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Pussywhips
Pussywhips EP
· 01 Jun 2016 · 14:31 ·

Pussywhips
Pussywhips EP
2016
Surf + Turf
Sítios oficiais:
- Pussywhips
Pussywhips EP
2016
Surf + Turf
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- Pussywhips

Pussywhips
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2016
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Orgulhosamente Coimbra.
Tempos houve em que Coimbra era a Meca nacional do rock - tempos esses que estão mais que documentados, não sendo sequer necessário explicar aquilo a que nos referimos quando juntamos "Coimbra" e "rock" na mesma frase. Mesmo que a cidade tenha perdido alguma carga para outras Mecas, como o Barreiro ou Barcelos, a história continua a fazer-se amplificada, a mística permanece inalterada e a vontade ainda é, graças a Deus, transformada em grito de raiva.
Não acreditam? Eis um exemplo: os Pussywhips, trio ali nascido que editou este ano um EP, homónimo, cinco faixas de rock n' roll sujo, maltrapilho e ruidoso. Porque é assim que tem de ser. Porque viver limpo é um privilégio burguês, e a burguesia não tem lugar nessa multidão enorme que é a prole eléctrica. De Pussywhips espere-se tudo menos o encaixotar na normalidade: isto é garage, é surf ou é noise? No fundo, pouco importa. É rock e isso basta. Mais importante ainda, é um EP que orgulha a história da cidade de onde provém (e não deverá existir elogio maior que lhe possamos fazer).
Dos primeiros ecos furibundos de "Solidarity" até à catarse final com "Lame Society", passando pela vertigem de 2 minutos e meio presente em "1000 Ways To Die", Pussywhips é um álbum impróprio para mariquinhas pé-de-salsa, pessoas alérgicas ao cabedal e ao fumo das motas e mastronços do virtuosismo. Nada aqui é virtuoso; os dedos não servem para tocar guitarra como o Frank Zappa e sim para serem fechados em punho e socar o tipo ao lado porque olhou para nós de forma estranha. Mesmo que raras vezes se perceba aquilo que é entoado pelo vocalista Tiago Fonseca. Não que importe - enquanto as guitarras falaram não há-de ser preciso mais nada.
Paulo CecílioNão acreditam? Eis um exemplo: os Pussywhips, trio ali nascido que editou este ano um EP, homónimo, cinco faixas de rock n' roll sujo, maltrapilho e ruidoso. Porque é assim que tem de ser. Porque viver limpo é um privilégio burguês, e a burguesia não tem lugar nessa multidão enorme que é a prole eléctrica. De Pussywhips espere-se tudo menos o encaixotar na normalidade: isto é garage, é surf ou é noise? No fundo, pouco importa. É rock e isso basta. Mais importante ainda, é um EP que orgulha a história da cidade de onde provém (e não deverá existir elogio maior que lhe possamos fazer).
Dos primeiros ecos furibundos de "Solidarity" até à catarse final com "Lame Society", passando pela vertigem de 2 minutos e meio presente em "1000 Ways To Die", Pussywhips é um álbum impróprio para mariquinhas pé-de-salsa, pessoas alérgicas ao cabedal e ao fumo das motas e mastronços do virtuosismo. Nada aqui é virtuoso; os dedos não servem para tocar guitarra como o Frank Zappa e sim para serem fechados em punho e socar o tipo ao lado porque olhou para nós de forma estranha. Mesmo que raras vezes se perceba aquilo que é entoado pelo vocalista Tiago Fonseca. Não que importe - enquanto as guitarras falaram não há-de ser preciso mais nada.
pauloandrececilio@gmail.com
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