É provável que já tenham lido este texto algures. Este é um texto sobre um EP sobre um artista praticamente desconhecido. E aqui é que vem o lugar comum, é uma espécie de banda-sonora de um filme que ainda não foi realizado.

Cada um dos seus nove pedaços, todos abaixo dos três minutos, parece não quer ir rigorosamente a lado nenhum. Partindo de field recordings, 海NET desenvolve melodias que parecem andar por aí há coisa de mil anos. E se calhar andam mesmo.

Tudo em Memory Book parece usado, reciclado, reutilizado - porque parece a banda-sonora de toda a gente. O seu título é totalmente indicado considerando o seu conteúdo: no limite estas melodias podem conter as memórias de todos. É fácil reconhecer-se em música que parece ser feita desta forma, descomprometida, pessoal, transparente. Passem por aqui: é uma viagem bonita.