gamar trejeitos de outros. Bem pelo contrário: a verborreia política de Miss Red não é caricatural, é homenageante; há boa velha maneira da guerrilha dancehall, o seu MC é de cortar à faca. Apropriem-se desta música – sem reservas.
Rafael SantosHaverá também a questão da apropriação cultural; mulher branca do médio-oriente a mimicar uma gíria que não a sua. Na página do Bandcamp, Sharon admite que, antes de deixar Tel Aviv, já se sentia profundamente apaixonada pela cultura musical da Jamaica, e que foi a ouvir dancehall cantarolado por “gyals”, e a sua força feminina protestante, que a atraíram para o estilo MC que agora se dedica. Apropriação?
Com K.O., nem Sharon é hipócrita por ter Kevin Martin – serviente, em modo básico, batidas rudes, secas, ambiências hostis, alienígenas, industriais, o melhor The Bug dos últimos os tempos – como cúmplice em vez de um machista mandante –; nem ela é uma rapariguinha idiota a gamar trejeitos de outros. Bem pelo contrário: a verborreia política de Miss Red não é caricatural, é homenageante; há boa velha maneira da guerrilha dancehall, o seu MC é de cortar à faca. Apropriem-se desta música – sem reservas.
r_b_santos_world@hotmail.com
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