DISCOS
MADA TREKU
Learning Exercises On How To Move On EP
· 16 Mai 2016 · 14:42 ·
MADA TREKU
Learning Exercises On How To Move On EP
2016
Favela Discos
Sítios oficiais:
- MADA TREKU
- Favela Discos
Learning Exercises On How To Move On EP
2016
Favela Discos
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- MADA TREKU
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MADA TREKU
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2016
Favela Discos
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2016
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Deixar tudo para trás.
Nos últimos três anos, o rock tem sido um pouco como o futebol: apesar de algumas alegrias esporádicas, o panorama é deprimente e o futuro não parece ter hipóteses de melhorar, dia após dia. Felizmente, a raiva e a raça que não temos encontrado no rock ou na bola tem estado bastante presente no techno. Olhe-se para os lançamentos mais ou menos recentes de UVB, Perc, Varg ou Ansome, negrume e adrenalina contidos em ambiente e ritmo, ou até mesmo para o "regresso" de Model 500 (espanta que "Hi NRG" tenha sido valorizada por tão poucos...).
O EP de estreia de MADA TREKU, produtor portuense ligado à Favela, surge no nosso radar contendo essa ânsia sempre boa de querer mudar o estado das coisas. Porque aqui há vida, e não um corta-e-cola indolente. Do bater do coração de "Mowlin'" passamos para a electrónica industrial de "Aris", como se Burial tivesse finalmente tirado as roupas em jeito de sonho; clubbing e experimentalismo de mãos dadas num novo mundo em que tudo será permitido e nada como dantes.
A ideia é deixar para trás o que nos apoquenta, gerar a partir do zero, brincar a Deus. Talvez Deus não se encontre assim tão presente neste EP - demasiado curto para conter a omnipotência - mas há vestígios Seus no ritmo-arrasto de "Eye Candy", nos ecos famintos de "Qishu" e no ruído presente em Dawn, final de festa iluminada por um sol feito de néons. Learning Exercises... é uma bela forma de afugentar a anomia numa altura em que o riso se esforça por não nascer; mas é também um claro sinal de que o futuro, se calhar, será mais radioso do que o que esperamos. Afinal de contas, para o ano há mais.
Paulo CecÃlioO EP de estreia de MADA TREKU, produtor portuense ligado à Favela, surge no nosso radar contendo essa ânsia sempre boa de querer mudar o estado das coisas. Porque aqui há vida, e não um corta-e-cola indolente. Do bater do coração de "Mowlin'" passamos para a electrónica industrial de "Aris", como se Burial tivesse finalmente tirado as roupas em jeito de sonho; clubbing e experimentalismo de mãos dadas num novo mundo em que tudo será permitido e nada como dantes.
A ideia é deixar para trás o que nos apoquenta, gerar a partir do zero, brincar a Deus. Talvez Deus não se encontre assim tão presente neste EP - demasiado curto para conter a omnipotência - mas há vestígios Seus no ritmo-arrasto de "Eye Candy", nos ecos famintos de "Qishu" e no ruído presente em Dawn, final de festa iluminada por um sol feito de néons. Learning Exercises... é uma bela forma de afugentar a anomia numa altura em que o riso se esforça por não nascer; mas é também um claro sinal de que o futuro, se calhar, será mais radioso do que o que esperamos. Afinal de contas, para o ano há mais.
pauloandrececilio@gmail.com
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