DISCOS
The Act-Ups
Homo Zugadita Quasar Monacant
· 10 Dez 2015 · 00:06 ·

The Act-Ups
Homo Zugadita Quasar Monacant
2015
Hey! Pachuco Records
Sítios oficiais:
- Hey! Pachuco Records
Homo Zugadita Quasar Monacant
2015
Hey! Pachuco Records
Sítios oficiais:
- Hey! Pachuco Records

The Act-Ups
Homo Zugadita Quasar Monacant
2015
Hey! Pachuco Records
Sítios oficiais:
- Hey! Pachuco Records
Homo Zugadita Quasar Monacant
2015
Hey! Pachuco Records
Sítios oficiais:
- Hey! Pachuco Records
Uma nação de rock n' rollers.
Felizmente, mesmo considerando todos os problemas que atravessamos enquanto país - crises económicas, sociais, políticas, o pacote completo - nunca deixámos de ser, não uma nação de poetas, mas uma nação de rock n' rollers. E mesmo que isto só tenha praticamente começado com o boom do rock português nos anos 80, que fez de poças de lama como os Xutos ou o Rui Veloso gigantescas vacas sagradas, o saldo é mais do que positivo, especialmente com o virar do milénio. Portugal não tem apenas uma "capital do rock", tem três: Coimbra, Barreiro e Barcelos, todas elas diferentes em termos históricos e sonoros, todas elas erguendo bem alto a bandeira eléctrica que de norte a sul continua a entusiasmar.
Essa mesma bandeira há muito que é o símbolo dos Act-Ups, que parecendo que não, andam nisto desde 2001 - padrinhos de toda esta juventude que passou pelos Vicious Five, passa pelos Glockenwise e passará pelos Sunflowers. Mas que não lhes chamem "vacas sagradas"; primeiro, porque no Barreiro de onde provêm não há disso - apenas comunidade e comunhão de espíritos. Segundo, porque os Act-Ups não são vacas nenhumas, mas sim, mesmo passados catorze anos, touros enraivecidos cuja única verdade é o rock, a canção construída com alma num palco ou numa garagem.
Homo Zugadita Quasar Monacant, álbum que editaram este ano, é exemplo disso. Aos primeiros acordes que aqui ouvimos, em "One Thousand Deaths", sabemos que não estamos perante um disco cagado no mundo por tantas e tantas bandas que acham que a mediocridade equivale a preservação artística. É uma prova de força, de vitalidade, de magia, de tudo aquilo que faz do rock uma quase-religião. É arte, mas também é um abraço; dos barreirenses ao mundo, dos rock n' rollers aos que acham o rock de hoje chato e démodé. A esses só se pede algo: que ouçam, antes que percam uma oportunidade para mudarem as vossas vidas.
Se há um único problema com este disco é o facto de termos de demorar dois segundos a pronunciar o título completo - e mesmo assim, quase de certeza que o faremos mal. À parte isso, Homo Zugadita Quasar Monacant, uma hora de composições cheias de fuzz, de soul, de algum psicadelismo e daquela essência garageira que continua a fascinar-nos ano após ano, seja em temas como a épica "Euphonia", a dançável "If Someone Told You To Jump Off A Bridge Why Wouldn't You Do It?", a bela "Leaves Are Over Trees" ou a cavalgada country presente em "Storm", é um dos discos que nos alimenta a fé: na vida, no rock, no país. Só por isso já merece ser acarinhado.
Paulo CecílioEssa mesma bandeira há muito que é o símbolo dos Act-Ups, que parecendo que não, andam nisto desde 2001 - padrinhos de toda esta juventude que passou pelos Vicious Five, passa pelos Glockenwise e passará pelos Sunflowers. Mas que não lhes chamem "vacas sagradas"; primeiro, porque no Barreiro de onde provêm não há disso - apenas comunidade e comunhão de espíritos. Segundo, porque os Act-Ups não são vacas nenhumas, mas sim, mesmo passados catorze anos, touros enraivecidos cuja única verdade é o rock, a canção construída com alma num palco ou numa garagem.
Homo Zugadita Quasar Monacant, álbum que editaram este ano, é exemplo disso. Aos primeiros acordes que aqui ouvimos, em "One Thousand Deaths", sabemos que não estamos perante um disco cagado no mundo por tantas e tantas bandas que acham que a mediocridade equivale a preservação artística. É uma prova de força, de vitalidade, de magia, de tudo aquilo que faz do rock uma quase-religião. É arte, mas também é um abraço; dos barreirenses ao mundo, dos rock n' rollers aos que acham o rock de hoje chato e démodé. A esses só se pede algo: que ouçam, antes que percam uma oportunidade para mudarem as vossas vidas.
Se há um único problema com este disco é o facto de termos de demorar dois segundos a pronunciar o título completo - e mesmo assim, quase de certeza que o faremos mal. À parte isso, Homo Zugadita Quasar Monacant, uma hora de composições cheias de fuzz, de soul, de algum psicadelismo e daquela essência garageira que continua a fascinar-nos ano após ano, seja em temas como a épica "Euphonia", a dançável "If Someone Told You To Jump Off A Bridge Why Wouldn't You Do It?", a bela "Leaves Are Over Trees" ou a cavalgada country presente em "Storm", é um dos discos que nos alimenta a fé: na vida, no rock, no país. Só por isso já merece ser acarinhado.
pauloandrececilio@gmail.com
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