DISCOS
Suburban Dinosaur
Every Cannonball Is A Wish That Wasn't Granted / Songs From Home
· 08 Jan 2018 · 19:03 ·

Suburban Dinosaur
Every Cannonball Is A Wish That Wasn't Granted / Songs From Home
2017
Ed. de Autor
Every Cannonball Is A Wish That Wasn't Granted / Songs From Home
2017
Ed. de Autor

Suburban Dinosaur
Every Cannonball Is A Wish That Wasn't Granted / Songs From Home
2017
Ed. de Autor
Every Cannonball Is A Wish That Wasn't Granted / Songs From Home
2017
Ed. de Autor
Contra os canhões.
Suburban Dinosaur é o moniker com o qual o Gonçalo Trindade, português radicado em Berlim e dono de um não-muito-saudável apreço pelos Mogwai, assina a sua música. Após anos e anos a escrever para aqui e acolá sobre discos de que gostava, o bom do Trindade decidiu pegar na sua própria guitarra e dispor-se a fazer música de que gostasse e, podendo, de que os outros gostassem. Assim, sem medos, no seu próprio quarto e, visto que ele está em Berlim, provavelmente a olhar para a neve e o frio e a lamentar-se porque caralho saiu de um país com um clima como o seu.
Mas falava do moniker, quer dizer, da música, que deu em dois EPs lançados com dois meses de diferença, ambos disponíveis no Bandcamp do moço de forma gratuita. A música, essa, é uma folk acústica que por vezes resvala para o feedback eléctrico, como em "Things By The Sea", que é uma frase bonita mais ou menos até final, quando dá lugar, de forma abrupta, ao estrondo. Frase musical, isto é; não esperem que o Trindade cante, que ele ainda não chegou lá.
Tanto num como noutro EP, que juntos pouco passam dos 40 minutos, o que temos é a contemplação do artista - quer dizer, do Trindade - perante as coisas ou as pessoas que o marcaram ao longo da vida, como a Renata, a ausência de uma máquina de lavar (que acaba de uma forma meio Jandekiana, repentina e silenciosa), ou os seus pais - a quem são dedicadas as oito canções de Songs From Home.
Gravados sem grandes rodeios, os EPs são a primeira porta de entrada para a música de um gajo que deverá estar-se bem a cagar para se gostamos disto ou não: as canções são simples, quase stream of conciousness, para já um esboço daquilo que poderá vir a ser algo mais a sério. Dito por poucas palavras, tem coisas giras e outras não tanto. Dito por palavras que ele irá perceber, é como andar a treinar no Mt. Moon para derrubar o cabrão do Starmie da Misty. Dito por um músico com mais cavalgada... não sei, mas eis a vossa oportunidade: está aqui um gajo que deixou de ser "crítico" para passar a ser "artista". Podem vingar-se de todas as vezes que ele falou mal das vossas cenas.
Paulo CecílioMas falava do moniker, quer dizer, da música, que deu em dois EPs lançados com dois meses de diferença, ambos disponíveis no Bandcamp do moço de forma gratuita. A música, essa, é uma folk acústica que por vezes resvala para o feedback eléctrico, como em "Things By The Sea", que é uma frase bonita mais ou menos até final, quando dá lugar, de forma abrupta, ao estrondo. Frase musical, isto é; não esperem que o Trindade cante, que ele ainda não chegou lá.
Tanto num como noutro EP, que juntos pouco passam dos 40 minutos, o que temos é a contemplação do artista - quer dizer, do Trindade - perante as coisas ou as pessoas que o marcaram ao longo da vida, como a Renata, a ausência de uma máquina de lavar (que acaba de uma forma meio Jandekiana, repentina e silenciosa), ou os seus pais - a quem são dedicadas as oito canções de Songs From Home.
Gravados sem grandes rodeios, os EPs são a primeira porta de entrada para a música de um gajo que deverá estar-se bem a cagar para se gostamos disto ou não: as canções são simples, quase stream of conciousness, para já um esboço daquilo que poderá vir a ser algo mais a sério. Dito por poucas palavras, tem coisas giras e outras não tanto. Dito por palavras que ele irá perceber, é como andar a treinar no Mt. Moon para derrubar o cabrão do Starmie da Misty. Dito por um músico com mais cavalgada... não sei, mas eis a vossa oportunidade: está aqui um gajo que deixou de ser "crítico" para passar a ser "artista". Podem vingar-se de todas as vezes que ele falou mal das vossas cenas.
pauloandrececilio@gmail.com
ÚLTIMOS DISCOS


ÚLTIMAS