DISCOS
Fhloston Paradigm
The Phoenix
· 20 Out 2014 · 11:21 ·
Fhloston Paradigm
The Phoenix
2014
Hyperdub


Sítios oficiais:
- Fhloston Paradigm
- Hyperdub
Fhloston Paradigm
The Phoenix
2014
Hyperdub


Sítios oficiais:
- Fhloston Paradigm
- Hyperdub
Um conceito interessante. Uma oportunidade perdida.
Tacteemos, inspiremos (um pouco) a charanga das referências à ficção-cientifica cinematográfica, a Luc Besson, e, especialmente, à sua idealização do futuro representada na obra querida a King Britt: O Quinto Elemento. Fhloston Paradigm, advindo de um conceito mais ou menos paradisíaco (vai e vem imaginário?), não procura apenas as quatro pedras dos elementos elementares; nunca esconde o desejo de quer o extra: a fusão das qualidades das quatro numa só; o derradeiro poder! E não é claro de que lado Britt está: dos Mondoshawan ou do Great Evil.

Daí advirá, talvez, parte do abstracto conceito de uma obra que não se presta a ser verdadeiramente ideal; um eufemismo para uma difusa dialéctica? The Phoenix é inconclusivo, pelo menos para quem recebe o tratamento, que em ocasiões se depara com um trabalhado rascunho de um manifesto literário futurista, noutras, apontamentos ébrios sentimentalistas indistintos, imediatos. Há um lado cerebral (IDM remanescente dos anos 90) que estimula e sorri, se distraídos. Assomando, há ambiguidade pop: vocalizações rebuscadas; demasiado apaixonadas, que nem fazem rir nem chorar: impassibilidade perante ambíguo e hipotético vigor? (O melhor é deixar de fazer perguntas.)

Razão e emoção simplesmente não se encontram nesta Fénix fantasiosa que, quando esperançosamente levanta voo, é facilmente derrubada por um sopro espirrador de realidade. O desejo de algo novo é quimérico. E é porque King Britt não sabe abraçar todos os elementos para ambicionar o extra, que exige um entendimento de um todo. The Phoenix soa inócuo – frustrante! –, ocasionalmente presunçoso, por haver vozearia (em termos de clamor) a meio do alinhamento; um irritante turvamento do que a composição deixa claro desde o inicio: um sentido visionamento do amanhã (O Quinto Elemento ou Blade Runner? Que se foda!) que não quer pieguices épicas (dramatismos fúteis). No entanto elas lá aparecem para arruinar honestamente o propósito de toda a operação. Definitivamente, conceito e execução não se encontraram por aqui.
Rafael Santos
r_b_santos_world@hotmail.com

Parceiros