DISCOS
Juan Pablo Carletti / Tony Malaby / Christopher Hoffman
Niño/Brujo
· 18 Fev 2015 · 12:34 ·
Juan Pablo Carletti / Tony Malaby / Christopher Hoffman
Niño/Brujo
2015
No Business Records
Sítios oficiais:
- No Business Records
Niño/Brujo
2015
No Business Records
Sítios oficiais:
- No Business Records
Juan Pablo Carletti / Tony Malaby / Christopher Hoffman
Niño/Brujo
2015
No Business Records
Sítios oficiais:
- No Business Records
Niño/Brujo
2015
No Business Records
Sítios oficiais:
- No Business Records
Composição e improvisação, de Buenos Aires a Nova Iorque.
Juan Pablo Carletti é um percussionista argentino, nascido em Buenos Aires, actualmente a residir em Nova Iorque. Improvisador e compositor, Carletti integra o quarteto do saxofonista Rob Brown e acaba de editar um disco em duo com o violoncelista Daniel Levin. O argentino lançou também recentemente – no início de 2015 - o seu disco de estreia na condição de líder, com o estranho título Niño/Brujo.
Para este seu disco de estreia o percussionista reuniu Tony Malaby e Christopher Hoffman. Malaby é um dos mais entusiasmantes saxofonistas da últimas décadas, com uma grande discografia e uma enorme lista de colaborações, onde será justo destacar o seu trio “Tamarindo” com William Parker e Nasheet Waits (que já editou vários discos pela Clean Feed). O grupo fica completo com o violoncelo de Christopher Hoffman – músico que tem colaborado com gente como Henry Threadgill, Marc Ribot ou Ingrid Laubrock, entre muitos outros.
O grupo explora um conjunto de composições de Carletti, que servem de base para a improvisação. O saxofone de Malaby rouba facilmente as atenções, pela vertiginosa imaginação e flexibilidade. Mas a música do trio vai mais além: Hoffman é essencial a sustentar e interligar o trio, cumprindo o papel de contrabaixo (como habitualmente faz Miguel Mira). Carletti tem uma prestação eficaz e original: sabe marcar a sua presença, sem abusar da exuberância, pontuando cada momento inteligentemente. Além do kit, utiliza pontualmente outros instrumentos.
Pela interpretação do trio, pelo espaço dado à improvisação, as composições de Carletti evoluem rapidamente, ganham forma, transformam-se. O disco assenta sobretudo em tempos lentos, embalando na toada arrastada de temas comos “Ballerina” ou “José”, mas também dá sinais de alta intensidade (ouça-se o tema que fecha o disco, “El Brujo”). Já “Lateral Thinking (for Edward DeBono)” é uma peça central: arranca com solo de Carletti, segue-se um momento de contenção colectiva para depois explodir com energia na parte final.
Editado pela label lituana No Business Records (que nos últimos anos tem marcado a cena jazz internacional e já editou RED Trio, Rodrigo Amado Motion Trio e o trio Nate Wooley / Chris Corsano / Hugo Antunes), este disco revela um percussionista com boas ideias, ao leme de um grupo forte. Aqui está uma boa surpresa logo no arranque do ano.
Nuno CatarinoPara este seu disco de estreia o percussionista reuniu Tony Malaby e Christopher Hoffman. Malaby é um dos mais entusiasmantes saxofonistas da últimas décadas, com uma grande discografia e uma enorme lista de colaborações, onde será justo destacar o seu trio “Tamarindo” com William Parker e Nasheet Waits (que já editou vários discos pela Clean Feed). O grupo fica completo com o violoncelo de Christopher Hoffman – músico que tem colaborado com gente como Henry Threadgill, Marc Ribot ou Ingrid Laubrock, entre muitos outros.
O grupo explora um conjunto de composições de Carletti, que servem de base para a improvisação. O saxofone de Malaby rouba facilmente as atenções, pela vertiginosa imaginação e flexibilidade. Mas a música do trio vai mais além: Hoffman é essencial a sustentar e interligar o trio, cumprindo o papel de contrabaixo (como habitualmente faz Miguel Mira). Carletti tem uma prestação eficaz e original: sabe marcar a sua presença, sem abusar da exuberância, pontuando cada momento inteligentemente. Além do kit, utiliza pontualmente outros instrumentos.
Pela interpretação do trio, pelo espaço dado à improvisação, as composições de Carletti evoluem rapidamente, ganham forma, transformam-se. O disco assenta sobretudo em tempos lentos, embalando na toada arrastada de temas comos “Ballerina” ou “José”, mas também dá sinais de alta intensidade (ouça-se o tema que fecha o disco, “El Brujo”). Já “Lateral Thinking (for Edward DeBono)” é uma peça central: arranca com solo de Carletti, segue-se um momento de contenção colectiva para depois explodir com energia na parte final.
Editado pela label lituana No Business Records (que nos últimos anos tem marcado a cena jazz internacional e já editou RED Trio, Rodrigo Amado Motion Trio e o trio Nate Wooley / Chris Corsano / Hugo Antunes), este disco revela um percussionista com boas ideias, ao leme de um grupo forte. Aqui está uma boa surpresa logo no arranque do ano.
nunocatarino@gmail.com
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