DISCOS
Golden Slumbers
New Messiah
· 10 Mar 2016 · 11:17 ·

Golden Slumbers
New Messiah
2016
NOS Discos
Sítios oficiais:
- Golden Slumbers
- NOS Discos
New Messiah
2016
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- Golden Slumbers
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Golden Slumbers
New Messiah
2016
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New Messiah
2016
NOS Discos
Sítios oficiais:
- Golden Slumbers
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Delico-doce com um profundo toque de personalidade.
Golden Slumbers é o nome de uma música escrita a dois por Paul McCartney e John Lennon em 1969, mas Golden Slumbers são também Catarina e Margarida, irmãs, no sangue e na música que as une em torno de New Messiah, primeiro longa-duração da dupla.
Se gostam de licor beirão, passe a publicidade, saberão que a extrema doçura do mesmo poderá enjoar ao fim de dois copos. Porém, se lhes juntarem umas gotas de limão, tudo se torna diferente. O doce já não é tão doce ou, então, será doce na sua plenitude, a que a acidez do cítrico confere o toque temperamental que até então lhe parecia faltar, perfazendo um conjunto pleno de equilíbrio. Isto pode ser uma reflexão acerca de uma bebida, como pode ser New Messiah.
Dez músicas plenas de ternura e personalidade, com o travo delico-doce da personalidade, a forte personalidade das letras e composições a dar-lhes uma aura de perenidade não muitas vezes visto na música nacional, talvez fruto das influências de Cat Power, The Beattles (como não poderia deixar de ser) ou KIings Of Convenience, talvez porque há quem nasça com o dom…
Se com “Foreigner”, música que abre as hostilidades, a faceta acima referida não fica assim tão explicita, talvez a menos conseguida de todas as canções de New Messiah, com “The Hunt”, a coisa pia mais fino. Aí entramos num carro com destino ao pôr-do-sol. Aí somos “caçadores” em busca do amor, essa coisa indiscernível e indefinível que todos buscamos, em maior ou menor ordem. Se, aqui, o caçam ou não é assunto de somenos importância, porque elas caçam-nos, caçam-nos pela guitarra, pelas vozes pavimentadas a ternura que nos embalam durante os pouco mais de três minutos de música.
Um amor que “don’t needs to hide”, como nos suspiram em “Love”, uma banda sonora que não o foi mas bem o poderia ter sido para o filme My Blueberry Nights. Guitarra, vozes adamadas, como do vinho se diz, e toques de violino formam o corpo desta e, em diferente grau, das restantes nove músicas deste conjunto.
Ligeiramente mais “escura” e até “medieval” nos sons que agrega, “Don’t Listen” segue dura e pujante mas, ao contrário da letra, elas “não perderam a guerra”. Seguem-se-lhe “Stubborn”, “Woke Up” e “Old Messiah”. Enquanto a primeira nos dão uma Catarina e uma Margarida felizes por acordarem num soalheiro domingo, em “Woke Up” abrem, uma vez mais o coração a um “Old Messiah”, um quase interlúdio, que já viu melhores dias, saberá que irá ser substituído? Não sabemos, o que sabemos é que o tempo, e com ele a harmonia, que estas irmãs conferem às suas criações entram-nos adentro gritando “I’m the New Messiah”,e nós…nós acreditamos.
“New Messiah”, canção que dá nome ao disco começa a correr, literalmente a correr. Vozes fortes a deixarem-nos na beira de uma estrada qualquer à espera de Godot, um Godot que, desta feita, vem, vem mesmo e ainda bem que veio. É doce, é forte, é ritmado mas é paar deixar correr e correr…correr…correr…até parar em “Morning Song – Clandestine” em que somos transportados para You Are Free, disco monumento ás sensações da inspiração Cat Power. Criatura delico-doce este “Morning Song – Clandestine”… que nos carrega nos seus ombros de feitos de bateria “melosa” e “paisagens longas” de sonho até às montanhas da fé de “Day by Day (I Learn To Pray) que passa num sussurro ao som de um baixo bombo que atira com as vozes da dupla para os confins do espaço sideral que habita cada um de nós.
