DISCOS
JASSS
Weightless
· 02 Out 2017 · 16:44 ·
JASSS
Weightless
2017
iDEAL Recordings
Sítios oficiais:
- JASSS
- iDEAL Recordings
Weightless
2017
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- JASSS
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Terráquea de sobriedade extraterrestre.
O desafiante: a percepção de um mundo novo – escutá-lo, embrenharmo-nos, depararmo-nos com o alienígena, com humanóides desarticulados criadores de estranhezas que desafiam a física, interrogarmo-nos com o que elas representam, arte, como é que sonorizaram, tudo invertido numa lógica singular. Esperem… extraterrestres?
Porque não um mundo novo, distante, sideral, sim, mas construído por homens ou mulheres do presente que se sabem teletransportar para o futuro, para outros quadrantes da realidade, ir e voltar, com a mesma facilidade com que o comum se move casa-trabalho-trabalho-casa. Certo: muita ficção-científica, Arthur C. Clarke ou Philip K. Dick.
Mas o que considerar de Weightless? À primeira, tudo parece um esforço de comunicação de alienígenas que juntaram fragmentos das linguagens do Homem e retransmitiram tudo para a Terra com sofisticada eloquência. Contacto!. À segunda, tudo é esforço sobrenatural de um ser humano capaz de ir além e voltar com o inusual na mala de viagem.
Weightless é o álbum de estreia da espanhola Silvia Jiménez Alvarez. É ela, como JASSS, o exótico ser humano responsável por desafiar a nossa imaginação, nós, comuns mortais, tão facilmente dados a procurar respostas no que está nas estrelas, e para além. No figurado, ela é de ir e voltar de quadrantes distantes. Em terra, na nossa Terra, JASSS é uma experimentalista em estúdio, uma cientista sem medo de correr riscos.
Muito cabe em Weightless: o industrial, o dub, o jazz, o techno, o drone, África, Médio Oriente, descargas eléctricas, electrónicas transcendentes – o deus kosmische também anda por aqui algures. Sombrio sem ser irritantemente soturno, pesado sem ser esmagador, maquinal nunca sendo repetitivo, a combinação na paleta, o malabarismo dos elementos, o desmontar e montar, a temperatura amena em dia de densa neblina.
JASSS inverteu tudo numa lógica singular, e apurativa, terminantemente inteligível. É único, mas nada disto tem origem extraterrestre. Mas a música é alienígena. Por todos os contrastes, perplexidades estéticas ("Danza" ou "Cotton For Lunch" são de encadear), eventuais paradoxos no escorrer natural da música, também honestidade autoral em vez de soberba composicional, Weightless é um arrojo e, sem grande estafa meditativa, uma das mais genuínas criações de 2017.
Rafael SantosPorque não um mundo novo, distante, sideral, sim, mas construído por homens ou mulheres do presente que se sabem teletransportar para o futuro, para outros quadrantes da realidade, ir e voltar, com a mesma facilidade com que o comum se move casa-trabalho-trabalho-casa. Certo: muita ficção-científica, Arthur C. Clarke ou Philip K. Dick.
Mas o que considerar de Weightless? À primeira, tudo parece um esforço de comunicação de alienígenas que juntaram fragmentos das linguagens do Homem e retransmitiram tudo para a Terra com sofisticada eloquência. Contacto!. À segunda, tudo é esforço sobrenatural de um ser humano capaz de ir além e voltar com o inusual na mala de viagem.
Weightless é o álbum de estreia da espanhola Silvia Jiménez Alvarez. É ela, como JASSS, o exótico ser humano responsável por desafiar a nossa imaginação, nós, comuns mortais, tão facilmente dados a procurar respostas no que está nas estrelas, e para além. No figurado, ela é de ir e voltar de quadrantes distantes. Em terra, na nossa Terra, JASSS é uma experimentalista em estúdio, uma cientista sem medo de correr riscos.
Muito cabe em Weightless: o industrial, o dub, o jazz, o techno, o drone, África, Médio Oriente, descargas eléctricas, electrónicas transcendentes – o deus kosmische também anda por aqui algures. Sombrio sem ser irritantemente soturno, pesado sem ser esmagador, maquinal nunca sendo repetitivo, a combinação na paleta, o malabarismo dos elementos, o desmontar e montar, a temperatura amena em dia de densa neblina.
JASSS inverteu tudo numa lógica singular, e apurativa, terminantemente inteligível. É único, mas nada disto tem origem extraterrestre. Mas a música é alienígena. Por todos os contrastes, perplexidades estéticas ("Danza" ou "Cotton For Lunch" são de encadear), eventuais paradoxos no escorrer natural da música, também honestidade autoral em vez de soberba composicional, Weightless é um arrojo e, sem grande estafa meditativa, uma das mais genuínas criações de 2017.
r_b_santos_world@hotmail.com
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