DISCOS
Marquis Hawkes
Social Housing
· 11 Out 2016 · 15:57 ·

Marquis Hawkes
Social Housing
2016
Houndstooth
Sítios oficiais:
- Marquis Hawkes
- Houndstooth
Social Housing
2016
Houndstooth
Sítios oficiais:
- Marquis Hawkes
- Houndstooth

Marquis Hawkes
Social Housing
2016
Houndstooth
Sítios oficiais:
- Marquis Hawkes
- Houndstooth
Social Housing
2016
Houndstooth
Sítios oficiais:
- Marquis Hawkes
- Houndstooth
Menos continua a ser mais.
Marquis Hawkes é Mark Hawkins, um inglês a viver na Alemanha, em Berlim para ser mais escrupuloso. Mas em nada o seu som deve à cidade, ou ao país em que reside, todo ele bem mais dado à electrónica de cariz techno. A música é de alma americana, produzida por um britânico a viver em habitação social da senhora Merkel, e que desde 2012 anda a refinar a sua música e a editá-la por várias casas europeias.
Para além da sua agenda pessoal – que se revolve contra conotações pejorativas ligadas à ideia de habitação social, recusando-se aceitar que quem vive em tal condição seja forçosamente uma horda delinquente –, Mark esforça-se em ser fiel ao género musical que o move na vida: a house; e ele cozinha longamente ligações do género ao disco-sound, ao funk, à soul, ao jazz. O som de Chicago desmultiplica-se: assoma-se deep, acid, garage – até há espírito para fazer uma pequena escala em França para recordar como eram felizes os dias do french-touch.
Se há algo que faz de Social Housing algo menos conseguido é a falta de síntese. Apesar dos sessenta e nove minutos – normal num disco de longa duração –, Social Housing consegue soar interminável. Ao fim de trinta minutos, sentimo-nos saciados com toda festividade, contudo apercebemo-nos que a festa ainda vai a meio. Há qualquer coisa de contraditório neste disco: se a música é boa porque é que ouvir os doze temas numa assentada se torna numa experiência tão cansativa? Mesmo aqui ou acolá, música em piloto-automático tende a desgastar a paciência. Talvez seja por isso.
Rafael SantosPara além da sua agenda pessoal – que se revolve contra conotações pejorativas ligadas à ideia de habitação social, recusando-se aceitar que quem vive em tal condição seja forçosamente uma horda delinquente –, Mark esforça-se em ser fiel ao género musical que o move na vida: a house; e ele cozinha longamente ligações do género ao disco-sound, ao funk, à soul, ao jazz. O som de Chicago desmultiplica-se: assoma-se deep, acid, garage – até há espírito para fazer uma pequena escala em França para recordar como eram felizes os dias do french-touch.
Se há algo que faz de Social Housing algo menos conseguido é a falta de síntese. Apesar dos sessenta e nove minutos – normal num disco de longa duração –, Social Housing consegue soar interminável. Ao fim de trinta minutos, sentimo-nos saciados com toda festividade, contudo apercebemo-nos que a festa ainda vai a meio. Há qualquer coisa de contraditório neste disco: se a música é boa porque é que ouvir os doze temas numa assentada se torna numa experiência tão cansativa? Mesmo aqui ou acolá, música em piloto-automático tende a desgastar a paciência. Talvez seja por isso.
r_b_santos_world@hotmail.com
ÚLTIMOS DISCOS


ÚLTIMAS