DISCOS
Dauwd
Theory Of Colours
· 11 Out 2017 · 11:46 ·
Dauwd
Theory Of Colours
2017
Technicolour
Sítios oficiais:
- Dauwd
- Technicolour
Theory Of Colours
2017
Technicolour
Sítios oficiais:
- Dauwd
- Technicolour
Dauwd
Theory Of Colours
2017
Technicolour
Sítios oficiais:
- Dauwd
- Technicolour
Theory Of Colours
2017
Technicolour
Sítios oficiais:
- Dauwd
- Technicolour
Ok, sério; e mais?
Dauwd Al Hilali nasceu nos Estados Unidos, cresceu em Gales e anda por estes dias em Berlim. O CV diz-nos que é engenheiro de som, é DJ (a solo ou como membro do consórcio African Acid Is The Future – because Africa is mother of beat) e também colecciona de sintetizadores vintage. Já agora, está nesta página porque é músico e produtor. A Ninja Tune, décadas de experiência, raramente desatenta, pela sua Technicolour, detectou o asneio deste artista de 'muitas coisas', e no que se pode transformar no futuro se acolhido e orientado.
Theory Of Colours, disco de estreia, arranca – e não à toa – com ”Macadam Theory”; a ‘macadamização’, ou seja, a pavimentação moderna das estradas por camadas, da terra batida, à brita e o assentar do alcatrão e alisamento. Que melhor forma de tentar perceber este disco, perfumado de nostalgia (as velhinhas na capa, e tudo), sons sedimentados, em camadas rígidas; um caminho estruturado para resistir às adversidades do tempo?
Ambient de 90, Kosmishe – sempre intemporal –, deep-house noctívaga, mas de sofá – pressente-se o espectro do alemão Move D pelos recantos a dar demãos de cor; há lounge, quando a coisa era meditativa em vez de mero papel de parede – à memória, pontualmente, brotam as volúpias dub de Fila Brazillia –, Theory Of Colours é assim, um tratamento honesto que assoma qualidades de outras gentes em outra Era.
Preocupado em criar obra sem vazios, Dauwd trata e retrata o antes, injecta-o de irrepreensível sobriedade para provar que há substância no seu pensamento, que o produto final – tal almeja – tem de ser tão válido agora como daqui a dez anos. O revés? O óbvio: não há rasgos de espontaneidade em Theory Of Colours. Contudo, e em boa verdade, também não há instantaneidades. Temos um disco seguro, sim, mas também demasiado concentrado em si, sem ambição de ser mais que um momento sério.
Rafael SantosTheory Of Colours, disco de estreia, arranca – e não à toa – com ”Macadam Theory”; a ‘macadamização’, ou seja, a pavimentação moderna das estradas por camadas, da terra batida, à brita e o assentar do alcatrão e alisamento. Que melhor forma de tentar perceber este disco, perfumado de nostalgia (as velhinhas na capa, e tudo), sons sedimentados, em camadas rígidas; um caminho estruturado para resistir às adversidades do tempo?
Ambient de 90, Kosmishe – sempre intemporal –, deep-house noctívaga, mas de sofá – pressente-se o espectro do alemão Move D pelos recantos a dar demãos de cor; há lounge, quando a coisa era meditativa em vez de mero papel de parede – à memória, pontualmente, brotam as volúpias dub de Fila Brazillia –, Theory Of Colours é assim, um tratamento honesto que assoma qualidades de outras gentes em outra Era.
Preocupado em criar obra sem vazios, Dauwd trata e retrata o antes, injecta-o de irrepreensível sobriedade para provar que há substância no seu pensamento, que o produto final – tal almeja – tem de ser tão válido agora como daqui a dez anos. O revés? O óbvio: não há rasgos de espontaneidade em Theory Of Colours. Contudo, e em boa verdade, também não há instantaneidades. Temos um disco seguro, sim, mas também demasiado concentrado em si, sem ambição de ser mais que um momento sério.
r_b_santos_world@hotmail.com
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