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Tundra Fault
Coherent Groundworks EP
· 09 Nov 2016 · 09:53 ·

Tundra Fault
Coherent Groundworks EP
2016
ANTRO
Sítios oficiais:
- Tundra Fault
Coherent Groundworks EP
2016
ANTRO
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- Tundra Fault

Tundra Fault
Coherent Groundworks EP
2016
ANTRO
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- Tundra Fault
Coherent Groundworks EP
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ANTRO
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- Tundra Fault
Short stories.
Antes de mais, há que dar os parabéns a Tundra Fault: "Doubt (Groundwork)" é o tema mais bonito do ano. Primeiro é a chuva que cai, gerando uma atmosfera noir pungente e insidiosa. Depois é aquela melodia, repetida como um lamento, que transforma a água num lacrimejar. E depois são as vozes, infantis ou infantilizadas, assustadoras como num carrossel dos Current 93, antes de tudo se transformar em noise quando já estamos perto do fim do filme. Magnífico.
Não que o resto do EP não seja memorável. Coherent Groundworks é, como o título indica, coerente na sua ideia ambient negra, criando a cada passo pequenos filmes mudos onde o espectador - o ouvinte - é deixado ao sabor da sua própria imaginação. Os títulos estão ali para dar uma ajudinha caso este se tenha esquecido de como se pensa. Os dois tomos de "Ode To Neptune" parecem centrais à história, mas distinguem-se entre si de forma a que possam ser apreciados individualmente.
No primeiro, o buzz inicial vendo o seu lugar ocupado por um pulsar subaquático, repleto com cânticos a esse Deus desconhecido, ao passo que no segundo o impacto do ruído faz-se sentir de imediato, raramente cedendo ao conforto; este tem de ser agarrado através dos samples que se vão apanhando ou do ritmo techno que segura a faixa a partir do seu meio. O final cantado de "Of Yore", o momento mais eufórico de um cinema na sua grande maioria escuro, é o final feliz necessário. Melhor EP do ano, e melhor série de curtas-metragens, também.
Paulo CecílioNão que o resto do EP não seja memorável. Coherent Groundworks é, como o título indica, coerente na sua ideia ambient negra, criando a cada passo pequenos filmes mudos onde o espectador - o ouvinte - é deixado ao sabor da sua própria imaginação. Os títulos estão ali para dar uma ajudinha caso este se tenha esquecido de como se pensa. Os dois tomos de "Ode To Neptune" parecem centrais à história, mas distinguem-se entre si de forma a que possam ser apreciados individualmente.
No primeiro, o buzz inicial vendo o seu lugar ocupado por um pulsar subaquático, repleto com cânticos a esse Deus desconhecido, ao passo que no segundo o impacto do ruído faz-se sentir de imediato, raramente cedendo ao conforto; este tem de ser agarrado através dos samples que se vão apanhando ou do ritmo techno que segura a faixa a partir do seu meio. O final cantado de "Of Yore", o momento mais eufórico de um cinema na sua grande maioria escuro, é o final feliz necessário. Melhor EP do ano, e melhor série de curtas-metragens, também.
pauloandrececilio@gmail.com
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