DISCOS
Agents XI
Le Monstre Jaune
· 10 Fev 2004 · 08:00 ·
Agents XI
Le Monstre Jaune
2003
Génie ou Rien
Sítios oficiais:
- Génie ou Rien
Le Monstre Jaune
2003
Génie ou Rien
Sítios oficiais:
- Génie ou Rien
Agents XI
Le Monstre Jaune
2003
Génie ou Rien
Sítios oficiais:
- Génie ou Rien
Le Monstre Jaune
2003
Génie ou Rien
Sítios oficiais:
- Génie ou Rien
Os Agents XI são um duo de hip-hop francês, composto por Bluz, o MC, e Jemsee, o DJ. Le Monstre Jaune é apresentado como um álbum conceptual contra as "interpretações cientÃficas e cientÃficas do mundo". Dizem os próprios que pretendem impedir o Homem de se espalhar pelo Universo porque o cérebro humano é um "monstro amarelo" que contamina tudo em que intervém. Na capa de design futurista, vê-se um cérebro sobre um fundo amarelo. Ambiciosos propósitos para um disco que se revela inconsequente.
Le Monstre Jaune até começa bem, com uma introdução que não envergonha, mas cedo percebemos que o tom monocórdico de Bluz e as suas "palestras" intermináveis são desesperantes. É difÃcil destacar músicas. O disco, apesar de aparentemente ecléctico - hip-hop, fundo electrónico, instrumentação variada (órgãos eléctricos, congas, didgeridoo e outros) - parece acabar por ser vÃtima do deslumbramento com a experimentação.
"Concerto pour alien en vert foncé" é um bom exemplo de uma caracterÃstica irritante do álbum. A meio, o tema muda abruptamente para uma trip dub em crescendo drum'n'bass - experimentalismo a quanto obrigas! O corpo tenta mexer, mas é o sono que se instala insidiosamente. E não nos largará até ao fim do disco. Outros temas seguem essa caracterÃstica, sem mais valias e desafio musical acrescentado. Em "Al Vincenzo", o experimentalismo assume contornos exasperantes.
"Tous les globales sont sous contrôle" é a música mais agressiva, mas o eclectismo não passa da carta de intenções, novamente. O tema é um amontoado de sons e palavreado interminável. "Que soient les clowns et les patins!" tem um fat beat que com uma voz mais forte poderia originar um bom tema. É a única canção em que o pescoço balança sem esforço de maior. Curiosamente é também a música mais pequena e convencional do disco, o que pode servir como freio aos delÃrios experimentalistas do duo. A música mais agradável do registo é, curiosamente, a conclusão instrumental em regime hip-hop jazzÃstico e saxofone mellow, banda-sonora para vestir as pantufas e adormecer após 55 minutos fastidiosos.
Ao se situar numa área limÃtrofe entre o hip-hop e a electrónica mais ambiental, Le Monstre Jaune não serve para dançar como o bom hip-hop nem para o chill out recostado num sofá. Tanto pela sua indefinição, como pela manifesta falta de ideias do duo.
Pedro RiosLe Monstre Jaune até começa bem, com uma introdução que não envergonha, mas cedo percebemos que o tom monocórdico de Bluz e as suas "palestras" intermináveis são desesperantes. É difÃcil destacar músicas. O disco, apesar de aparentemente ecléctico - hip-hop, fundo electrónico, instrumentação variada (órgãos eléctricos, congas, didgeridoo e outros) - parece acabar por ser vÃtima do deslumbramento com a experimentação.
"Concerto pour alien en vert foncé" é um bom exemplo de uma caracterÃstica irritante do álbum. A meio, o tema muda abruptamente para uma trip dub em crescendo drum'n'bass - experimentalismo a quanto obrigas! O corpo tenta mexer, mas é o sono que se instala insidiosamente. E não nos largará até ao fim do disco. Outros temas seguem essa caracterÃstica, sem mais valias e desafio musical acrescentado. Em "Al Vincenzo", o experimentalismo assume contornos exasperantes.
"Tous les globales sont sous contrôle" é a música mais agressiva, mas o eclectismo não passa da carta de intenções, novamente. O tema é um amontoado de sons e palavreado interminável. "Que soient les clowns et les patins!" tem um fat beat que com uma voz mais forte poderia originar um bom tema. É a única canção em que o pescoço balança sem esforço de maior. Curiosamente é também a música mais pequena e convencional do disco, o que pode servir como freio aos delÃrios experimentalistas do duo. A música mais agradável do registo é, curiosamente, a conclusão instrumental em regime hip-hop jazzÃstico e saxofone mellow, banda-sonora para vestir as pantufas e adormecer após 55 minutos fastidiosos.
Ao se situar numa área limÃtrofe entre o hip-hop e a electrónica mais ambiental, Le Monstre Jaune não serve para dançar como o bom hip-hop nem para o chill out recostado num sofá. Tanto pela sua indefinição, como pela manifesta falta de ideias do duo.
pedrosantosrios@gmail.com
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