DISCOS
MatoZoo
Funk Matarroês
· 04 Fev 2004 · 08:00 ·
MatoZoo
Funk Matarroês
2004
Matarroa
Sítios oficiais:
- Matarroa
Funk Matarroês
2004
Matarroa
Sítios oficiais:
- Matarroa
MatoZoo
Funk Matarroês
2004
Matarroa
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- Matarroa
Funk Matarroês
2004
Matarroa
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- Matarroa
Se julga que hip-hop em Portugal consiste invariavelmente em rimas anorécticas sobre batidas a cheirar a mofo, e se considera mais viável um aumento do poder de compra do português médio nos próximos dois anos do que encontrar um CD de “hip-hop tuga” que não se arrisque a amolecer e, posteriormente, desfazer-se quando colocado a menos de dez centímetros de distância de Fantastic Damage (El-P), não tem estado atento ao que uma pequena elite tem feito por cá. Se tem estado, e mesmo assim mantém a convicção, passe por este Funk Matarroês, só para um derradeiro alívio de consciência. Se o ritmo cardíaco não registar oscilações, poderá encerrar definitivamente a questão e esquivar-se a mais investidas – não gosta de hip-hop, pronto. Está no seu pleno direito e não vale a pena insistir mais.
Sucedendo a Pa’trástoplay no teu Melão, de 2001, Funk Matarroês nasce do horário pós-laboral, traduzido em sessões de gravação nocturnas, de Martinêz, Kiko, Fidbek e Bezegol. Confirma a disposição natural dos MatoZoo em enveredar por caminhos tão interessantes como pouco denunciados, que já transpareciam de músicas assinadas pelo grupo - ou pelos seus membros, a título individual - em lançamentos anteriores da Matarroa, como a compilação Matarroeses e o disco de Fidbek, Erro Musical.
A frescura de faixas como “Almas” e das duas partes de “Funk Matarroês” pede repeat sistemático, enquanto que “Invasão dos Dróides Matarroeses”, com os scratches de Bezegol em tiroteio numa atmosfera hi-tech e “Cancelem o Apocalipse” (apesar de servido numa versão não tão do agrado de quem escreve estas linhas como a apresentada em Matarroeses) mantêm bem alta a originalidade da mensagem e a qualidade das interacções entre os diversos membros dos MatoZoo. A estes, juntam-se aqui e ali Paulo Leitão, Stray, Fuse, Adamastor e Xeg, conferindo uma saudável heterogeneidade e diversidade de abordagens que consiste num importante valor acrescentado em qualquer trabalho de hip-hop.
A capa que envolve o CD é, tanto no aspecto como na forma, mais uma peça de colecção que merece a integridade física salvaguardada, pelo que se aconselha a aposta numa vulgar capa de plástico transparente para a sobrevivência à selva quotidiana.
Em Funk Matarroês os MatoZoo afirmam-se orgulhosamente “mais ao lado”, renunciando linearmente à “fórmula” e prometendo “quatro tiros na indústria” que se atreva a impor protocolos. Ironia e irreverência a rodos, sustentadas pela abordagem consciente de um grupo que, a despeito de ter das raízes mais antigas, fala para o presente e futuro num álbum que é do melhor que se tem feito dentro do género.
Carlos CostaSucedendo a Pa’trástoplay no teu Melão, de 2001, Funk Matarroês nasce do horário pós-laboral, traduzido em sessões de gravação nocturnas, de Martinêz, Kiko, Fidbek e Bezegol. Confirma a disposição natural dos MatoZoo em enveredar por caminhos tão interessantes como pouco denunciados, que já transpareciam de músicas assinadas pelo grupo - ou pelos seus membros, a título individual - em lançamentos anteriores da Matarroa, como a compilação Matarroeses e o disco de Fidbek, Erro Musical.
A frescura de faixas como “Almas” e das duas partes de “Funk Matarroês” pede repeat sistemático, enquanto que “Invasão dos Dróides Matarroeses”, com os scratches de Bezegol em tiroteio numa atmosfera hi-tech e “Cancelem o Apocalipse” (apesar de servido numa versão não tão do agrado de quem escreve estas linhas como a apresentada em Matarroeses) mantêm bem alta a originalidade da mensagem e a qualidade das interacções entre os diversos membros dos MatoZoo. A estes, juntam-se aqui e ali Paulo Leitão, Stray, Fuse, Adamastor e Xeg, conferindo uma saudável heterogeneidade e diversidade de abordagens que consiste num importante valor acrescentado em qualquer trabalho de hip-hop.
A capa que envolve o CD é, tanto no aspecto como na forma, mais uma peça de colecção que merece a integridade física salvaguardada, pelo que se aconselha a aposta numa vulgar capa de plástico transparente para a sobrevivência à selva quotidiana.
Em Funk Matarroês os MatoZoo afirmam-se orgulhosamente “mais ao lado”, renunciando linearmente à “fórmula” e prometendo “quatro tiros na indústria” que se atreva a impor protocolos. Ironia e irreverência a rodos, sustentadas pela abordagem consciente de um grupo que, a despeito de ter das raízes mais antigas, fala para o presente e futuro num álbum que é do melhor que se tem feito dentro do género.
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