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Desperate Journalist
Desperate Journalist
· 08 Abr 2015 · 11:32 ·

Desperate Journalist
Desperate Journalist
2015
Fierce Panda
Sítios oficiais:
- Desperate Journalist
- Fierce Panda
Desperate Journalist
2015
Fierce Panda
Sítios oficiais:
- Desperate Journalist
- Fierce Panda

Desperate Journalist
Desperate Journalist
2015
Fierce Panda
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- Desperate Journalist
- Fierce Panda
Desperate Journalist
2015
Fierce Panda
Sítios oficiais:
- Desperate Journalist
- Fierce Panda
Desesperado ou desinspirado?
Há que admitir o génio dos Desperate Journalist. Ao irem buscar o nome a uma canção semi-obscura dos Cure, não só dão mostras de uma cultura e conhecimento espertos, do género conheço-todos-os-lados-B-e-todas-as-setlists-dos-vinte-e-um-primeiros-concertos - da mesma forma homenageando aquela que será uma das suas grandes influências, sonoramente falando -, como ainda, por força do significado dessa mesma canção, impedem que um qualquer jornalista tenha sequer a coragem de falar mal dos moços, sob perigo de ser rotulado como "desesperado". Belíssimo Ardil-22...
Infelizmente para os Desperate Journalist, não sou nem jornalista, nem sequer crítico, e muito menos desesperado, o que significa que, se bem me apetecer, posso rasgar forte e feio nestes moços e o mundo não acaba por causa disso - mesmo porque ninguém vai querer saber. Aliás, até posso fazer o feitiço virar-se contra o feiticeiro e usar um dos versos dos Cure para descrever cada qual das canções desta que é apenas mais uma banda branca indie a chupar o tutano aos anos oitenta: Toy drumming / Sprightly bass / Limited guitar riff...
Porém, e felizmente para eles, em Desperate Journalist, o álbum, esse vampirismo é feito de uma forma tão ternurenta que não há como não sentir um cadinhito de compaixão pelos meninos e meninas de Londres. Imaginem que Morrissey - ou melhor, Marr, cujo espírito povoa as guitarras do quarteto - e Siouxsie Sioux procriavam; ignorando por agora que seria um acontecimento espectacular, ou o fim dos tempos como profetizado, o resultado não seria muito diferente daquilo que aqui se ouve, com guitarras jangly no ponto ideal aliadas a um vozeirão feminino que faz de "Control" um dos melhores openers de 2015, com o devido respeito para a docinha "Heartbeats". Não é novo, mas é fresco, e isso faz muita diferença. O indie pálido e o ruído eléctrico terá para sempre um lugar até nos corações mais empedernidos. E mais desesperados.
Paulo CecílioInfelizmente para os Desperate Journalist, não sou nem jornalista, nem sequer crítico, e muito menos desesperado, o que significa que, se bem me apetecer, posso rasgar forte e feio nestes moços e o mundo não acaba por causa disso - mesmo porque ninguém vai querer saber. Aliás, até posso fazer o feitiço virar-se contra o feiticeiro e usar um dos versos dos Cure para descrever cada qual das canções desta que é apenas mais uma banda branca indie a chupar o tutano aos anos oitenta: Toy drumming / Sprightly bass / Limited guitar riff...
Porém, e felizmente para eles, em Desperate Journalist, o álbum, esse vampirismo é feito de uma forma tão ternurenta que não há como não sentir um cadinhito de compaixão pelos meninos e meninas de Londres. Imaginem que Morrissey - ou melhor, Marr, cujo espírito povoa as guitarras do quarteto - e Siouxsie Sioux procriavam; ignorando por agora que seria um acontecimento espectacular, ou o fim dos tempos como profetizado, o resultado não seria muito diferente daquilo que aqui se ouve, com guitarras jangly no ponto ideal aliadas a um vozeirão feminino que faz de "Control" um dos melhores openers de 2015, com o devido respeito para a docinha "Heartbeats". Não é novo, mas é fresco, e isso faz muita diferença. O indie pálido e o ruído eléctrico terá para sempre um lugar até nos corações mais empedernidos. E mais desesperados.
pauloandrececilio@gmail.com
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