Simples, muito simples, pacifica, harmónico e curto. Poderíamos ficar aqui mais umas duas ou dez músicas a admirar como duas vozes, guitarra e uma bateria a dias podem fazer pequenos milagres, porque é disso que se trata quando falamos neste New Messiah. Para ouvir e não chorar por mais porque elas ainda vão andar por aqui uns bons anos…assim se espera, assim o merecem.
Fernando GonçalvesSe gostam de licor beirão, passe a publicidade, saberão que a extrema doçura do mesmo poderá enjoar ao fim de dois copos. Porém, se lhes juntarem umas gotas de limão, tudo se torna diferente. O doce já não é tão doce ou, então, será doce na sua plenitude, a que a acidez do cítrico confere o toque temperamental que até então lhe parecia faltar, perfazendo um conjunto pleno de equilíbrio. Isto pode ser uma reflexão acerca de uma bebida, como pode ser New Messiah.
Dez músicas plenas de ternura e personalidade, com o travo delico-doce da personalidade, a forte personalidade das letras e composições a dar-lhes uma aura de perenidade não muitas vezes visto na música nacional, talvez fruto das influências de Cat Power, The Beattles (como não poderia deixar de ser) ou KIings Of Convenience, talvez porque há quem nasça com o dom…
Se com “Foreigner”, música que abre as hostilidades, a faceta acima referida não fica assim tão explicita, talvez a menos conseguida de todas as canções de New Messiah, com “The Hunt”, a coisa pia mais fino. Aí entramos num carro com destino ao pôr-do-sol. Aí somos “caçadores” em busca do amor, essa coisa indiscernível e indefinível que todos buscamos, em maior ou menor ordem. Se, aqui, o caçam ou não é assunto de somenos importância, porque elas caçam-nos, caçam-nos pela guitarra, pelas vozes pavimentadas a ternura que nos embalam durante os pouco mais de três minutos de música.
Um amor que “don’t needs to hide”, como nos suspiram em “Love”, uma banda sonora que não o foi mas bem o poderia ter sido para o filme My Blueberry Nights. Guitarra, vozes adamadas, como do vinho se diz, e toques de violino formam o corpo desta e, em diferente grau, das restantes nove músicas deste conjunto.
Ligeiramente mais “escura” e até “medieval” nos sons que agrega, “Don’t Listen” segue dura e pujante mas, ao contrário da letra, elas “não perderam a guerra”. Seguem-se-lhe “Stubborn”, “Woke Up” e “Old Messiah”. Enquanto a primeira nos dão uma Catarina e uma Margarida felizes por acordarem num soalheiro domingo, em “Woke Up” abrem, uma vez mais o coração a um “Old Messiah”, um quase interlúdio, que já viu melhores dias, saberá que irá ser substituído? Não sabemos, o que sabemos é que o tempo, e com ele a harmonia, que estas irmãs conferem às suas criações entram-nos adentro gritando “I’m the New Messiah”,e nós…nós acreditamos.
“New Messiah”, canção que dá nome ao disco começa a correr, literalmente a correr. Vozes fortes a deixarem-nos na beira de uma estrada qualquer à espera de Godot, um Godot que, desta feita, vem, vem mesmo e ainda bem que veio. É doce, é forte, é ritmado mas é paar deixar correr e correr…correr…correr…até parar em “Morning Song – Clandestine” em que somos transportados para You Are Free, disco monumento ás sensações da inspiração Cat Power. Criatura delico-doce este “Morning Song – Clandestine”… que nos carrega nos seus ombros de feitos de bateria “melosa” e “paisagens longas” de sonho até às montanhas da fé de “Day by Day (I Learn To Pray) que passa num sussurro ao som de um baixo bombo que atira com as vozes da dupla para os confins do espaço sideral que habita cada um de nós.
Simples, muito simples, pacifica, harmónico e curto. Poderíamos ficar aqui mais umas duas ou dez músicas a admirar como duas vozes, guitarra e uma bateria a dias podem fazer pequenos milagres, porque é disso que se trata quando falamos neste New Messiah. Para ouvir e não chorar por mais porque elas ainda vão andar por aqui uns bons anos…assim se espera, assim o merecem.
f.guimaraesgoncalves@gmail.com
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