DISCOS
V/A
Disco Mantras
· 29 Abr 2016 · 11:00 ·
V/A
Disco Mantras
2016
Mood Hut
Sítios oficiais:
- Mood Hut
Disco Mantras
2016
Mood Hut
Sítios oficiais:
- Mood Hut
V/A
Disco Mantras
2016
Mood Hut
Sítios oficiais:
- Mood Hut
Disco Mantras
2016
Mood Hut
Sítios oficiais:
- Mood Hut
Gente séria a querer soar simples?
Intrigante. E desafiante. Tentar perceber determinados discos exige divina paciência. Muitas vezes não pela música mas pela ideia que está por trás dela. Sem dúvida que este disco entra facilmente nessa categoria: ele apresenta-se como uma colectânea, de certeza não sendo. A editora Mood Hut tem vindo a disparar de Vancouver umas quantas graças desde 2013 – uma pertinente colecção de EPs a discernir deep-house absolutamente exótico.
Há uma aura de mistério. E é por aí que somos sugados para esta música feita por gente que sabe bem o que está a fazer, o que está a produzir. Gente com os seus complexos. Gente que quer deixar uma marca. O resultado final parece simples. Mas não é. Disco Mantras é uma colecção de temas de gente diferente com um ideal em comum. Gente?
Este disco de estreia da Mood Hut – e chamemos-lhe assim já que é provável que sejam os donos da editora a operar como colectivo, inventando nomes para parecer singular – é um exercício de assomo estético: é dar à editora outra envergadura; é proporcionar novas paisagens, nunca renegando as fundadoras. E é refrescante o manifesto para a posteridade, já agora.
Disco Mantras é uma obra em estilo pastiche: colagens, montagem, ecos, e mais reverberações. Fantasia. Estão no alinhamento os discernimentos house da marca. Depois são acrescentados outros exotismos em abstracto: afrobeat, tribalismo, dub, hip-hop, jazz – Sun Ra, recôndito. É música em câmara lenta. Lânguida. Enviusada. É música pantanosa – quase como Matt Edwards foi em 2006 com Rekid, ou os Boozoo Bajou com Satta, em 2001. Nunca se chega a perceber o que é Disco Mantras. Mas a dado ponto, tanto faz. Nem tudo na vida tem de fazer absoluto sentido. Aprecie-se, e mais nada.
Rafael SantosHá uma aura de mistério. E é por aí que somos sugados para esta música feita por gente que sabe bem o que está a fazer, o que está a produzir. Gente com os seus complexos. Gente que quer deixar uma marca. O resultado final parece simples. Mas não é. Disco Mantras é uma colecção de temas de gente diferente com um ideal em comum. Gente?
Este disco de estreia da Mood Hut – e chamemos-lhe assim já que é provável que sejam os donos da editora a operar como colectivo, inventando nomes para parecer singular – é um exercício de assomo estético: é dar à editora outra envergadura; é proporcionar novas paisagens, nunca renegando as fundadoras. E é refrescante o manifesto para a posteridade, já agora.
Disco Mantras é uma obra em estilo pastiche: colagens, montagem, ecos, e mais reverberações. Fantasia. Estão no alinhamento os discernimentos house da marca. Depois são acrescentados outros exotismos em abstracto: afrobeat, tribalismo, dub, hip-hop, jazz – Sun Ra, recôndito. É música em câmara lenta. Lânguida. Enviusada. É música pantanosa – quase como Matt Edwards foi em 2006 com Rekid, ou os Boozoo Bajou com Satta, em 2001. Nunca se chega a perceber o que é Disco Mantras. Mas a dado ponto, tanto faz. Nem tudo na vida tem de fazer absoluto sentido. Aprecie-se, e mais nada.
r_b_santos_world@hotmail.com
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