DISCOS
Orquestra Fina
Valsa Torta
· 02 Nov 2018 · 12:00 ·
Orquestra Fina
Valsa Torta
2017
Ed. de Autor
Sítios oficiais:
- Orquestra Fina
Valsa Torta
2017
Ed. de Autor
Sítios oficiais:
- Orquestra Fina
Orquestra Fina
Valsa Torta
2017
Ed. de Autor
Sítios oficiais:
- Orquestra Fina
Valsa Torta
2017
Ed. de Autor
Sítios oficiais:
- Orquestra Fina
Canções pop trabalhadas por músicos vindos do jazz.
Rui Teixeira é um notável palhetista portuense, destacando-se sobretudo no saxofone barítono, no clarinete e no clarinete baixo. Membro da excelente Orquestra Jazz de Matosinhos, Teixeira integra alguns dos projetos mais criativos do jazz nortenho, como o ensemble Coreto Porta-Jazz, o quinteto Baba Mongol e o octeto Ensemble Super Moderne. Em nome próprio lançou o disco “Tu Não Danças”, editado no ano de 2013 (Carimbo Porta-Jazz), álbum que revelou um jazz original à volta das composições de Rui Teixeira.
Se nos projetos anteriores Rui Teixeira já assumia fascínio pelo formato canção, agora resolveu criar um projeto especificamente dedicado a explorar esse formato. A Orquestra Fina surge assim da iniciativa de Teixeira e põe um grupo de gente do jazz (sobretudo músicos ligados à cena Porta-Jazz) a trabalhar composições originais em ambientes sonoros pop-rock. Ao lado de Rui Teixeira (guitarra, saxofone e voz) estão Catarina Valadas (voz e flauta), Luís Ribeiro (guitarras), Hugo Raro (teclados), José Carlos Barbosa (baixo e voz) e Marcos Cavaleiro (bateria); e, num único tema, entra ainda Nuno Mendes (guitarra e programações).
Na voz principal está Catarina Valadas, o primeiro destaque do disco – a cantora exibe a sua voz eficaz a interpretar as letras cantadas em português. O mentor do projeto e autor de todas as composições, Rui Teixeira, está aqui sobretudo dedicado à guitarra, mostrando também a sua voz e com participações pontuais do saxofone. Os arranjos são ricos e envolvem todo o grupo, que trabalha uma base sonora para a voz se destacar, sempre no centro de cada canção.
As canções são suavemente sedutoras e, embora sem ganchos pop imediatos, vão conquistando à medida que as audições se repetem. Não é inédito vermos músicos oriundos do jazz a trabalhar música pop (como os Cassete Pirata, outro exemplo atual). Normalmente estes músicos - com grande bagagem técnica - acabam por desenvolver abordagens excessivamente sofisticadas, pelo que poderá ficar a faltar alguma ingenuidade e pureza, que também são importantes para alimentar a magia da música pop. Este grupo compensa a ausência dessa frescura e desse lado naïf com refinada elegância. Deixemos de lado os preconceitos, deixemo-nos levar por estas canções finas.
Nuno CatarinoSe nos projetos anteriores Rui Teixeira já assumia fascínio pelo formato canção, agora resolveu criar um projeto especificamente dedicado a explorar esse formato. A Orquestra Fina surge assim da iniciativa de Teixeira e põe um grupo de gente do jazz (sobretudo músicos ligados à cena Porta-Jazz) a trabalhar composições originais em ambientes sonoros pop-rock. Ao lado de Rui Teixeira (guitarra, saxofone e voz) estão Catarina Valadas (voz e flauta), Luís Ribeiro (guitarras), Hugo Raro (teclados), José Carlos Barbosa (baixo e voz) e Marcos Cavaleiro (bateria); e, num único tema, entra ainda Nuno Mendes (guitarra e programações).
Na voz principal está Catarina Valadas, o primeiro destaque do disco – a cantora exibe a sua voz eficaz a interpretar as letras cantadas em português. O mentor do projeto e autor de todas as composições, Rui Teixeira, está aqui sobretudo dedicado à guitarra, mostrando também a sua voz e com participações pontuais do saxofone. Os arranjos são ricos e envolvem todo o grupo, que trabalha uma base sonora para a voz se destacar, sempre no centro de cada canção.
As canções são suavemente sedutoras e, embora sem ganchos pop imediatos, vão conquistando à medida que as audições se repetem. Não é inédito vermos músicos oriundos do jazz a trabalhar música pop (como os Cassete Pirata, outro exemplo atual). Normalmente estes músicos - com grande bagagem técnica - acabam por desenvolver abordagens excessivamente sofisticadas, pelo que poderá ficar a faltar alguma ingenuidade e pureza, que também são importantes para alimentar a magia da música pop. Este grupo compensa a ausência dessa frescura e desse lado naïf com refinada elegância. Deixemos de lado os preconceitos, deixemo-nos levar por estas canções finas.
nunocatarino@gmail.com
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