DISCOS
Grace
High on You EP
· 24 Fev 2004 · 08:00 ·
Grace
High on You EP
2004
Lemon Editions - Universal
High on You EP
2004
Lemon Editions - Universal
Grace
High on You EP
2004
Lemon Editions - Universal
High on You EP
2004
Lemon Editions - Universal
High On You é o EP de apresentação dos portuenses Grace, um supergrupo com membros que já passaram pelos Zen, Ornatos Violeta e Turbo Junkie. Contudo, não se julguem os Grace a partir das bandas citadas, nem se imagine uma fusão das suas qualidades inegáveis. Os Grace acabam por ser uma banda que simultaneamente namora o rock alternativo britânico, como pisca o olho à pop radio friendly, uma entre várias que preenchem este filão de mercado e que vão povoando as playlists radiofónicas.
O tema homónimo e single de apresentação do EP podia servir de exemplo num manual sobre como escrever uma boa canção pop radiofónica. O refrão tem uma escalada de guitarra a la Radiohead da era The Bends e também o final do tema presta tributo a Jonny Greenwood - ouça-se a guitarra saturada e esgalhada graças ao generoso uso de pedais de efeitos sobre uma melodia em progressivo crescendo.
"To all the stars" não tem igual capacidade de ocupar o éter radiofónico, mas o tom sonhador da voz de Paulo Praça, acompanhada da melodia bonita - com ElÃsio Donas em destaque nas teclas - não envergonha. A música sofre contudo da excessiva ornamentação e aborrece rapidamente o ouvinte. Dispensava-se o pequeno solo no final, em jeito de brilharete tecnicista.
"Real love (love is real)" é uma canção com o mesmo tom sonhador, mas desta feita os Grace não exageraram na decoração: guitarra em modo celestial, a voz de Paulo Praça em delay e bateria discreta. Quase no final, Praça imita o falsete morrisseyano de forma tão evidente que, por momentos, julgamos mesmo ouvir o lendário lÃder dos Smiths.
Aos Grace parece faltar algo que os distinga de tantas outras bandas que têm como referência os Radiohead de 1995. São óptimos executantes e bons escritores de canções catchy, mas pouco mais do que isso. Mesmo assim, estamos perante um EP de estreia que parece adivinhar um bom futuro para os Grace.
Pedro RiosO tema homónimo e single de apresentação do EP podia servir de exemplo num manual sobre como escrever uma boa canção pop radiofónica. O refrão tem uma escalada de guitarra a la Radiohead da era The Bends e também o final do tema presta tributo a Jonny Greenwood - ouça-se a guitarra saturada e esgalhada graças ao generoso uso de pedais de efeitos sobre uma melodia em progressivo crescendo.
"To all the stars" não tem igual capacidade de ocupar o éter radiofónico, mas o tom sonhador da voz de Paulo Praça, acompanhada da melodia bonita - com ElÃsio Donas em destaque nas teclas - não envergonha. A música sofre contudo da excessiva ornamentação e aborrece rapidamente o ouvinte. Dispensava-se o pequeno solo no final, em jeito de brilharete tecnicista.
"Real love (love is real)" é uma canção com o mesmo tom sonhador, mas desta feita os Grace não exageraram na decoração: guitarra em modo celestial, a voz de Paulo Praça em delay e bateria discreta. Quase no final, Praça imita o falsete morrisseyano de forma tão evidente que, por momentos, julgamos mesmo ouvir o lendário lÃder dos Smiths.
Aos Grace parece faltar algo que os distinga de tantas outras bandas que têm como referência os Radiohead de 1995. São óptimos executantes e bons escritores de canções catchy, mas pouco mais do que isso. Mesmo assim, estamos perante um EP de estreia que parece adivinhar um bom futuro para os Grace.
pedrosantosrios@gmail.com
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