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Cheatahs
Cheatahs
· 12 Mai 2014 · 17:58 ·

Cheatahs
Cheatahs
2014
Wichita
Sítios oficiais:
- Cheatahs
- Wichita
Cheatahs
2014
Wichita
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Cheatahs
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A imitação é a forma mais sincera de adulação.
A frase de Charles Colton aplica-se a inúmeras coisas, de expressões meméticas a estilos de escrítica, de formas de vestir a pilosidades faciais e, no caso do álbum de estreia do quarteto londrino, ao próprio som; poucas bandas terão a coragem necessária para copiar grandiosamente os My Bloody Valentine e construir uma carreira em torno disso. Nos idos noventa, os Ride ou os Loop ou quejandos ainda tinham a amabilidade de transformar um pouco a torrente de ruído noutra coisa que, ainda não completamente diferente, soasse a tal, assim como hoje o faz a maioria dos conjuntos da "nova vaga" do shoegaze.
Algo que não acontece de todo em Cheatahs, sendo porém obrigatório salientar que este disco, pese o déjà vu, é óptimo da cabeça aos pés. Mas será "genuíno?", perguntarão os grandes pensadores do rock. Bem, poderemos contrapor que o plágio é sempre genuíno - pega numa ideia porque se apaixona por essa ideia, e o resultado do nada que constrói é genuíno nesse amor. Amor como as guitarras que se ouvem em "Geographic", as vozes a desfalecer em eco. Pujança adolescente da mais pura e boa, se bem que, para todos os efeitos, se continue a preferir uma Bilinda Butcher à masculinidade emasculada daquilo que por aqui se ouve.
Os mais cépticos, que é como quem diz, aqueles que já ouviram de tudo antes, não acharão o mínimo de piada ao disco (imagine-se por igual que os mais fanáticos, um poster de Kevin Shields colado há vinte anos no quarto sobre um par de velas acesas, gritarão "blasfémia!" enquanto se masturbam pela nonacentésima quinquagésima segunda vez para cima de uma cópia em vinil de Loveless). Os das novas gerações mas não assim tão velhos, que apanharam há quase uma mão cheia de anos os Silversun Pickups em topo de forma, encontrarão algumas semelhanças e talvez lhes agradem cançonetas como "Get Tight". A juventude XXI tem aqui a salvação das suas vidas e futuros miseráveis. Todos ganham, portanto.
Paulo CecílioAlgo que não acontece de todo em Cheatahs, sendo porém obrigatório salientar que este disco, pese o déjà vu, é óptimo da cabeça aos pés. Mas será "genuíno?", perguntarão os grandes pensadores do rock. Bem, poderemos contrapor que o plágio é sempre genuíno - pega numa ideia porque se apaixona por essa ideia, e o resultado do nada que constrói é genuíno nesse amor. Amor como as guitarras que se ouvem em "Geographic", as vozes a desfalecer em eco. Pujança adolescente da mais pura e boa, se bem que, para todos os efeitos, se continue a preferir uma Bilinda Butcher à masculinidade emasculada daquilo que por aqui se ouve.
Os mais cépticos, que é como quem diz, aqueles que já ouviram de tudo antes, não acharão o mínimo de piada ao disco (imagine-se por igual que os mais fanáticos, um poster de Kevin Shields colado há vinte anos no quarto sobre um par de velas acesas, gritarão "blasfémia!" enquanto se masturbam pela nonacentésima quinquagésima segunda vez para cima de uma cópia em vinil de Loveless). Os das novas gerações mas não assim tão velhos, que apanharam há quase uma mão cheia de anos os Silversun Pickups em topo de forma, encontrarão algumas semelhanças e talvez lhes agradem cançonetas como "Get Tight". A juventude XXI tem aqui a salvação das suas vidas e futuros miseráveis. Todos ganham, portanto.
pauloandrececilio@gmail.com
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