DISCOS
Barbelith
Mirror Unveiled
· 20 Jan 2016 · 08:59 ·
Barbelith
Mirror Unveiled
2015
Grimoire Records
Sítios oficiais:
- Barbelith
- Grimoire Records
Mirror Unveiled
2015
Grimoire Records
Sítios oficiais:
- Barbelith
- Grimoire Records
Barbelith
Mirror Unveiled
2015
Grimoire Records
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- Barbelith
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Mirror Unveiled
2015
Grimoire Records
Sítios oficiais:
- Barbelith
- Grimoire Records
Ioga, meditação, black metal.
Actualmente, fazer um disco de black metal com uns toques shoegaze/post-rock que não seja uma completa perda de tempo não é tarefa fácil. Estamos mal habituados, já que por cada Woods of Desolation ou Bosse-De-Nage aparecem logo 10 bandas piores que a surdez. E sim, ainda há quem prefira escrever coisas feias tipo “black metal com uns toques shoegaze/post-rock” do que recorrer a tags como “blackgaze”. E nem me façam falar do suposto “pós-black metal”. Enfim, devaneio. Barbelith,Barbelith...
Este Mirror Unveiled é o disco de 2015. Porquê? Porque é dos poucos discos de metal extremo de 2015 (para ser justo, a versão digital do disco é do final de 2014, mas não vamos por aí ; para quê?) que tem uma noção de passado e ainda assim propõe qualquer coisa para o futuro. É por isto é que o disco de 2015. E isto não é coisa pouca. Apesar dos ingredientes não serem novos - o black metal, o post-rock - é raro serem tratados com tanta urgência.
Composto por apenas quatro faixas, com durações entre os 4 e os 14 minutos, como manda a boa tradição americana, o disco foi gravado ao vivo e isso nota-se : há um espectro bastante punk a pairar sobre “Mirror Unveiled”, que os separa de bandas como WoD, Bosse-De-Nage e até Vattnet Viskar. A primeira faixa, “Beyond the Envelope of Sleep”, aponta logo numa direcção diferente, uncanny, porque reconhecemos o tom da guitarra, a produção suja, mas estranhamos quão desligados estão os quatro músicos entre si. Esta estranheza dura pouco mais que um minuto ; depois o baterista dispara, os dois guitarristas dobram-se em vénias ao Jon Nödtveidt e viajamos entre o passado e o futuro até ao fim de “Reverse Fall”, a última das quatro faixas.
Os rapazes categorizam a coisa como existential black metal. Curiosamente, a bio actual do bandcamp é um mambo qualquer escrito em nepalês.Hipsters? Não sei - porque atrevem-se a usar skinny jeans? É capaz. Mas a verdade é que neste disco dão tareia a muito veterano protegido por cruzes invertidas sem fim, e é criminoso que um disco destes tenha passado tão despercebido. Mas talvez eles queiram isso mesmo, a julgar pelo que dizem pela blogosfera fora. Ei, ainda assim,não é qualquer banda de black metal que se pode dar ao luxo de terminar uma entrevista a dizer que os quatro músicos estão todos envolvidos na comunidade de ioga de Baltimore...
Vitor Bruno PereiraEste Mirror Unveiled é o disco de 2015. Porquê? Porque é dos poucos discos de metal extremo de 2015 (para ser justo, a versão digital do disco é do final de 2014, mas não vamos por aí ; para quê?) que tem uma noção de passado e ainda assim propõe qualquer coisa para o futuro. É por isto é que o disco de 2015. E isto não é coisa pouca. Apesar dos ingredientes não serem novos - o black metal, o post-rock - é raro serem tratados com tanta urgência.
Composto por apenas quatro faixas, com durações entre os 4 e os 14 minutos, como manda a boa tradição americana, o disco foi gravado ao vivo e isso nota-se : há um espectro bastante punk a pairar sobre “Mirror Unveiled”, que os separa de bandas como WoD, Bosse-De-Nage e até Vattnet Viskar. A primeira faixa, “Beyond the Envelope of Sleep”, aponta logo numa direcção diferente, uncanny, porque reconhecemos o tom da guitarra, a produção suja, mas estranhamos quão desligados estão os quatro músicos entre si. Esta estranheza dura pouco mais que um minuto ; depois o baterista dispara, os dois guitarristas dobram-se em vénias ao Jon Nödtveidt e viajamos entre o passado e o futuro até ao fim de “Reverse Fall”, a última das quatro faixas.
Os rapazes categorizam a coisa como existential black metal. Curiosamente, a bio actual do bandcamp é um mambo qualquer escrito em nepalês.Hipsters? Não sei - porque atrevem-se a usar skinny jeans? É capaz. Mas a verdade é que neste disco dão tareia a muito veterano protegido por cruzes invertidas sem fim, e é criminoso que um disco destes tenha passado tão despercebido. Mas talvez eles queiram isso mesmo, a julgar pelo que dizem pela blogosfera fora. Ei, ainda assim,não é qualquer banda de black metal que se pode dar ao luxo de terminar uma entrevista a dizer que os quatro músicos estão todos envolvidos na comunidade de ioga de Baltimore...
pereiravb@gmail.com
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